Boas Pessoal…
As pescas não têm estado nada fácil, principalmente com os
baiacus em força e a não deixar pescar em condições. Além do mais o peixe
perdeu a força e baixou muito a actividade faz já 3 semanas, o que não é normal
de todo.
O que também não é normal é a temperatura da água que
continua muito inconstante e nada regular. Pois uma coisa é ela se manter fria
ou quente, outra coisa é ela estar a alterar constantemente a temperatura todos
os dias!!!
A minha experiencia diz-me que isto não é bom de todo para a
actividade dos peixes, dai a falta de peixe nos pontos normais de peixe.
Até os grandes cardumes de sardinha desapareceram durante
algum tempo, tendo o valor dela disparado nos pontos de venda habituais, o que
levou muitos pescadores de fundo a encostarem os seus barcos à espera que o
preço baixasse.
O bom do jigging é que temos sempre isco…hahaha
Este dia de jigging foi muito difícil, decidi ir a duas
zonas quentes para tentar encontrar o pouco peixe que marcava e descobrir como
puxar por eles.
Quando o peixe está difícil não vale apena andar de ponto em
ponto a ver qual dos peixes é que quer comer. Para mim é dos erros mais fáceis
de cometer e que mais frustrações pode trazer.
Eu prefiro escolher 2 ou 3 pontos quentes de peixe e passar
o tempo a tentar perceber como é que estão a comer e qual o ponto de água mais propício
a alimentarem-se.
Depois de descobrir alguns peixes na primeira zona e depois
de algumas tentativas percebi que o speed jigging estava fora de questão. O
peixe simplesmente não estava activo para essa técnica.
Mudei para SPJ e depois de dez minutos à procura do
movimento correto que os desperta-se lá tive o primeiro ataque a uns 5 metros
do fundo….
Este peixe era bem esquisito!!!... Tinha algum peso mas mal
corria e apenas ficava parado a dar cabeçadas!!....Piazeite estava fora de
questão…nunca na vida…hehehe.
Nas calmas lá foi vindo a dar algumas cabeçadas alternando
com 2 ou 4 tentativas de corrida que em nada deu…hahaha…até que a poucos metros
antes de chegar à superfície reparei que era prateado e comprido????...que
raio???
Para meu espanto era um Pungo pequeno…hahaha…que peixe
cansado e já com os bofes de fora da descompressão. O que queria dizer que a
temperatura da água lá no fundo era baixa, talvez o suficiente para a
diminuição do apetite dos peixes e dos cardumes de Piazeite.
Embarquei o peixe e depois de algum tempo decidi mudar de
zona…
Chegando à segunda zona decidi mudar de jig mas manter o
peso. Eu precisava de um jig maior mas que ao mesmo tempo tivesse mais tempo de
flutuação, permitindo estar mais tempo na zona de ataque para dar tempo aos
predadores de reagirem.
Mas mudar o jig não basta, é preciso acompanhar a mudança do
jig, a técnica e o nosso pensamento.
O truque que eu uso é associar o jig e a técnica a um único
pensamento que é a de um peixe ou um cefalópode…seja ele lula ou choco.
É mais fácil colocarmos em prática a técnica se tivermos uma
imagem clara na nossa cabeça dos movimentos que diferem um peixe de uma lula ou
de um choco. A partir daí podemos imprimir os movimentos do nosso jig em função
da nossa presa.
Os predadores mudam de alimentação em função do que
necessitam e muitas das vezes nós falhamos pelo simples facto de não lhe darmos
o que eles querem. Às vezes também eles não querem comer, e se for para ele
comer, mais vale que seja uma presa que raramente ele consegue ter disponível
como é o caso das lulas.
Depois de alguns minutos a sondar, verifiquei que não
marcava nada!!...
É nestas alturas que eu prefiro esquecer-me do sonar e
chamar o peixe com o jig.
Talvez nunca tenham reparado numa situação nos vídeos que eu
faço ao jigging, quando o jig chega ao fundo e eu levanto-o e deixo-o cair
novamente sem usar a manivela. Levanto e deixo cair o jig umas 3 ou 4 vezes até
começar a trabalhar.
Isto tem uma razão de ser para quem não sabe. Tem haver com
a propagação do som, e quem já fez caça submarina sabe a importância que isso
tem debaixo de água quando fazemos um agachon e queremos chamar os predadores
que se encontram pela zona.
Isto serve quando marca pouco ou nenhum peixe no sonar, o
mesmo já não é preciso fazer quando são bolas de peixe, pois o jig passa por
eles e eles seguem-no até ao fundo ou atacam assim que passa por eles.
Com os jigs também funciona e a probabilidade de ter mais
contactos aumenta e muito. Com esse movimento não queremos ataque, apenas que o
predador se aperceba de onde vem o som e se mantenha desperto.
Assim foi, passado pouco tempo e sem marcar nada no sonar,
tive o ataque a uns 10 metros do fundo e ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ..zzzzzzzzzzzz….PIAZEITE…J
Linda luta e um lindo peixe que não resistiu ao jig..:-) Este sim é um predador...o outro um aproveitador...hahaha.
Depois de embarcar o peixe, o vento começou a levantar mais
o mar e tive que desistir e rumar a terra.
Um grande abraço e até breve
Luís Malabar
Comé Luisão!
ResponderEliminarSeja Pungo ou Piazeite o que é certo é que os monstrinhos continuam a sair das profundezas :)
Continua aí e aproveita ao máximo...
Abraço e força aí.
Comé Pedro :-) Enquanto eles forem saindo eu vou aproveitando..hehehe.
EliminarGrande abraço amigo
Luís Malabar
Boas Luís.
ResponderEliminarPois essa tecnica tem muito que lhe diga, um dia quando tiver um barco, vou pescar ai jigging;) Já o fiz duas vezes, mas so me calhou carapaus e cavalas, ahahahahha.
Parabens por mais uns peixões amigo, força ai que um dia das com uma carrada deles;)
Comé João..:-) Já sabes que nem precisas de trazer nada se quiseres vir...hahaha..as portas estão abertas para ti amigo e não te preocupes com os bichos maus que eles só mordem um pouco...hahaha
ResponderEliminarGrande abração amigo
Luís Malabar