quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Novidades Shimano 2013 - Breve apresentação de Canas/ com catálogo

Boas,

Este ano pude ter todos os modelos da Shimano na mão em todas as famílias(gamas), e pude em quase todas testar uns minutos e ficar com um parecer minimamente fiável.

Gostei no geral do que vi, mas nem todas as gamas foram presenteadas, como a meu ver mereciam.

Comecemos então pelo Surfcasting: 

Nesta gama confesso que fiquei muito desiludido. Primeiro porque a Shimano à 5 anos atrás tinha uma vasta gama de canas de qualidade superior.
Quando me lembro de canas como a Super aero technium cinza, Antares, ou as Power Aero Azuis, fico meio pensativo no que falhou nos últimos anos na marca. Talvez o nosso mercado tenha deixado de ser levado em conta, mas isso faz-me confusão numa marca que tem aumentado as vendas e que por exemplo vende mais em Portugal do que em Espanha( em  %).
Tudo depende da estratégia que a empresa pretende implementar e das gamas que sente que devem merecer maior investimento, mas sendo Portugal um país cujo surfcasting é tradicionalmente uma das modalidades principais, se não é mesmo a principal, estranho muito a falta de atenção que tem sido dada a esta família, quer qualidade, quer em componentes, quer nos sacos de transporte muito fracos que a marca nos oferece. Eu pessoalmente espero mais da marca.
Quando soube que a marca tinha 4 novos modelos e um 5 em agenda fiquei expectante. Depois de poder manusear todas, posso tecer alguns breves comentários, deixando o plano individual para breve...
Do mal o menos a Super aero technium tubular em 4,25 mt. e até a a de 4,50mt. híbrida( embora um pouco seca, é uma cana muito potente), são canas de elevada qualidade e que representam bem o caminho que a marca deve seguir.

Ultegra BX Tubular- Cana apenas existente em 4,25mt. O BX da Ultegra parece um XXH, é dura, seca em demasia, tem uma ponteira muito grossa, e só a posso aconselhar a quem goste de canas extra fortes, e cujo flexibilidade seja praticamente nula.


Speedcast Tubular- É uma cana interessante, semi-parabólica, de cor branca, muito bonita em termos de design. Achei-a muito interessante para a gama onde se insere. É verdade que a ponteira é grossa, mas o 2º elemento é menos duro do que o da Ultegra e isso permite-lhe ter um trabalhar muito mais adequado. Vem equipada com Fuji de diâmetros bem generosos, o que a torna polivalente. O modelo CX só existe em 4,25 mt.
Tem um pormenor que me saltou à vista, o espigão entre o 2 e 3 elemento fica um pouco à vista o que devia ter sido repensado e alterado nem que seja pela questão estética. É claramente uma cana a rever, pois parece-me que vai vender bem principalmente para quem gosta de canas fortes e robustas.

Surf Leader Ultra: Ia caindo para o lado... O amarelo alterado em relação à última cana deixa muito a desejar, a cana vem com uma ponteira assustadora de tão grossa que é, retiraram os acabamentos fabulosos da oriental arts.
Para que percebam a cana era híbrida e tentaram fazer dela uma cana tubular, mas falhou algo. O pior é que numa gama alta, não se entende. Tenho muita pena, mas julgo não ser uma cana vendável no nosso país.



Power Aero Sensitive: Aqui sim, nesta cana vi a antiga qualidade Shimano. Linda, com acabamentos de luxo, um carbono com biofibra daqueles que a marca nos habitou, mas depois com uma ponteira híbrida magnífica, que dá à cana uma acção ideal para a pesca de praia. Aqui sim, quem a fez, percebe o que está a fazer, e percebeu o que é o Surfcasting actual. Vão gostar desta cana que sai apenas em meados do ano que vem. Acção até 225 gramas, com best performance de 130-200. Para mim tem a best performance nas 140/150 gramas.

Technium Híbrida: Com uns acabamentos ainda algo antiquados, a cana na versão híbrida agrada-me mais do que na versão tubular. Cana aceitável e com algum mercado a meu ver, mas merecia outro tipo de acabamentos.

E por aqui nos ficamos, resta esperar que para o ano a Shimano perceba o que necessita para tornar a estar na ribalta nesta gama. Reafirmo a ideia de que em cada país e gama se deve ter bem a noção do que o marcado pede. Basta ter pessoas que o entendam a fazer as escolhas.

Bóia/chumbadinha:

Esta gama é uma espécie de patinho feio da marca, onde não investe praticamente nada, mais uma vez digo, num país que pratica muito este tipo de modalidade. Pedia-se mais opções de mercado e uma cana pelo menos de alto nível.

A marca no entanto vai lançar a Forcemaster uma cana que achei interessante, de cor cinza/escuro, que sem ser muito vistosa é simples e na gama onde se vai inserir( média, 125 a 140 euros) parece-me muito aceitável. Gostei da cana, é semi-parabólica, vem com um carbono bastante robusto e julgo ser vendável enquanto cana. Um ou outro toque de requinte podia catapultá-la para algo mais... Deverá sair em breve para o mercado, para já não aparece no catálogo...

Embarcada: 

O topo de gama mantém-se, a Antares, uma cana muito bonita, com acabamentos de luxo. Pessoalmente achei-a apenas um pouco seca demais o que não é o meu género.
Na gama abaixo a Speedmaster foi remodelada e vem com acabamentos muito superiores e de cor cinza. Passadores Fuji, e um carbono mais leve e pareceu-me menos seco do que a antecessora.



Também na gama baixa, a Catana teve direito a uma cana que achei muito jeitosa para o preço. Bonita, simples, e com uma acção semi-parabólica é uma cana a ter em conta e que pode deixar marca devido ao preço aceitável que tem (70/80 euros)



Na gama telescópica gostei de ver a Catana e a Vengeance canas de uma gama baixa, que para pesca ligeira com gramagens baixas são interessantes. São canas para pescas a baixas profundidades.

Telescópicas: 

Aqui está uma gama com boas novidades, deveras interessantes e com muita qualidade.
O que falta aqui à Shimano nem é qualidade, é mesmo o facto de Portugal ser um país onde tradicionalmente os pescadores gastam muito dinheiro em canas de 3 partes, mas nas versões telescópicas preferem gamas mais em conta. Isto além de a Shimano limitar muito as gramagens de referência ao valor de 200 gramas, o que para os pescadores nacionais habituados a serem ludibriados por muitas marcas acabam por considerar a acção insuficiente.
 Aqui apenas aponto a falta de sensibilidade sobre o que o marcado aqui nos  dá, mas o nível das canas está alto.
Quase todas têm excelentes acabamentos, um diâmetro muito fino, e uma acção que a mim me agrada neste segmento.
A gama alta neste segmento passa a ser a Super Aero technium uma cana muito potente.
Também a Speedcast tem aqui uma versão telescópica muito elegante, e que vale a pena reter. Forte q.b., com acabamentos de luxo, de cor branca.





Na versão mais em conta a Vengeance é uma cana muito interessante, e que pode ser uma boa aposta em valores abaixo dos 75 euros.



Spinning:

Para o fim fica o Spinning, claramente a família onde a Shimano mais investe e onde vi as melhores novidades. Sem dúvida de parabéns a marca pelo trabalho neste campo. Entendo como amante da modalidade o porquê de aqui se dar o grande investimento. À escala global, está aqui a galinha de ovos de ouro!

As novidades são muitas vou apenas destacar o que mais gostei. Começo por dizer que a cana que seria o topo de gama e que foi feita na versão normal e na versão Power Game, a WILD ROMANCE, parece que não será uma aposta por parte da Normark e não entrará em catálogo. Desconheço os motivos. Na mão a versão normal, a única com que contactei, pareceu-me frágil. A cor, bem, digamos que é diferente, um género de roxo petrolina.



Apesar desta desilusão, rapidamente me saltaram à vista outros modelos muito bem acabados e que serão um sucesso em Portugal.

Começo pelas versões mais em conta:

A grande novidade que destaco e que me agradou, foi a Scimitar, uma cana que vem na versão acima da Vengeance, e que tem tal como a Vengeance uma relação preço/qualidade fenomenal. É caso para dizer que qualquer pessoa pode fazer spinning pois o preço está muito em conta para o geral existente.

Scimitar- Inserida na gama acima da Vengeance esta cana que consegue englobar uma vasta gama de tamanhos, vem a meu ver num preço fenomenal para o design e qualidade que aparenta. Com um C.W. de 15-60 gramas esta cana perfila-se como uma das mais vendidas no próximo ano para a modalide. Na mão senti uma cana bastante equilibrada, nada "bambalhona", nem demasiado rija. Óptima para quem começa a modalidade.



Beastmaster Seabass - Uma excelente surpresa. Esta gama, típica da Seabass é muito potenta, tem uma reserva de gramagem que lhe permite lançar não só Jerkbaits mas também Vinis e chivos.
Num preço abaixo de 100 euros, e com a qualidade que a gama sempre nos apresentou, esta cana é uma solução muito interessante para quem queira ummodelo Seabass polivalente sem gastar muito dinheiro.



Stradic- A cana que mais me impressionou nesta gama. Como sempre o digo, os gostos não se discutem, mas esta cana é lindíssima, tem acabamentos fenomenais, e vem equipada com passadores Fuji Alconite.
Também de acção 15-60 na versão H, e muito rápida na acção de pesca, foi para os meus olhos a que mais me agradou, e a que considero ter melhor relação preço/qualidade de todas as que vi.



Biomaster - Uma cana muito elegante, típica da gama Biomaster. Com passadores Fuji K, esta cana traz uma acção óptima para trabalhar com jerkbaits e apresenta uma reserva de potência muito interessante. É rápida, leve e promete ser um caso sério dentro das gamas médias onde se insere. É a par da Stradic as grandes novidades nos segmentos entre 100-175 euros.

Ospescas.

3 comentários:

  1. Os comentários ás canas são feitos com base no que vem no catalogo, ou experimentaste? Eu já possui e possuo, várias canas shimano, e por exemplo em relação á surf leader ultra, tenho uma amarelinha..e nada tem a ver com a descrição que fizeste, podias até realçar outros aspectos, que é a inovação do porta carretos que é brilhante, e os novos passadores que são fantasticos..e a lançar..é um disparate, mesmo para quem não tem grande técnica de lançamento, ela lança praticamente sózinha. Saudações e continuação de boas pescarias

    ResponderEliminar
  2. Boa tarde, antes de mais, quando se faz um comentário é de bom tom no mínimo assinar. Na próxima será despublicado caso não o faça. É o mínimo que se pede aqui no blogue.
    Sobre a questão, eu tenho 9 canas de surfcasting da marca, portanto falo com conhecimento de causa. Tenho também a surf leader Ultra, se ler com atenção o que eu escrevi percebe que a que você tem não é a mesma que eu falo. Basta reler tudo e percebe bem o que refiro. A Surf Leader Ultra de 2013 não é híbrida, é tubular, e os acabamentos nada têm a ver.
    Por fim, julgo que referi o seguinte " Este ano pude ter todas as canas na mão", isto deve responder à sua outra questão.
    Qualquer dúvida é dizer. Cumprimentos.

    ResponderEliminar
  3. Viva
    A descrição da Power Aero Sensitive está a fazer-me água na boca.
    Por acaso não se arranja uma foto dessa?

    Obrigado

    Vira Soares

    ResponderEliminar