Como
tem sido hábito, ás 4h30 já o pessoal se começava a encontrar onde a
primeira paragem está definida nas bombas para os diversos
abastecimentos, ehehehehe O tema inicial de conversa era dedicado ao
tempo que estava reservado para este dia. O mar, segundo as previsões,
iria marcar 2,5m de ondulação com um período de vaga na ordem dos 16, o
que fazia prever uma aguagem forte para estas lides.Como a vontade é
mais do que muita, só se o mestre desmarcasse a pescaria e mesmo assim
acho que o ia-mos buscar a casa ehehehehehehe. Já a caminho de Sesimbra,
a pica era mais do que muita e se a vontade fosse lei, não havia peixe
na água que se ficasse a rir.
Já no porto de abrigo, a noite ainda se fazia sentir, pouco vento mas as previsões davam algum para a tarde. Uns chuviscos a meio da manha e o resto nem a Maya nos podia ajudar.
O barco largava cabos , e o pessoal já começava a pedir peixe, vai lá vai ehehehe. Mais uns minutos e vejo a proa a manter a direcção a sul do porto de abrigo, mestre Fernando então o que nos reserva para hoje, vejo que caminha para sul, tem alguma carta na manga? em resposta, o mestre diz que era a melhor opção a tomar tendo em conta que a norte se ia sentir mais o mar podendo dificultar a vida ás barrigas mais sensíveis. Sou honesto que neste tipo de pesca, aos diversos, não troco o Cabo Espichel por nada deste mundo, é a minha zona de eleição onde encontro uma paz que não arranjo explicação.
A embarcação levava rumo ao pesqueiro e somos brindados com um nascer do sol brutal em que só uma foto pode explicar.
Rapidamente nascia o dia e o cenário passou a ser outro, alguma neblina aparecia no horizonte proporcionando uma vista muito bonita da costa. Vai mais uma foto para ver se concordam.
Ao fim de largos minutos a navegar por um espelho de água e lá chegamos ao primeiro pesqueiro, ficava a caminho da famosa "Vereda" um local onde, segundo o mestre, nos poderia trazer algumas alegrias. Estávamos a 80 metros de fundo e começamos a ouvir falar em Douradas. Estávamos muito perto de um pesqueiro mítico para estas meninas e poderia andar alguma perdida nas nossas banda. Com a montagem dos apetrechos o PJPescador traz um novo tabuleiro de isco, muito fixe, robusto graças ao suporte em chapa de inox, tudo isto feito pelo amigo Fernando, seu pai e grande engenhocas pois este homem tem um jeito para criar estes utensílios que deixam o pessoal de boca aberta.
Iscas dentro de água e são notados muito
poucos toques em que o único peixe de escama foi uma Choupa apanhada
pelo Pjpescador e uns carapaus que superavam as cavalas e bogas.. Em
poucos minutos estava o mestre a perguntar se o pessoal sentia peixe no
local, a resposta era geral, "De vez em quando nada". É então ouvida
ordem para levantar canas, não servia de nada estar a chover no molhado.
Proa a caminho da mesma direcção que levávamos inicialmente. Era altura
do mestre passar ao plano B, outro pesqueiro dentro das mesmas
características ligeiramente mais fundo, estávamos com 88 metros de
fundo com um pouco mais de rocha. O primeiro sinal de que estávamos em
cima de fundo rochoso aparece de imediato, ai estão os habituais peixes
da pedra. Bora lá que agora é que se vai dar, toca a buzina, sinal de
que o barco terminou a manobra de fundeio, é hora de mandar as iscas
para o fundo. Começo por apanhar uma choupa e outras dão sinal nas canas
ao lado. Mais um peixe ou outro e eis que se ouve o primeiro pedido de
chalavar. O amigo Bruno "BARBA RUIVA " acerta numa dourada de um porte muito jeitoso o
que levanta a moral às tropas. Parece que este pesqueiro está disposto a
alimentar um agradável dia de pesca, o mar continuava um espelho em que
as nuvem ajudavam a tapar um pouco as águas que se encontravam lusas.
As capturas continuavam, agora começavam a aparecer uns Besugos, ainda
não eram de grande bitola mas permaneciam no local o que toda a minha boa gente malhasse nos Besugos. Tudo corria sobre rodas, os
carapaus andavam na zona e as cavalas eram poucas o que permitia que as
pescas pudesses fisgar outros peixes que por lá andava. Eis que se ouve
"olha ai o chalavar", agora era a vez do Sr. Martins tirar uma Bica da
cartola, e que Bica. Logo de seguida saí um Parguete muito jeitoso ao
amigo Palhinhas. Entretanto começa a chegar a hora do almoço, com o sol a
pique, a actividade do peixe diminui-o como é habitual com a maltinha a
aproveitar para comer qualquer coisa, uns pararam totalmente e outros iam
picando a ver se aparecia alguma actividade.
Pois é, para nossa
estranheza, os Besugos estavam de volta o que obrigou o pessoal a
reduzir a hora de almoço e aproveitar o momento pois foi nesta altura
que saíram os de maior porte, belos Besugos, cheguei a tirar 3 de uma
vez só, ehehehehe. Entretanto é a vez do Pjpescador sacar um Parguete,
foi porreiro porque o moço já pedia faz tempo para que lhe tocasse um, e
assim foi, um Parguete para juntar aos belos Besugos que já tinha no
saco. A Maria, companheira do Francisco, também não dava folga ao peixe,
teve uma grande prestação sendo a primeira vez que nos acompanhou e
deixou logo um lugar marcado para a próxima.
Belo pesqueiro que tinha-mos por baixo, não eram muitos mas sim muito bons peixes que iam aparecendo para dar alegrias a este pessoal que bem merece. O pessoal continuava a tirar uns peixes, carapau com fartura e eis que o Sr Martins dá com as Safias, peixe que nas ultimas 3 saídas de barco tem aparecido muito pouco, ao ponto de só o Bruno se juntou ao sr. Martins apanhado uma Safia já de muito bom porte.
Os peixes estavam a comer de faca e garfo o que não dava para adormecer na parada. Aproveito para fazer um desabafo porque senti que não tinha escolhido a melhor ponteira para as condições de aguagem que se apresentavam. Acabei por pescar com uma ponteira em fibra muito macia, com o seio que a linha faz mais a flexibilidade da ponteira, era difícil ferrar o peixe. Sempre que subia a cana para ferrar o peixe só meia hora depois é que mexia o anzol. Fiquei com a ideia, a fugir para a certeza, que devia ter usado a ponteira de carbono mas... dizem que faz parte da aprendizagem.
Os Parguetes voltam a dar ar da sua graça, enquanto os Besugos se mantinham a espaços. O pessoal estava satisfeito com a pescaria, o Mestre já começava a dar o primeiro sinal de que a hora mais dolorosa estava a chegar, era hora de regressar a bom porto. Ficamos com a ideia que o pesqueiro merecia nova visita, com menos um bocado de aguagem pode dar uns peixes muito jeitosos até porque começa a altura das douradas o que leva quase toda a frota de barcos que se encontra em Sesimbra a rumar a sul. Da nossa parte fica a vontade de voltar, a conversa no regresso ia no sentido de se aprumar a táctica para poder estar à altura destas meninas Douradas e os belos Parguetes que por lá teimam em permanecer, estes últimos tanto a norte como a sul.já faltou mais para lá voltar a estar, ehehehehe.
Têm sido saídas de pesca muito fixes, pessoal muito bem disposto, mas temos um problema, quem vem connosco pela primeira vez no grupo deixa lugar marcado, ehehehe, o que nos vai obrigar a pedir ao mestre para comprar outro barco para poder levar o pessoal todo.
Deixo sempre um grande abraço que este pessoal merece mas desta vez quero personalizar o Sr. Martins, pessoa de que gostámos muito, muita experiência que veio acrescentar a bordo que se junta à sua maneira de estar que o torna uma excelente companhia. Deixou uma palavras ao grupo que nos deixou muito satisfeitos por ter tido um grande dia na nossa companhia, foi um prazer conhece-lo. Fica a faltar a Maria, pela primeira vez tivemos uma senhora a bordo, esta é para as senhoras que dizem que a pesca é assim e assado, a Maria esteve sempre a malhar no peixe o que estava a deixar o companheiro, amigo Francisco, preocupado por correr o risco de levar menos peixe para casa ehehehehe.
No final, tal como no inicio, vai de carregar com a tralha. Meus amigos este pessoal parece que vai embarcar por 15 dias, ehehehehehe, o que vale é a embarcação ser grande.
No que a peixe diz respeito, muito carapau andava por lá, deu para o pessoal carregar uns quantos. Os Besugos também apareceram em bom numero, deu para todos fazerem o gosto ao dedo. Apareceu uma Bica bem jeitosa tal como a Dourada. Os Parguetes tal como as Choupas continuam a fazer as suas aparições seja em que pesqueiro o pessoal pare, ehehehehe De salientar que as cavalas desta vez apareceram com moderação, o que permitiu uma melhor pescaria do que a anterior. Na foto acima estão os melhores exemplares do dia.
Abaixo, fica um pequeno vídeo, desculpem a qualidade da imagem, que serve para verem os ataques das Gaivinas às entradas dos peixes que o João Cruz amanhava no caminho do regresso.
P1010316 from Os Pescas on Vimeo.
.
Em breve lá estaremos, fica combinado.
Um grande abraço para todos,
Nuno Fernandes e Pedro Pereira rodeados de bons amigos, Bruno (Cenoura), Nuno (Palhinhas), Paulo João, Francisco (Russo), Maria, Sr. Martins, Mestre Fernando e João Cruz.
Já no porto de abrigo, a noite ainda se fazia sentir, pouco vento mas as previsões davam algum para a tarde. Uns chuviscos a meio da manha e o resto nem a Maya nos podia ajudar.
O barco largava cabos , e o pessoal já começava a pedir peixe, vai lá vai ehehehe. Mais uns minutos e vejo a proa a manter a direcção a sul do porto de abrigo, mestre Fernando então o que nos reserva para hoje, vejo que caminha para sul, tem alguma carta na manga? em resposta, o mestre diz que era a melhor opção a tomar tendo em conta que a norte se ia sentir mais o mar podendo dificultar a vida ás barrigas mais sensíveis. Sou honesto que neste tipo de pesca, aos diversos, não troco o Cabo Espichel por nada deste mundo, é a minha zona de eleição onde encontro uma paz que não arranjo explicação.
A embarcação levava rumo ao pesqueiro e somos brindados com um nascer do sol brutal em que só uma foto pode explicar.
Rapidamente nascia o dia e o cenário passou a ser outro, alguma neblina aparecia no horizonte proporcionando uma vista muito bonita da costa. Vai mais uma foto para ver se concordam.
Ao fim de largos minutos a navegar por um espelho de água e lá chegamos ao primeiro pesqueiro, ficava a caminho da famosa "Vereda" um local onde, segundo o mestre, nos poderia trazer algumas alegrias. Estávamos a 80 metros de fundo e começamos a ouvir falar em Douradas. Estávamos muito perto de um pesqueiro mítico para estas meninas e poderia andar alguma perdida nas nossas banda. Com a montagem dos apetrechos o PJPescador traz um novo tabuleiro de isco, muito fixe, robusto graças ao suporte em chapa de inox, tudo isto feito pelo amigo Fernando, seu pai e grande engenhocas pois este homem tem um jeito para criar estes utensílios que deixam o pessoal de boca aberta.
O tabuleiro sensação muito bem trabalhado, também quero... |
Eu não saía ao mar com estes dois gajos, ehehehehe |
Belo pesqueiro que tinha-mos por baixo, não eram muitos mas sim muito bons peixes que iam aparecendo para dar alegrias a este pessoal que bem merece. O pessoal continuava a tirar uns peixes, carapau com fartura e eis que o Sr Martins dá com as Safias, peixe que nas ultimas 3 saídas de barco tem aparecido muito pouco, ao ponto de só o Bruno se juntou ao sr. Martins apanhado uma Safia já de muito bom porte.
Os peixes estavam a comer de faca e garfo o que não dava para adormecer na parada. Aproveito para fazer um desabafo porque senti que não tinha escolhido a melhor ponteira para as condições de aguagem que se apresentavam. Acabei por pescar com uma ponteira em fibra muito macia, com o seio que a linha faz mais a flexibilidade da ponteira, era difícil ferrar o peixe. Sempre que subia a cana para ferrar o peixe só meia hora depois é que mexia o anzol. Fiquei com a ideia, a fugir para a certeza, que devia ter usado a ponteira de carbono mas... dizem que faz parte da aprendizagem.
Os Parguetes voltam a dar ar da sua graça, enquanto os Besugos se mantinham a espaços. O pessoal estava satisfeito com a pescaria, o Mestre já começava a dar o primeiro sinal de que a hora mais dolorosa estava a chegar, era hora de regressar a bom porto. Ficamos com a ideia que o pesqueiro merecia nova visita, com menos um bocado de aguagem pode dar uns peixes muito jeitosos até porque começa a altura das douradas o que leva quase toda a frota de barcos que se encontra em Sesimbra a rumar a sul. Da nossa parte fica a vontade de voltar, a conversa no regresso ia no sentido de se aprumar a táctica para poder estar à altura destas meninas Douradas e os belos Parguetes que por lá teimam em permanecer, estes últimos tanto a norte como a sul.já faltou mais para lá voltar a estar, ehehehehe.
Têm sido saídas de pesca muito fixes, pessoal muito bem disposto, mas temos um problema, quem vem connosco pela primeira vez no grupo deixa lugar marcado, ehehehe, o que nos vai obrigar a pedir ao mestre para comprar outro barco para poder levar o pessoal todo.
Deixo sempre um grande abraço que este pessoal merece mas desta vez quero personalizar o Sr. Martins, pessoa de que gostámos muito, muita experiência que veio acrescentar a bordo que se junta à sua maneira de estar que o torna uma excelente companhia. Deixou uma palavras ao grupo que nos deixou muito satisfeitos por ter tido um grande dia na nossa companhia, foi um prazer conhece-lo. Fica a faltar a Maria, pela primeira vez tivemos uma senhora a bordo, esta é para as senhoras que dizem que a pesca é assim e assado, a Maria esteve sempre a malhar no peixe o que estava a deixar o companheiro, amigo Francisco, preocupado por correr o risco de levar menos peixe para casa ehehehehe.
No final, tal como no inicio, vai de carregar com a tralha. Meus amigos este pessoal parece que vai embarcar por 15 dias, ehehehehehe, o que vale é a embarcação ser grande.
No que a peixe diz respeito, muito carapau andava por lá, deu para o pessoal carregar uns quantos. Os Besugos também apareceram em bom numero, deu para todos fazerem o gosto ao dedo. Apareceu uma Bica bem jeitosa tal como a Dourada. Os Parguetes tal como as Choupas continuam a fazer as suas aparições seja em que pesqueiro o pessoal pare, ehehehehe De salientar que as cavalas desta vez apareceram com moderação, o que permitiu uma melhor pescaria do que a anterior. Na foto acima estão os melhores exemplares do dia.
Abaixo, fica um pequeno vídeo, desculpem a qualidade da imagem, que serve para verem os ataques das Gaivinas às entradas dos peixes que o João Cruz amanhava no caminho do regresso.
P1010316 from Os Pescas on Vimeo.
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Em breve lá estaremos, fica combinado.
Um grande abraço para todos,
Nuno Fernandes e Pedro Pereira rodeados de bons amigos, Bruno (Cenoura), Nuno (Palhinhas), Paulo João, Francisco (Russo), Maria, Sr. Martins, Mestre Fernando e João Cruz.
Deve ter sido um grande dia de pesa e convívio.
ResponderEliminarNo fim, merecia além da foto dos melhores exemplares, uma foto do conjunto de pescadores e do mestre da embarcação!
Grande abraço Amigos!
PS- Quando vêm molhar os plásticos aqui com os Tripeiros?
ResponderEliminarParabéns à malta toda pelo dia de convívio e de pesca...:-)
Como o Zé Pedro disse, só faltava mesmo era uma foto de todos juntos, mas fica para a próxima..:-)
Um grande abraço amigos
Luís Malabar
Bela trupe, as embarcadas com grupos fixes são do melhor. Grandes dias que se passam. Boa reportagem, venha a proxima.
ResponderEliminarFilipe.