Os nossos amigos

terça-feira, 29 de maio de 2018

UM MACACÃO NA ESTREIA DA BLAZER FLOAT

Boas.

O ano tem sido muito incerto no que toca a pesca à boia, aliás acho que foi incerto em tudo!!!

Talvez por isso tenha até à data ido menos do que é costume pois aprveito mais para descansar do que para pescar. Até tenho ido alguns dias somente dar um giro à costa só para ver o mar, comer um gelado e apanhar ar. Estando ao pé do mar, estou sempre bem...

Mas como existe o bichinho cá dentro, claro que lá tenho ido a espaços... Infelizmente as águas têm andado com uma cor marada e estão demasiado abertas o que para os sargos é uma bodega...

Saudades daquele mar espumado que ou negro que nos incute o vício e nos tira os sargos dos buracos para virem mariscar. Desta forma eles encostam pouco e os que lá andam são desconfiados e praticamente nem ligam aos iscos que lá pômos, sejam quais forem!!!

Tenho andado a testar uma cana nova, a Vega Blazer Float e isso tem me dado gosto em fazer umas pescas para me habituar a cana. Tal e qual no surfcasting tenho adorado conhecer novos materiais e é desafiador para um pescador que tem os seus gostos e crenças usar canas diferentes do habitat em que está habituado a pescar...

A Blazer Float tem sido uma surpresa boa... Não estou aqui com rodeios, não tem a acção de ponteira ou mais rápida que eu estou mais habituado, mas tem uma leveza vs elasticidade de carbono vs capacidade de lift para o seu peso pluma que me tem dado um gosto especial em testar...



Tenho tentando sentir ao detalhe tudo o que posso desta cana, pois ela merece. Leve, bem acabada, toda em Fuji, com um carbono muito elástico que segura e mata bem o peixe, restava agora conseguir sentir um bom sargo para entender o seu trabalhar. Tenho feito uns peixes, tenho capturado peixes interessantes e ela mesmo fazendo uma parábola superior do que a Combat f4 por exemplo tem se portado bem, mas eu precisava testar a cana com um peixe acima de quilo e trabalhar e içar o peixe para ver o que ela realmente vale, ou até onde pode ir...







O dia não estava propício a tal pois as águas limpas e cristalinas não convidam muito estes sargos nesta zona. É mais pescar à paciência, tentar esperar pela oportunidade como um ponta de lança que está o jogo todo sem tocar na bola e que na única oportunidade que tem, ou fatura ou fica em branco!

Pois bem, tinha levado caranguejo rijo e batata e nem toquei neste dia na batata... Como estava fixado num matateu nem pensei muito... Mas quando não há não se pode inventar... Mesmo com o caranguejo e sem actividade puvvvvv, bóia no fundo e ferragem feita, mas rapidamente me apercebi ser peixe apenas razoável e foi fácil içar, sem expor muito a cana ás dificuldades que queria... Outro lançamento e mais outro igual... Peixe muito desconfiado a comer de beiço e sem grande porte. Peixe de 300/400 gramas... Insisti mais um pouco mas sem actividade resolvi me sentar e parar um pouco. Gosto bastante de aproveitar alguns momentos para estar a curtir aquela aragem que tanto me apaixona.

Estive um pouco no telemóvel a entreter me e depois resolvi fazer mais um esforço em busca de mais algum peixe... E novamente peixe da mesma bitola... Mais um sargo de 300 gramitas... Estive mais um bom bocado ali a tentar e nada lancei longe com a corrente e levar a bóia lá bem fora, lancei perto, lancei a direita, a esquerda, mas nada... Parei novamente um pouco, tirei umas fotos ao cenário e regressei para uma 3ª e última tentativa. Mudei também o anzol, procurando nestes dias dificeis usar um anzol mais fino como o yamame, embora vos seja sincero não é o meu anzol preferido neste pesqueiro onde raramente metemos o xalavar e onde se iça o peixe. O Yamame é talvez o anzol que melhor ferra um peixe, mas como sabem é fino e pode abrir com um peixe grande no momento de içar... Mas o desespero leva a isso, lololol.

Outra alteração que fiz foi diminuir o peso do chumbo a procura de mais naturalidade do tenso a trabalhar ali na escoa junto à pedra... Já nem estava a espera, quando começo a sentir toques, toques... e deixo ir... Nisto em parte com peixe desconfiado, cana menos rija permite trabalhar melhor e o peixe lá se foi enganando sozinho e quando fui fazer a ferragem, julgando ser mais um do mesmo tamanho...ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ, eis que o drag arranca e eu deixo correr uns metros, cabeçadas vigorosas, cana lá bem em baixo a amortecer as pancadas e peixe a correr para a corrente, mas travei ligeiramente o drag e obriguei o a cansar se mais depressa... Com calma esperei com ele lá bem em baixo a dar cabeçadas e mais uma tentativa de arranque ZZZZZZZZZZZZZZ, mas já estava cansado o macacão e comecei a aproveitar o mar para o trazer junto a pedra onde ele já pouco cabeceava... Quando lhe vi a côr e me apercebo do que estava em causa, até sorri... Pensei, vamos lá ver então se consegues levantar o matateu... E a cana fez lá a sua parábola típica de uma cana mais macia, mas sem qualquer problema fazendo o efeito mola meteu me o peixe a seco... Um bom peixe, muito sofrido, muito, muito... A pesca é como é, nem sempre corre de feição, mas fiquei satisfeito com a performance da cana e por ter entendido o que podia fazer com ela. É dierente, estou habituado a trabalhar menos o peixe e a ser mais bruto com eles. Mas acho que faz parte de um pescador saber avaliar o que tem na mão e o que pode fazer com cada cana ou carreto. A Blazer está aprovada, como estou a explicar tem o seu estilo, é uma cana realmente leve e equilibrada, e que tem o power q.b. que precisamos para um pesqueiro assim, mas temos que saber trabalhar mais o peixe e aproveitar o efeito de mola para facilitar içagens de grandes peixes.

Sobre a pesca, estava em cima da hora e foi mesmo só tirar uma fotografia e ir embora, já estava bom... Soube bem, e realizei os meus objectivos.


P.S. - Falei sobre o yamame e quando o tirei da boca do matateu estava já dobrado, aguentou se pois é um anzol de qualidade, mas é um risco levantar peixe destes com anzóis tão finos, nisso os modelos chinu parecem me mais adaptados aquela realidade.

Malta, até breve, mais virão certamente!!!






MATERIAL:
CANAS: VEGA BLAZER FLOAT 5 MT.
CARRETOS: SAKURA ALPAX
LINHAS: VEGA BRAID 8X 0.18 MM., VEGA SUPER TECH 150 METROS FLUOROCARBONO
ANZÓIS: VEGA CHINU, VEGA YAMAME
ISCOS: CARANGUEJO RIJO



FILIPEPC


segunda-feira, 21 de maio de 2018

A 1ª MENINA DE BANDOLETE DO ANO EM CHERNOBYL

Olá...

A vontade de ir a pesca era grande mas a malta não podia e com isso claro que me obrigou a mudar planos e a ter que ir sozinho. stava indeciso que pesca fazer mas com o mar algo forte, acima dos 2 mt ir ao surf seria dificil para a costa ocidental e a boia era quase impossível, poir isso decidi ir testar chernobyl ( leia se zona da mitrena em Setúbal) ás douradas...

Num ano de muita chuva e ainda sem estabilidade e dias quentes a entrada delas está muito atrasada o que é normal, mas nos tira opções para um ano tão complicado de pesca onde foram raras as pescarias em condições.

A primeira dificuldade foi arranjar isco, muito difícil arranjar titas e lingueirão, mas lá consegui e ficou marcada a pesca.

Fui cedo com receio de não ter lugar, mas lá arranjei, e até tinhas bastante espaço... Montei as canas e comecei logo a insistir no lingueirão com casca numa cana e noutra nos bibis. Se vissem a rapidez com que me comiam o lingueirão com casca sem eu sequer dar por isso, é impressioante. Fico preplexo. Comem desmedidamente e nós nem damos por tal...





Fiz mais uma iscada depois de ter perdido já uns 6 ou 7 lingueirões e finalmente passados uns minutos ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ, um pequeno arranque, corro para a cana e agarrei e vi que tinha uma ferrada... A menina deu me umas cabeçadas e lixou me bem, foi direito a zona de pedra e prendeu... Fiz ali alguma pressão a ver se ela saia e nada, comecei a ver que ia perder a minha 1ª dourada do ano... Perdi mais uns segundos e lá esforcei já meio na ideia de partir e lá soltou e pimba... Peixe a cabeçada nada demais, mas típica da dourada e lá a trouxe até terra... Fiquei bastante feliz pois tinha desgradado e como era cedo fiquei esperançado em um dia de boas capturas.

Fui logo a correr fazer outra iscada de lingueirão e nisto chega um senhor que com aquele espaço todo vazio veio mesmo encostar se a mim. Incrível como as pessoas com 200 metros vem mesmo para cima, mas pronto. Sem problemas.

Agarrei numa cana e passei para o outro lado para dar espaço para pescar e lá continei. Desta vez nas titas nem 1 toque tive, nem tocavam, no lingueirão levei mais uma tareia com elas a comerem e ferragens nada. Aguentei até a hora de almoço mas sem mais actividade tirando os lingueirões ratados decidi arrumar a tralha e ir descansar. Não foi mau para a 1ª pesca do ano as douradas. Espero que o calor apareça de forma mais contínua para elas darem um ar da sua graça. Para já fica o resultado de mais um dia de pesca em que me diverti muito e consegui passar um bocado para pensar na vida e relaxar que tanta falta me faz com as semanas seguidas de trabalho.

Espero em breve voltar lá em busca da mãe dela.

Abraço a todos.









Material:
Canas: Cinnetic black star ST, Daiwa Sky Caster Hybrid II
Carretos: Shimano bull´s eye 9100 (2)
Iscos: Lingueirão, titas


Guilherme cruz

domingo, 20 de maio de 2018

CATÁLOGO YO-ZURI 2018



CATÁLOGO YO-ZURI 2018

CATÁLOGO DE UMA DAS MELHORES MARCAS DO MUNDO DE AMOSTRAS

LINK:
https://issuu.com/kalikunnan/docs/yozuri_2018_low

sábado, 19 de maio de 2018

CATÁLOGO EVIA 2018


CATÁLOGO EVIA 2018

CATÁLOGO VERCELLI, HART, MARIA, YAMASHITA, YOKOZUNA, IRIDIUM


LINK:
https://issuu.com/andreacastelli0/docs/catalogo_hart_2018



terça-feira, 15 de maio de 2018

Regresso ao Eging, uma nova paixão!!!

Olá.

O vício desta pesca ficou no corpo embora só no final da época tenha acordado para ela. Fiquei fã. Acho engraçado estar na espera a ver se engano um choco e na ratice para os ferrar, trazer devagar e não os deixar escapar.

Esta semana o Santos não podia me acompanhar e decidi falar com o meu pai para me acompanhar neste vício. Decidimos ir cedinho rumo ao cantinho que o Santos me ensinou e bem!

Chegado ao pesqueiro já lá estava a direita como sempre o Mestre David que passa os dias lá na ratice dos chocos e nós fomos para a mesma pedrinha. O Santos tinha me falado que quase sempre a actividade maior era na viragem da maré e sabia que tinha umas horitas para esperar e fui afinando a coisa.



Fisguei um magano passado um bocado mas ele ripostou e teve sorte e safou se... Lá foi o meu almoço lololol... Bem, nada de esmorecer, e lá continuei a tentar a minha sorte. As horas passavam e nada, mas estava a chegar a praia mar e perto desta hora eis que surgia a hora D.

E não falhou!


Na viragem da maré o meu rambo ( palhaço a que se dá este nome no ramo da pesca), fisga um e xiiii que peso, parecia a tampa do oceano, fiz força, levantei, levantei e ainda a uns metros vi ser um belo polvo. Devagar comecei a recolher pedi o xalavar ao meu pai e lá metemos o gajo cá fora... Um arrozinho de polvo estava garantido, bom ah? Pois é! E lá continuámos e logo a seguir o meu pai ferra um e chamou me, estava a espera de um bom choco pelo peso, eis que era outro polvo e foi o 2º para o saco! A pesca ao menos estava feita.

A maré comçava a querer vazar e sabia que tinha pouco tempo mas a sorte estava do nosso lado e actividade continuou e logo a seguir pimba... Mais um puxão, mais um pensava eu, mas desta menos potente e eis que o 1º choco do dia, um lindo macho!... Foi só tirar e lançar de novo e eis que logo de seguida outro... Mais um puxão e outro choco ferrado parecido com o 1º, de bom tamanho, mais um lindo macho... Ainda tentámos mais um pouco mas não deu mais nada e arrumámos e fomos para casa preparar o petisco. Espectacular, estou cada dia mais fã desta pesca. Adoro.

Para a semana espero ir lá de novo, até breve malta...












RUI MARQUES

segunda-feira, 14 de maio de 2018

CATÁLOGO SAVAGE 2018


CATÁLOGO SAVAGE 2018 


LINK:
https://issuu.com/fishpoint/docs/savage_gear_-_katalog_2018__eng__no

quinta-feira, 10 de maio de 2018

A ESTREIA AO EGING

Olá malta, de tanto se falar na pesca do choco e depois de ver o Santos ir lá agumas vezes e se safar lá resolvi comprar uns palhacitos e ir com ele tentar a minha sorte.

Claro que a realidade é completamente diferente pois não se trata de pesca de barco onde se apanham em grandes quantidades mas apenas da procura de alguns exemplares para o jantar.

E assim foi, lá combinei a pesca com o nosso ansião para uma manhã de pesca ao choco e posso vos dizer que fiquei fã. Realmente é uma pesca muito engraçada e de paciência onde temos que muitas ver enganar os sacanas com uma recolha muito lenta e cheia de toques para os encantar. Gostei muito...

De início estava a ir com muita sede ao pote e perdi alguns já perto de mim por os querer tirar a força, mas lá ganhei o jeito e consegui tirar 2. O meu professor só tirou 1 lololol, e claro foi o fartote total, sempre numa boa disposição como sempre temos entre ambos.

Obrigado a ele pelos ensinamentos e pelos momentos e agora vou investir uns euros nesta pesca tão fixe...

Até à próxima malta.






RUI, SANTOS...

segunda-feira, 7 de maio de 2018

MARTE EM CHAMAS !!! UM RECORD PARA A VIDA! PARTE I

Boas malta.

:).

Regresso aos relatos meses depois do último com um sentimento de alegria enorme. Alegria porque gosto de escrever, alegria porque gosto de partilhar, alegria porque sei que muitos dos que me lêem à muito que o pediam e eu em parte fui egoísta e não continuei. Mas perdoem me esses momentos, acreditem que na vida por vezes temos que dar um passo atrás para poder dar depois dois em frente. Tive que me libertar e agora estou pronto a continuar junto aos meus amigos...

Imagino que alguns a lerem o título devem estar a pensar... Mas o gajo agora deu em fanático dos X-FILES? Olhem que até era... Vamos perder umas linhas para vos contar que os x-files foram a minha série de culto durante a minha juventude. Não perdia um episódio do Mulder e da Scully, não perdia uma noite na casa do meu amigo João Cafurano a vermos os dois pregados ao ecrã. Grandes tempos. A Adolescência é algo maravilhoso, tão maravilhoso que dava tudo para voltar só 1 dia que fosse para reviver aqueles momentos. As crenças, as incertezas, as certezas... Tanta incoerência coerente, tanta dúvida certa que se torna brilhante poder lembrar e escrever sobre esses tempos... Os X-files que agora levam 11 séries, tiveram 9 seguidas, 9 anos de episódios onde cada semana casos insólitos aconteciam, onde por vezes o inesperado acontecia... E que paralelismo fabuloso que se pode fazer com pescar na tão famosa como gradeira, praia da Califórnia em Sesimbra... Não sou fã da praia... Não sou por 3 motivos: Não tem estacionamento e o que tem é pago a peso de ouro; tem muita gente na praia e quando andam lá as douradas é quase sempre impossível pescar e porque raramente tem mar grande e eu gosto de pescar com ondulação a bater. De resto gosto da praia, é boa para treinar lançamentos, área onde vou tentando melhorar a cada pesca e que me dá gozo tentar evoluir, é uma praia onde nos esforçamos pouco em termos físicos e é uma praia onde temos ali a cadeirinha ao pé e onde podemos aproveitar o meio envolvente... Devem estar agora a pensar... Mas tu não falas da parte do peixe... Pois...

Não falo porque não é a minha prioridade, não vou estar com hipocrisias até porque detesto gente assim e dizer ah e tal para mim é igual e tal... Não. Não é. O que eu disse, digo e espero dizer sempre é que não é a prioridade ou seja isso não me cega, isso não muda o meu humor nem a minha forma de ver o desporto que tanto amo. Não sou dos que vai vender o material porque não se consegue resultados nem dos que faz juras de amor hoje a uma modalidade para a amanhã esta ser a pior do mundo... Esqueçam. Esse não serei jamais eu. Mas... Quando vou a pesca tento sempre o mesmo: Divertir me, relaxar e dar o meu melhor para apanhar uns peixes. E sou dos que acredita sempre que na pesca a qualquer momento o peixe da tua vida pode surgir, não sou dos que acha que não vai dar nada... Não vai sair peixe grande... Não vamos safarmos nos... Epa... Quase todos os meus records foram conseguidos em dias em que o mar me dizia que não estavam lá peixes daqueles... Por isso eu acabo lá no fundo por acreditar sempre, por achar sempre que pode não dar nada, nem 1 toque, mas de repente!!! ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ... Oiçam, o peixe da vossa vida está do outro lado da linha, e esse pode acontecer no dia em que esperam, mas pode acontecer no dia em que não esperam!!! Tenham fé, sintam a "coisa", tentem encontrar esse feeling e vão ver que acabam bafejados pelo "Momento"...




Agora imaginem o meu dia...

Queria ir a pesca, o Santos não podia... O Rui também não. Mas como queria fazer umas quantas horitas agarrei nas canas e lá fui... Observei o mar e davam 5 metros e meio de Oeste e isso dava me a ideia de que sendo impossível pescar na costa Oeste iria trazer mar a Sesimbra ou Setúbal e resolvi me por Sesimbra. Tinha muitas caixas de titas e alguns americanos, arranjei caranguejos e lá fui...

Ao chegar a maré perto da praia mar, eram 18.30 mais ou menos, o mar estava mesmo cá em cima a bater na passadeira... Tive que me molhar um pouco, o mar tinha uma ondulação que fazia subir o morro e vir cá acima, tal como eu esperava o mar mexia em Sesimbra... O receio era o lixo, mas de resto estava top. A cor do mar era brutal, o verde escuro espumado e em Sesimbra ter mar a mexer e pescável era um luxo...  A queda nesta noite era de 5.6 metros para 2.8 metros em cerca de 6 horas, era o momento! Era saber que estava lá à hora certa com as condições certas... Restava saber se com
PEIXE!!!

...

Bem, monto primeiro a Blazer Surf, cana que me tem dado um prazer brutal a pescar. Quando digo brutal, oiçam... Brutal. Estralho comprido de 2 metros e meio... De seguida monto a Hummer e por fim a Legend. Sabem outra coisai que me dá muito prazer e que me faz sentir confiante é saber que aprendi a tirar de cada cana o melhor, ou pelo menos aprendi a forma de conseguir com as minhas características o melhor que EU consigo de cada cana. Aprendi a conhecer cada uma, e a saber que cada cana é diferente e pode obrigar a diferentes tipos de lançamento. Com isso vejo me cada dia a lançar melhor e mais confiante sem me preocupar com a cana que estou a pescar... Por norma agora faço uma coisa gira... Como pesco quase sempre com 3 canas, a que apanha menos fica de castigo e troco por outra e mantenho as duas que me vão dando mais peixe. Desta forma não chego a considerar nenhuma gradeira, lol, pois o pior que lhes acontece é terem um dia mau lololol...




Bem, a tarde estava a findar e o sol a pôr se... E levo um toque na Hummer, que começo a recolher e era um sargote que devolvi... Tinha 5 caixas de titas, ou seja o suficiente para pescar com as melhores, mas tinha uma caixa com titas já a ficarem brancas, moles e eram muito grandes... Olho para elas e eis o que faço: Junto duas das maiores e faço uma grande iscada de tita revirada... Estava preparada e eis que vejo a Blazer a bater, toques pequenos, vou recolher... Uma baileca de 20 e poucos cms. também devolvida... E vai de usar a tal iscada num estralho que fiz enorme com mais de 3 metros... E lancei, como em cada lançamento que faço no SURFCASTING e na PESCA, cheio de esperança, esperança que como vos disse atrás eu sinto que cada vez que lanço posso ter do outro lado o peixe da minha vida... Por isso numa praia que a maioria das vezes me faz lembrar MARTE pela sua pouca actividade e calmaria diária, pela sua falta de grandes histórias para contar, eis que o inesperado aconteceu... Como um cometa que tenha passado pela terra naquele preciso momento e tenha alterado todo o processo em que para mim aquela praia vive, até pela forte presença da pesca profissional que assola a zona, eis que os astros se alinharam e a Bazer que estava tão quieta enquanto eu preparava uma linda iscada de americano subitamente me rasgou a vista através de um vulto explosivo que a levou praticamente ao chão, dobrando o espeto ao máximo, testando aquela ponteira tão sensível e aquelas fibras de carbono tão elásticas! Num ápice o meu corpo gelou, a cana ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ, a minha reacção num misto de adrenalina e extupefacção eis que reagiu e corri, corri o mais que pude mesmo em má forma até a minha cana que soltava metros atrás de metros... Quando a agarrei a pressão era tanta que custou a tirar do espeto, mas segurei a e tive esperança... Esperança que fosse uma douradona, sei lá... Corvina ali... Não pensei nisso sequer, e não sendo praia de douradas muito grandes estava mesmo virado para tal, as cabeçadas não eram tão vigorosas como as de uma dourada, mas aquela pressão e aqueles arranques faziam me pensar... Só me lembro de pensar... Não mexas no drag, não mexas no drag, não cedas à tentação... Sabem que sou dos cépticos neste contexto, por norma preparo muito bem as embraiagens dos meus carretos para a linha que uso e raramente mexo no drag até o peixe estar na escoa onde por norma tem que ser. Tenho a crença que mesmo que façamos o correcto é mais fácil perder um grande peixe por se mexer no drag do que estar quieto. Desde que saibamos o que fazemos é assim que penso... Foram longos minutos em que me limitei a segurar a cana, sem pensar muito no resto... Calmo e pensativo com todo o tempo do mundo, com toda a tranquilidade fui trabalhando o peixe, e já depois de subir o declive foi simplesmente brutallll. A força do peixe era demolidora, já tinha tirado alguns pargos de grande tamanho de barco, mas não tem nada a ver, assim é muito mais gratificante... Sentes te mais pescador, sentes te mais homem, lol. É muito gratificante... A última arrancadela já a menos de 20 metros doi louca ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ e eu só pensava na sorte que tinha, só pensava que aquele peixe estava de certeza ferrado pelas beiças pois a pescar com um 0.25 mm. de estralho se tivesse engolido, fosse dourada, corvina, pargo... Há muito que o tinha perdido!!! Mas sabem é uma das coisas que o traquejo nos ensina, é algo que amadurece com os anos num pescador e que te melhora como pescador... Ora eu raramente me engano na forma como um peixe grande vem ferrado... Por norma peixe que caebeceia loucamente, que estremece muito, está ferrado pelos beiços, enquanto peixe embuxado tem tendência a dar menos luta pois sente se ferido na garganta e os esticões provocam lhe dores mais fortes... Talvez por isso, eu sabia que no meio daquilo tudo tinha sorte, e tinha ainda mais sorte por Marte ter ondulação... Tirar um peixe grande na praia para mim prefiro que exista alguma ondulação pois ela por si se trabalharmos bem a escoa mete o peixe a seco... Ainda estive uns 5 minutos ali com o peixe quase a seco, a ver a barbatana dele, a ver o vermelho lindo dele e a pensar... Aguenta, aguenta... Trabalha com calma... E fui dando drag quando a onda recuava e puxava quando a onda subia, foi uma luta titânica, mas quando vejo um set maior percebi que era o momento... Segurei, corri abaixo o máximo que consegui com drag a levar ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ e dei a manivela o mais rápido que pude... Quando a linha esticou era o momento, Só tinha que o recolher e com a ajuda da cana puxei, puxei... E peixe a seco... A onda recolhe e ainda deu duas cambalhotas mas já longe da água não corri sequer e deixei o estar... Os meus olhos brilhavam... Sabem que já tive a sorte ao surfcasting de tirar grandes robalos, grandes douradas, grandes sargos, grandes corvinas, grandes pregados e linguados, ou seja os peixes mais comuns e que procuro... Este sinceramente que não era nenhum troféu que me passasse pela cabeça pois ali costumam sair parguetes apenas, deixou me em extase... Dei dois berros numa praia só com 2 pescadores que olhavam impávidos a uns 100 metros para a minha parvoíce lolololol... Como o dia estava escuro e meio chuvoso, nem os típicos velhotes de final de tarde a passear na praia eu tinha... Cortei o estralho e deixei o pargo estar no chão, ali para o ir admirando lol... Fui fazer novo estralho e lancei... Enquanto o dia ia escurecendo já sem sol só olhava no horizonte, tirei fotos sozinho no chão e só pensava como ia ter uma foto para a posteiroridade... Uma coisa é tirares um bom peixe de um exemplar que já tenhas tirado vários, agora eu tenho noção que o peixe que tirei ao surfcasting em praia é raro e que não vou tirar muitos... Olhava e nada, os minutos passavam e nada... Cheguei a pensar ir chamar os tais pescadores que estavam lá longe mas fui aguentando até porque nem conseguia me desprender das canas.

Já estava mesmo em desespero quando vejo um casal de adolescentes a descerem a rampa e sentam se a uns 20 metros de mim... Enquanto eles se lambuzavam um no outro ( que saudades de fazer estas cenas assim em público ahahaah, tão bom a adolescência) eu olhava e esperava... E fui passo a passo ter com eles... Parado a 2 metros eles sem darem por nada e muah muah, lingua para cá e para lá... e eu esperava... esperava... E quando pararam... Olhei para o rapaz e disse-lhe:
- " Olha tirei ali uns peixes não tenho ninguém na praia podes me ir tirar umas fotografias sff? E ele deixou a sua amada lol e lá foi comigo... Não lhe perguntei o nome, mas fica o agradecimento pois caso contrário só teria tirado foto em casa o que era uma pena... Voltei a pesca e à concentração total e o dia deu lugar a noite... A actividade era enorme, mas os peixes eram o contrário... Perdi a conta aos sargos que tirei e as bailas... Tanto peixe pequeno que ao pé dos 4 peixes que tinha na arca pareciam fantoxes e iam indo para a água... Só um sargo foi guardado por ter embuxado, pequenito uns 23 cms. Enfim... Já estava a ficar tão cansado com aquela actividade que eram onze e tal e comecei a arrumar que já estava a pesca feita, o troféu na arca e no dia seguinte era dia de trabalho...

Sabem mais do que tudo adorei a luta, aprendi a muito que o caminho é melhor do que a chegada, é durante o caminho que aprendemos, a chegada acaba por ser apenas o momento de libertação do gozo que foi  " a viagem"... E que viagem... rumo a mais um peixe para recordar, para ficar na minha memória para sempre...

Um dia vou contar a um neto que descobri vida em Marte... E ele vai dizer que o avô é louco... E espero me rir lado a lado com ele... Será bom sinal, efectivamente, será um excelente sinal...

Vida em Marte, como é possível... :)

Estar de novo a escrever... nem eu esperava... Obrigado pela força que me foram dando, foi deveras importante.

Até breve, até á parte II deste relato!!!










MATERIAL:
CANAS: VEGA POTENZA LEGEND, VEGA BLAZER SURF, YUKI HUMMER
CARRETOS: SHIMANO KISU COMPETITION, SHIMANO FLIEGEN SD, SHIMANO BULL´S EYE XT
LINHAS: VEGA WORLD CHAMPION, CINNETIC SKY LINE, VEGA F-TECH, VEGA SUPER TECH
ANZÓIS: VEGA FUKASE, VEGA WORMER
ISCOS: TITAS, AMERICANO, CARANGUEJO


FILIPEPC

sábado, 5 de maio de 2018

CATÁLOGO VEGA 2018



CATÁLOGO VEGA 2018

Com muitas novidades, este é o catálogo da maior marca nacional a operar em Portugal...

VEGA
CATÁLOGO 2018