Os nossos amigos

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

( TROLLING) 4 ROBALOS NO GELO!!!

Boas.

O tempo não anda fácil, frio, diria mesmo gelo, num Inverno até pouco rigoroso, e que tardou em trazer o gelo. Fevereiro foi duro e Março promete pelo menos não ser ainda um mês quente o que pode atrasar a entrada do choco no Tejo e consequentemente das corvinas. Veremos...

Como costumo dizer gelo rima com... Epa pera aí que rimar não rima, mas na minha cabeça rima...

Com os ventos fortes que se adivinhavam restava e com a impossibilidade de pescar no mar com este tempo, restava ir numa aberta ligeira ao Tejo trollar um pouco e quiça vinilar. Havia que contar com dois elementos, o frio, gélido que se tem feito sentir, e a chuva que podia nos chatear a pesca...

No meio disto, frio, chuva, vento... Restava ter alguma esperança e abrigar nos numa das poucas zonas do Tejo em que isso é possível.



Quando me levantei as 4.30 até media dó... Fui me vestir e tentei me aconchegar com o material mais forte e quente que tinha, e o carro não enganava... Eram 5.30 já eu estava a caminho e o frio, bem... Para terem noção conduzi de luvas, coisa que detesto. E a imagem diz tudo...

Chegado ao pesqueiro o frio era muito e decidi mesmo nem tirar as luvas. Foi só tentar montar as canas e deixar tudo pronto. Assim que começou a clarear começou a pesca, e só tinha até cerca das 11, até um pouco antes disso para pescar pois o vento levantava muito e o suportável passaria a impossível, já para não falar da viagem de regresso que ia contar com uma tareia daquelas...


Gira o disco e toca o mesmo...


Cheguei e dei um giro pela zona e a sonda até marcava peixe. Não muito, mas tinha uns ecos isolados... Com isto decidi tentar vinilar um pouco, mas sem qualquer sucesso... Não deviam estar para aí virados ou era o movimento que não ajudava tal o frio que eu tinha... Pouco a pouco com o virar da maré os ecos deixaram de se fazer sentir e resolvi ir trollar. Engraçado que eu adorava trollar, ou melhor não adorava trollar, pois é na realidade uma seca, adorava o arranque dos peixes ao trolling e preferia esta modalidade ao vinil e zagaia a uns anos. Hoje em dia para mim já é uma seca trollar. Cada vez sinto que o faço menos e com menos gosto... Agora os arranques são estupendos, maravilhosos e é por isso que se anseia...

...

Entre o frio e sem previsões disso, veio um pouco de chuva, que supostamente só viria mais a hora de almoço... Frio, chuva... Hmmm, gelo... Que sofrimento. O engraçado é que não se consegue não ir, mas quando se está lá!!! Só apetece voltar para o vale dos lençóis... Isto porque só mesmo malucos podem pescar com tanto frio. Mas a realidade é que ou é quando a um dia, ou não é! Não a volta a dar.

...

Bem, ía trollar e tal, e foi so escolher as amostras coisa que cada vez também é mais simples. São 3 ou 4 cores e mal troco. Não vale muito a pena... Num dia com este tinha que tentar a minha amiga FT, amostra que me deu muito peixe ao longo dos anos. Não é a amostra que mais captura, mas quando captura costuma ser dos bons...

E assim o fiz, 70 metros de linha, multi 0.19mm., chicote 0.50 mm., e procurar a maré a favor... Aqui deixo também uma pequena dica a quem não domina esta técnica. A maioria dos peixes ao trolling sai a favor da maré. Já apanhei muito peixe contra sim, mas a maioria sai a favor. São dados já com anos e por vezes pode se ganhar alguma coisa em se lembrar deste aspecto. Tem a ver com a fórmula natural do peixe comer, atacar, etc...

Com isto fez se meia dúzia de passagens sem qualquer sucesso, e lá troquei a amostra desta para uma yo-zuri, a do costume... Logo na primeira tentativa ZZZZZZZZZZZ, e pára... Xiça, até saltei do leme...
Mas era apenas o fundo, ou alguma alforreca ( incrível como em pleno Inverno continuam no rio). A água marcava 12.3 graus. Bem mais quente que em anos anteriores. Tenho registos de 10.2 graus em outros anos... Dá que pensar. Dois graus são muita fruta para os peixes. Talvez por isto em 80% das saídas este Outono/Inverno apanhei corvinas, nem que fosse uma apenas...

Já eram 9.30 sem qualquer peixe e a sonda continuava sem marcar nada. Eu até pensava para mim que os peixes, neste caso os robalos estavam congelados, mas pensado que o congelado era eu pois a água estava com 12 graus e cá fora deviam estar 4 ou 5... Acreditei....

E sabia que a água a meia vazante costuma ali dar uns peixes pelo que foi aguardar um pouco. Comi qualquer coisa, bebi o cafézinho maravilha... E...ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ, que arrancada!!! Por entre os pingos da chuva os olhos brilhavam de novo. Um arrancada estupenda! Deu gosto. Segurei na cana e trouxe o peixe com calma, ele subiu depressa e ao longe já o via ao cimo, um belo robalo. Tranquilamente, trouxe-o até mim e foi só encestar. Lindo!

Amostra para dentro novamente, esqueci me de referir que estava de novo com a FT, e vai de trollar, dei a volta para não perder tempo e aproveitar o sabor da maré. O vento aumentava cada vez mais era uma questão de minutos... E na passagem seguinte ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ, outro grande arranque, este diferente, menos intenso, mas mais forte com mais cabeçadas... De inicio julguei ser alguma corvinota, mas assim que veio ao cimo vi que não até porque a luta perdeu rapidamente a intensidade. Já ali perto o gajo ganhou pilhas e fez duas tentativas de sacudir a cabeça para largar a amostra. Mas sem sucesso. Mais um tarolo.


Sem perder tempo voltei ao spot inicial, sempre com 60 a 70 metros de linha, a arriscar o máximo que podia...E pimba ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ, mais uma arrancada esta mais pequena ainda e o peixe deu menos luta, era um pouco mais pequeno, peixe para perto de 2 kg.

Já chovia mais e estava na altura de dar as últimas passagens, já tinha tudo encharcado, telemóvel, bolsa, tudo... Ainda bem que é a prova de água...

E o peixe estava por lá, pois a passadas 3 passagens, outra vez ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ, mais uma boa arrancada, e com alguma adrenalina. Peixe lutador, muito lutador. Deu para divertir, já perto foi só ter cuidado e meter a no chalavar. Este vinha preso só por uma pelinha. Um peixe a rondar os 3 kg.

A sonda para vos dizer que nada marcava. Esta é a característica boa e especial do trolling. Bater áreas maiores e dar com peixe em dias em que não se encontram cardumes para vinilar, ou mesmo peixe isolados.

A chuva era tão gelada... Mas tão gelada!!! O caminho fez se devagar, pois o Tejo já estava um pouco arisco... Para 4 horitas de pesca não foi mau, tinha alguma fé, pois o frio é sinónimo de robalos de bom porte... Infelizmente tinha que ir embora, a tempestade estava a chegar...

Agora é esperar por melhores dias que o tempo acalma, principalmente o vento pois se com 30 km´s já custa muito, com 50 ou 60 é algo de muito excêntrico, lol.

Além disto ainda ia trabalhar de tarde...

Ainda no barco tirei umas fotos, mas a maioria nem se vê tal a chuva e a má qualidade não permitiu grandes takes... Mas dá para terem uma noção :).

Uma boa pesca, com 4 peixes já com algum calibre. Assim vale a pena.

Este tempo de frio/gelo rima com robalos... Com bons tarolos...


Até breve.





FilipePC

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

ROBALOS XL AO VINIL


Este mês que passou foi a melhor pescaria, um dia com boas capturas, peixe de calibre, felizmente ao lado de dois amigos. 

Foi um excelente dia...



VINIL: BM KAKI

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

( VINIL) ROBALO XL SOLITÁRIO


Boas a todos.


Depois de umas jornadas ao surfcasting, havia já uma saudade de procurar os robalos de outra forma...





Foi então que vi o vento ia ser muito pouco e as marés não eram de grande amplitude o que dava para ir passear de barco à procura dos tarolos.
Falei com o Joaquim e rapidamente se confirmou que iriamos à “caça” nesse dia.
A ideia era fazer pesca vertical entre vinis e zagaias, e se não resultasse iriamos ao plano B- trolling.

Eram seis da matina e já estava na marina. Sem antes o Joaquim não ter feito uma das suas. Recebi uma mensagem a dizer que tinha de voltar atrás pois tinha-se esquecido da chave do barco. EHEHEHEHH.
Típico do Joaquim, é uma marca registada que ele tem, esquecer-se de qualquer coisa importante para aquele dia de pesca.
Deixo aqui algumas das peripécias que ele faz para nos rirmos um bocado porque a pesca não é só feita de peixe:

- Noitada de surfcasting na costa alentejana, e a meio do caminho lembrou-se que não tinha trazido espetos para a pesca... EHEHEH

- Mais uma noitada de surfcasting e depois de andarmos uns 500 metros pela praia ele diz: “ Esqueci-me da comida e da água no carro... Não faz mal, se estivesse em casa a estas horas também não comia. Mas se fosse o tabaco ia lá...” EHEHEHEH

- Contudo uma pessoa excelente sempre disposta a ajudar e que é amigo do amigo. Para ele um grande abraço e fico feliz por pertencer ao nosso GANG.

Passemos então este momento de comédia e voltemos ao dia da pesca.
Lá arrancámos para o primeiro spot onde tem saído uns pexecos. Às primeiras passagens nada de marcações de peixe. Mas sabemos que tem sido assim, naquele spot não se marcam muitos peixes mas durante as derivas aparecem uns quantos e são de bom calibre.

A certa altura o Joaquim tem um bom ataque mas que se desferra rapidamente. Na mesma passagem eu sinto um toque mas nem ferrou.
A maré começava a correr mas o barco derivava mais devagar que a amostra o que nos obrigava a pescar mais pesado mas mesmo assim a amostra afastava-se muito do barco o que nos dificultava o trabalhar da mesma.
Durante uma boa meia hora foi muito difícil manter as pescas na vertical e assim não era fácil pescar, até que a coisa começou a amainar.
Sinto um ataque e faço a ferragem mas era apenas peso, logo já sabíamos o que seria, um grande XARROCO.... É sempre uma palhaçada a bordo quando alguém tira um peixe desta qualidade. EHHEHEHEH!!!

Continuamos a pescaria e a sonda ia marcando uns peixes isolados no fundo e umas manjas pequenas a meia água.
Como a maré já deixava a pesca na vertical lá experimentei voltar aos vinis mais leves e lá pus um kaki de 30gr a ver o que dava...
O vinil não ficava completamente na vertical, mas dava para sentir bem o fundo, e lá comecei a trabalhar. Entrecalando com movimentos mais rápidos outros lentos, uns que subia mais a ponteira da cana outros apenas uns toques de ponteira, mas sentia sempre o vinil a trabalhar bem e achava que não havia necessidade de aumentar o peso naquela momento.
É então que numa animação em que subi muito o vinil e o deixei cair de forma lenta e controlada que tenho um ataque brutal, com muita força. O peixe dá logo uma corrida para o lado oposto do barco e fiquei a pensar se seria uma corvina numa das suas tipicas corridas laterais, mas logo depois volta para o lado do barco onde o tinha ferrado, e começo a recolher mais linha, mas mal o peixe vê o barco aí sim veio os ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzzzzzzzz que tanto gostamos, que grandes corridas deu ele, e eu já tinha o drag bem fechado para que um peixe pequeno não levasse linha nenhuma, então fecho mais um bocado o drag e aperto com ele e vemos a cor de um belo robalo, rapidamente encestado pelo Joaquim. Que alegria nos deu aquele momento, e foi uma boa luta que me deu.

...





A pesca continuou, mas até ao final do dia só tirei mais um bonito peixe mas que devolvi ao seu habitat. Um belo ruivo.





Ainda mudámos de táctica e de spot experimentámos o plano B, mas a pesca estava condenada a um só troféu e rumámos para casa pois esta tinha sido combinado ser uma pesca rápida. Muito obrigado ao Joaquim por mais umas horas de pesca e de grande convívio e companheirismo.

Não sei se ainda volto a fazer alguma pesca no estuário antes das corvinas entrarem... Se não, até lá malta...








Material:

Canas: Vega Ogawa, Cinnetic Capture Labrax
Carretos: Shimano Biomaster C5000(2) kitados no TOP FISHING
Amostras: BM Kaki, Blue e zagaias
Leader: Seguar Ace 0,47 mm.


Guilherme, Joaquim

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

( SURFCASTING) OS TAROLOS CONTINUAM A BOMBAR!!!


Mais uma investida ao SURFCASTING, com condições muitooo difíceis.

Desta rumámos ao pesqueiro mesmo sabendo que ia ser difícil pescar. Na realidade estava mesmo difícil, areava muito e se deixássemos as canas mais que 5 minutos era chicote perdido.
Tivemos que estar sempre de roda das canas a dar pequenos toques para não arear. O peixe só saiu ao pôr do sol e ao nascer, de noite nada de nada.

Frio, algum vento e um mar a partir longe dificultaram a jornada.


Foi preciso muita luta, inclusive trocar de cana a meio da pesca para tentar minimizar o quanto areava.

A noite toda só saíram 4 peixes...
O Anonymous do grupo desta desta venceu... Mas não perde pela demora!!!
O gajo quer é a papinha toda feita... Pobre vida a de reformado...

A queimar os últimos cartuxos do Inverno ao Surfcasting, vamos ver se ainda damos com mais uns quantos tarolos!!!









Material:
Iscos: Choco, Americano, Casulo


Joãonumberone, Soares

domingo, 14 de fevereiro de 2016

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

( SURFCASTING) NOITE GÉLIDA DE REIS...


Boas.
Gélido rima com robalos... Não rima??? Epa, mas tem algo a ver ou não?

:)

Tem sim!!!

Passo o ano todo a espera de 3 meses para o Surfcasting que eu gosto, para fazer aquele surfcasting que me dá pica... O Surfcasting no friooooo... Mas na realidade não tem dado para fazer o que tanto gosto. Já ia um tempinho sem lançar os ferrinhos... E que saudades... Ao olhar para o sites do mar vi uma aberta ou melhor uma queda de mar... Entre uns mares mexidos, isto podia dar peixe... E peixe bom. Deixei uma mensagem a malta a dizer que me cheirava a tarolos... A robalos de algum porte...

Lá convenci o João Paiva, com o Guilhas já estava falado à uns dias... Pûs me a caminho cedinho... Hmmm... Soube me tão bem, ainda de dia ir devagar, parar no café de sempre e observar o spot, os fundões, caneiros... Escolhi o sitio e lá me preparei... Fui montando tudo e aproveitei o sunset... Muito bom. Paz, muita paz...

Também tinha uma cana para fazer uns lances e testar pela primeira vez e deu para a ver trabalhar. Gostei muito, para já não vou dizer muito mais, mas é uma vara sem dúvida de altíssima qualidade. Um pouco específica, mas digamos que se adapta a quase o ano todo da nossa costa.

O dia estava maravilhoso, lol, frio, húmido, a caminhar para o gélido, e tal... Esqueci-me de dizer que o mar, esse estava enorme, as ondas batiam na areia e subiam mais alto que a sua formação...

Os sites da especialidade davam uma queda e era nessa queda que eu tinha alguma esperança.

Lancei duas canas e fiquei com a terceira de fora. Esperei uns segundos a tentar entender se o bico de pata aguentava... Não aguentava! Troquei. A pirâmide aguentava mas em segundos areava... Fui teimoso e tornei a lançar... Fui me sentar... Passados uns 5 minutos tornei a ir as canas... E voltei sem a chumbadas, lol. Areadas, ficaram lá ambas...

Toca de fazer novas montagens. A coisa estava complicada, a maré muito vazia, o banco de areia ainda algo longe... Restava ir arriscando e esperando que a maré ganhasse água. Mais duas chumbadas... Posso ser teimoso, mas não sou parvo! Sentei me, deixei as canas fora de água e tive ali um pouco a apreciar o final do dia e início de noite. Falei com o Paiva que estava a chegar e fui novamente fazendo os chicotes. Tinha passado uma hora e tal, o mar continuava grande, embora a queda se fizesse notar ligeiramente. Ao chegar disse ao Paiva que ia lançar as canas pois a coisa tinha estado impossível até então. A maré ia com umas 3 horas de subida.

Passado uma meia hora de ele chegar, tira uma boa baila, daquelas boas... Lindo peixe. O mar do lado dele parecia que deixava pescar melhor pois ele não se queixava de arear, já eu estava mesmo com dificuldades e embora estivesse mais calmo, tinha que estar perto das canas para ir dando pequenas recolhas e evitar que areasse... Entretanto vejo um toque, estávamos os dois a comer... Tiro um robalo, e logo a seguir uma baila na outra cana que reparei ter a linha corrida... Ambos eram território do pescador miau miau, e soltámos os peixes.

Preparei novas iscadas, bons americanos e generosas iscadas de caranguejo. O casulo estava em dia não, nem tocavam... Os iscos começaram finalmente a ser comidos e sentia-se actividade. Nada demais, mas dava para perceber que a tal parece de areia tinha ganho água e o peixe já circulava e comia. O Paiva logo a seguir tira um grande sargo. Feliz de os ver pela praia, qualquer surfcaster os espera sempre nestas meses...

O Guilherme manda mensagem que está a chegar... Entretanto a minha cana corre toda para o lado e lá dou uma corrida... Assim que agarro vejo ser um peixe bom e trouxe o sempre com calma. Um robalo com dois quilos e tal... Bom peixe. Foi só trocar a montagem. Segui para bingo e lá fui lançar a maré aproximava-se da reponta.

O Guilherme entretanto chega, monta tudo isca e lança as canas junto das minhas.

Passados 5 minutos vejo o a trabalhar um peixe e dou uma corrida para ver a coisa e ajudar caso fosse preciso... Um grande robalo! Belo prémio. Para que entendam, ele tinha saído do trabalho, veio directo e ia novamente trabalhar na manhã seguinte. É preciso coragem. Além de povoar o país com os filhos que não pára de fabricar ainda anda feito um guerreiro, lol. Fiquei muito feliz. E ele também, lol. O sorriso de orelha a orelha.


Não começava mal...

Bem, a malta estava toda com peixe, e logo a seguir eu tiro um robalo de quilo e tal e o João outro sargo dos grandes. Como ele dizia, estava bom... Para o que procuramos, já ninguém se podia queixar. E por falar em queixar no lançamento a seguir com a maré já a vazar eu tiro outro robalo quileiro e o Paiva um robalo de uns dois quilos...


A noite ia melhorando...



 Satisfeito e com trabalho no dia a seguir, foi arrumando a tralha. Eu ia arrumar também, mas o pequenino lá me pediu para aguentar e ficar mais uma hora com ele... Bem, um gajo também se deve esforçar pelos amigos, julgo que a base da amizade passa por isso. Não deve ser sempre como nós queremos ou nos dá jeito, deve ser de comum acordo e satisfação de todos. Fiquei, claro. Estava muito cansado, mas resolvi ficar.

A maré já tinha perdido um pouco de água e começava a arear mais, o mar tinha caído, mas com menos água a praia apresenta condições difíceis e que obrigava a que o mar estivesse mais pequeno para isso não se verificar. Mas quem não arrisca, não petisca!

E lá fomos renovar iscadas e massacrar o americano!

Enquanto isso resolvi preparar mais estralhos para ser só trocar. Resolvi também deixar prontas as iscadas. Uma das canas bateu, mas o gajo não ficou, troquei rapidamente e fui recolher a do lado que estava corrida. Assim que agarrei vi ter peixe. Outro robalo de quilo e pouco. Tinha o estralho todo enleado e estava a ver se conseguia safar aquilo. O Guilherme estava a meu lado na cana encostada a minha a desarear uma cana! Bem, como não conseguia desenlear aquilo, cortei o estralho e fui ao acampamento buscar mais munições. Volto e quando chego, olho... Ele estava na mesma posição, parecia um boneco. A fazer força para desarear a chumbada, a cana vergava por todo o lado. Até me lembro de pensar para mim...
- " Mas este gajo vai ficar meia hora a tentar safar a porcaria de uma chumbada?"...

E fui dar o nó na montagem e lançar... Ele estava nas minhas costas, a 2 metros...

Vou a andar pela areia a descer o cabeço para lançar, quando oiço ao longe um grito!!!

- " Filipe, Filipe"

Viro me de repente, quando olho não o vejo, epa... Um nevoeiro do caraças e corro para o espeto, nada do Guilherme, continua a gritar e quando o avisto, bem... Nem consigo determinar a distância, mas diria uns 70 metros a vontade... Como é possível? Ele estava a segundos atrás de mim com a cana na mão, nisto está a uma distância quase imperceptível pelo nevoeiro que se fazia sentir... Corri, sem perceber o que se passava, e quando chego perto dele com a lanterna no máximo, ele está ali com a cana toda vergada, o drag a disparar metros... Eu gritei-lhe para tentar perceber o que se estava a passar e ele a dizer que era peixe... Peixe assim na praia a levar linha, daquela maneira, mas que raio...






Ele trabalhou magistralmente a situação, acima de tudo, porque ia andando com o peixe e com a corrente que o levava ao maior buraco da zona, que estava a nossa direita, um grande fundão. O peixe foi para essa zona e ele andou ali uns 5 minutos no corre abaixo e foge para cima, eu entrei na água para tentar ver o peixe, com calma, mas não estava fácil, a espuma era muita, numa das fugas à escoa, ele caiu para trás e temi que perdesse o peixe, mas lá conseguiu manter a linha esticada e lá fomos tentando perceber se estava perto... Julguei ser uma coisa de outro mundo... Sinceramente, disse para mim que podia estar ali o maior robalo que tinha visto na praia... Era luta a mais e corrida a mais, mesmo para um robalo de 4 ou 5 kg... Mais umas arrancadas e lá o conseguimos pôr mais acima, quando a onda ia recolher, eu cheguei me ao peixe e travei o com as pernas. Um grande robalo, mas não um peixe de uns 10 ou mais quilos como eu esperava... A explicação veio a seguir. Enquanto o agarrava vejo onde ele estava preso. Na bochecha. Por fora, uma anzol daqueles, cravou o peixe de lado,, ele pouco ferido pois era só na pele e um pouco na carne, correu desenfreadamente, fez mais de cem metros pela praia. Tudo muito esquisito. Ainda hoje que escrevo a pescaria, não sei o que se passou. A cana estava areada... Se o peixe lá estava, como é que estava areada? Um peixe daqueles tão grande não ia deixar uma chumbada arear. Penso na sorte pura, sei lá, de a chumbada estar areada, e no momento em que ele depois de estar uns 5 minutos só a tentar desarear a chumbada, ela se tenha soltado e com o impulso fosse cravar num peixe que eventualmente estava ali a passar no momento? Será possível? É como acertar no totoloto! Seja qual for a explicação, foi uma par de grandes robalos para o Guilherme. E que feeling com que ele estava. Ele estava com feeling e durante a pescaria. E eu que sou um adepto de feelings e que acredito muito nessas sensações, sinto que isso lhe deu o resto! Antes de irmos embora a recolher a última cana, tirei outro robalo quileiro.

A pesca estava feita, a alegria era muita. Foram umas horas porreiras, entre amigos, com bom peixe, nas noites de frio do Inverno. Há que insistir... " They´re out there... "

Vemo-nos pelas areias...


Ficam as fotos de alguns dos melhores exemplares...
Numa noite gélida de Reis Robalos...















Material:

Canas: Vega Potenza Elite (2), Yuki Hummer, Daiwa Sky Caster Hybrid, Daiwa Tournament Caster Hybrid (2), Daiwa Tournament Z
Carretos: Shimano Bull´s Eye (7), Shimano Aero Technium XSB MG
Linhas: Cinnetic Sky Line, Yuki Kenta, Vega Potenza ST, Sufix 100% Fluorocarbono
Iscos: Americano, Casulo, Caranguejo



FilipePC, Guilherme, João Paiva

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

SHIMANO SUPER AERO KISU SPECIAL COMPETITION



SHIMANO SUPER AERO KISU SPECIAL COMPETITION

Mais uma excentricidade só ao alcance de alguns vindo da casa mãe da marca nipónica.

Sem dúvida uma obra de arte





- 300 e poucas gramas de carreto...



sábado, 6 de fevereiro de 2016

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

( SURFCASTING) Sem os gradeiros por perto...

Malta da pesada...




A época está ao rubro em termos de pescarias, a malta aproveita os dois meses de pesca que mais gostamos ao Surfcasting...

Temos feito umas incursões, mas esta semana a coisa não correu muito bem, pouco peixe e pequeno, e o mar contra as previsões a não deixar pescar em condições...

Como tinha uns dias para gozar, tirei 2 dias e rumei a Sul... Dois dias em praias diferentes e com registos distintos. Há que continuar a tentar, como se vê, a sorte protege os audazes...

Não há tempos para relatos de maior, fica a pescaria feita pelo Oeste zona sul... Sem a companhia dos gradeiros... Deve ter sido a minha sorte tal a desgraça que eles são a pesca!!!

Foram dois dias de pesca, o primeiro mais a Norte, o segundo mais a Sul, no primeiro dia um sargo quileiro e o resto mais pequeno, no segundo dia 3 robalos, dois deles bons.

A pesca está incerta e é mais um ano em que parece que o segredo está em acertar na praia certa perante as condições do mar. Temos tirado excelentes exemplares, não calhando sempre a todos, a coisa vai se compondo... Houvesse mais tempo!!! Para o tempo que há, vamos palmeando km´s pelas areias de Portugal... Para os Ganguistas verem a tareia que vão levar este ano... Estou em fogo!!!


DIA 1 




Com a necessidade da procura de melhores exemplares no dia 2 a pesca foi feita mais a Sul no Oeste e resultou... 

 DIA 2




BOTA 44




Espero que gostem... Até breve...



MATERIAL:

Modalidade: Surfcasting
Iscos: Americano, Casulo
Canas: Barros XK, Barros XT
Carretos: Shimano Ultegra XSC (2)

JOAONUMBERONE