Daiwa...
Quando se ouve ou lê este nome, ficamos sempre com a sensação de que estamos perante uma das maiores marcas mundiais.
Em Portugal, fruto da anunciada falência da Propesca, empresa que nos últimos anos deixou de importar produtos e de acompanhar tendências, limitando-se a escoar o stock, a marca perdeu não metros mas Km´s da corrida que mundialmente tem com outro monstro, a Shimano.
Na sociedade de consumo actual, quem pára, ou somente se distrai é derrubado com facilidade. Faz parte da realidade cruel em que se vive. Podes ser muito bom durante anos, mas se vacilares num so, grande parte do teu trabalho e reconhecimento já era...
Há uns meses atrás ficou-se sem saber quem em Portugal iria ficar com a DAIWA. Julgo que para muitas importadoras seria um sonho... Curiosamente não ficou entregue a nenhuma importadora Ibérica, mas sim a Daiwa France, que estabeleceu-se ca através de um elemento que anteriormente pertencia a Propesca.
Mas vamos ao que interessa...
A situação da Daiwa é uma das que mais gosto me vai dar acompanhar nos próximos anos. Se por um lado tenho a ideia de que um monstro esta a renascer e que pode lutar no mercado nacional por um bom lugar, por outro temo que a distância física para França, e o facto de estar entregue aos ideais Franceses a vai bloquear bastante. Ou seja, não tenho dúvidas que a marca tem todo o potencial para reocupar o lugar que merece, por outro sinto que poderia ir mais além, e numa luta desigual contra um monstro financeiro como a Normark, a luta, torna-se desigual...
No mercado actual pede-se mais reacção ao momento por parte das marcas, e um conceito e planeamento das necessidades de cada país. O que vende em França pode não ser o que vende em Portugal. Há que saber o que se faz...
Em parte a Daiwa tem disponível uma vasta gama de produtos, principalmente carretos de alta qualidade, mas em termos de canas a marca tem pouca coisa em Portugal que faria certamente estragos no mercado, e que mais grave, leva alguns pescadores a comprarem via Japão ou em Lojas dos nuestros hermanos. Perde-se a entrada de mais valias de material em Portugal e claro para a nossa economia.
Como amante de material de pesca, é com muito agrado que vejo a marca a renascer em Portugal, e espero que o longo caminho que tem a percorrer, corra bem e que por muitos anos nos possa oferecer bons serviços.
Para já a avaliação é muito positiva, apesar das limitações que a marca tem, pois apenas conta com a marca Daiwa, não pode contar com algumas marcas acopladas, o que lhe traria mais força e soluções assim como acontece com uma Normark, que junta Shimano, Rapala, Storm, Williamson, entre outras grandes marcas... Por outro lado o estar sozinha faz com que possa percorrer o seu caminho sozinha. De uma forma clara e bem pensada. Deixo o conselho de procurarem perceber o que Portugal quer. Só assim se pode minimizar a desvantagem que existe na luta que têm pela frente.
Em carretos a marca trouxe para já grande parte dos seus pesos pesados, e tem Basiair, Basia, Windcast, assim como Saltigas, Certates, Caldias, Blast, entre outros grandes carretos. Precisa nas gamas de jigging de trazer os modelos com os ratios mais usados em Portugal, mas esta neste sentido no bom caminho. Os novos modelos apresentam um nivel muito alto, quer em design, quer em qualidade, o que torna o mercado mais disputado.
Já em canas a marca tem graves lacunas. Quase nada de embarcada fundeada e bóia, modalidade fortes em Portugal, a falta das melhores canas em spinning como a Morethan, Labrax e Lateo ( sobra a tournament), e em Surfcasting só a Primecaster nos da o melhor da marca, sendo que a falta dos topos de gama, são um erro tremendo, pois os amantes da Tournament Caster, Sky Caster, Land Caster, entre outras...
Também em amostras, sector em grande crescimento em Portugal a marca tem muitas faltas, e marca passo perante a maior parte das marcas existentes, o que é uma pena, pois uma marca que sempre teve Saltigas, Tournament´s e sp minnows, precisa de aparecer forte neste sector vital do nosso mercado.
A análise detalhada do catálogo Daiwa France deixa pois claras falhas, para o nosso mercado, falhas que dificilmente vão ou podem ser superadas, mas que caso o fossem, podiam ter no mercado nacional um impacto enorme, e dar a marca a força e projecção que lhe falta de momento. Se a isto juntasse um planeamento adequado ao nosso mercado, " pedindo" produtos à marca, à semelhança do que faz a Normark com a Shimano, que consegue ter modelos específicos para a Europa, a Daiwa pode dar um grande salto em termos de cota de mercado.
Apesar das evidentes lacunas, para os amantes desta marca, tornarmos a ter representação em Portugal, é um motivo de alegria.
Certate
Apesar das evidentes lacunas, para os amantes desta marca, tornarmos a ter representação em Portugal, é um motivo de alegria.
Alguns dos produtos para 2014
Spinning:
Certate
STEEZ
A grande revelação: BLAST
Surfcasting:
Baisiair
Basia QDX
Jigging/Embarcada:
SEAGATE HYPER
CATALINA
SALTIGA
No segmento de canas a escolha e menor e a falta dos topos de gama mais sentida
Mesmo assim, a marca tem canas fabulosas:
INFEET SEABASS
TOURNAMENT
Morethan AGS
A FABULOSA PRIME CASTER II
E também nos artificias, a famosa gama Saltiga, foi substituída embora as semelhanças sejam quase totais para as Tournament
Também nos Vinis, uma paleta de cores fabulosa
É com agrado que qualquer amante da modalidade vê o renascer deste monstro...
Ospescas
Bom artigo .sou um seguidor da daiwa. Neste momento qualquer loja que venda material daiwa tem um enorme problema . Eu pedi um carreto daiwa o saltiga e ao proprietário da loja deram lhe um prazo de 8 dias para chegar o carreto,mas afinal de contas já passaram 3 semanas e ainda não há sinal do carreto.se mandasse comprasse diretamente no Japão já o tinha em minha casa e pelo mesmo preço ou até mais barato. Acho que neste aspeto a daiwa está muito mal organizada.Assim os proprietários das lojas preferem nem lidar com esta marca visto que deixa os clientes a espera muito tempo.
ResponderEliminarCumprimentos José Pereira
Uma dura e pura realidade, para essa marca de renome no nosso Pais, enfim acho que como dizes e juntando esses factores todos a Daiwa em Portugal vai demorar muito a recuperar o que tinha conquistado se alguma vez conseguir. bom artigo
ResponderEliminarAb
Bom artigo, muitos parabéns.
ResponderEliminarÉ pena o caminho escolhido seja como reboque Francês o que não irá ajudar mas os argumentos da Daiwa serão fortes pelo menos em carretos.
Quanto a canas é uma pena os topo de gama não fazerem parte do catálogo, tal como a Normark faz que apenas importa para cá o que interessa deixando os Topo de gama na terra de sol nascente.
É uma pena e aqui acho que ambas estão equiparadas, no mesmo erro de análise de um mercado que é cada vez mais informado e exigente.
Vendo o catálogo francês, na parte das amostras uma duvida surge de imediato, as Tournament não estão em catálogo, será que vão ser comercializadas??? dá que pensar...
Um abraço,
Olá Jose Pedro, aqui o problema é simples... A daiwa Portugal pertence a Daiwa France, que por sua vez importa os produtos da Daiwa ( sede). Ou seja os pedidos são racionados conforme o numero deles, o que os atrasa... E muito. O que a ti te aconteceu é que o carreto em questão não deve haver em stock, e eles vai de mandar vir do Japão para França e depois de França vem para Portugal, ou seja, um montão de tempo em espera.
ResponderEliminarOlá Miguel, bem vindo. A Daiwa tem todas as condições para beliscar a Shimano, mas desta forma eu duvido, pois tem uma logística muito complicada pela frente. No entanto a marca tem um nome assombroso e produtos de alta gama... Pode atenuar diferenças, mas vencer a guerra cá com a Normark, desta forma não vai conseguir.
ResponderEliminarOla Armando, a Shimano deixa muitas coisas lá, é verdade, mas tem muitas diferenças, que passam por te apresentar uma paleta, um cardápio enorme a tua disposição e mais adequado as necessidades locais. Trabalha melhor localmente, é uma empresa muito mais rápida a funcionar, e mais organizada. Também tem por detras um monstro económico como +e a Normark e o grupo de marcas que detém.
ResponderEliminarA Daiwa tem bons carretos e boas canas, como referi, em carreto, epa pode lutar, mas em canas, a oferta é muito pequena, e a marca vai sofrer com isso.
Sobre a tua questão, e por ridiculo que pareça, as tournamente não devem continuar. Chegaram para desaparecer, lol. Não sei mesmo o que a Daiwa France anda a fazer, pois a Daiwa tem amostras 8 jerks) de topo no Japão e ficar sem saltigas e torunament´s é ridículo.
Para ja temos de nos contentar com as migalhas que cá chegam...
Um abraço aí ao pessoal.
Ola Armando, a Shimano deixa muitas coisas lá, é verdade, mas tem muitas diferenças, que passam por te apresentar uma paleta, um cardápio enorme a tua disposição e mais adequado as necessidades locais. Trabalha melhor localmente, é uma empresa muito mais rápida a funcionar, e mais organizada. Também tem por detras um monstro económico como +e a Normark e o grupo de marcas que detém.
ResponderEliminarA Daiwa tem bons carretos e boas canas, como referi, em carreto, epa pode lutar, mas em canas, a oferta é muito pequena, e a marca vai sofrer com isso.
Sobre a tua questão, e por ridiculo que pareça, as tournamente não devem continuar. Chegaram para desaparecer, lol. Não sei mesmo o que a Daiwa France anda a fazer, pois a Daiwa tem amostras 8 jerks) de topo no Japão e ficar sem saltigas e torunament´s é ridículo.
Para ja temos de nos contentar com as migalhas que cá chegam...
Um abraço aí ao pessoal.
Eu pessoalmente estou desiludido com a marca... tenho carretos de topo da mesma, e canas idem idem... Agora estou á cerca de 7 meses! á espera dum elementento para uma cana de boia e sem data prevista de entrega... Pela minha parte canas da marca nem mais uma!
ResponderEliminarOlá Pedro, o que acontece foi o que expliquei. Tivemos nos ultimos dois anos uma Daiwa entregue a uma empresa que estava em decadência.
ResponderEliminarJulgo que agora a coisa pode melhorar ( não sei se muito se pouco), mas ha que dar tempo para tirar ilações.