Boas malta,
Venho desta feita relatar uma pescaria às corvinas que fiz mais o Palma, uma pescaria muito penosa para mim fisicamente.
Tinha combinado com o Palma uma pescaria às corvinas ao final de tanto tempo de interregno, e a pica estava lá toda, pese embora eu sinceramente tivesse dúvidas do sucesso da pescaria, principalmente por causa do frio que nos acompanhou durante os últimos 2 meses.
A temperatura tinha subido, e isso seria um óptimo sinal, mas estava com dúvidas sinceramente se o calor em apenas 2 dias, tinha sido suficiente para chamar peixe... Bem a esperança é a última a morrer...
O que trocou as voltas a isto tudo foi o facto de eu ter também marcado uma pescaria de praia para a noite anterior, e em pleno auge do calor ter feito uma grande caminhada pela Fonte da Telha em busca de qualquer peixito. A amizade que tenho com o Guilherme, faz-me sinceramente sempre que posso ir a pesca com ele. Não dispenso a sua companhia. É mais um verdadeiro amigo que a pesca me deu. Existem certas atitudes que definem o valor das pessoas, e eu tenho tido imensas provas disso.
Bem continuando, porque a história vai ficar gira, é melhor sentarem-se, porque esta é do melhor que já vivi!
Quando chegámos à fonte da telha, os cabeços com fundões estavam longe, e tivemos que dar à sola, sendo que à medida que fomos andando só se via era o Naturismo, lol. Bem, por entre tanta gente a aproveitar o imenso calor que se fazia sentir parámos entre dois casais de namorados. Bem em algum lado tinha que ser, e via-se gente até à zona da mina...
Daqui nada de especial, montámos a tralha, estávamos cheios de esperança, a água com uma cor brutal, aquela cor que eu adoro para a pesca dos sargos à bóia, e em cada lançamento, a espera fazia valer a pena. Estendal montado, cadeiras, bem tudo nos trinques... Mas peixe, nada!
Continuou a nossa luta, por entre os casais de namorados naturistas que jogavam às raquetes e outros jogos que tais, lol.
O sol começou a pôr-se e toda a gente se pôs a mexer, com excepção do casal da esquerda, que lá continuou e bem a aproveitar o melhor momento da praia a meu ver... Aquela brisa fenomenal, que se sente naqueles dias de calor estão a ver? Simmmm, essa mesmo. HMMMM!
Bem, como calor havia diminuído, pedi ao Guilherme um cafézinho, e lá comecei a mexer o café, e só via o Filipe João a sorrir sorrateiramente, mas nada dizia... Hmmm, estranhei mas lá continuei na galhofa com o Guilherme, e o Filipe sempre com um sorriso escondido.
Bem, bebo o café, vou pousá-lo e viro-me meio de lado, e ao fundo no inicio da zona florestal vejo um tipo assim, digamos a fazer o seu chichi! Viro-me e continuo na minha vidinha, vou lançar as canas, eles só ratavam o casulo de resto mais nada, choco e caranguejo nem tocavam, e torno a sentar-me e continuo na conversa com o Guilherme. O Filipe continuava de roda do material e ia se rindo, epa e eu dizia para o Guilherme " bem ele está em altas", e lá resolvo ir buscar a mala térmica do isco quando... O tipo, aquele do chichi, continuava a fazer chichi! Viro-me e digo para o Guilherme, epa... Olha lá, está ali um tipo a bué a fazer chichi, o Guilherme vira-se e desata-se a rir que nem um perdido, eu olho e!!!!!!!!!!!!! Fonix, Então não é que... Mas o gajo está mesmo a..., ai, não posso crer! Bem eu ria-me que nem um perdido, o Guilherme também, o Filipe João numa boa, só diz: " Ao tempo que ele está ali naquilo, é mesmo apanhado". Bem, não vos contei um pormaior... É que no meio disto, aquele casal de namorados por acaso era o único que estava vestido ali da zona, e... o tipo estava em calção, t-shirt ao ombro e em plena loucura, parado uns metros atrás, numa boa despreocupado de estar a fazer aquilo com toda a gente a ver... Nisto diz o Gilherme, "olha lá o tipo está excitado não é com o casal de namorados, é com a Steel Power e com o aero technium XT que estão mesmo em frente a ele... Bem foi rir até não aguentar mais. Que granda maluco! O que a crise faz à tola do pessoal.
Bem desculpem este momento, mas tinha que contar este caso insólito, não me passava pela cabeça me acontecer uma destas.
Sobre esta pescaria, porque não deu nada de especial, e porque não levei máquina, não tenho muito para vos dizer. Deixo apenas duas dicas: A Fonte da Telha está sem água, ficámos a pescar em seco em apenas duas horas após a praia-mar. Não vale a pena assim.
Outra, é cuidado com o que têm atrás, lol, não vá o tipo andar alvorado!
Bem, mas deixem-me dizer que a pescaria ficou nas 3 horas que tivemos água, em 6-0 para o Filipe João, com 4 sargos, 1 robalito e uma baileca. Eu e o Guilherme, NADA.
A esta hora estão vocês a dizer, então, mas... O relato não era de corvinas? Sim era, mas é que isto foi uma pescaria tipo 24 horas le mans...
Saí da Fonte da Telha, fui a casa, agarrei no material para o spinning e fundo às corvinas e lá fui eu ter com o Palma, eram 5 e pouco da manhã.
Cheguei estoirado, mas estava combinado e lá fui eu... Canas montadas, barco na água, e fomos direitinhos à ponte Vasco da Gama...
Quando lá chegámos parecia que estávamos no meio de autênticas balizas... Ali, com uma defesa daquelas, ninguém marcava um golo... Estávamos muito em cima da hora, perto da praia-mar, ir em busca de outro local era perder a hora da paragem da maré, a hora que para mim é melhor na pesca das Corvinas.
Quando lá chegámos parecia que estávamos no meio de autênticas balizas... Ali, com uma defesa daquelas, ninguém marcava um golo... Estávamos muito em cima da hora, perto da praia-mar, ir em busca de outro local era perder a hora da paragem da maré, a hora que para mim é melhor na pesca das Corvinas.
Escolhemos um canal, por entre as centenas de metros de redes que avistávamos, assim, meus amigos é muito complicado... Quando entramos num canal para parar perto do Pilar 6 da Vasco da Gama, o que nos acontece... Os barcos dos senhores das redes, de um lado e do outro fecham literalmente todo o canal, ou seja, redes de uma ponta à outra, fazendo um cerco, nada entravam, nada saía...
A esperança agora residia em capturar alguma corvina que estivesse já dentro do canal e que ao fazer o trajecto antes de morrer nas redes avistasse o nosso isco e nos desse uma alegria...
Fundeámos, e pusemos duas canas ao fundo com choco fresco, uma com caranguejo de 2 cascos, os estralhos sempre de 0,50mm mínimo e com 2 a 3 metros de comprimento, e com as outras duas, vai de vinilar... Escolhi cores fortes por a água estar mesmo muito tapada e por serem cores muito efectivas no estuário.
Experimentei a Storm Ultra eel rosa, azul, laranja, e um shad amarelo Neon, mas sem qualquer efeito.
A cana do fundo entretanto dá uma pancada, agarro na cana, e... cabeçadas, cabeçadas, nada de arranques, hmmmm, só pode ser... Claro, obviamente, um belíssimo tamboril do tejo, o famoso Charroco...
Iscada intacta, peixe libertado, cana para a água... Assim que lá cai, pimba outra martelada, o que seria? O que seria? Pois é, o irmão do Zé Charroco, este ainda maior, ai ai ai!
Bem, reforcei a iscada, e pimba lá para dentro, e passados minutos, mais uma cacetada, era outro charroco, este libertou-se sozinho perto do barco... Bem, estava a ser muito engraçado... O Palma só me gozava, era o Rei do Charroco do Tejo, e passado pouco tempo lá capturámos mais um cada um... A maré virara e estava já a correr muito, quando decidimos levantar e começar a dar no trolling...
Bem entre isto para vos dizer que o Windguru dava vento de 5 nós e muito calor, e estava um frio do caraças e um vento moderado, estava completamente gelado. Fogo, não dormi, não apanhava peixe, passava frio, haviam redes por todos os cantos, bem que mais ia eu passar... Canas na água, cores das rapalas garridas, sempre muito coloridas, com tons laranja, amarelo, e verde neons, e lá fomos nós a trollitar, lol, até chegar ao Barreiro... E Nada.
Do mal a menos, o vento ia parando, e nós lá revigorámos... O tal calor, os tais 31 graus que davam finalmente, apareciam... e de repente o rio ficou como eu tanto gosto. Mar espelhado, sem vento, tempo abafado mas algo tapado, aquele tempo que chamamos de doentio.
Faltavam 2 horas para a maré vazia, e já não valia a pena ir para muito longe... O Palma escolheu lá um spot, perguntou-me se eu achava bem, e eu como andava para me encostar ali a um cabeço que passados poucos metros cria um fundão enorme, resolvemos vinilar um pouco, e por as canas ao fundo pois como se tratavam de marés pequenas elas corriam pouco e ainda dava para aguentar as montagens.
Novamente insistimos em cores vivas, e o rosa e o laranja com amarelo foram as cores de vinil que mais tentámos, e por entre lançamentos lá nos surge uma alegria... a tal Ultra EEL Pink Fabulous como lhe chama um amigo meu, fez das suas e lá sacámos uma corvinota que ao menos nos fez sorrir um pouco.
Tínhamos combinado uma pesca às corvinas e só tinha dado charrocos, estávamos algo frustados, e qualquer coisa naquele momento sabia bem. Obviamente que não era bem o que queríamos, mas epa... O gozo pela pesca, está no convívio, no bem estar dos amigos e depois naquele momento particular da captura de um exemplar. Ainda hoje os olhos me brilham só de puxar a linha com um peixe cravado. Simplesmente adoro a sensação. É um momento único e que define o entusiasmo que sinto quando vou à pesca.
A realidade é que ainda tentámos um bocado mais de roda dos vinis, mas eles não pegavam, estávamos os dois com uma granda moca de sono, e aproveitando a corrente, lançamos os vinís e deixámos-los a trabalhar sozinhos a meia água. Aproveitámos para descansar um bocado antes da paragem da maré, que viria a ser a última tentativa para capturar qualquer coisa...
Continua, Parte II.
Grande relato Filipe! De fazer crescer água na boca pela segunda parte!
ResponderEliminarMas atenção: isto de andar a tirar rabetas com vinis cor de rosa é muito roto! Ahahahahah!
Grande onda! ;)
Parabéns para ti e para o Palma azul!
Abração para todos os Pescas!
Olá Zé Pedro obrigado, o Palma Azul já está em concelho de estado (neste caso dospescas) para trocar de cor. Vamos bani-lo caso não repense na sua posição(côr).
ResponderEliminarLOLOLOL, bem mais a sério, epa temos feito por encontrar a sorte, e temos tido boas pescas. Como sabes é o que mais gostamos, é de estar perto do mar. Abração.
Bem Filipe...deixa lá o suspense e manda lá vir a 2º parte do relato..queremos é peixe a sério como os pescas já nos habituaram :).. grande abraço
ResponderEliminarÉ pena tanta rede, por vezes ilegais, é muito complicado pescar nessas condições pois o peixe desaparece todo, eu sei que os pescadores têm que ganhar a vida mas e depois de acabarem com tudo como vai ser?
ResponderEliminarOlá amigo, grande relato, tens realmente arte para isto. Parabéns e aguardo ancioso a parte 2. Abraço, David.
ResponderEliminarOlá Paulo, se preferires passo a somentar pôr fotografias e deixo de fazer relatos, a mim dá-me muito menos trabalho, mas parece-me que fica vazio...
ResponderEliminarAbraço.
Olá João Pinto, eu entendo quem pesca por profissão, mas sei bem o que isso acarreta para o futuro, e os profissionais pescam a maioria das vezes de forma ilegal. Contra eles nada, contra o que fazem, muito.
ResponderEliminarAbraço.
Olá David, tudo bem? Epa fico feliz que gostes, e continua a passar por cá, um abraço deste teu amigo.
ResponderEliminarFilipe.
eu não disse que não queria o relato, bem pelo contrário, acho que escreves com alma e dá gosto ler :) quero é ler a 2º parte para ver o peixe que já sei que apanharem :D
ResponderEliminarabraço e continua sempre com os relatos
Boas,
ResponderEliminarhá gajos para tudo.... hehehe... e gajas também...hahahaha
Boa Rabeta ;)
Grd abr