Boas a todos.
Por esta altura o surfcasting pela nossa zona não é grande
coisa. Mas aquele bichinho de ir fazer uns lançamentos, de estar na praia a
olhar para o starligth e passar um bom bocado com um amigo fez-me combinar uma
pescaria com o Luis Passeiro.
Ah e se a estes argumentos juntarmos que cada um de nós iria
estrear uma cana a vontade ainda aumenta mais.
O Luis ia estrear a sua Barros Surf Team Energy. Fiz uns
lançamentos com a cana e posso-vos dizer que é uma cana forte capaz de lançar
sem problemas as chumbadas de 165gr que lhe pusemos e vê-se que é cana para
lançar mais. É uma cana leve equipada com fuji e para uma tubular muito
marcadora. Gostei bastante da cana e espero que lhe dê muitas alegrias.
Eu ia “estrear” uma Daiwa SkyCaster 33. Estrear entres aspas
porque a cana é em segunda mão comprada nos nossos vizinhos espanhois. Depois
de tentar comprá-la nova e estar esgotada, e depois de algumas tentativas
minhas e do Filipe para contactar com alguem que a estivesse a vender em 2ª
mão. Lá conseguiu o Filipe ter resposta e lá tratámos muito rapidamente da
compra. Esta cana já não era novidade para mim porque nas jornadas de inverno
andei a usar uma igual do Filipe.
Considero que não seja uma cana para todos os gostos, mas
fiquei a adorar a cana desde a primeira vez que a lancei, desde o primeiro
peixe que tirei com ela. A cana é muito forte, muito rija. Ainda ando em fase
de adaptação à cana, já tiro bastante proveito dela no lançamento, mas sei que
pode dar mais.
Depois de uma pequena ideia destas duas canas vamos lá à
pesca.
Combinámos a pesca para um dia de semana, a ideia era como já
disse, apenas passar um bom bocado e dar umas varejadas. Como vento era algum
de Norte a nossa primeira ideia seria ir a Sesimbra, mas como é costume antes
de ir para a pesca passo sempre por um sitio para rever outro grande amigo, o
Filipe, e este lá nos convenceu a irmos até ao Meco.
E assim foi carregámos o meu carro e rumámos ao Meco.
Material às costas e começamos a chegar à beira mar, e eu já começava a torcer
o nariz para o Luis.
– Estás a sentir o cheiro? - perguntei-lhe eu
Era mesmo, chegámos à beira mar e demos meia volta, o mar
estava carregadinho de limo os olhos não enganavam e o nariz também. Isto
porque o limo tem um cheiro característico, que alguns de nós já conseguem identificar.
Voltámos então à primeira opção sem perder muito tempo e lá
fomos para Sesimbra. Ambos sabemos que não é pesqueiro de muito peixe, mas a
pesca não é só isso.
Já estávamos nós a montar o material e sem nunca nenhum de
nós ter pescado ali começam os lançamentos. Canas na água e passado um bocado o
Luis vai para rever os iscos, e pimba! Pimba não é peixe, mas sim chumbada
presa na rocha. Primeira chumbada perdida.
Sabiamos que o pesqueiro tem algumas rochas isoladas mas quem
não arrisca, não pesca... EHEHEH
Vai de fazer nova montagem o Luis lança novamente. Vai ver os
iscos da outra cana e PIMBA! 2ª chumbada. Fazer nova montagem.
De seguida foi a minha vez. PIMBA!!! Bem isto não estava a
correr nada bem, mas faz parte. E nós sabiamos.
Bem ali no espaço de uma hora o Luis perdeu no total 4
chumbadas e eu 1.
Resolvemos então mudar-nos um pouco para a direita e aí sim
já conseguiamos pescar à vontade e sentarmo-nos na cadeira à conversa e comer
umas sandocas.
Os iscos iam sendo ratados e de vez em quando lá viamos uns
toques timidos nas nossas ponteiras.
Num destes toques na potenza lá foi o Luis e tirou o primeiro
peixe da noite. Um samilro! Estava desgradado.
Lança novamente e logo de seguida tira outro peixe. Desta vez
um sarguito pequeno que foi devoldido, sem antes levar com FLASH da praxe.
As horas iam passando e peixe que se veja nada, mas nós já
sabiamos. Nem os pequenos toques que nos tinham entretido até ali existiam
agora.
Mas a certa altura veio o momento que me alegrou bastante a
noite. O Luis estava a recolher a linha da Potenza e vê a sua menina nova a dar
um toque e chama-me logo. Fui a correr até à cana e comecei a recolher. Sentia
peixe do lado de lá, nada de especial mas vinha dando umas marradas pelo
caminho. E qual não é a surpresa quando vejo aos meus pés um LINDO
salmonete. É um peixe mesmo bonito e muito saboroso no prato. O Luis veio
ter comigo e perguntou-me que é isso. Eu disse-lhe um salmonete páh!!! Ele não
conhecia mas disse-lhe logo leva é uma maravilha grelhado.
Estávamos ainda nas fotos ao Lindo peixe, quando vejo a SAT a
levar uma pancada. Corro para ela e a mesma surpresa. Outro Lindo peixe. Outro
salmonete. Fiquei todo contente e pensei para mim e disse ao Luis que podia ser
um cardume para tentarmos com o mesmo isco a ver se havia mais. Mas não. Era
apenas um cardume de dois. HEHEHEHEH
Já se fazia tarde e para o Luis o dia seguinte era de
trabalho e lá fomos para casa.
Ainda dei o meu salmonete ao Luis, pois ele nunca tinha
comido tal peixe e disse-lhe que aquilo era um verdadeiro manjar dos deuses.
Que raça será este bigodes???
Bela noite passada com um grande amigo.
Grande abraço a todos.
Até breve
Material:
Canas: Shimano Super Aero Techium BX-H; Daiwa SkyCaster 33;
Vega Potenza Hibrid; Barros Surf Team Energy
Carretos: Shimano Bull's Eye; Shimano PowerAero SpinPower;
Shimano Super Ultegra; Shimano PowerAero XT
Anzois: Hayabusa Fukase, Hayabusa Chinu
Linhas: Yuki Kenta, Team Cormoura, AwaShima Red Iso
Iscos: Casulo, Carangueijo e Tita
Guilherme Cruz, Luís Passeiro
2 comentários:
Essa praia já me deu uns bons peixes, mas mais no Inverno, nesta altura é melhor para a praia. Parabéns pelos lindos salmonetes. David.
Fico feliz de os ver a pescarem juntos e acima de tudo a aproveitarem o tempo, para fazerem o que tanto gostam. Isso sim é ser pescador. Um abraço, Filipe.
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