Estreia no plástico, com recurso a uma embarcação.
Já faziam alguns meses que o Palma me engatava para ir à pesca no seu Scookie. Por esta ou outra razão na calhava nem por nada. Nestes últimos tempos andam a aparecer uns peixes engraçados no Tejo e o Palma sabendo disso, ia fazendo algumas investidas exclusivamente a pescar ao corrico embarcado. O meu trabalho está ligado ao Rio, ajudo na gestão de equipamentos náuticos, o que fui recebendo visitas do Palma a mostrar o que tinha apanhado e partilhar a sua satisfação. No final de cada visita ficava sempre a pergunta, "quando é que vamos lá apanhar uns peixes" e a resposta era sempre a mesma, vai lá trabalhar o plástico que quando fores com isca viva estamos lá.
Os dias foram passando e eis aparece o meu amigo Palma no caís do Seixal, "Nuno vamos lá 3 horitas só para veres como é", "devem andar lá uns peixe, bora lá" como podia folgar lá embarquei na onda e lá viramos a proa ao pesqueiro.
Chegados ao pesqueiro, visto o tempo ser curto e o Palma ter tudo controlado, quando dei por mim já estava a pescar. Cana no caneiro e vai de perguntar como é que isto funcionava.. A explicação passava por ler bem o fundo, manter a velocidade constante não excedendo os 4 nós.
O Palma dizia que a escolha da amostra tem uma importância primordial, esse trabalho ele já o tinha feito,, estas são assim e assado mas para mim era tudo a mesma coisa, peixes de plástico muito bonitos de tonalidades diferentes. Não pesco mesmo nada disto com tantos anos de pesca. Mas não, existe sempre aquela... e o resultado é um peixe para o Palma. Robalote porreiro e vai de alinhar a embarcação para mais do mesmo, passar no sitio certo e outro peixe a fazer cantar levemente o carreto. Muita conversa e risada pelo meio e é a vez da minha cana afundar ligeiramente. Era a minha estreia mas estava destinada a ser devolvida. Pequeno peixe que merecia o regresso ao fundo.
O tempo passou muito depressa, 3 horas para por e tirar o barco e pescar, chegava a hora de voltar ao porto de abrigo mas sem antes a cana do palma voltar a sorrir, era outro Robalote que se queria juntar ao Scookie.
Acabou por ser uma tarde bem passada, convívio muito bom, muita paródia e conhecimento de mais uma forma de apanhar uns peixes sem grande esforço, pelo que me pareceu, embora reconheça que possa estar errado. Gostei da parte da pesca ser feita com a cana no caneiro, de outra forma não aguentava a cana muito tempo nas mãos, daí não ter desenvolvido esta vertente dos artificiais.
Barco fora de água e 3 horas bem passadas, ficava marcado o regresso ao local, brevemente.
Um abraço para todos,
Nuno, Palma
2 comentários:
Bonitos peixinhos e três horinhas de qualidade!
Um dia destes também me vou mandar para um trollingzinho com os meus amigos "lareiros" a ver se é assim tão "fácil"... duvido...
Parabéns e grande abraço!
Sim, à partida parece fácil, daí a referência que faço. Realmente existem alguns factores importantes que podem fazer a diferença. Conhecer o pesqueiro é fundamentar, são precisas aquelas horas a bater sola até encontrar a zona de ataque dos Robalos, saber ler a sonda, ajuda muito neste tipo de pesca. A velocidade da embarcação, no meu caso ainda ando a tentar descobrir a melhor. Com a corrente e vento a contar como factor de deslocamento da embarcação, não é fácil achar a rapidez certa, se é que existe ehehehe. A amostra, faz o resto, sem duvida que há umas que tem uma melhor relação com os robalos, ai tive a sorte de o Palma dar a dica da que apanhava peixe. Por fim, conseguir manter afastadas as amostras enquanto pescam, também tem o seu quê, especialmente em manobras.
Grande abraço, José Cruz
Nuno Fernandes
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