Boas malta, cá estamos nós para mais uma aventura.
Imagino que o título seja meio esquisito, mas... tem a sua lógica.
Vou então contar esta história...
Era uma vez...O nabo do mergulho e o emplastro!
Passam o tempo todo a chamar nabo ao rapaz... Resolvi batizar o Palma de Nabo do margulho! Lololol.
Passam o tempo todo a chamar nabo ao rapaz... Resolvi batizar o Palma de Nabo do margulho! Lololol.
Eu... Só me posso catalogar de Emplastro, ou Ambrósio... Visto que passo mais tempo a dar-lhe o que ele me pede do que propriamente a bulir... Mas enfim... É assim que funciona esta pesca, e se funciona bem, há que continuar.
Costumo dizer que como em tudo na vida, a prática leva-nos a melhorar a nossa capacidade a cada dia que fazemos qualquer que seja a actividade.
Se fizesse um paralelismo com o futebol, faz-me lembrar aqueles jogadores que fintam meia equipa e depois dão a bola para o ponta de lança meter na baliza. Assim me sinto... Ele finta, eu prego com eles no balde.
Vamos então à história do nabo e do emplastro dos pés gelados...
No Sábado passado combinei ir com o Palma aos chocos, e combinámos perto das 6 da manhã à porta da casa dele.
Quando cheguei, já ele andava na rua com tudo pronto, foi só passar a tralha para o barco dele e rumarmos à pesca.
Eu tinha passado mal a noite e não me sentia muito bem, mas... Mas o vício é maior e como não tem dado para ir muitas vezes, há que aproveitar sempre que posso...
Como sempre, fizemos uma rápida paragem no caminho para beber um cafézinho, e seguimos para a rampa do Outão. Chegados lá, já algumas embarcações rumavam ao vício, e lá mudámos de roupa, cheiiiiinhos de frio... A temperatura andava pelos 0 graus, e custou bastante...
Eu muito inteligente, mas metam muito nisso, levei umas botas com pelo por dentro para calçar dentro do barco após meter o barco na água( altura em que me molho todo). Bem, o problema é que... com a conversa e com o vício, as botas ficaram onde? Na carrinha... E as calças quentinhas ficaram onde? Na carrinha. Viram? Intelegentíssimo!
Eu muito inteligente, mas metam muito nisso, levei umas botas com pelo por dentro para calçar dentro do barco após meter o barco na água( altura em que me molho todo). Bem, o problema é que... com a conversa e com o vício, as botas ficaram onde? Na carrinha... E as calças quentinhas ficaram onde? Na carrinha. Viram? Intelegentíssimo!
Continuemos... Chegado ao local foi num instante que preparámos o material para pôr em prática a táctica que tínhamos delineado. Na realidade tirámos ilações da última incursão aos chocos e resolvemos alterar alguns processos pois percebemos que podíamos melhorar...
Aqui começou a minha saga... Os 0 graus em terra, pareciam menos 5 no mar... O neoprene é um material espectacular para a pesca em movimento, mas na minha opinião, parado é do pior que há. Perdi o calor no corpo, e como a temperatura cá fora era inferior à temperatura no mar, comecei a passar mal... Por momentos lembrei-me do que passava na pesca à uns anos quando não dominava nada das roupas a usar para cada actividade! Bem, há que dizer que me chamei todos os nomes que possam imaginar... As botas estavam geladas, entrei em desespero, deixei de sentir os pés... Passei mal, mesmo mal... Cheguei a estar a segundos de gritar ao Palma para me tirar dali... O corpo não aquecia, já tinha tirado botas, calçado botas, tirado meias, calçado meias... E nada... O corpo gelou e cheguei a pensar que estava terminada a pesca... Estava a custar-me muito ter que chamar o Palma quando a pesca estava a ser boa, e eu sabia que o erro tinha sido meu, e que seria ingrato termos que ir embora por causa da minha parvoíce.
Quer dizer, vou fazer de Emplastro, tenho o trabalho mais fácil e ainda estrago a pesca ao gajo que anda ali a bulir???
Quer dizer, vou fazer de Emplastro, tenho o trabalho mais fácil e ainda estrago a pesca ao gajo que anda ali a bulir???
Bem digo-vos que não me lembrava já de passar tão mal na pesca. E agora o momento do dia... Em total desespero, pois os pés já não mexiam, e o corpo estava a entrar nos limites, comecei a tirar camisolas polares e a enrolar aos pés. Literalmente... Sim, é mesmo verdade...
O Palma quando vem ao de cima e me vê de pés enrolados em polares e a tremer riu-se à grande... Eu não tinha vontade nenhuma de rir... Ele lá me deu os chocos e eu pimba... mais uns golos, para o balde, lololol.
Andei ali durante umas hora aos saltitos no barco, para trás e para a frente... e os pés não aqueciam...
Grande porcaria, que desespero, que cromisse senhor Filipe... Só pensava em fugir dali... Só de olhar para os chocos já me dava nauseas...
Bem como que por milagre, o dia lá começou a aquecer, e os pés, embora sempre gelados, foram aguentado o frio, hora após hora foi melhorando e fiquei descalço o resto da manhã. Riam-se à vontade, têm toda a razão para isso...
Bem mas voltemos à pesca??? Ok...
Passado o período complicado, que em termos de pesca até foi bom, pois já devíamos ter uns 15 a 20 chocos, o solinho aqueceu nos o coração, o corpo e a pesca melhorou muito... Já deviam ser umas 11 horas quando os chocos maiores começaram a aparecer, e cada vez que o Palma mergulhava lá vinham alguns bons animais...
Foi também por este período que ele deu com santolas, mas só uma estava cheia e as outras foram devolvidas após verificarmos o seu estado ( para quem não sabe apertem as patas delas, e se estiverem vazias devolvam-nas).
Bem, de seguida o Palma dá com um Polvo enorme que estava dentro de um pneu... E não estava a conseguir tirá-lo do seu cói... Resolvemos prender uma corda e trazer o pneu ao barco e depois tentar retirá-lo, mas não foi fácil... O sacana não largava nem por nada e estava tão colado que andámos ali uns minutos, o Nabo e o emplastro a tentar tirar o raio do Polvo que lá cedeu... O Palma voltou logo para dentro de água e eu fiquei a tratar de o guardar, quando ele me grita, já tinha dado com outro praticamente do mesmo tamanho, este mais fácil, pois andava na areia e fui buscá-lo... E de seguida outro bom polvo... Bem a caçada melhorou muito... Meti o Palma noutro spot e ele assim que mergulha, estava eu a guardar os animais na caixa, grita por mim... Eu tinha-lhe falado que gostava de ver um choco daqueles... Daqueles troféus...
E eis que surgiu... o que eu tanto pedi... Com o arpão espetado no animal, o Palma veio ao de cima com um choco gigante, que jorrou tinta durante minutos a fio, foi barco, cara, tudo ficou cheio de tinta... Só visto, ele jorrou dezenas de jactos de tinta. Achei o máximo, apesar do trabalho que me deu. O barco ficou tipo Zebra, o choco fez uma mancha na água parecia um petroleiro com um buraco no casco. Foram momentos muito engraçados...
Após estabilizar destas aventuras, lá limpei o barco o melhor que pude, e o Palma foi fazer a última investida, até que volveu ao barco com mais um molho de chocos e deu por terminada a caçada...
Decidimos então ir até à Arrábida beber um cafézinho e comer um gelado. Estava a esta hora(13h) um dia lindíssimo, e aproveitámos o resto da viagem numa amena cavaqueira em que fomos gozando com a nabisse de cada um...
Já em terra tirou-se algumas fotografias às capturas para vos podermos dar aquilo que com muita sorte conseguimos apanhar.
Muitos chocos... |
Choco com 4,600 gramas. |
Polvos com 4,900 e 4,500 respectivamente. |
Com os tentáculos esticados mediu 118 cm. |
Em breve esperemos ter mais caçadas, do nabo e do emplastro, mas de preferência com os pés quentes!
Ricardo Palma e Filipe Condinho, ospescas.
9 comentários:
Andas um pescador de 1ª. Vê lá se me levas a essas pescas sacana!
Quando vieres ao jiujitsu parto-te uma perna, ahahahah.
Grande abraço amigo, e parabéns a ti e ao teu amigo.
Com nabos assim vale a pena ir à pesca!
DavidLuís.
Excelente pesca, afinal a Arrábida ainda tem vida, dá gosto ver esses troféus, fruto da legislação em vigor??Ou seja , a zona protegida, zona de reserva integral está a dar os seus frutos??? Como vivo cá no Norte e vivi muitos anos em Lisboa, ainda sou do tempo de pescar na pedra da Anicha...Bons velhos tempos.
Parabéns pela jornada e pelo blog, muito bom.
Cumprimentos
António Simões
Olá David... Esta pesca não dá para muitos. Mas a partir de Março fazemos uma pesca. Abraço.
Boa tarde António.
A pesca é feita na zona de troia. Não na Arrábida.
A Arrábida está protegida e bem... É sem dúvida uma zona linda, onde eu cresci, na zona da Azeitão/Picheleiros. Conheço aquela serra muito bem e toda a sua zona. É um paraíso. Abraço e obrigado por gostar do blog. Fazemos o possível por manter a pesca a rodar pelas casas das pessoas. Espero que por muitos anos.
Boas,
Todos os nabos do mergulho fossem assim e era um razia completa no mar.
Continuação de excelentes pescarias, que a malta gosta de ver, já que comer não dá.
Abraços
Oh Filipe, deixa-me cá adivinhar ... tú és o emplastro dos pés frios! ;)
Temos de nos encontrar um dia destes!
Grande abraço
Pedro "PWFH" Ágoas
Olá Pedro. Sim sou, lololol, obviamente.
Epa será com muito gosto que te tornarei a ver companheiro.
Boa noite Pedro Franco, claro que o Palma não é nabo no mergulho, isto é uma brincadeira que fazemos com ele. Ele desenrasca-se muito bem.
Abraço.
Que grande pescaria! De fazer água na boca esses chocos! Nem sabia que existiam chocos tão grandes... muito menos que conseguiam fazer aquela sujidade na água! Para quem mergulha deve meter medo aquela escuridão!
Parabéns ao Mergulhador - que de nabo não tem nada - e ao Emplastro dos pés gelados - que apesar de tudo conseguiu aquecer-se ao ponto de ir comer um gelado a seguir! Ahahahahah!
Obrigado por aquecer os leitores deste blogue de referência com relatos desta qualidade!
Abraço!
Obrigado José Pedro. Realmente têm saído uns bons chocos, é uma pesca engraçada. Com os palhaços então é um gozo.
Se os visses a jorrar tinta ficavas impressionado. Os grandes jorram dezenas de jactos.
Abraço.
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