Boas.
Como tinha prometido iria voltar a relatar as minhas pescas. O prazer por escrever sobre a pescarias que faço apenas estava adormecido. Partilhar e escrever o que sinto cada vez que vou à pesca é muito reconfortante para mim. Depois de uma semana de trabalho ou muitas vezes pelo meio das semanas de trabalho e conseguir ir fazer o que tanto gosto é bastante bom. A minha pesca de eleição e aquela que despendo mais horas é o surfcasting. Adoro aquela sensação de estar na areia, fazer uns lançamentos, respirar aquela ar junto ao mar, à espera daquele momento em que a ponteira da cana me faz um sinal e faz disparar a adrenalina e ao mesmo tempo a calmaria que esta pesca me dá. Para mim é simplesmente brutal. E depois estar em casa a descrever e relatar esse dia faz-me reviver esses momentos e voltar a sentir tudo de novo.
Como a época das douradas está aí, nada melhor do que investir nelas e quase todas as pescarias ao surfcasting nesta altura são a pensar nelas.
Para não ir sózinho outra vez liguei ao João a saber se ele podia ir no único dia da semana que eu podia, mas que para variar as condições ideias não estavam todas reunidas pois as marés eram novamente muito grandes.
O João disse logo que podia ir, mas a unica coisa que estava dificil de arranjar era o isco de eleição para elas naquela zona. Para mim era dificil arranjar e disse-lhe que tuna de ser ele a arranjar o Lingueirão.
Bastaram umas horas para ele dizer que tinha arranjado e assim já podiamos ir.
Queriamos chegar ao romper do dia por isso eram 4h20 e já estava a pé era só agarrar na tralha e apanhar o João em casa e seguir para o pesqueiro.
Foi chegar e esticar as linhas o mais rápido possivel para aproveitar o nascer do dia, que todos sabemos ser umas das alturas ideais para fazer uns peixes.
A minha táctica seria a mesma da ultima vez, uma cana com chumbada de correr outra fixa e as iscadas também seria uma de lingueirão com casca e outra sem casca.
Logo no primeiro lançamento e ainda a montar a segunda cana vi que chumbada tinha corrido para o lado oposto da corrente, agarrei na cana e não senti nada e voltei a pousar no caneiro e fui despachar a outra cana. Mal lancei aí sim vi a ponteira da Skycaster a marcar o peixe. Comecei a recolher e veio até mim uma baila já jeitosa e estava desgradado. Embora não fosse a elas que tinha vindo não ia descartar um peixe tão saboroso.
A pesca continuou e tanto eu e o João iamos revendo as iscadas e vendo o baile que as douradas nos davam. As iscadas de lingueirão com casca desapareciam e nós sem ver um unico toque nas canas. No meio disto a conversa ia sendo posta em dia e as histórias de pescarias de outros tempos faladas.
Já a maré ia a meio da vazante e o João tem uma marrada valente na Tournament Caster. O João foi logo à cana e começou a recolher a matreira dava marradas. O João recolhia lentamente, mas como o pesqueiro tem alguma pedra, talvez devesse ter recolhido um pouco mas rápido para tentar obrigar a dourada a levantar e o pior aconteceu. Ela lá se prendeu numa pedra e embora o João tenha forçado para ela sair acabou por partir o estralho. Nada a fazer a não ser voltar à carga porque elas não podem levar sempre a melhor.
As horas passavam e a maré estava quase parada. E aquele momento que por tanto esperamos se deu.
Vnha eu de lançar a Skycaster e o João diz-me que a Prime tinha batido, quando olhei já só vi a ponteira a vir para trás e a linha a ficar caida.
Peguei na cana e não senti nada. Parecia que a chumbada vinha a voar na minha direcção. Até que de repente e quanndo ela se sentiu com menos água é que decidiu dar alguma luta. É impressionante as cabeçadas que a dourada dá e os seus arranques. Cada vez tinha menos água e as cabeçadas eram continuas. Até que lá consegui puxá-la até aos meus pés. Uma bonita dourada da mesma bitola daquela que tinha tirado do ultimo relato.
Ainda fizemos mais uns lançamentos mas a pesca estava feita e era altura de desarmar as canas e ir descansar de mais um dia de pesca muito bem passado na companhia de um membro do gang e amigo.
Grande abraço e até breve.
Material:
Canas: Daiwa Sky Caster Hibrida, Daiwa Prime Caster (2), Daiwa Tournament Caster II Hibrida
Carretos: Bull's Eye XT (2), Bull's Eye 9100
Linha: Cinnetic Skyline 0.20
Estralhos: Vega ST Fluorcarbono 0.28
Anzóis: Asari Chinu Doble Carbon nº2(iscar sem casca) e Hayabusa FKS nº4(iscar com casca)
Isco: Lingueirão
GUILHERME, JOÃO ROCHA
1 comentário:
Bela dourada Guilherme, sempre a dar nelas. Abraço, João.
Enviar um comentário