Estava eu à conversa com o Filipe a perguntar-lhe onde iamos à pesca no fim de semana. E ele diz-me:
- Queres ir molhar a cana?
- Molhar a cana e cu? Pesca do cu molhado?
- Não. Molhar a cana. Uma pesca diferente.
- Então o quê?
- Vamos de barco no tejo. Vamos com o Joaquim no barco dele. Já falei com ele e disse que sim que te levava também.
- Bora nessa!!
Combinámos cedo à porta de minha casa, o Filipe vinha-me buscar, e de seguida iamos ter com o Joaquim à marina da Expo.
Chegámos à marina e digo ao Filipe será que podemos entrar com o carro. Olhamos para trás e estava o Joaquim a chegar a fazer sinal de luzes para entrarmos.
Cumprimentos da praxe e como estava aquele nevoeiro matinal decidimos ficar mais um bocado à conversa até que levantasse e podessemos sair em segurança para o mar.
Eram perto das 8:30 e já estavamos a carregar o barco para arrancar para o pesqueiro.
Pelo caminho iamos pondo a conversa em dia e o Filipe ia dando umas instruções da pesca que iamos fazer. Pois para mim era tudo novidade e o Joaquim também ainda está verde nesta pesca e naqueles pesqueiros.
Chegámos ao spot sempre com o Filipe pelo caminho a dizer os pesqueiros por que iamos passando.
Montar o material e decidimos começar pelos vinis. Alinhar o barco e pescas para baixo.
Passado duas ou três passagens pelo spot, sinto um peso e começo a recolher...
E já tinha desgradado com um grande exemplar de Tamboril do Tejo. EHEHEH
Claro que fui logo gozado pelo Filipe. Mas o Joaquim diz logo já não é grade. A não é não.
Continuamos à pesca e é a vez do Filipe ter um ataque ao seu vinil. Vai de puxar para cima sem nenhuma cabeçada. EHEHEH Mais um Tamboril do Tejo.
Era a minha vez de gozar com ele. Foto da praxe ao belissimo exemplar e água com ele.
O tempo ia passando e a sonda lá ia marcando um peixe ou outro mas nada atacava os vinis.
Mas isso não era o mais importante. A pesca não é só o peixe que apanhamos e ali estava a prova disso. Porque a boa disposição e bom ambiente reinavam naquele barco.
Passado mais um bocado e PIMBA! Cana do Filipe vergada outra vez e vem para dentro do barco mais um grande xarroco. Eu a gozar com o Filipe e ele só dizia que já tinha apanhado dois e que este era maior que o meu.
O Joaquim como não dava outro peixe dizia que também queria apanhar um nem que fosse para desgradar.
Só nos riamos uns com os outros.
O dia foi continuando e altura para começarmos a trollar aproximava-se, mas antes decidimos ir fazer uma pausa para um cafézinho.
Quando estamos a parar o barco no pequeno cais para sair para o café começa a sonda a apitar sem parar. Olhamos para a sonda e só nos riamos eram dezenas de peixes que a sonda marcava. EHEHHEH
IMPRESSIONANTE!!! |
Era altura de começarmos a trollar.
Só iamos começar a pescar com 2 canas, sendo que o Filipe disse logo que não se importava que
fosse o Joaquim e eu a ficar a pescar. Ele só dizia que queria que nós sentissemos um arranque “daqueles” que sentissemos a adrenalina se tivessemos um ataque de um bom peixe.
Começam então as passagens pelo spot e embora a sonda marcasse um ou outro peixe eles não queriam nada com as nossas amostras. Lá iamos tentando e modando de amostra mas nada.
Até que numa zona onde a probabilidade de um ataque era menor o Joaquim leva um safanão na cana. Começa a trabalhar, o Filipe começa a para o barco e não parecia que vinha lá nada, mas mesmo assim o Joaquim e recolhendo com calma não tendo a certeza se seria peixe porque na outra ponta da linha não se sentia qualquer movimento. Mas quando chega ao pé do barco o peixe lá dá dois ou três arranques mas muito rápido o meteu no xalavar.
Estava desgradado o Joaquim. E com um robalo, embora não sendo um peixão deu para animar num dia em que pouco peixe lá andava.
Fizemos mais uma passagens ao trolling, e agora a sonda marcava sempre dois ou três peixes no mesmo sitio. As amostras passavam-lhes à frente e eles nada.
A maré estava na viragem e decidimos mudar para os vinis outra vez. E tentar que os peixes que a sonda marcava atacassem desta feita os vinis.
Mas nada.
Decidimos mudar de spot, chegamos lá e começa a levantar-se um vento.
Ainda fizemos umas passagens mas peixe nada.
Estava na hora de voltarmos.
A viagem de volta não foi facil, pois a maré vazava com muita força e o vento estava cada vez mais forte. Alguns banhos pelo caminho e lá chegámos à marina.
A pesca foi fraca. Mas é como já vos disse, é assim que penso e são dias como este que provam cada vez mais isto que sinto. A pesca é muito mais que apanhar peixe.
Foi um dia excelente muito bem passado e em boa companhia.
Obrigado ao Filipe e ao Joaquim pelo dia espetacular que me proporcionaram.
Grande abraço a todos
Até à próxima,
Guilherme Cruz
7 comentários:
Só apanhas-te xarrocos seu gradeiro, ahahah. Um grande abraço Filipe. Vai te a elas que vais conseguir. Abração, David.
Belo dia, a pedir repetição :)
Um grande abraço aos dois
Parabéns a todos pelo dia bem passado, principalmente ao Joaquim que conseguiu o seu primeiro peixe ao trolling..:-)
Um grande abraço para todos
Luís Malabar
Pois é David a mim só me andam a calhar grandes exemplares. LOL. Um abraço.
Amigo Joaquim, repetiremos muitas vezes. Haja saúde. Um abraço.
O Joaquim irá apanhar mais e maiores, a pesca é mesmo assim. Um abraço Luís
Da minha parte, obrigado aos dois pelo excelente dia, adorei, foi muito bom. Até breve. Abraço.
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