Os nossos amigos

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Uma Investida infrutífera



O final do mês de Outubro costuma trazer consigo boas surpresas para os lados da margem sul, mais propriamente para a zona do Meco.
Num final de tarde, eu, o Luís e o Nuno decidimos ir tentar a sorte num dos nossos quintais a um peixe muito especial, a dourada...
É neste local uma pesca de espera e que requer muita paciência pois trata-se de uma pesa muito parada...


Chegados ao local, o mar não me agradou... Estava um encrespado miudinho, mar que a mim não me encanta nesta pesca...
Bem, mas tínhamos o isco que consideramos efectivo na zona para esta espécie, e tínhamos a esperança. Essa sim, a última a ir...
O final da tarde trazia consigo aquela brisa quente típica da zona nos finais de tarde de Outubro...
Canas montadas com apenas um anzol, estralho de 2 metros e chumbadas de 160 gramas e toca a abrir as hostilidades...
A noite pôs-se sem que sentíssemos qualquer toque, a maré subia e a esperança era muita... Uns pequenos toques deram sinais de vida lá por baixo, mas nada do que queríamos se mostrava...

Na tita nem tocavam, o ganso vinha timidamente roído e o casulo idem...
Já perto das 10 horas, a cana do Nuno dá um toque ligeiro, ficámos desconfiados... Todos alerta...
Passaram uns minutos e ela torna a mexer, sinal que ou o peixe estava por lá, ou estaria mesmo ferrado...
Ele agarra na cana dá-lhe o toque de mestre e sente o peixe ferrado... Pelo caminho fui olhando para o trabalhar da cana e apercebi-me que dali não vinha nenhuma dourada...
Ao chegar perto, apercebo-me que tinha razão, e eis que sai um sargo de bom porte, que veio animar a noite e reavivar a esperança...
Canas iscadas, canas lançadas... Mais toques pequenos e pouco mais...
As horas passavam, a maré atingia a sua plenitude e eis que um toque um pouco mais vigoroso faz o Luís correr para a cana dele... Peixe ferrado, mas novamente noto que não devia ser dourada pois a sua parca vigorosidade assim o fazia prever... Ao chegar a terra torno a confirmar que não era nenhuma dourada, mas desta vez um samilro... Peixe que tem aparecido muito por estas bandas... Não sei o que se passa, mas tem sido demais...

A esperança já escasseava, resolvemos fazer mais um lançamento e ir arrumando a tralha, pois não parecia ser a noite que procurávamos...
Canas lançadas, e mais uns minutos de suspense... Mas nada, o Luís ia dizendo que não valia a pena, eu concordava plenamente e foi só fechar as canas e regressar a base...
Pelo caminho eu e o Luís avistámos 6 coelhos... Desta vez ficaram no seu habitat...
Melhores dias virão...

Material:

Canas: Banax Fujika LR; Olympus Chaparral; Prosargos Ocean Power; Shimano Super aero Technium cinza, Hiro Long Distance(2).


Carretos: Banax Poseiden 5600; Banax gtw 4000; Shimano Super ultegra 1000 xsa; Banax Trinton 5500; Shimano Ultegra xsa(2).


Iscos: Titas; Ganso; Casulo; Batata; Caranguejo mouro.

Um abraço e até breve...

1 comentário:

Os Pescas disse...

Foi uma noite porreira, deu para conversar e rir com fartura, o peixe não apareceu mas encontramos 3 pescadores que por lá andavam e com algum conhecimento da zona que foral soltando umas dicas e recolhendo outras.

Onde é que anda o peixe, caneco?

Nuno Fernandes