Os nossos amigos

terça-feira, 31 de maio de 2011

Nova investida aos Serrajões

Boas pessoal

Hoje levantei-me por volta das 4h 30 da manhã cansado e cheio de sono mas com vontade de spinnar e com a esperança de capturar um Robalo ou uns Serrajões.
Assim foi arrumei a tralha e siga para o pesqueiro em busca deles. Chegando lá ainda de noite eu equipei-me e comecei a trabalhar.

Mal começou a clarear o dia ferro o primeiro.........pela pancada só podia ser uma coisa...........Serrajões...lolol.....após uns momentos tiro o peixe e faço novo lançamento......nisto mal a amostra cai dentro de água ferro o segundo...foi só o tempo de fechar a asa de cesto.

Pareciam malucos....lol...posso dizer que em pouco espaço de tempo tirei 6 e deixei fugir 3, que o mais certo era estarem mal ferrados......não sei como conseguiram escapar com as porradas que deram mas tudo bem.

Posso dizer que nunca senti um toque de robalo em toda a acção de pesca......mas por outro lado foi muito bom os meus amigos terem comparecido á alvorada e pelos vistos cheios de fome......lol.
Aqui fica uma bonita familia de 6 Serrajões que não me deixaram ficar mal uma vez mais.

A Familia

Espero que tenham a oportunidade de apanhar este peixe mágnifico pois certamente vale muito apena pela sua luta e força.

 Até breve
 Luís Malabar

Tubertini 2011 - Carretos

Tubertini 2011 - Linhas

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Uma Bóiada à maneira

Na 4ª feira decidi ir 3 horitas fazer uma bóia à Costa, pois as saudades eram muitas... Passei pelo Seixal e enchi um baldito de uns caranguejos pequeninos, do tamanho que eu gosto, tipo moedas de 20 cêntimos e pus-me a caminho. Não tinha muito tempo para pescar e por isso pelo caminho já sonhava com os sargos. Olhava para o balde e ia falando com eles... Sacanas são terríveis na ferragem, mas são um isco fenomenal para os sargos...


Chego ao pontão e vejo apenas 5 ou 6 pescadores o que para o local era muito pouco, o mar nem mexia com excepção de umas aguagens que iam espumando a coisa...
A primeira hora  foi penosa, nem tocavam no caranguejo, os locais, esses iam abandonando o local afirmando que não valia a pena...
A realidade é que eu estava à pesca e queria lá saber. Ia continuar a tentar...

Resolvo mudar de estratégia e baixo o diâmetro para 0,23, quando ferro o primeiro sargo palmeirudo. Logo a seguir, nova ferragem, trabalho o peixe, mas puff, lá se foi, com o anzol na boca. A linha cedeu, pois este já seria maior...
Bem lá tenho que subir de novo o diâmetro e assim o fiz... Os ataques pararam e foi mais ali meia hora sem sentir nada.
O pessoal sem apanhar nada, deixou todo o pontão, e fiquei apenas com outro senhor sozinho. Olho para o relógio e tinha pouco mais de uma hora para pescar... A maré vira, e as aguagens aumentam, fazendo com que as constantes rebentações das ondas sobre as rochas, espumasse a água e... Pois... Começou a dança...


Mas agora que tinha peixe no pesqueiro, já fora dos buracos, de onde não saem com águas abertas, tinha outro problema... De uma vez por todas perceber os momentos das ferragens com caranguejo, isco com o qual á bóia sentia muitas vezes dificuldades em fazer a ferragem... Decidi que nem que nada apanhasse não trocava de isco. Estava com um pontão para mim, sossegado, com peixe no sitio, era o MOMENTO de dominar de vez esta ferragem...Dei por mim a falar sozinho de tanto gozo que me estava a dar... Assim que a bóia caia, afundava, e lá eu tentava ferrar outro, e mais um baile... Bem fechei os olhos, respirei fundo, e lembrei-me do que falo com o Luís sobre o assunto, e se há coisa que eu não gosto nada é de não dominar um tipo ou uma forma de pesca... Gosto de me sentir completo...E assim foi, bóia a afundar devagarinho, e eu respirava fundo e tentava perceber o momento da ferragem. Quando o sentia, levavam aquela ferragem entre os seus dentes pretos lindos... Muitos desferram no caminho, parece que lhes sentimos os dentes... Que gozo que dá...

Durante aquela hora, foram muitos os que no caminho ficaram, mas tanto eu como o senhor que lá ficou comigo, apanhámos uns quantos... Pena tive de me vir embora, mas teve que ser... Abandonei o local em plena actividade do peixe o que me deixou cheio de vontade de lá voltar, talvez por isso guardei os caranguejos que me sobraram...
No caminho vim satisfeito, cheio de adrenalina, e sempre na mente com o momento da ferragem. Interiorizei. Aquilo não se pode esquecer... A partir do momento em que dominamos a ferragem com este isco, muitas alegrias iremos ter de futuro.




Até à próxima,

Material:

Cana: Banax GTX Kombatt 5 mt
Carreto: Vega Superb 30
Iscos: Caranguejo

Filipe Condinho.

domingo, 29 de maio de 2011

Tubertini 2011- Canas

Labrax vs Serrajão

       Boas pessoal,

 Infelizmente derivado ao fluxo de trabalho que tenho tido, não me têm sido permitido ir tantas vezes ao spinning como é costume, mas graças a uma alma caridosa que devo ter lá em cima...lol  tenho conseguido apanhar peixe cada vez que vou.
  Não é peixe grande de maneira nenhuma pois o que têm aparecido nos meus pesqueiros é aquele peixe de verão muito mais pequeno que o de inverno mas que por outro lado quando aparece dá um ar de sua graça como quem diz...eu também sou gente...lol
  O que eu acho mais estranho é que estes robalos mais pequenos que geralmente deambulam pela costa nesta altura em cardumes entre 50 e 200 indivíduos como tantas vezes vi na caça submarina ainda não apareceram nos meus pesqueiros, pois eles fazem as delicias de muitos pescadores de spinning e de buldo, conseguindo-se várias capturas numa só maré.



   E só para complicar a situação, posso dizer que a petinga, a cavala pequena e por ultimo as tainhas miúdas são aos montes, permanecendo por vezes horas no pesqueiro, pensamos todos.....excelente... comedia aos montes para eles. Errado........já cheguei a estar pelo menos 3horas e não se verificar nenhum ataque á comedia...
   Infelizmente nas alturas que surge algum ataque, este sim se deve aos serrajões que não perdoam, mas até esses ainda não foi possível capturar nenhum acima dos 2 kg, são na maioria peixes que rondam as 800 gramas até aos 2 kg que temos capturado...
   Posso dizer que a pancada que um pelágico faz no ataque á amostra é brutal....totalmente diferente do robalo, excepto aqueles mesmo esfomeados que atacam a amostra como se não houvesse amanhã. O ataque dos serrajões é uma pancada seca seguida de uma corrida desenfreada para os lados na tentativa de se libertar.
   Eles são o que mais gozo me têm dado apanhar pois a comparar um robalo com um serrajão do mesmo peso, a luta deste pelágico é muito superior em todos os aspectos pois não fosse ele da família dos atuns, perfeitas balas ocêanicas concebidas pela natureza.
   Os maiores exemplares desta espécie que eu vi em Portugal Continental na caça submarina, mais concretamente nos mares de Sesimbra rondavam entre os 5 e 7 kg, nadavam de uma forma rápida, compacta e em cardume, e se queríamos arpoar pelo menos um tínhamos que apontar a arma cinco dedos á frente da cabeça do peixe para que quando o arpão chega-se ao peixe ele iria entrar um pouco atrás da cabeça e trancá-lo, de outra maneira não dava.

    Claro que vocês talvez pensem que o problema seria das nossas armas, do alcance......dos elásticos.....da destreza. Posso dizer-vos que o problema do peixe se deve a ser o peixe mais rápido que eu já vi até hoje....isto porquê?. Assim que mal o peixe ouvia o inicio do clic do gatilho antes sequer de sair o arpão ele arrancava, e o tempo de ele arrancar até levar com o arpão fazia com que o arpão entra-se quase sempre atrás da cabeça e por vezes a meio do peixe, é incrivel a velocidade pois quem têm bom material e faz caça submarina sabe que desde a saída do arpão da arma até o embate no peixe é mesmo muito rápido e que por vezes quase instantâneo tal é a velocidade.
    Fica aqui algumas fotos dos robalos que temos capturado na minha zona e mais umas que tirei a um serrajão já um pouco maior que apanhei, tirei mais fotos a ele pois vale pela fisionomia e pelas cores que percorrem o seu corpo.


                                                           


  

     Até breve amigos....:-)

     Luis Malabar

quinta-feira, 26 de maio de 2011

A nossa casa será sempre a nossa casa...


Por mais que mudemos de locais, por mais que procuremos novos sítios, a nossa casa, será sempre a nossa casa...

Porque está perto( e a gasolina está cara, lol), porque a sentimos de forma diferente e mais importante, porque a conhecemos melhor do que os outros. Cada metro do seu fundo, cada cabeço de areia, cada carreiro de água, nada nos escapa.


 A vantagem de jogar em casa, não é só no futebol que se faz sentir...Na pesca conta muito. É fundamental.
A particularidade de cada zona, obriga a que nos reinventemos e sejamos dinâmicos, sob pena de se não fizermos de tudo o que sabemos se tornar inútil... Em nossa casa isso é sempre mais fácil, surge de forma mecânica, e as soluções aparecem, com os resultados sempre à vista...

Esse conhecimento levou a que na 4ª feira se fizesse uma nova investida ao nosso Seixal num dia em que não contava sequer ir pôr as canas de molho, até porque só me despachava perto das 19 horas, mas como o Filipe João foi mais o nosso grande amigo Victor Grilo fazer um surfcasting a meio da tarde, eu assim que pude fui lá ter, para ver os gradeiros, ah ah ah, e ainda pôr a cana com um palhaço para o choco de molho... 
A realidade é que ali em 2 horas vi sair uns peixes, alguns já jeitosos, entre os quais 3 corvinotas, uma já de bom porte, e 3 Douradas... Pus a conversa em dia, apanhei o final de tarde maravilhoso num dia de "Verão" em Maio, e ainda pesquei. Que se pode pedir mais?

A minha pesca ao choco? Sinceramente não é pesca que me encante e por isso até só levei a cana por levar... Nunca se sabe não é? 
Bem, a verdade é que ao segundo lançamento sinto uma forte prisão, começo a fazer força todo entusiasmado a julgar que tinha apanhado um choco, agarro no chalavar, e ...um monte de linhas que trazia outro palhaço, verdinho, que por acaso não tinha na minha colecção. Nada mau. Para quem foi lá fazer meia dúzia de lançamentos...

 Voltei para a praia para perto deles e ainda vi sair outra corvinota jeitosa, já eu estava sem bateria na máquina, fiquei cheio de pena, pois já daria uma bela fotografia...
As únicas fotografias que deu para tirar foi mesmo assim que cheguei. Depois só em casa pude tirar mais uma já com bateria na máquina, não pude portanto tirar aos restantes, o que foi pena.
Mas fica mais um troféu para a comunidade admirar, e um pequeno relato daquilo que tanto gostamos de fazer. Pescar e partilhar.

Mas o dia hoje não foi meu, foi de alguém que muito merece este peixe...Um dos grandes colaboradores que "Os Pescas" têm, o nosso Filipe João ( mestre Bricoleiro ). 
Mais uma burra capturada.  2 KG.
E soube-me tão bem ver ela ser tirada por quem foi... Que linda Sparus Aurata, mais um troféu para mais tarde recordar...


Olhem o rabo da bicha... Pequenina hein...
Com o piercing de lado na boca...

Um abraço ao Victor, na próxima calha-te a ti...

A nossa casa pessoal,  será sempre a nossa casa...


Material:

Canas: Banax Steel Power 5mt
Carreto: Daiwa Emcast Advanced 5000
Iscos: Casulo; caranguejo 2 cascos.

Filipe Condinho.

Duo - Lures 2011

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Existem dias, dias que não são dias...

Mais um dia de faina...

Num final de tarde desta semana eis que me toca o telemóvel...
Era o meu tio Jaime, querendo fazer uma pescaria no dia seguinte da parte da tarde até ao escurecer... E assim ficou marcado.
Chegámos ao pesqueiro, a tempo de apanhar outros petiscos e iscos para o dia... A tradicional ameijoa não podia pois faltar, e o Ganso e Casulo também não...
Uma hora e meia depois o meu tio e o cunhado, tinham um balde de 10 litros mais de meio...
Eu tinha as minhas mãos todas cortadas, estava já em sofrimento, mas tinha o ganso e casulo suficiente para pescarmos durante a tarde, fosse a tarde boa ou má...
O dia esse estava bem diferente do que o Windguru tinha previsto... Estava um vento moderado, o que não me agradava nada, e as águas estavam escuras, barrentas, provavelmente devido às chuvas fortes sentidas no inicio da semana...

Começou a pesca já deviam ser umas 14/15 horas, e o inicio foi revelador do que eu previa... Ia ser um dia complicado, muito mesmo... Limos e mais limos, a água muito escura, nada de toques, e fomos olhando um para o outro( eu e o meu tio), que já conhecemos muito bem as características dos pesqueiros da margem sul e fomos abanando a cabeça...
Resolvemos após uma conversa mudar de sitio, do habitual para outro... pela areia andámos, andámos, e lá pousámos a tralha...Vai de lançar as canas e... nada... resolvi ir comer qualquer coisa, e deixei as canas em piloto automático...
Já de pança cheia, lá fui ver as canas e olha... um linguadinho, que bom pensei eu... ao menos que venham alguns destes...
Lá lancei as canas de novo, o vento entretanto abrandou ligeiramente e as águas a subirem a uma velocidade vertiginosa, limparam mais, e criaram imensos remoinhos e correntes em torno de uma coroa de areia que se avistava a poucos metros...
Nem preciso de dizer mais não é? Ao meu tio não precisei... Ele olhou eu olhei e vai de meter a chumbada nesse local...
Como tínhamos levado o cunhado do meu tio, que não sabia pescar, mas lá contar anedotas era com ele( nunca vi um reportório daqueles. O homem tem pilhas Duracel. Deve ser doutorado na coisa), ficámos na galhofa, quando de repente ao olhar de esguelha vejo a ponteira da cana quase no chão, um arranque tremendo, corri direito á cana, mas não cheguei a tempo, o peixe já era...

Mas animei... Dividi 2 canas para a corrente e as outras 2 para a zona calma... E foi assim que comecei a apanhar umas douradas já engraçadas, com cerca de 400 gramas... Ali num instante apanhei umas 6 ou 7, sempre da mesma bitola...

Mas rapidamente o dia se mostrou diferente do que eu previa inicialmente, assisti durante 2 horas e meia ao maior ataque de robalos que já vi até hoje... Foi uma loucura, que muita pena tenho de não ter lá algo de qualidade para filmar o que se passava... Milhares, sim, milhares de petinga, pequenas tainhas, garrentos, e outros pequenos peixes, alvoraçados,  desesperavam, com os ataques que sofriam, ali quase aos meus pés... Eram momentos únicos que assistia... Já vi muitas vezes ataques de robalos, alguns lindos e mesmo bem descritivos, mas durante tanto tempo nunca. O que vi podem passar muitos anos que não vou esquecer... O desespero do peixe míudo fazia-se sentir, eu estava a sentir na pele, olhava impávido para o espectáculo que o dia me estava a oferecer...
Entre isto tudo, e a pesca? Lol, bem, a pesca rapidamente se alterou, mas apenas porque fomos dinâmicos, o peixe estava louco, mas louco ao cima de água... E eu danado, em desespero sem bóia de água, sem pingalins, sem nada para corricar... Digo-vos se tivesse, ali naquele momento, não sei se os muitos robalos que apanhámos seriam ainda mais... Precisava de lhes chegar, de dizer " olá rapazes e que tal um ganso ou um casulo?" Larguem lá a petinga e as tainhas..." Jogava para cima deles mas nada, nem toques, a chumbada obviamente afundava e eles ao de cima...
O que nos safou foi a tal coroa, que à medida que foi ganhando altura com aquela soberba corrente, foi nos dando momentos únicos. Não parei de correr para as canas. Ora eram as douradas, ora eram os robalos... Esticões atrás de esticões, fomos enchendo o saco, fomos curtindo, a pescar e a ver aquele espectáculo, que perdurará para sempre. São momentos marcantes, não tanto pelo peixe, mas por o que a natureza nos oferecia...

Percebem agora... É mesmo "maluco". Boa malha de pessoa.

Até o cunhado do meu tio teve o gosto de  tirar alguns e notava-se nos olhos dele a loucura( sim ainda mais do que a natural que ele apresenta, ah ah ah), e só dizia " mas o que é isto? Que loucura..." Cada robalo dava para ele brincar e falar com eles, nem imaginam... até respiração fez a um( esta tive que tirar uma fotografia, ele realmente tem graça...)

As douradas continuava do outro lado a dar o ar da sua graça, e ia-se fazendo a pesca, que foi tornando insuportável o peso do saco do peixe...
Raio do fotógrafo... ainda é pior do que eu.
Posso dizer que na última hora a discussão não era quem ficava com o peixe, mas quem o carregava, pois estávamos longeeeeee do carro... Já dizíamos que era a sorte... estavamos estafados, correr na areia dá cabo do corpo...
A maré na praia-mar deu para descansar uns minutos e recarregar com água e fruta fresquinha. Faltou o café, desta vez...

Entretanto a maré virava e esperávamos pelo iniciar das vazante para a água começar a correr novamente, pois seria o momento para novo ataque à zona em que tínhamos feito as capturas...
A loucura começou de novo( embora por menos tempo) e lá fomos vendo as canas com ataques ferozes de alguns cabeçudos que por ali comiam... O quanto eu pensei nos pingalins, acho que ainda estou a pensar neles... Nova corrida, nova ferragem e eis o meu tio a trabalhar outro cabeçudo que chegou a terra no limite, com o anzol já meio aberto...Foi por um triz... Lindo, mais um, lindo


E o nosso companheiro da stand up comedy continuava... Já não sabia se me ria, se corria para as canas ou se largava tudo e me deitava... de tanto rir claro...

Do outro lado observo uma linha caída... hmmm, está lá peixe pensei eu... e vou recolher a linha, quando me sai outro linguado de bom porte... Senti a pesca completa... Robalos, douradas, linguados e ainda 2 sargos que surgiram entretanto... Estava feito. Um espectáculo.
O meu tio esse não largava as canas da "cagadinha" ao robalo, e lá ia para seu gáudio tirando mais alguns... O dia esse estava feito, com muitas surpresas, tudo a uma velocidade furiosa, que acreditem foi com boa vontade que tirei as fotografias, pois o dia não estava propício a nos preocupar-nos com isso.
Um dia espectacular que tivemos... e como sempre valeu, valeu mesmo.


Até à próxima...

Filipe Condinho

Material:

Canas: Hiro Super Balística; Hiro Propello; Tica Skill; Shimano( fibra de vidro, gama baixa).
Carretos: Shimano Super Ultegra xsa; Shimano Ultegra XSB 5500; Vega TE; Banax Poseidon 5600.
Iscos: Casulo, Ganso.

Trabucco 2011

sábado, 21 de maio de 2011

Ganso Nacional

Ganso Nacional

Mais um anelídeo de origem nacional, o ganso encontra-se um pouco por todo o país, essencialmente nas zonas de estuário e com particular abundância nos do Tejo e do Sado.
Versátil, bastante resistente nos lançamentos e até aos ataques dos peixes de menor porte, o ganso é sempre uma aposta segura em caso de dúvida de qual isco levar para a jornada de pesca, já que se revela muito eficaz nas zonas de estuário e ao longo da costa.

Captura: A captura deste isco não é muito fácil, mas pode ser encontrado à venda nas lojas de pesca acondicionado em caixas ou em limos.
A sua captura faz-se normalmente nos estuários, habitando em abundância, nas zonas de “Ostral”, misturado com lama. É necessário cuidado na sua apanha, pois facilmente nos cortamos, durante a sua captura.

Conservação: Usualmente de 3 a 7 dias -entre os 12º e 14º Cº.
 A sua conservação é fácil, na já habitual zona dos legumes do frigorífico, onde facilmente dura até uma semana, excepto na altura da desova que ocorre durante o Inverno e que deixa este anelídeo bastante fragilizado.
Caso seja apanhado pelo próprio pescador, este deve lavá-lo muito bem, de forma a retirar-lhe toda a lama e impurezas, e de seguida colocá-lo ou em limo de bago, ou em caixas próprias, ou então num viveiro com água salgada sempre oxigenada, onde aguentam muitos dias.

Técnica de pesca mais frequente: Pesca ao fundo. Surfcasting, e rockfishing. Também se adapta à pesca embarcada.

Espécies Alvo: Dourada, Sargo, Safia, Besugo, Robalo, Linguado, Pregado.

Dificuldade de captura: Média/ Elevada

Venda ao público: Vendem-se em caixas ou papel de jornal. O seu preço varia entre 1,80 e 2,50 euros.

O que mais aprecio: A sua resistência que nos permite efetuar lançamentos mais longos sem “rodeios”, e o facto de aguentar as investidas do peixe muito miúdo.

O que menos aprecio: O preço por caixa vs a quantidade de isco que cada caixa traz, torna-o num isco caro. Na época das chuvas fica mole e magro, tornando-se um desperdício de dinheiro a sua compra.

Iscagem: Se tiver tamanho um ganso chega para um anzol. Deve-se iscar junto à cabeça. Para melhor apresentação usar uma agulha e fazer o isco passar até à linha.




Quantum 2011

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Nós e Nomenclatura (parte 1)

Nós de marinheiro 


Vamos lá levar isto por partes, como já tinha referido anteriormente, queria desenvolver um pouco sobre os nós de marinheiro, neste artigo quero mostrar alguns nós que podem ser muito úteis neste nosso desporto. Vamos começar por mostrar alguns nós e uma explicação breve para conhecermos a sua utilidade.


Nó Simples ou Laçada
 


















São os Nós mais simples de fazer, porem tem a sua utilidade. Posso começar por dizer que serve de arranque para muitos dos nós que falamos, geralmente utilizado para no chicote e faz de falcassa ou travão, de forma provisória ajuda a não deixar o cabo abrir. Também pode ser usado como batente como é o caso do dobrado. Nó de fácil construção.


Nó de Escota










Este nó pode ser muito prático quando pretendemos unir dois cabos de igual ou diferente espessura. Na primeira foto deve ser aplicado numa utilização mais ligeira, em que não seja exercida muita força, caso contrário é preferível dar duas voltas o que vai tornar o nó mais seguro. Nó de fácil construção.


Nó de Azelha e Nó Cego
 











Este Nó é feito como se fosse uma laçada dada num seio dum cabo e serve para graduar um cabo qualquer. Também pode ser usado para anular uma zona mais frágil ou desgastada do cabo. Na fotografia da direita podemos ver um nó derivado da Azelha, o nó cego, não sendo o melhor é usado para unir dois cabos pelo chicote. Também este de fácil construção.


Nó de Oito, Trempe ou Volta de Fiador


O Nó de Oito é mais utilizado como batente seja em uma fenda como num orifício. Também é utilizado, de forma segura, para unir dois cabos estando eles molhados ou não e independente das suas medidas de espessura. Não é difícil de executar.

Nó de Pescador











Este nó pode se aplicado quando queremos unir dois cabos de menor bitola escorregadios ou molhados. Podemos reforçar a segurança deste nó dobrando os nós simples com mais uma volta.

Catau 











Vou salientar as duas maneiras onde este nó é mais utilizado, no caso de querer-mos encurtar um cabo ou reforçar uma zona do mesmo que possa estar mais desgastada. No primeiro exemplo, podemos aplicar as utilizações anteriores sem ter de usar o chicote ou ponta do cabo.


Lais de Guia












Juntamente com o nó de Escota, o Lais de Guia é dos nós mais usados numa embarcação. Tratasse de um nó de grande resistência que suporta ser utilizados em acções de mais força exercida no cabo e nó, não só tem um aperto menos agressivo no nó como é muito fácil desatar mesmo depois de muita tenção. Muitas são as vezes em que vemos este nó feito na ponta de um cabo e ser usado para colocar num cabeço de cais ou feito a passar por dentro de uma argola para amarrar uma embarcação, geralmente ou mesmo sempre, é utilizado no reboque de embarcações de pequeno e grande porte. O Lais de Guia Dobrado, reforça o laço e é muito confiado no salvamento de pessoa, pois possibilita fazer um género de cadeira que vai possibilitar, por exemplo, levantar uma pessoa que possa ter caído à água ou de um penhasco. Nó de média dificuldade em executar, isto porque a sua fiabilidade depende muito da forma como é feito.
Nó de Botija











Este nó é muito utilizado para podermos pender à mochila, uma garrafa ou cantil. A forma de prender passa por fazer o aperto do nó no gargalo, assim pode ser facilmente transportada para o pesqueiro. Também pode se usado para suspender alguns objectos. Não é o meu caso mas há que o utilize para unir dois cabos como é exemplo na fotografia da direita. Também pode servir de adorno juntamente com outras combinações de nós decorativos


Pinha de Retenida











A pinha é um nó que nos pode auxiliar muito em manobras de acostagem, maioritariamente com Navios  ou Embarcações de Recreio de maiores dimensões. É de grande valia quando pretendemos lançar um cabo, de maior bitola, para terra ou de terra para uma embarcação. A pinha é constituída pelo nó efectuado no chicote de um cabo, contendo no seu interior uma bola com peso para ajudar no lançamento, ao nó acresce 30 ou 40 metros de cabo (retenida), de menor bitola, que é ligado ao cabo mais grosso que pretendemos movimentar, que de outra forma seria quase impossível. Outra das formas de utilização pode ser decorativa, todos nós gostamos de ver em forma de porta-chaves, Deixo aqui um exemplo de uma Pinha juntamente com uma Escapeladura de 3 pontas. Podem ver mais exemplos no Tópico "Nós Decorativos" que se encontra nos Casos Arquivados.
Nuno (pesca no prato)