quarta-feira, 9 de julho de 2014

( Spinning ) Baila ao spinning na companhia de um grande amigo


Mais uma jornada de spinning, mais umas horas de descanso perdidas... Mas se perdi em descanso, ganhei em vida... Mais um momento bem passado na companhia de um grande amigo.

O Miguel anda com as pilhas todas, quer é pesca, e eu na realidade tenho aproveitado a companhia dele para fazer umas pescarias visto que sozinho nunca é igual.

Confesso que pescar de terra, tem sido cada vez mais complicado. Metade do país anda a pesca. Evito, pois sou fruto de motivações, e não as sentindo, não faço as coisas.
Nada, mas nada me motiva mais do que pescar ao lado de quem gosto e em paz. 

Aliás, o Luís Malabar sabe disso, ele deve-se lembrar bem de quando me estava sempre a dizer que estava a dar peixe, montes deles, e ele sabe bem que eu não ia a correr feito louco, não cegava, eu só vou quando me apetece e quando sinto o clic. Hoje no entanto arrependo-me de não ter feito mais pescarias na companhia dele, pois a falta que sinto é enorme, e tinham sido mais motivos para recordar. E recordar é viver.

Talvez por isso, e mesmo muito mole, aceitei o convite do Miguel e fui fazer um spinning nocturno, mas tal como lhe disse, era fazer duas horas e casa, pois eu trabalhava no dia a seguir e ele não.


Assim o fizemos e cerca das 8 arrancámos para o pesqueiro. Tudo à pressa, ao ponto de me esquecer da lanterna, e lá tive que parar no primeiro chinoca para comprar uma da tanga, enfim...

Chegados ao pesqueiro, eram às dezenas o pessoal a tirar fotos ao lindo pôr do sol que estava. Eu só me lembro de pedir ao Miguel para se despachar, para montar a cana, que eu queria ir pescar...

Ainda no carro montámos tudo, a noite, essa... Fabulosa, um luxo, fiquei sempre sem vestir nada, só com o vadeador por cima. Soube-me tão bem, mas tão bem... A única coisa que não estava bem era o facto de a maré estar vazia e irmos levar com a enchente, coisa que eu não gosto ao spinning. Não tinha portanto fé em apanhar nada, mas tinha ido com o intuito de passar um bom bocado e apanhar ar. O ambiente com o Miguel é sempre espectacular, é mais um amigo do peito, com quem já vivi grandes momentos junto ao mar, com quem passo muitos dias a rir, e a contar-mos histórias e claro sempre a falar do desporto que nos apaixona. Pelo caminho existe sempre a tendência de cada um dizer, vou apanhar um logo no 1º lançamento, vou apanhar mais do que tu, vou te mostrar como é, lololol, é o costume entre a malta.

Assim que chegámos, observei bem o mar, e vi onde estava com melhores condições, ele foi para a esquerda e eu fui mais para a direita, onde vi uma boa escoa, ao lado de um fundão. Como a maré não corria nada, percebi que naquela zona podia mais facilmente ter sucesso, pois ali o mar estava a mexer por baixo, o que verifiquei assim que lá cheguei. Cada lançamento a amostra alterava sempre o seu trabalhar, oscilando entre o sentir se muito o wobbling e deixar de sentir, quando vinha a vaga...

Talvez por isso insisti sempre na zona e não saí mais do que 5 a 10 metros da zona, andando sempre para um lado e outro, mas sempre no perímetro, o Miguel entretanto veio ter comigo, e lá ficámos a dar neles, à procura de desgradar. Troquei umas 6/7 amostras sem nunca ter resultados, a Lua cheia olhava para mim e eu para ela, e só pensava em que se não fosse aquela noite brutal, eu já me tinha ido embora, pois simplesmente não se sentia nada... O Miguel perguntava-me, eu a ele, e nada. Nenhum sentiu um toque durante hora e meia... Comecei a pensar que era grade, e quando olhei para as horas, disse para mim que era mais meia hora, e finito... 

Fui então à bolsa e deixei de ser teimoso, parei de trocar de amostras, e lá agarrei nela, toda marada, já quase sem tinta, mas era ela... E disse-lhe bem baixinho ao ouvido: " Voa borboleta, trás uma baila ao pai..."... E ela vou... E não bateu, o Miguel chegou-se ao pé de mim, estava a minha amostra a chegar à escoa, a meia dúzia de metros dos pés, e quando olho para ele, sinto um Ptum, ptum, ptummmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm, e fiz a ferragem, num toque de ponteira, rápido e seco. E percebi que estava bem ferrada, lutou muito e ainda me arrancou um pouco ali na escoa, rodou de lado, foi contra a corrente, mas tranquei-lhe o drag quando percebi que o podia fazer e dei uns passos para trás enquanto a tirava da escoa, que era forte, e daquela altura louca que tem a zona. Já em seco, o Miguel deu uma corrida e trouxe-ma aos pés. Um linda, arisca e muito gordinha Baila. Lindo peixe. Elas este ano estão tão gordas estão simplesmente deliciosas.

E com uma grande alegria, lembrei-me dos momentos com o Palmeta, e com o Guilherme e demos uma palmada um " toma lá mais cinco" , um grande sorriso, e lá fomos nós à procura de mais uma, e logo no lançamento seguinte o Miguel crava outra, chama-me mas ela ptum, ptum, eu só via a cana dele às cabeçadas, e a gaja desferrou, e lá sobreviveu. Custa pa caraças... Mas faz parte da pesca, é por vezes um desespero, mas não há nada a fazer quando acontece. Tive pena, pois queria muito que ele também sacasse uma, mas ele tem se safo bem, está a fazer uns peixes e um dia é do peixe, outro do pescador. Faz parte.

Continuámos mais uma meia hora, sem qualquer toque, sem actividade, e lá conversámos e desistimos. Eu precisava de ir descansar, e ele ia insistir no dia seguinte, precisava dormir algumas horas.

Pelo caminho, viemos sempre na galhofa, e parámos, não para beber um café, mas para comer uns croissants de chocolate e ovo, lol. Primeiro demos comida aos peixes, depois demos a nós...

Chegado a casa, foi lavar o vadeador ( muito importante pessoal ), e cama... Em breve há mais... Podem crer que vai haver, eheheh!!!

Rf



Material:
Canas: Shimano Stradic spin; Hiro Magister Lure
Carretos: Shimano Biomaster 5000 FC; Daiwa Certate Hyper custom 4000
Linhas: Sufix 832
Amostras: Max Rap; Lucky Craft; Akada; Angel Kiss; Jackson Athlete


Filipepc, Miguel Candeias

3 comentários:

  1. Boas Filipe,
    És cá dos meus... :)
    Nada de confusões e andar pela noite a dentro a mandar peixinhos... LOL
    Não há sensação melhor do que essa, de pescar assim de terra, tirando as ilhadas é claro... LOL
    Não aproveitaste com o Luís, mas pelo menos aprendeste algo, que te fez melhorar...

    Forte Abraço e venham eles... :)

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  2. Mais um peixinho amigo..:-) A unica pena que tenho é não ter pescado mais vezes contigo. Nunca pelo peixe, mas sim pela tua companhia e lembranças..:-)

    Aquele abração grande

    Luís Malabar

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  3. Mais um bom momento passado junto ao mar, com um bom amigo numa noite agradável que mais se pode pedir.
    Um abraço e continuação de bons lances e de relatos simplesmente deliciosos.

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