Depois das ultimas noitadas terem sido passadas a fazer surfcasting é altura de começar á procura das nossas amigas douradas.
Como já fazia algum tempo que não participava numa noitada na "pedra", decidi arranjar um tempinho para ir a um dos " quintais" que tantas boas surpresas nos têm dado.
É um pesqueiro difícil não pela sua acessibilidade, mas sim porque exige uma forma de pescar muito própria do local, é um pesqueiro que se tem de conhecer minimamente ou então iremos ter apenas o prazer de sentir o peixe e não o conseguir capturar.
fantástico por do sol... |
Bom mas voltando á pescaria...
Combinação feita á ultima da hora com amigo Luís Díonisio, e lá arrancámos os 2 em direção ao pesqueiro.
Tínhamos fezada na noite que se aproximava, o clima estava o ideal para "elas" darem o "ar da sua graça", o mar apresentava-se com bom aspecto, o vento tinha caído e a lua fazia com que a noite parece-se dia, tinha tudo para dar certo...
não é para todos... |
Chegados ao pesqueiro, rapidamente montámos o material e demos inicio á pescaria.
Não passou muito tempo até a 1ª cana dar sinal, uma boa iscada de caranguejo tinha chamado a atenção a alguma coisa, desloquei-me rapidamente até á cana e assim que agarrei senti que era um bom peixe, um sargo por volta das 600/700 gr que não tinha resistido aquela iscada, não era do que íamos á procura mas era um bom peixe.
A noite já se fazia sentir no horizonte, quando "elas" deram sinal de vida, estávamos nós a jantar descansados quando a cana do Luís que tinha levado uma boa iscada de casulo deu sinal de um bom peixe, o drag disparou e apercebemos que era uma dourada que fazia suar aquele som que tanto gosto de ouvir.
A forma como ela dava cabeçadas indicava ser um bom exemplar,o material era o adequado portanto era altura de ter calma e consegui-la por a seco.
podia ter sido a 1ª... |
O Luís ainda sentiu o seu poder mas destas vez "ela" tinha levado a melhor, a força dos seus maxilares e de todo o seu porte acabou por fazer estragos e seguiu o seu caminho.
Foi pena porque teria sido a 1ª da época mas era altura de esquecer o peixe perdido e voltar á ação, iscadas novamente dentro de água e esperar que não fosse a única a andar por aquelas águas.
Esperámos, esperámos e passado umas boas 2 horas voltámos a sentir peixe novamente, desta vez na minha cana e novamente com iscada de caranguejo, um toque na ponteira que depressa se revelou ser um robalo, pois bateu e folgou logo, um robalo a rondar as 900 gr que veio animar a malta e dar alento para aguentar mais umas horas. Tivemos mais uns toques, mas nada que desse o alerta de que "elas" andavam por lá, ainda mudámos para outros tipos de isco ( ganso nacional, lingueirão e choco ) mas não deu resultado, o peixe tinha alvorado para outra zona.
a pescaria... |
A noite já ia longa quando demos por terminada a pescaria, a cansaço já se fazia sentir e ainda tínhamos uns quilómetros pela frente.
Em resumo, foi uma noite agradável em que tivemos o prazer de assistir ao vivo á maior lua do ano,em que houve alguma actividade mas "elas" não apareceram em força dando apenas um sinal de vida, á que ter paciência e insistir porque um dia destes a "coisa" dá-se....
a lua... |
Um abraço para o meu companheiro de pescaria Luís Díonisio, que tão boas histórias e conhecimentos de pesca teve a gentileza de partilhar comigo.
P.S.
A titulo de experiência ( que venho fazendo á algum tempo ) sobre alguma coisas que tenho lido a nível das cores das chumbadas, durante toda noite de pesca, utilizei duas baixadas exactamente iguais com excepção da chumbada que era de cor diferente. Uma da cor natural do chumbo e outra plastificada de vermelho, não sei se foi coincidência ou se realmente (como á algum tempo venho a experimentar com alguns resultados interessantes) a cor faz diferença, aquilo que vos posso dizer é que á excepção do toque da dourada todos os outros toques e capturas foram na montagem que tinha a chumbada vermelha, será só coincidência... começo a acreditar que não, isto foi apenas uma curiosidade que achei interessante partilhar.
Pedro ( PJPescador)
3 comentários:
É sem dúvida um pesqueiro difícil e algo perigoso, mas que por vezes nos reserva surpresas. Parabéns pelo teu esforço em busca delas. Vão acabar por aparecer.
Filipe.
Boas PJ. Mais uma boa partilha interessante. Resolvi comentar sobre aquilo que referiste sobre a cor da chumbada... como já ando há muito tempo às douradas, nomeadamente na pesca embarcada, tenho tirado as minhas conclusões sobre a utilização das mesmas... Já passei por muitas cores e formas, e o vermelho com a forma de pêra, tem revelado ser a chumbada mais efetiva, quer pescando a pouca profundidade, como mesmo em pesqueiros de profundidas extremas. A forma também é muito importante... penso que determina a forma como a dourada "sente" ou não a chumbada enquanto se apodera da isca... Faltou-te apenas falar sobre o comprimento do estralho e a constituição e posicionamento do mesmo...
Abraço ao team Pescas, Luis Ramalho
Boas Pedro!
Um bom relato e umas boas fotos, é sempre bom ver outros pesqueiros..
Foi pena essa que partiu...
Um abraço e para a proxima será melhor certamente.
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