Os nossos amigos

quinta-feira, 5 de março de 2015

( Trolling/Vinil) Fugir do Voodoo do Filipe e das grades dos areais...

Boas.



Depois de quebrado o enguiço da dupla, estava na hora de marcar outra pescaria com o meu amigo Joaquim. Mais uma saída para o mar em busca de robalos.
A pesca seria trolling e vinil, e os spots escolhidos seriam os mesmos da ultima vez que nos deu sorte. É claro que a sorte procura-se e só lá indo e absovendo as experiências que as pescarias nos vão dando e ouvindo os conselhos de que sabe, é assim que nos vamos tornando melhores pescadores. Ainda sou muito verde neste tipo de pesca, mas vou começando a perceber cada vez mais como funcionam as coisas, e tudo começa a sair mais mecanizado.
As previsões eram boas, vento zero, e coincidiam com a minha folga. Tinha de ligar ao Joaquim e saber se podia e queria ir dar umas voltas de barco. Rapidamente ele diz-me que sim e lá combinámos tudo.



Lá ia eu tentar fugir dos voodoos do Filipe, embora ela soubesse que vinhamos à pesca, duvidava que os seus bruxedos iriam afectar-me à distância. EHEHEHHEH
Eram 6 da manha e já estávamos os dois na marina, tinhamos só de atestar o barco e voltar reabastecer os jerricans.


Estava tudo a postos e enquanto o Joaquim preparava o barco eu ia montando as canas, na marina para sairmos já com as armas prontas e depois era só “pôr o dedo no gatilho”.
O amanhecer estava lindo e as águas pareciam um espelho, tal como diziam as previsões.
No caminho até ao pesqueiro fomos pondo a conversa em dia, e delineando melhor o plano de ataque.
Chegados ao primeiro pesqueiro e era altura de colocar as amostras a trabalhar, o Joaquim apostava na FireTiger pois ele tem grande fezada naquela amostra na altura de pouca luz, mas eu ataquei logo na sardinha, também para irmos com cores diferentes e vermos o que o peixe queria.
Aquela passagem é muito longa, a sonda nada marcava e já trolávamos à um bom bocado. Eu gosto de ir com a cana na mão, embora muita gente faça esta pesca com as canas no caneiro, quando sinto uma porrada na cana,  a ponteira a dobrar toda, e o carreto dispara ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ. Aquele momento porque tanto esperamos, a adrenalina dispara, mas ao mesmo tempo temos de manter a calma para que tudo corra como queremos.



Voltando ao peixe, que se debatia na outra ponta da linha, já tinha levado alguma linha, fazia-me pensar se seria um bom barrote. Já devia ter recolhido metade da linha quando ele volta a dar mais uma arrancada, até que finalmente chega ao pé do barco e o Joaquim consegue pô-lo no xalavar.
Alegria no barco, estava feito o primeiro do dia, e confirmado que a quebra do enguiço desta dupla não tinha sido um acaso.
O peixe esse muito lutador, mas não era aquele barrote, mas já era um robalo de bom porte.
Enquanto libertava o peixe da amostra, a sonda marcava peixe naquela zona, e iamos voltar à carga e passar outra vez no mesmo local. Mas neste local não iriamos tirar mais nenhum peixe. Mudámos de pesqueiro, e quando já estávamos à pesca outra vez porrada na minha cana, este deu pouca luta mais um peixe na caixa.
Já pescávamos à umas horas, e a actividade tinha abradado, mas havia uma zona onde passávamos que marcavamos uns quantos peixes juntos mas não queriam nada com as amostras rijas. Até que o Joaquim os apanhou todos juntos e disse logo vai de vinil.
O Joaquim tem melhorado bastante no que toca a manobrar o peixe e localizá-lo e isso nestas pescas é muito importante. Isso aleado com a maneira de ser dele, que é uma pessoa muito calma e relaxada, em que nada o chateia é excelente para qualquer tipo de pesca mas para esta principalmente porque são muitas horas para a frente e para trás.
Mas como tinha dito o vinil com a quantidade de peixe que tinha marcado e tão junto como estava era altura de vinilar. Temos sempre duas canas montadas cada um, uma pronta para trolar e a outra para vinilar. Assim quando tomamos esta decisão é muito mais rápido e não perdemos tempo em trocar das amostras para os vinis.

Para vinilar desta vez levei uma cana que tenho à pouco tempo, a Vega Ogawa. Já a tinha experimentado a spinnar, da primeira vez as condições não eram grande coisa, e não tinha ficado com grande impressão da cana. Da segunda vez que usei já foi diferente, embora tenha sido grade, logo não tenha trabalhado nenhum peixe com ela, gostei muito das prestações dela, quer em lançamento quer na sensibilidade a trabalhar as amostras. Fiquei logo a pensar que seria uma boa cana para os robalos ao vinil. E sim confirmei isto neste dia... Vamos lá contar esta parte do dia.
Começamos a vinilar e passámos duas vezes e a marcar peixe e nada de ataques. Até que pergunto ao Joaquim onde marcava peixe. Ele disse que era um pouco acima do fundo e não mesmo colado ao fundo. Pensei logo que teriamos de animar animar as amostras mais acima. Então vamos lá, se é assim, começo a vinilar, mas como se fosse a jiggar. Deixava o vinil ir até ao fundo, levantava, recolhia, e fazia isto para aí três vezes, para bater uma maior coluna de água e funcionou.
Fiz 5 peixes em pouco tempo estava a curtir muito, mas para ser perfeito faltava-me uma coisa que era o Joaquim apanhar algum. E eu lá lhe dizia que assim não quero que tua apanhes um peixe. Até que ele lá ferrou o seu primeiro, e fiquei bem mais contente. Embora não tendo medida e fora devolvido já havia actividade na cana dele.
Foi um periodo de muita acção, até porque o vinil é muito mais divertido que o trolling. Fiz 5 peixes em pouco tempo, mais um ou outro que devolvi por não ter medida. O Joaquim também teve  facturou um peixe, tirando dois que devolveu por serem pequenos. Além disso estava a ter muitos ataques de peixes que não ferravam.






A cana Ogawa, veio mesmo confirmar o que eu achava, espectacular a trabalhar os vinis e muito fixe a trabalhar o peixe. A cana é macia, mas é progressiva, achei perfeita para esta pesca. Quando vier o verão vou testá-la também às douradas à chumbadinha de barco.
A pesca estava muito bem composta, o cardume esse tinha dissipado com a mudança da maré.
Voltámos então ao trolling. Era a altura do Joaquim fazer uns peixes.
Começamos a fazer umas passagens e na zona quente o a cana do Joaquim dá sinal de peixe, era a vez dele brilhar, e facilmente o pusemos juntos dos outros que estavam na caixa.
Mais uma passagem e pimba cana do Joaquim outra vez, e ele começa a recolher, mas o peixe deve ter dado a volta a uma rocha e prende a linha, já não tinhamos a certeza de seria peixe o se teria só prendido, e o Joaquim passa-me a cana e manobra o barco de maneira a dar a volta à rocha e quando dá a volta sinto umas cabeçadas e lhe digo é peixe. Facilmente o metemos no barco, graças ao bom trabalho do Joaquim ao manobrar o barco e dar a volta para sontar a linha.
Fizemos mais umas passagens e ainda fizemos mais uns peixes uns com medida e outros devolvidos. Deixámos de ter actividade e resolvemos fazer o caminho inverso que tinhamos feito de manha a ver se sacávamos mais algum, mas nada.
Era altura de voltar a casa.





Excelente dia de pesca com o meu grande amigo Joaquim.
Foi uma maneira de fugir aos Voodoos do Filipe e das fracas pescarias dos areais. Mas os areais que se preparem que eu volto à carga.

Grande abraço a todos e até breve










Material:
Canas: Shimano Nasci MH 9''; Vega Ogawa
Carretos: Shimano Biomarter C5000fb (2), Tubertini Luis 5500, Ryobi AP Power 8000

Amostras, Yo-zuri, Storm, BlackMinow


Guilherme, Joaquim

4 comentários:

Anónimo disse...

O gradeiro desgradou. Devem-lhe ter oferecido o peixe, algum pescador com pena.
Bela teca. Abraço, João.

Os Pescas disse...

Parabéns aos dois pela pescaria e fico mesmo feliz por vos ver com um sorriso estampado no rosto :-)

Grande abraço amigos

Luís Malabar

Pedro Franco disse...

Boa pescaria, muitos parabéns, desta vez escaparam ao Voodoo ;) vamos ver com é na próxima saida.

Os Pescas disse...

Os meus parabéns a dois bons amigos pela evolução, pois esta pesca é chata, mas produz excelentes resultados. Um abraço a ambos, e Gui não te habitues senão lanço-te novo voodoo.