segunda-feira, 18 de abril de 2016

[SURFCASTING] Em busca das rainhas do verão



A época invernal dos Robalos e dos Sargalhões chegou ao fim!

Foram muitas as noites que passámos ao frio, à chuva, ao gelo (sim porque houve noites em que se chovesse caía neve de certeza), em busca dos peixes que nos fazem sonhar e aguentar estas noites duras. Aqueles robalos grandes que fazem dobrar as canas, com as suas corridas, aquele barulho do drag que se mistura com o barulho da noite (sim porque a noite tem tanto ou mais barulho que o dia e quem anda por estas praias ainda meio selvagens sabe do que falo), aqueles sargos enormes que lutam até à exaustão, peixes que nos põem à prova para os conseguirmos controlar na escoa da onda. Estas sensações que nós, pescadores de surfcasting, ansiamos todo o ano acabaram. Os dias começam a ficar mais longos, o calor vai querendo aparecer aqui e ali, e as espécies que vêm com este calor começam a dar a cara. Falo da espécie rainha do verão, a Sparus Aurata, vulgarmente conhecida como Dourada.

O GANG já tem feito algumas jornadas a elas mas sem sucesso. Apenas saíram 3 este ano e todas do mesmo lote. Peixes ainda magros fruto da desova de inverno.

Foi num destes dias em que o tempo dava uma aberta que eu e o Emanuel fomos ver se dávamos com alguma (isto só se sabe se lá formos, e a pesca da dourada é principalmente uma pesca de espera e de insistência).
As previsões eram de um dia algo nublado, com algumas abertas de sol, e um vento lateral que a meio do dia se fez sentir. A água estava gelada, em torno dos 14 graus, cristalina, mas mesmo assim esperávamos que alguma dourada desse sinal. Elas nesta praia comem muito mal, apenas aliviam a ponteira ou dão pequenos toques. São raras as que dão grandes arranques.

O primeiro a sentir peixe foi o Emanuel com um sargo palmeiro, prontamente devolvido. Logo de seguida vejo a Taylor X6 ligeiramente aliviada. Vou até à cana e faço a ferragem. Sinto um peso algo forte do outro lado mas sem cabecear. Pensei num polvo pequeno ou num safio (A praia tem alguma pedra e estes habitantes são frequentes na zona). Com o peixe a chegar à praia começam as cabeçadas e com o drag a trabalhar pus este menino a seco…



Um belo Sargo, coisa rara este inverno…



A filha do Emanuel começa a dar os primeiros passos na pesca e, como quem sai aos seus, já se ajeita nos lançamentos, pedindo até ao pai para lançar em OTG! (Vejam só estes miúdos de hoje em dia! EHEHEH)

Na enchente foram saindo uns sargos palmeiros mas nada de relevante. Aproveitámos a fraca atividade para almoçar e repor energias para o resto do dia.
Com a maré já a descer o Emanuel vê a ponteira da BlackStar a aliviar, corre para a cana e faz a ferragem fazendo o sinal para mim que tinha peixe. Com o peixe às cabeçadas e o drag a trabalhar põe a seco a primeira dourada do dia. Um peixe de lote mas ainda magro.


O resto da jornada foi fraco em quantidade mas em qualidade veio a revelar-se positivo. O Emanuel ainda tira mais 2 sargos de um lote bom, o ultimo já com o sol a esconder-se no mar.




Foi um dia positivo em termos de qualidade de peixe. Três sargos bons e uma dourada razoável. Esperemos que a água finalmente aqueça para que as nossas amigas douradas possam entrar em força.








O GANG não para e este ano teremos novidades com pescas em locais nunca antes pescados. Fiquem atentos…

JOÃO PAIVA

3 comentários:

  1. Fantástico pessoal! Como sempre!
    Vocês são de que zona? Do sul? O meu irmão mora em Beja. Curtia fazervos companhia num dia destes!

    Outra questão.. Porque motivo usam chumbadas amarelas?

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  2. Olá. A questão das cores é discutível, mas na pesca a dourada defende se que as cores amarelas e laranjas são as que resultam melhor.

    Teríamos todo o gosto em que nos acompanhasses. Abraço.

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  3. Mais um ataque do gang às praias e apesar delas ainda serem poucas e magras ainda se divertiram e tiraram uns peixes numa praia complicada :-) Força meus amigos e porrada nelas..hehehe

    Grande abraço

    Luís Malabar

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