Lagoa de Albufeira

Praia da Lagoa de Albufeira

O nosso destino

A Lagoa da Albufeira situa-se no espaço costeiro entre a Fonte da Telha e Aldeia do Meco, é uma das principais praias da costa oeste da Península da Setúbal, sendo conhecida pelas excelentes condições que tem para a pratica de pesca lúdica, desportos náuticos e lazer, sendo constituída por duas zonas distintas, mar e lagoa.

Todos os anos por altura da Páscoa, esta praia é aberta pela mão do homem, altura em que o mar e a lagoa se juntam misturando toda a fauna marinha criando assim um verdadeiro “cocktail” de nutrientes fazendo desta zona uma verdadeira “zona de caça”.

Habitat

A riqueza da fauna marinha existente dentro da lagoa permite este “festim”, devido aos viveiros de mexilhão, á existência de berbigão, amêijoa, camarinha, caranguejo e pequenos peixes.

Um dos peixes mais procurados desta costa é o robalo, peixe este que encontra na praia da Lagoa condições únicas para a sua desova pois não nos podemos esquecer que esta espécie normalmente procura cursos de água doce para a efectuar.

Sendo o spinning uma das modalidade mais efectiva para a captura do robalo, este artigo pretende explicar-vos como ter sucesso nesta praia.

 A partir de Outubro a força da natureza altera todo o perfil desta praia, é nesta altura que o mar se despede da lagoa ficando separados por um extenso areal, causando alterações nos seus fundos, alterações essas que derivado ao mar de Inverno faz com que inicialmente se forme ao longo da praia um declive acentuado da mesma e com o passar do tempo o surgimento de vários fundões e cabeços.

Nunca esquecendo que embora exista visualmente esta separação, no subsolo a circulação de água doce é permanente.

Condições ideais

 Antes de escolhermos esta praia para pescarmos ao longo do Inverno é preciso ter duas regras interiorizadas para que possamos ter sucesso.

 A primeira é o estado do mar, escolher sempre dias ou noites em que o mar se apresente com vaga de oeste ou sudoeste entre metro a dois metros, também é necessário verificar sempre se o peixe consegue entrar na praia pois pode existir algum cabeço por fora que derivado á pouca amplitude da maré impeça a sua entrada, mares parados ou mares grandes com aguagens que não nos deixam sentir a amostra são para esquecer, mais vale arrumar e ir embora.

 Segunda regra a ter em conta, são as mudanças das marés, sendo as horas mais importantes nesta praia as duas primeiras horas da vazante nas marés de grande amplitude.

 Na altura em que se acentua a formação de fundões e cabeços, iremos pescar nas duas ultimas horas da vazante e as duas primeiras da enchente e se conseguirmos coincidir estas duas regras com o amanhecer ou anoitecer melhor ainda. Geralmente nesta praia e em determinada altura do ano quando ocorre a formação de vários cabeços afastados da costa o que nos poderá dificultar a pesca, podemos recorrer ás amostras lastradas pois elas vão-nos permitir alcançar mais um bons metros conseguindo chegar aonde nós queremos.

Se optarmos por pescar nas duas primeiras horas da vazante devemos tentar identificar primeiro aonde estão os cabeços pois normalmente os robalos aproveitam para caçar e roçarem a barriga na areia, nunca descuidando a escoa pois podem andar a caçar mesmo aos nossos pés.

Se optarmos por pescar nas duas ultimas da vazante devemos identificar os agueiros/fundões entre cabeços, os robalos nessa altura irão estar a caçar no fundo do declive do cabeço á procura de toda a comedia que irá sair do agueiro

 Os melhores ventos para se pescar nesta zona são os de leste, nordeste ou sudeste desde que sejam de fraco a moderado.

A escolha das amostras

Em relação ás cores das amostras elas diferem no caso de pescarmos de dia ou de noite.

Se pescarmos de noite existem regras fundamentais que servem para qualquer tipo de pesqueiro: se existir luz natural, as amostras a usar são de cores brilhantes ou garridas tanto para águas abertas como tapadas, no caso de o mar se apresentar com espuma ou sem lua devemos utilizar amostras amarelas, douradas, pretas, vermelhas, azuis escuras e de preferência com o dorso ou barriga vermelha/laranja, visto não existir luz natural que nos beneficie o uso de amostras espelhadas, porque neste caso o robalo ataca por vulto e vibração.

 Se pescarmos de dia é necessário ter em conta alguns fatores, tais como: a tonalidade da água, a luminosidade e a altura do dia, tanto ao raiar do dia como ao entardecer as amostras de cores laranjas, brancas, azuis e com brilhos são as mais aconselhadas, no caso de pescarmos durante o dia com águas abertas devemos recorrer a amostras de cor azul ou verde com brilho ou transparentes, estas ultimas conhecidas como ghost.

São estes pormenores que fazem toda a diferença entre o sucesso e o fracasso numa jornada de spinning.

Esperamos com este artigo ajudar-vos a perceber melhor os segredos da Lagoa de Albufeira.

Os Pescas