terça-feira, 31 de julho de 2012

Um dia de cada vez

Boas a todos...

Hoje e já com atraso de um mês vimos dar-vos uma espécie de retrospectiva destes meses, um apanhado do meio ano que passámos...


Pode a vida mudar, pode esta nos levar para caminhos diferentes, para tipos de vida distintas, mas a necessidade do mar, vive dentro de nós. Talvez por isso, e porque a vida não é só pesca,e nem sempre nos permite estar a pescar, todos os que amam este desporto verdadeiramente, vão certamente encontrar o seu próprio caminho, seja ele onde for.

As vezes que damos por nós numa praia, ou esplanada simplesmente a contemplar o mar, a sentir aquela brisa própria dos fins de tarde de Verão, representam tudo o que amamos neste desporto.
Seja numa saída de amigos, num jantar, num aniversário, ou muitas vezes num simples café, a pesca tem sempre o papel principal.
Existem coisas na vida, formas de estar e de sentir, que por mais que se tentem, não são imitáveis. A pele pode ser igual, mas o que está por baixo dela, é muito diferente...

Talvez por isso, este ano não foi até agora assim tão fácil. Jamais, por mais anos que passem nos vamos esquecer do que vivemos e do que passámos no início do ano.
Com muito pouca vontade de escrever, tem sido sem dúvida a pesca que  nos tem demonstrado existe um caminho, um espaço por onde seguir, e que provavelmente será no mar que vamos reencontrar tudo o que perdemos. É esse o tal poder que quem não pesca não entende. É essa a sua verdadeira essência.

Aos amigos, mais uma vez muito obrigado por tudo.
Aos leitores, agradecemos a preferência, e acreditem que amamos isto, respiramos e vivemos cada segundo que passamos junto de qualquer assunto que tenha a ver com a pesca. Continuem a acreditar em nós, que tudo faremos para vos agradecer da forma que sempre o tentámos fazer.
Obrigado pois atingimos as 100.000 visitas por estes dias, obrigado por todo o apoio.

Aos demais que por acaso por aqui passem, deixamos uma mensagem:
Num ano em que Portugal já venceu campeonatos do mundo da nossa modalidade, em que provámos sermos os melhores do mundo neste desporto, tenham atenção ao futuro.

Os tempos que virão, se não forem fruto da união de muitos de nós, serão complicados. 
A pesca lúdica vai ter em breve a necessidade de encontrar formas de demonstrar ao mundo que esta postura, que esta forma de estar, que este desporto em si, faz falta a alma de cada um, e necessitamos de o fazer ver ao mundo.
Sem isso os dias futuros serão mais difíceis, sem isso, nós, e todos os que estão seja de que forma for,  ligados a este desporto terão o seu futuro em jogo.

Este jamais será apenas um blogue de pesca, este será sempre um blogue para quem entende a pesca da forma mais pura que ela existe.
Este será sempre um blogue para quem entende o que é estar numa praia ou num pontão e estar sempre a procurar uma associação com o mar, o estar de férias e andar no meio das rochas a tocar nos mexilhões, ou a sorrir só de olhar para os pequenos peixes que nas poças se passeiam, para os que tal como nós, que quando falam de pesca num meio social, são olhados como se de ET´S se tratassem, como gajos malucos, que passam noites ao relento a olhar para a ponteira de uma cana!

Sem mais conversas, porque o post apenas serve para vos dar uns momentos de entretimento e claro agradecimento, esperemos que gostem.

Amigos...
Boas férias, divirtam-se, e sejam felizes.


Ospescas

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Vega Hellion, a cana dos Portugueses

Vega Hellion Surf

Quando penso no que uma cana de surfcasting deve ter, vêm-me à ideia muitas canas, não sendo pacífica a escolha.
Para se escolher uma cana seja ela de que modalidade for, temos que ter especial atenção a alguns aspectos pessoais, como as zonas onde iremos pescar, as gramagens alvo, ao tipo de acção que pretendemos e claro ao Budget que dispomos.
Após termos estes items na cabeça bem delineados, parece-me que a escolha se aclara rapidamente.
As necessidades de cada um podem variar, e até os gostos, que tantas vezes se sobreporem à clareza da escolha duma cana, mas quase todos os pescadores procuram o mesmo: Uma cana ao seu estilo dentro de um valor que possam pagar.

De uma forma geral, atendendo ao que a nossa costa apresenta em termos de características, pede-se muitas vezes canas que possam lançar gramagens consideráveis. Não que a maioria tire partido dessas gramagens em termos de lançamento, mas na realidade, Portugal é um país maioritariamente de costa Ocidental, costa essa que em grande parte do ano apresenta mares já com alguma dureza e que pedem canas com alguma robustez.

É verdade que a evolução das canas híbridas já as permite alcançar gramagens elevadas, mas, na realidade estas são canas de pesca em praia, e muitos pescadores também gostam de pescar em molhes ou zonas de rocha, onde as híbridas podem sofrer, e mesmo ter a sua " vida" em risco.

Com isto e embora eu goste imenso de canas híbridas, reconheço que para os que não podem ter diversas canas que preencham todos os locais e tipos de pesca ao fundo, uma cana tubular acaba por ser mais polivalente e preencher melhor as necessidades gerais.

Depois outro dos problemas que não podemos contornar passa pelos valores que as canas atingem. As famílias passam por uma fase na vida muito complicada. Encontrar por isso uma cana que preencha os tais 3 B´S( barato, bom e bonito), é muito complicado.

Dentro das muitas canas que usei nos últimos anos,  esta foi uma das canas que mais senti ter sido "feita" para o comum dos pescadores Portugueses.
A Vega Hellion é uma cana fabulosa para o preço que custa.


Se existem melhores? Certamente. Se existem mais bonitas? Bem, gostos são gostos...
Mas nestes valores, encontrar uma cana que suporte boas gramagens, que seja boa marcadora dentro das gramagens que suporta enquanto cana, que tenha um design limpo mas atractivo, e que possa pescar tanto em praia como em zonas rochosas ou mesmo em altura é muito difícil hoje em dia de encontrar.
Quando a vi pela 1ªVEZ, já faz mais de um ano, não julguei ser uma cana que marcasse tão bem o peixe, pois pareceu-me na mão muito rija, mas na realidade a sua construção foi bem conseguida e o carbono tem qualidade e não é demasiado " seco".

O que mais aprecio na Hellion é exactamente o factor polivalência, e o sentir que é uma cana desenhada e pensada para o pescador comum e com características óptimas para a pesca na nossa costa. É uma cana pensada para a Costa Portuguesa.

Como sempre o fiz em qualquer artigo crítico que faço aponto também os defeitos, ou os pontos fracos de cada material. Só assim se pode fazer um artigo verdadeiramente crítico. Sem isso seria apenas um artigo promocional.

É me difícil no entanto encontrar um defeito nesta cana, pois a minha avaliação é feita com base no valor que ela custa, mas julgo que a escolha passará pelos passadores.
Não por os achar de má qualidade, que para passadores que não são Fuji ou ALPS não acho, mas por serem LOW RIDER. Este tipo de passadores dão ás canas um design muito bonito, mas também dão às canas alguma limitação em termos de linhas a usar.

Vejamos então: Se sabemos todos que a maioria dos Portugueses não trabalha ainda com linhas finas, se sabemos que a nossa Costa enfrenta mares por vezes duros e muitas vezes com limos, os LOW RIDER acabam por limitar o pescador e tornar-se um real problema.
Quantos de nós em dias em que o mar está com limo, em cada meia dúzia de maniveladas temos que parar para retirar os limos das ponteiras das canas? Pois... É por vezes desanimador e um factor que nos leva a ter vontade de arrumar mais rapidamente o material.

Tirando isto, e por achar a cana com um design limpo e com cores bem conseguidas, por a achar com uma boa qualidade de carbono e componentes, por trazer um saco com alguma qualidade embora não seja rígido, e por ser uma cana fantástica para o preço que custa, aconselho claramente esta cana para quem não pode despender valores muito altos.

Disponível em 3 versões ( 4,20 mt.; 4,50mt.; e 5 mt.) a Vega Hellion tem sido ao longo do ano um sucesso de vendas e todos com quem tenho falado se têm mostrado muito satisfeitos com a escolha desta cana.

Espero portanto enquanto pescador e apreciador de material de qualidade, que a Verga mantenha a Hellion por alguns anos, e que faça como as grandes equipas costumam fazer: Em equipa que ganha, não se mexe, apenas se dão pequenos acertos ;).
Porque não uma Hellion com uns KW para 2013/2014? Outra ideia seria a de as cores serem variadas, ou seja, existem muitos pescadores que pedem a versão 4,50 MT. em vermelho. E porque não??? Seria certamente um sucesso!
Alterada ou não, a Hellion continuará por tudo o que expliquei a ser um sucesso de vendas. Quando a qualidade está lá, o tempo normalmente encarrega-se de dar justiça ao material!

Passo então a descrever cada uma individualmente:


Vega hellion 4,20 mt.


Tamanho: 4,20 MT.
Peso: 495 gramas
Acção: 120- 300 gramas
 Passadores: SIC
Porta- Carretos: Tubular
Best Performance: 140- 160 gramas
Carbono: Hi- Modulus Carbon C5 Reinforced

Vega Hellion 4,50 mt.



Tamanho: 4,50 MT.
Peso: 575 gramas
Acção: 120- 300 gramas
 Passadores: SIC
Porta- Carretos: Tubular
Best Performance: 140-160 gramas
Carbono: Hi- Modulus Carbon C5 Reinforced


Vega Hellion 5 MT.


Tamanho: 5 MT.
Peso: 665 gramas
Acção: 120- 300 gramas
 Passadores: SIC
Porta- Carretos: Tubular
Best Performance: 140-160 gramas
Carbono: Hi- Modulus Carbon C5 Reinforced


Boas pescas...

segunda-feira, 23 de julho de 2012

( Spinning ) Saudades do mar


    Boas pessoal.....

  Depois de mais de 3 semanas sem poder pescar derivado a assuntos particulares, lá consegui ir ao mar.
  As saudades de sentir o som, cheiro e a força da mar eram de facto muitas, pois não sei viver sem estar ao pé do mar e do spinning.
  Assim foi, tralha arrumada, da mesma maneira que a tinha deixado da ultima vez e rumo ao pesqueiro, com aquela adrenalina da primeira vez..:-)
  Chegando ao local escolhido por volta das 15h, apenas vislumbrei um senhor que estava aos sargos mais o seu neto, entretidos na pesca à bóia mas infelizmente sem resultados nenhuns.
  Antes de começar a pescar, parei a olhar para o mar para poder sentir o aroma do verão, mistura de ervas, flores e de água salgada que se sentia no ar misturando-se com o brilho do sol.
  Depois desta pausa dei inicio à pesca, pedra e amostra escolhida, tinha chegado a altura de lançar......fiz o primeiro lançamento e vai de dar vida ao passeante...Splash...Splash...Splash....entre o walking the dog e o twitching o meu prazer era imenso, a cada toque de vida sobre aquele pequeno inofensivo e ferido peixe que percorre a camada superficial da água tentando perturbar os seus habitantes.
   O vento soprava bastante forte, chegando a levantar a areia, como de um deserto se tratasse....foi no segundo lançamento que o vento pegou no passeante e o elevou no ar até o pousar na água a mais de 60 metros de mim, fecho a asa do carreto e começo a trabalhar o peixe até que vindo de longe sem aviso......um inconfundível rasgar na água caracteristico do predador que não quer deixar passar aquela oportunidade de alimentar-se sem dispender muita energia.
   A cerca de 50 metros é feito o ataque veroz e esfomeado....possibilitando-me ferrá-lo e conseguir manter a ferragem com sucesso...brutal....é incrível quando os ataques são feitos á distancia e ao mesmo tempo conseguir vêr o peixe atacar.....
  Acho que foi um dos peixes que mais prazer me deu, por 3 razões, a primeira razão foi reparar no brilho nos olhos e na alegria do neto do Senhor que estava aos sargos, que apenas dizia para o avô......Avô.....que peixe tão grande...olha...olha..avô.....
   A segunda pela distancia a que foi feito o ataque e a terceira, pelo tempo que andei a brincar com ele até o trazer até mim totalmente estourado de lutar...lol...quando saiu da água, nem se mexeu mais de tão cansado que estava..lol
  Aqui fica o registo do meu retorno e a razão da alegria do rapaz que um dia foi à pesca com o seu avô e que certamente, tal como todos nós quando eramos crianças e viamos os adultos apanhar peixe, nunca mais nos esqueçemos daquele momento.........
 

 

     Por ultimo, quero deixar-vos uma reflexão sobre sobre a pesca de superficie e a maneira dos robalos comerem este ano...
     Como já tinha dito anteriormente noutro relato, desde que começou este Verão, já perdi cerca de 14 peixes por causa da maneira como eles atacam os passeantes, nunca abocanhando o passeante mas sim, ou com o focinho ou atirando-se para cima dele, o que invalida uma ferragem eficaz, conseguindo na maioria dos casos aguentar o peixe por breves segundos até se soltarem.
     Posso dizer que passei muito tempo a pensar nesta situação a tentar arranjar uma justificação para tal, e a primeira conclusão a que cheguei foi a existencia de muito carangueijo pilado na costa, o que noutros anos, ou até no ano passado não se via, isto levou-me a pensar que havendo muita comida facilmente disponível, a necessidade de correr atrás de peixe para se alimentarem não fazia sentido.
    Pensei nisto até que começei a reparar em casos identicos ao meu seja no norte de espanha como em outras zonas afastadas por centenas de quilometros de distancia de onde eu pesco, o que deitou por água abaixo a minha primeira teoria, pois não acredito, digo eu, que nos mesmo sitios o carangueijo pilado seja em abundancia!!!!!!
   O que me leva agora a pensar que deve ter a ver com a especie em si e não com outras circunstancias da natureza.
   O que me leva a crer que, eles têm atacado os passeantes ou por irritação, perturbação ou por simples curiosidade mas não por fome.
   Isto é apenas uma reflexão minha baseada na minha experiencia na pesca de superficie ao Robalo e quem sabe se algo não mudará até terminarmos a época, o que eu infelizmente não acredito, mas que não perco a esperança, não....:-)

   Um grande abraço para todos e até breve.

   Luis Malabar



sábado, 21 de julho de 2012

Sufix 2012

Gama de linhas de uma das melhores fabricantes do mercado mundial
Especial atenção ao fenomenal multifilamento Sufix 832

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Bóia no Seixal

Boas...


As noites quentes precipitam a adrenalina que nos corre nas veias, mexe com a vontade que sinto muitos dias por uma pescaria. O tempo tem sido pouco e as pescas idem aspas. Mas este calor, estas noites, deixam-me irrequieto, e lá me decidi por fazer 2 horas de pesca antes de me deitar.

Lá decidi fazer uma bóia, só para tirar o vício, só para a alma revigorar. Jantei muito à pressa, armei a cana, aprontei a bóia como eu gosto e lá fui eu mais a meia dúzia de minhocas e camarinhas que tinha guardadas em casa.


Chegado ao pesqueiro o windguru como sempre tinha se enganado e estava muito mais vento do que os 8/9 nós que davam.
Lá me decidi a montar a cana, já lá estava, também só queria apanhar ar nada mais... E lá me entreti, a maré tinha virado, começou a correr devagar, pois as marés pequenas pouco se fazem sentir, e na primeira hora julgo que nem um toque tive, mas assim que ganhou água, foi um festival de toques, era bóia para a água, bóia no fundo, iscada "ratada", nada.... Mais uma iscadela, mais uma afundadela, mais nadaaaaaa....


Resolvi parar, e falar com a malta um bocado, bebi muita água, pois estes dias têm estado impossíveis, e lá tornei a agarrar na minha Vega Challenger a ver se apanhava alguma coisa... Mas estava moribundo, cansado, mal tinha reflexos, e ia sentindo toques e nada...




Farto de ser gozado, resolvi dar mais atenção, e de repente PUM CATRAPUM PUM PUM PUM, levanto a bóia, xiiiiiiiiiiiiiiiiiii, a tampa do Tejo, o belo do Tamboril, o Rouxinol... Claro, um magnífico xarroco de quilo e tal, lá testei a cana, que a prumo mostrou a sua fibra...


Grrrrrrrrrrrrrr, querem ver que vou gradar? Já me estava a passar, quando comecei a dar com uns sargos, mas não me satisfizeram, e embora apanhasse uns 6 ou 7 não eram nada de mais, eram palmeirudos de palmo curto, e foram todos tomar banho. Não guardei um.


Já tinha ido o primeiro e metade do 2ª pacote de minhoca, e o fim da pesca estava perto, quando isco bem a cana e digo para mim, é mais este e guardo esta porcaria, já chega por hoje, e lanço a bóia para longe, ela foi correndo e no local onde normalmente afunda, leva uma bela porrada e arrancada, e assim que o drag começa a cantar ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ, embora sentisse que não era nenhum grande peixe, vi logo que tinha a pesca feita. Tinha apanhado ao menos um peixe que procurei, algo... lol.


Trabalhei com calma o peixe, até porque não foi necessário muito tempo, e até aproveitei para me divertir e deixar o peixe correr à vontade, situação que adoro, e trouxe-o com calma até aos meus pés e elevei-o facilmente. Um robalo já interessante que me deixou feliz. Arrumei a cana, já era meia noite, e fui descansar que no dia seguinte havia que levantar cedo. Estava melhor a noite do que a pesca... Mas valeu a pena, como sempre vale e nestas noites onde andamos à volta na cama, onde passamos tanto calor, nada melhor do que juntar o útil ao agradável. Apanho ar e pesco um pouquito. 




Material:
Cana: Vega Challanger 4 mt.
Carreto: Daiwa Capricorn J 4500
Linhas: Vega Akada Fluorocoated e Asso Soft Fluorocoated
Iscos: Minhoca do limo e camarinha

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Barros Surf Team XT e XK vs Trabucco Poética e Cassiopeia

Este ano a marca Barros desenvolveu duas canas de alta gama a preços de gama média/alta, o que só pode ser benéfico para os amantes da modalidade.
Vem ao encontro do que já exisitia através da marca com quem tem ligações, a Trabucco.

Na realidade estas duas canas vêm no seguimento  canas produzidas pela marca Trabucco, mais concretamente a Trabucco Poética e Cassiopeia, que são duas canas consagradas para surfcasting, com provas dadas e que pertencem a dois tipos de canas. A Poética é uma cana muito mais robusta, ideal para gramagens mais elevadas( 150 a 170), enquanto que a Cassiopeia é para quem gosta de lançar entre as 120 e 140 gramas. Ambas de qualidade insuspeita, ambas com excelente carbono e componentes Fuji.
Por pertencerem a mesma fábrica, estas duas canas que cada marca apresenta são muito idênticas, sendo que a XK e a Poética são canas muito parecidas, e a XT e Cassiopeia, embora menos parecidas, também revelam semelhanças inegáveis, quer a olho, quer em sensações.

Estas canas vêm montadas com componentes Fuji,  e foram desenvolvidas e testadas para a pesca na praia onde a conjugação de longos lançamentos com a alta sensibilidade aos toques, é determinante no sucesso das capturas. Todas são híbridas.

Vamos então analisar ao detalhe as canas da marca Trabucco e as sensações que estas nos têm dado e claro as opiniões que vão passando de boca em boca, e de praia em praia.
A base escolhida são os modelos de 4,50 mt.


Trabucco Poética:
Esta cana representa o topo de gama da marca para surfcasting. É uma cana bastante robusta, com ação de ponteira, que obriga ao lançador a aplicação de mais técnica e força do que a Cassiopeia. É uma cana cuja C.W. ideal anda entre as 150 gr e as 170 gr.
É uma cana bastante sensível e marcadora para a ação a que se destina. Temos que ter consciência de que uma cana para suportar maiores gramagens necessita de ser mais robusta logo será no generalidade menos sensível.
Vem anilhada com porta carretes Fuji, e com passadores Fuji SIC MN. Estes passadores têm uma grande vantagem sobre os LR a meu ver, que passa pelo total aproveitamento, mesmo em dias de muito lixo, e dias ou locais em que possamos utilizar linhas mais grossas. São passadores que a meu ver se enquadram muito bem na tipologia da Costa Ocidental Portuguesa, e que acabam por ser mais versáteis do que os LR, que são excelentes passadores para linhas finas e mares limpos, mas que sofrem muito em dias complicados.
Esta cana vem fabricada com o carbono NANO-TEK CX2, carbono de excelente qualidade.
Traz um C.W. de 100-250 gramas.
Podemos depois visualmente lhe apontar alguns defeitos, mas isso depende dos gostos de cada um. Pessoalmente não sou fã das misturas escolhidas para as cores utilizadas, e muito menos para o Pé da cana, a meu ver muito "démodé". Mas não posso dizer que a cana é feia nem mal acabada, pois seria injusto para a marca. É tudo uma questão de gostos.









Barros XK:
 Pois é, aqui está um caso de uma cana, muito semelhante à Poética. Existe quem afirme se tratar da mesma cana, mas com acabamentos distintos. Bem, pelas sensações não estaremos muito distantes dessa realidade.
A XK é uma cana muito robusta, mais seca do que a XT. Suporta gramagens altas, sendo que a sua best-performance se situa entre a 150 e 170 gramas, tal como a Poética. É uma cana forte, mas leve, lanaçadora, mas que tal como a Poética requer técnica e aplicação de força para se tirar o melhor partido.
Talvez por ser de uma marca nacional esta cana vem mais barata do que a Poética, o que pode ser interessante para o comprador.
Visualmente é uma cana bastante interessante e bem acabada, resta saber se com o tempo se o cromado não perde qualidade, mas à primeira vista parece de excelente qualidade.
É uma cana leve( 540 gramas) para a potência que demonstra em ação de pesca.
Vem com o Carbono Mitsubishi HM, um carbono de grande qualidade.
Tal como vem sendo hábito entre as marcas Portuguesas, a Barros, tal como fizeram a Vega e a NBS, não se quis ficar atrás e toca de pôr um C.W. daqueles para lançadores de "calhaus". Ação até 300 gramas. É uma triste realidade da nossa mentalidade enquanto pescadores. E o pior é que isto vem por arrasto. A marca X apresenta valores descabidos, mas vende, logo a política e respectivo Marketing  só pode passar por isso mesmo. Aumenta-se o C.W. e ficamos todos felizes, mesmo sabendo que os valores não são reais.

E a prova é muito fácil de obter através de testes às canas. Não critico portanto a Barros que faz o que tem que fazer, critico mais nós pescadores que não paramos de exigir mais, para uso de gramagens surreais que jamais iremos utilizar e que nem sequer estamos aptos para tal, além de que não se aplicam sequer à pesca de praia.
Sendo a XK uma cana similar à Poética, não faria sentido o uso de gramagens tão distintas.
Fica a chamada de atenção principalmente para quem compra uma cana e muitas vezes iludido por as referências que esta apresenta abusa dela e acaba por a partir. Tentem sempre ter cuidado no uso das canas e nos seus C.W.. Nada melhor do que a nossa sensibilidade para termos noção até onde cada cana pode ir. Para os menos conhecedores, tentem sempre procurar referências sobre a cana que estão a adquirir.
Estas questões de gramagens em nada retira a qualidade de uma cana, isso é apenas uma questão de Marketing, apenas pode se tornar perigoso para alguns pescadores que tendem a abusar e que iludidos pelos valores marcados acabam por cometer erros próprios da sua inexperiência.



Trabucco Cassiopeia:
 Esta é uma das melhores canas existentes para o pescador comum. Sempre que a usei senti-me cómodo, sem necessitar de aplicar grande força ou técnica para retirar dali boas prestações.
É uma cana de excelente qualidade, tal como já referi, mais indicada para a generalidade dos pescadores. A maioria não possuí grande técnica de lançamento, logo este tipo de cana, mais macia do que a Poética revela-se mais adequada. Tem o senão de não ser uma cana para se abusar em termos de gramagens.
A Cassiopeia é uma cana que tem a sua Best-Performance entre as 120 e 140 gramas. Aqui ela trabalha na sua plenitude e permite ao comum dos pescadores alcançar boas distancias sem grande esforço.
É uma cana muito sensível, e que vem com passadores Fuji MN Alconite, o que tal como a Poética lhe permite suportar dias mais complicados e com lixo. Tem óptimos acabamentos, pese embora eu não seja fã das cores utilizadas.
Esta cana vem fabricada com o carbono NANO-TEK CX2, carbono de excelente qualidade.
Tem como C.W. 100-200 gramas.





Barros XT:
A última das canas aqui referenciadas é a que mais me encanta de todas. Das 4 que pude usar é aquela que melhores sensações me transmitiu.
Leve( 500 gramas), potente e muito rápida a responder esta cana deixou-me deveras impressionado.
Costuma-se dizer que no meio está a virtude e neste caso senti isso mesmo pois esta é das 4 canas a que está num meio termo no que se refere a gramagens ideais. A Barros Surf Team XT atinge a sua plenitude entre as 130 a 150 gramas, mas pode suportar gramagens mais elevadas, embora perca em rendimento. Não quero que se fique com a ideia de que esta cana é superior às restantes, apenas me senti mais confortável com esta, principalmente por achar que de todas é a mais rápida.
Vem com o Carbono Mitsubishi HM, um carbono de grande qualidade.
Apresenta um C.W. até 270 gramas, um abuso para aquilo que esta cana pode lançar.
O ponto fraco a meu ver nesta cana está no porta-carretos. Não consigo entender por mais que pense no porquê  de esta vir com um porta carretos de cremalheira. Pessoalmente nas canas de Surfcasting não gosto muito pois os carretos desta modalidade tendem a ser grandes e dão uma sensação um pouco instável aquando do lançamento ou quando estamos a recolher grandes pesos.
Em termos de componentes traz porta carretos Fuji e passadores Fuji MN Alconite.
Os acabamentos estão na senda da XK, parecem bons, resta aguardar para ver se o cromado aguenta as condições e respectivo desgaste.






Conclusão:

Em termos de conclusão diria para os que pensam comprar estas canas, que fazem uma excelente compra.
 Qualquer uma das 4 tem qualidade, um excepcional carbono, bons componentes, são robustas q.b., são relativamente leves( entre as 500 e 550 gramas), são muito sensíveis e adaptam-se na perfeição à pesca de praia em Portugal.
Depois devemos ter noção de que cada pessoa tem os seus gostos e a sua forma de pescar, além de nem todos termos as mesmas necessidades. Essas variam consoante a morfologia dos nossos pesqueiros.
Considero a Cassiopeia e a XT mais aptas ao pescador comum, ao que não apresenta grandes capacidades técnicas. São canas fáceis de lançar e muito mais dóceis do que as restantes duas, ideais para mares tranquilos onde as gramagens são normalmente  usadas entre os 120gramas e 150 gramas, mas não há bela sem senão, pois se umas são mais dóceis as outras duas, olhando às características da nossa costa, maioritariamente Ocidental, por serem mais robustas e suportarem mais gramagem se adaptam melhor as nossas necessidades. A maioria dos pescadores gostam de lançar chumbadas acima das 140/150 gramas e isso faz com que a Poética e a XK se apresentem como melhores opções, e também mais versáteis permitindo fazer pescas mais exigentes.
Apenas tenho a apontar no caso da XT a tal questão do porta carretos, e de considerar que nestes valores as canas deviam trazer obrigatoriamente um saco rígido.

De realçar que os preços das canas da Barros rondam os 300 a 330 euros o que fica mais em conta do que adquirir as da Trabucco, que rondam os 400/450 euros.
Veremos o que o mercado dita para estas canas que estão inseridas num segmento em termos de concorrência muito forte e com bastantes ofertas de enumeras marcas.




domingo, 15 de julho de 2012

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Samsung X-Cover, o telemóvel dos pescadores de barba rija.

Boas,

Este Post serve para ajudar o pessoal que se farta de gastar dinheiro em telemóveis.
De certeza que muitos de vós, assim como eu, e como o Palma, estragam telemóveis regularmente na pesca.
Enfrentamos neste tipo de desporto condições climatéricas adversas, condições pouco aceitáveis para os telemóveis actuais, principalmente os touch screen, normalmente mais frágeis e mais susceptíveis a problemas e avarias.

Para terem uma pequena noção, nos últimos dois anos avariei 4 telemóveis, e o Palma numa semana avariou 2 em menos de nada.
Um dos meus telemóveis de estimação, um Nokia daqueles antigos, avariou recentemente no dia do relato que fizemos do Allien VS Predador, pois nesse dia, levei dezenas de vezes com as ondas em cima, e mesmo dentro do casaco, a água foi tanta, que acabou por passar e estragou-mo. Fiquei fulo. Foi nesse dia que disse para mim que finalmente ia experimentar um telemóvel para homens, lololol, e resolvi procurar um que aguentasse este tipo de desporto.

Após muita pesquisa, o Palma comprou o modelo Touch( Galaxy) e eu o modelo normal( GT-C3350), pois não me dou nada bem com telemóveis touch.


A realidade é que estou muito satisfeito com o telemóvel. Já fiz alguns testes de água e é realmente espectacular ver o telemóvel dentro de água a tocar. Dá-nos confiança para os dias de pesca mais agrestes que por vezes passamos.

Julgo que para quem não quer gastar muito o modelo que eu adquiri é fantástico. Tem muitas aplicações para um telemóvel cujas características estão mais ligadas ao factor durabilidade do que propriamente à qualidade dos componentes.

Posso desde já afirmar que os testes de água que fiz e já foram alguns impressionam, já o crash test não me atrevi a fazer eh eh eh, cada um faça como quiser, eu lá por saber que ele aguenta alguns intempéries prefiro resguardá-lo para quando ele realmente tiver que entrar em acção. Para já aquele receio que tinha de mãos molhadas, humidades, poeiras, terra, areia, já me desapareceram e estou muito satisfeito com o produto. Tirando o Galaxy os restantes têm um preço muito bom e aconselho a todos os que frequentemente gastam dinheiro em telemóveis.
Por vezes dizemos que o caro sai barato, quando tem qualidade, mas neste caso nem isso podemos dizer, pois com valores ( médios) que pesquisei acho deveras interessante. E não só nós pescadores ou desportistas radicais podemos tirar partido destes telemóveis. Praticamente todas as pessoas podem tirar partido da compra de um telemóvel deste tipo.

Passo a descrever cada um ao pormenor para cada pessoa ter uma ideia do que melhor lhe pode servir.

Samsung X-Cover 2-GT-C3350:

• Certificação IP67 para resistência ao pó
• Certificação IP67 para resistência à água
• Perfeito para actividades no exterior
• Entretenimento

Certificação IP67 para resistência ao pó



Especificações

Plataforma

  • Banda GSM/EDGE: 850 / 900 / 1 800 / 1 900 MHz
  • GPRS: 850 / 900 / 1 800 / 1 900 MHz
  • EDGE: 850 / 900 / 1 800 / 1 900 MHz
  • Sistema operativo: Proprietário
  • Browser: NetFront 4.2
  • JAVA™: MIDP 2.0
  • Valor SAR: 0,783 mW/g

Especificações físicas

  • Dimensão (A x L x P): 124,7 x 52,9 x 17,9 mm
  • Peso: 123 g

Bateria

  • Capacidade: 1 300 mAh
  • Tempo de Conversação: Até 1 150 min (2 G)
  • Tempo de inactividade: 1 000 horas

Design

  • Factor forma: BARRA 3 x 4

Ecrã

  • Tecnologia: 262 000 cores
  • Resolução: 320 x 240
  • Tamanho: 2,2"
Vídeo demonstrativo:





  



P.V.P.- Cerca de 80 euros


Samsung Galaxy 
X-Cover GT-S-5690:



À prova de água e pó (certificação IP67)

Função de lanterna e janela anti-riscos
Samsung X-Cover GT-E2370


Funcionalidades

:
Bateria de longa duração
Design durável e robusto