Os nossos amigos

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A história do "Barba Ruiva"

Embarcada ao largo do magistral Cabo Espichel 

Já fazia algum tempo que eu e o PJpescador não ia-mos fazer uma visita a este local tão especial. A conversa não passava ao acto por este ou aquele motivo mas desta não havia volta a dar e só se resolvia o caso marcando o barco, o "nosso" Thalassa. Esta embarcação leva 10 pessoas pelo que nos lembramos de ligar para o pessoal que tinha ido da ultima vez, isto com uma ou outra substituição em que quem entrou só veio melhorar a equipa. 


Não posso começar este relato sem antes mandar um grande abraço a todos os que participaram nesta pescaria, pessoal muito fixe e que me ajudaram a passar um grande dia apesar de estar um pouco engripado. Para a tripulação do Thalassa fica aquele abraço e até dia 3, estaremos lá todos.

Pessoal como é, 4h30 na Aldeia e arrancamos para as bombas para juntar a malta e arrancar para o que mais gostamos de fazer, pescar. Assim foi, até doía ver a vontade da malta aquela hora. Eu com a ansiedade só dormi 3 horitas e há pressa.  5 horas e já o pessoal degustava o belo do café, tão bem que sabe. Vamos nessa que se faz tarde que o mestre Fernando já lá deve estar. Chegada a Sesimbra, parecia que o pessoal ia acampar, ehehehe se eu não visse, não acreditava que cabia tudo dentro da embarcação, ehehehehe. Mas é na boa, o Thalassa com a sua nova aparição depois de um tempo de estaleiro, ganhou mais um metro e tal de poço que permite que o pessoal pesque completamente à vontade. Sabe tão bem quando pomos os pés no casco, ehehehehe, agora sim, o pessoal já sente o balançar do barco, estamos como queremos e agora só paramos no pesqueiro.

 Pessoal tão fixe a bordo, reinava uma boa disposição brutal aliada a uma vontade de pescar que eu até já ia com pena dos peixes. O caminho foi feito a ver as obras de melhoria feitas pelo mestre Fernando na sua embarcação. é muito bom de se ver as embarcações de MT fazerem melhorias no sentido de apresentar qualidade e bem estar a quem procura este tipo de serviço, neste caso sou suspeito para falar destes meus amigos do Thalassa mas o barco está mesmo muito fixe, aconselho. Tirando as vistas do barco, fomos pondo os olhos por todo aquele rochedo que faz desta zona uma das mais bonitas que temos no País. Aqui, por esta altura, a conversa rodava à volta das grandes pescarias que se faziam nesta zona ao mesmo tempo que dava-mos a conhecer antigos pesqueiros que frequentávamos, quando era permitido por lei, com grandes resultados. Deixo aqui o "Guindaste"  como o meu de eleição. 

Um pouco mais à frente, entramos numa zona que me dá muito gosto visitar por mar, estou a falar da ponta do cabo, onde temos o nosso Grande Amigo Telmo, ficou mais uma vez cumprido o "ritual" de passar o cabo a fazer uma das coisas que mais prazer lhe dava na pesca. Mais uma vez ele esteve lá...

Mestre Fernando com o seu herdeiro

Pois é, agora já em águas que tanto gostamos, é hora de ver do pesqueiro, perguntei ao Mestre Fernando para onde ia-mos largar a pita. O destino era perto da Lagoa, era tempo de começar a montar o arsenal, ehehehe por esta altura o melhor era usar capacete, só ponteiras de um lado para o outro, parecia esgrima. Começamos nos 55 metros, Todos estão de canas prontas à espera do sinal do mestre para lançar a pita para o fundo. Era hora de largar chumbo e esperar que seja um dia em grande. Rapidamente deu para ver que existia muita cavala por perto. Os ataque de cavala repetiam-se, todas as canas acusavam 3 cavalas de cada bolada, volta e meia um carapau pelo meio para ajudar a desenjoar. Estava difícil de fazer o chumbo chegar ao fundo sem que as nossas amigas cavalas dessem cabo de mais uma iscada. Estralhos marados, pessoal a embrulhar tudo, graças a estes torpedos  que chegaram a atingir 1,5 kg como é o caso de um belo exemplar tirado pelo Pedro. Era altura de trocar de pesqueiro, nem deu para aquecer, a não ser o pulso de tirar triplas de cavalas, tudo de meio quilo para cima, vai lá vai.


O Mestre Fernando, que não gosta de ver o pessoal sem estar a tirar peixe, decide que é hora de levantar ferro, os ataques das cavalas existiam em todas as camadas da água e não dava para continuar no mesmo sitio. O pesqueiro continuava na ordem dos 50 metros e o pessoal punha alguma fé no local, pois já haviam cavalas que chegassem.
Alguns peixes da pedra para limpar o pesqueiro e eis que começam a aparecer os peixes de escama, umas Choupas bem jeitosas iam fazendo a alegria do pessoal até que o nosso amigo Cenoura tira um  Peixe-Galo da cartola. Não acho o peixe muito bonito mas o certo é que despertou a curiosidade de todos os participantes e até levou os titulo deste relato, exemplar muito cobiçado mas apanhado por poucos.

O amigo Cenoura com o seu belo exemplar.
Só se ouvia a bordo,  isso fritinho é muito bom.


A saída deste peixe veio trazer algum alento até que se dá mais um sinal a bordo, desta feita era o Pedro, cana vergada com umas batidas seca e lá se deixa ver, belo Parguete a aparecer para ver se afugenta as cavalas. E em pouco tempo volta a dar com eles, mão quente amigo Pedro.

O amigo Pedro com 2 dos ser Parguetes, estava de mão quente.

Entre uma Choupa ou outra, a cavala continuava a reinar, por esta hora todos estavam de acordo em afirmar que nunca se tinha tido um dia de pesca com este numero de cavalas. É neste momento que se começa a escrever a história, todos iam malhando nas cavalas e o cenoura a cascar nos Parguetes, ehehehe .


"Pessoal lá vem mais uma cavala" estas eram as palavras do Cenoura enquanto ia arrumando os Parguetes que sacava. Um mistério que nem mesmo o próprio acreditava, ehehehehehe Bela pescaria que o nosso amigo fez. Entretanto o Pedro ainda arranca mais dois Parguetes para compor a coisa. O pessoal estava contente e já se fazia hora de voltar a terra e não se podia pedir mais e melhor ao convívio que se fazia sentir., não existiu viva alma a largar carga ao mar bem como se deu a conhecer esta pesca a 3 amigos que nunca tinham pescado nestas águas.




Era hora de levantar ferro quando aparecem as primeis Safias, a 15 minutos do fim apareceram para nos dizer que desta vez querem Safias, tem de ir à praça.
 O caminho para terra foi feito com muita tranquilidade, mais uns bons momentos em que as vistas e a boa companhia fazer momentos muito porreiros, apesar do cansaço, todos vinham com uma satisfação enorme e prova disso está na marcação da próxima saída, equipa que ganha não se mexe, ehehehehehe.

Abaixo ficam com a ideia do mistério que foi a "História do Barba Ruiva" debaixo de um ataque brutal de cavalas, como nunca tinha presenciado nada igual, ainda foi possível arrancar uns bons peixes. Para o amigo Cenoura, o nosso "Barba Ruiva", foi a sua melhor pescaria, qual terá sido o segredo?.


Os melhores exemplares do dia.
Não foi o meu melhor dia de pesca embarcada, no que a peixe diz respeito mas é certo que deu para passar um dia muito bacano. Pessoal muito boa onda e que foi um prazer conhecer. A equipa está montada e ficam prometidos mais mistérios para breve.

Um abraço para todos,

Nuno Fernandes e PjPescador rodeados de grandes companheiros de faina.

6 comentários:

Os Pescas disse...

Gostei muito do relato e demorei a perceber a cena do barba ruiva andava a tentar perceber onde ele estava... Quando vejo o cenoura, lol.
Ainda bem que correu bem e se divertiram. melhores dias virão, o convívio é o que mais interessa.
Filipe.

Os Pescas disse...


Boas meus amigos..:-) Parabéns pelo relato e fico muito feliz que se tenham divertido e pode ser que da próxima vez, as cavalas descolem do vosso pé..hehehe.
Um grande abração para ambos e que haja tempo e saúde para fazermos o que amamos..:-)

Luís Malabar

Anónimo disse...

Belo dia,
e ainda deu uns bonitos peixinhos.
Pedro e Nuno, um dia que seja preciso alguém para encher o barco se quiserem contem comigo, nunca pesquei por aí, e sempre teria excelente companhia.
Um abraço
João (numberone)

NPalhas disse...

A dada altura achei que ia partir a cana com os trios de cavalas =D valeu pelo grande dia, e ainda assim sairam uns peixinhos bons ;)

Os Pescas disse...

Realmente, nunca tinha apanhado e visto tantas cavalas na vida. Mas é certo que se torna muito mais difícil chegar ao peixe quando andam lá esses torpedos.

Está bem João? fica tranquilo que será um prazer ter a tua companhia junto desta boa gente.

Um abraço,
Nuno

Os Pescas disse...

Sem duvida um grande dia, gente de muito boa indole,malta sem caganças e que vai apenas para desfrutar o dia, com um grupo assim vale a pena sair de casa e passar frio.A tripulação do barco só temho uma coisa a dizer, 5*****, melhor era impossivel!!!
Como é obvio algo a repetir com frequência...
Um abraço a todos os que participaram neste dia tão porreiro,
Pedro PJPescador