Depois de quebrado o enguiço da dupla, estava na hora de
marcar outra pescaria com o meu amigo Joaquim. Mais uma saída para o mar em
busca de robalos.
A pesca seria trolling e vinil, e os spots escolhidos seriam
os mesmos da ultima vez que nos deu sorte. É claro que a sorte procura-se e só
lá indo e absovendo as experiências que as pescarias nos vão dando e ouvindo os
conselhos de que sabe, é assim que nos vamos tornando melhores pescadores.
Ainda sou muito verde neste tipo de pesca, mas vou começando a perceber cada
vez mais como funcionam as coisas, e tudo começa a sair mais mecanizado.
As previsões eram boas, vento zero, e coincidiam com a minha
folga. Tinha de ligar ao Joaquim e saber se podia e queria ir dar umas voltas
de barco. Rapidamente ele diz-me que sim e lá combinámos tudo.
Lá ia eu tentar fugir dos voodoos do Filipe, embora ela
soubesse que vinhamos à pesca, duvidava que os seus bruxedos iriam afectar-me à
distância. EHEHEHHEH
Eram 6 da manha e já estávamos os dois na marina, tinhamos só
de atestar o barco e voltar reabastecer os jerricans.
Estava tudo a postos e enquanto o Joaquim preparava o barco
eu ia montando as canas, na marina para sairmos já com as armas prontas e
depois era só “pôr o dedo no gatilho”.
O amanhecer estava lindo e as águas pareciam um espelho, tal
como diziam as previsões.
No caminho até ao pesqueiro fomos pondo a conversa em dia, e
delineando melhor o plano de ataque.
Chegados ao primeiro pesqueiro e era altura de colocar as
amostras a trabalhar, o Joaquim apostava na FireTiger pois ele tem grande
fezada naquela amostra na altura de pouca luz, mas eu ataquei logo na sardinha,
também para irmos com cores diferentes e vermos o que o peixe queria.
Aquela passagem é muito longa, a sonda nada marcava e já
trolávamos à um bom bocado. Eu gosto de ir com a cana na mão, embora muita
gente faça esta pesca com as canas no caneiro, quando sinto uma porrada na
cana, a ponteira a dobrar toda, e o
carreto dispara ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ. Aquele momento
porque tanto esperamos, a adrenalina dispara, mas ao mesmo tempo temos de
manter a calma para que tudo corra como queremos.
Voltando ao peixe, que se debatia na outra ponta da linha, já
tinha levado alguma linha, fazia-me pensar se seria um bom barrote. Já devia
ter recolhido metade da linha quando ele volta a dar mais uma arrancada, até
que finalmente chega ao pé do barco e o Joaquim consegue pô-lo no xalavar.
Alegria no barco, estava feito o primeiro do dia, e
confirmado que a quebra do enguiço desta dupla não tinha sido um acaso.
O peixe esse muito lutador, mas não era aquele barrote, mas
já era um robalo de bom porte.
Enquanto libertava o peixe da amostra, a sonda marcava peixe
naquela zona, e iamos voltar à carga e passar outra vez no mesmo local. Mas
neste local não iriamos tirar mais nenhum peixe. Mudámos de pesqueiro, e quando
já estávamos à pesca outra vez porrada na minha cana, este deu pouca luta mais
um peixe na caixa.
Já pescávamos à umas horas, e a actividade tinha abradado,
mas havia uma zona onde passávamos que marcavamos uns quantos peixes juntos mas
não queriam nada com as amostras rijas. Até que o Joaquim os apanhou todos
juntos e disse logo vai de vinil.
O Joaquim tem melhorado bastante no que toca a manobrar o
peixe e localizá-lo e isso nestas pescas é muito importante. Isso aleado com a
maneira de ser dele, que é uma pessoa muito calma e relaxada, em que nada o
chateia é excelente para qualquer tipo de pesca mas para esta principalmente
porque são muitas horas para a frente e para trás.
Mas como tinha dito o vinil com a quantidade de peixe que
tinha marcado e tão junto como estava era altura de vinilar. Temos sempre duas
canas montadas cada um, uma pronta para trolar e a outra para vinilar. Assim
quando tomamos esta decisão é muito mais rápido e não perdemos tempo em trocar
das amostras para os vinis.
Para vinilar desta vez levei uma cana que tenho à pouco
tempo, a Vega Ogawa. Já a tinha experimentado a spinnar, da primeira vez as
condições não eram grande coisa, e não tinha ficado com grande impressão da
cana. Da segunda vez que usei já foi diferente, embora tenha sido grade, logo
não tenha trabalhado nenhum peixe com ela, gostei muito das prestações dela,
quer em lançamento quer na sensibilidade a trabalhar as amostras. Fiquei logo a
pensar que seria uma boa cana para os robalos ao vinil. E sim confirmei isto
neste dia... Vamos lá contar esta parte do dia.
Começamos a vinilar e passámos duas vezes e a marcar peixe e
nada de ataques. Até que pergunto ao Joaquim onde marcava peixe. Ele disse que
era um pouco acima do fundo e não mesmo colado ao fundo. Pensei logo que
teriamos de animar animar as amostras mais acima. Então vamos lá, se é assim,
começo a vinilar, mas como se fosse a jiggar. Deixava o vinil ir até ao fundo,
levantava, recolhia, e fazia isto para aí três vezes, para bater uma maior
coluna de água e funcionou.
Fiz 5 peixes em pouco tempo estava a curtir muito, mas para
ser perfeito faltava-me uma coisa que era o Joaquim apanhar algum. E eu lá lhe
dizia que assim não quero que tua apanhes um peixe. Até que ele lá ferrou o seu
primeiro, e fiquei bem mais contente. Embora não tendo medida e fora devolvido
já havia actividade na cana dele.
Foi um periodo de muita acção, até porque o vinil é muito
mais divertido que o trolling. Fiz 5 peixes em pouco tempo, mais um ou outro
que devolvi por não ter medida. O Joaquim também teve facturou um peixe, tirando dois que devolveu
por serem pequenos. Além disso estava a ter muitos ataques de peixes que não
ferravam.
A cana Ogawa, veio mesmo confirmar o que eu achava,
espectacular a trabalhar os vinis e muito fixe a trabalhar o peixe. A cana é
macia, mas é progressiva, achei perfeita para esta pesca. Quando vier o verão
vou testá-la também às douradas à chumbadinha de barco.
A pesca estava muito bem composta, o cardume esse tinha
dissipado com a mudança da maré.
Voltámos então ao trolling. Era a altura do Joaquim fazer uns
peixes.
Começamos a fazer umas passagens e na zona quente o a cana do
Joaquim dá sinal de peixe, era a vez dele brilhar, e facilmente o pusemos
juntos dos outros que estavam na caixa.
Mais uma passagem e pimba cana do Joaquim outra vez, e ele
começa a recolher, mas o peixe deve ter dado a volta a uma rocha e prende a
linha, já não tinhamos a certeza de seria peixe o se teria só prendido, e o
Joaquim passa-me a cana e manobra o barco de maneira a dar a volta à rocha e
quando dá a volta sinto umas cabeçadas e lhe digo é peixe. Facilmente o metemos
no barco, graças ao bom trabalho do Joaquim ao manobrar o barco e dar a volta
para sontar a linha.
Fizemos mais umas passagens e ainda fizemos mais uns peixes
uns com medida e outros devolvidos. Deixámos de ter actividade e resolvemos
fazer o caminho inverso que tinhamos feito de manha a ver se sacávamos mais
algum, mas nada.
Era altura de voltar a casa.
Excelente dia de pesca com o meu grande amigo Joaquim.
Foi uma maneira de fugir aos Voodoos do Filipe e das fracas
pescarias dos areais. Mas os areais que se preparem que eu volto à carga.
Grande abraço a todos e até breve
Material:
Canas: Shimano Nasci MH 9''; Vega Ogawa
Carretos: Shimano Biomarter C5000fb (2), Tubertini Luis 5500,
Ryobi AP Power 8000
Amostras, Yo-zuri, Storm, BlackMinow
Guilherme, Joaquim
O gradeiro desgradou. Devem-lhe ter oferecido o peixe, algum pescador com pena.
ResponderEliminarBela teca. Abraço, João.
Parabéns aos dois pela pescaria e fico mesmo feliz por vos ver com um sorriso estampado no rosto :-)
ResponderEliminarGrande abraço amigos
Luís Malabar
Boa pescaria, muitos parabéns, desta vez escaparam ao Voodoo ;) vamos ver com é na próxima saida.
ResponderEliminarOs meus parabéns a dois bons amigos pela evolução, pois esta pesca é chata, mas produz excelentes resultados. Um abraço a ambos, e Gui não te habitues senão lanço-te novo voodoo.
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