Boas pessoal,
Bem, imagino que este título dê a parecer outra coisa, mas na realidade não é bem o que estão a pensar... Mas já vão entender...
Após um interregno de algumas semanas no spinning/corrico embarcado, o Palma lá me convenceu a ir apanhar um bocado de ar numa madrugada destas... Xiça... Eram 5 horas e já estava eu em pé a tomar o pequeno almoço a fazer tempo para ir a mais uma pescaria...
Perto das 5.30 da manhã, já estava eu à porta dele, e ele também já estava pronto. Apenas apertava as cintas do barco para partirmos... Foi só guardar a tralha no barco e lá fomos...
Nem seria necessário vos dizer que fizemos a habitual paragem para um cafézinho, que sabe sempre bem para acordar...
Chegámos ao pesqueiro pouco depois das 6 horas e devido ao facto de estarmos na reponta da maré rapidamente tratámos de por o barco na água, e enquanto eu fiquei a segurar o barco, o Palma foi arrumar o carro e o atrelado... Bem aqui começou a pesca...
No meio ainda do escuro que se fazia sentir, aparece um senhor, que pelo que ele veio a contar, estava em casa e tal, farto de aturar a mulher e tal, e veio dar uma volta... Sim ás 6 da manhã...
Bem, enquanto eu continuava a segurar o barco, o senhor foi-se aproximando, espreitava, espreitava, até que se chega ao pé de mim, e diz-me" Bom dia... "Companheiro, você vai à pesca?"... Bem, olhei para ele, e confesso que fiquei uns segundos sem saber o que responder... Estaria a gozar-me? Seria maluco? Queria conversa? Estaria com os copos? Queria o quê afinal? Bem, acabei por simplesmente lhe responder o óbvio... Se estou a segurar um barco, se tenho 2 canas no barco... Em princípio seria para tal...
Claro que não ficou por aqui... Lá continuou ele, a olhar, olhar, e olha para o Palma e diz... "Vais com ele?" E eu mais uma vez... Bem, o tipo só pode estar no gozo... mas epa acenei simplesmente... e ele prossegue, " Ouve, olha que isto digo-te eu... O gajo carrega douradas... É o gajo que apanha mais aqui no rio"... E agora? Ria-me? Ou continuava com a postura séria?... Lá mantive a postura e disse-lhe que sim, que ele apanha muitas douradas... e ele concordava e dizia que o Palma era um master e tal, e trinta por uma linha...
Eu tentava não dar conversa, mas ele insistia... E começou a contar a história da mulher e tal, que veio para a rua dar uma volta e tal... Ok, o senhor até nem estava a ser mal educado... Nisto pergunta-me se ia às Douradas, e eu digo que não que ia corricar, e ele tem logo um acto de motivação para comigo: " Olha... O gajo a dar-lhe nos robalos, é uma máquina, xiii, epa a sério, o gajo carrega... Vais com ele vais bem..." Mal sabia ele que farto de ir com o Palma estou eu... Ainda lhe tentei dizer que estava habituado a ir com ele, e que nem sempre apanhamos e tal, mas ele não me ouviu, julgo... O Palma entretanto, lá volta e quando está próximo de mim, ele olha e diz para mim: " O teu pai é craque nos robalos"... Bem desta é que me esforcei para não me rir a gargalhada, mas lá soltei o sorriso e disse-lhe: " Epa, mas já olhou bem para ele? Por acaso tem ar de ser meu pai?", " Podia ser", respondeu ele... "Pois mas com 4 anos de diferença" continuei eu... O Palma chega ao barco e ele continua... " Estava aqui a dizer ao seu filho..."
"Meu filhooooo?", o Palma soltou logo a gargalhada... e lá foi dizendo o mesmo que eu, que a idade e tal, e aparência e tal... Depois queria que lhe acertássemos o relógio... E nós já de fugida, pois o vício era maior, e claro, o senhor embora educado, estava a ser um pouco chato, lá fomos direito ao nosso objectivo: Um dia de robalos...
Ainda dentro da nossa baía resolvemos montar as canas a ver se picava alguma coisa... O Palma espeta logo na água com a Rapala X-RAP Magnum na água e eu ponho umas da Storm um pouco mais pequenas...
Fizemos o trajecto, saímos da baía e rumámos em direcção ao canal do Barreiro, mas desta fomos por dentro, com a ideia de dar a volta ao canal... Pelo canal que os barcos de Lisboa fazem, estávamos nós na galhofa, quando começo a ver a cana do Palma a dar uns ligeiros safanões... Muito ao de leve, fiquei atento, mas que raio, aquilo não é pesca ao fundo, ou atacam, ou não atacam!
Mas de repente a cana verga toda, e lá subiu a adrenalina... O stella SW 8000 PG dispara, e gritei pelo Palma que prontamente agarra na cana e começa a rebocar o peixe. Engraçado, que uma das coisas mais giras, e que eu pessoalmente mais gosto na pesca, é adivinhar o que lá vem. E não só o peixe deixou de dar cabeçadas, como me pareceu muito fácil de rebocar para quem tinha feito disparar um drag. Mas ali naquela zona... pensei logo, um robalo muito pequeno...De início deve ter dado uma cabeçada, mas fruto do tamanho parou... Já com o peixe ao de cima, ainda estava meio escuro, pareceu-me um POLVO... Um polvo? Xiça... Mas quando se aproxima desato logo a rir... Um magnífico exemplar do tamboril do Seixal! Um Charroco! Fonix... Mas que raio, como é que o gajo se atirou aquilo na velocidade a que íamos? Um peixe que costuma ser tão pacato, e habitante dos fundos?
O Palma, todo inchado começou logo " 1 a 0, já está a levar na pá" E eru ria-me e dizia... " 1 a 0?, mas isso conta? Um peixe que devolves-te e que nem comes? que lataaaaaa".... Bem estão a ver a galhofa? É isto que a pesca tem de bom e vocês sabem bem, pois de certeza que também têm amigos/grupos com que pescar representa grandes momentos... E na realidade temos os tido...
Mas vamos continuar com o relato...
Embora se tenha tratado de um exemplar distante do pretendido, a captura, bem... A captura, é esse o momento da pesca, é como marcar um golo... E soltam-se os sorrisos, abrem-se logo os horizontes, o céu parece que começa logo a brilhar e as nossas mentes são completamente inundadas por a esperança em fazer grandes capturas...
Mas na realidade percorremos todos o canal até ao Barreiro, virámos para o Montijo, local onde dezenas de barcos faziam o arrasto dos fundos à ameijoa... E nada, nem um toque...
Desta vez, nem desanimámos... Até estávamos numa boa onda em termos de moral, e lá insistimos mais um pouco, mas após dar-se a volta, resolvemos fazer o percurso de volta ao Seixal e brincar um pouco por lá antes de rumar a casa, pois estava combinado terminar a pesca por volta da hora de almoço.
Chegados ao Seixal a maré tinha acabado de virar e subia já com alguma força, o que naquela zona costuma ser produtivo, do lado da ponta do mato!
Mas, amantes de um cafézinho como ambos somos, resolvemos parar lá no bar da ponta do Mato e descansar 20 minutinhos... Enquanto lá estávamos, um senhor que andava à ameijoa, apanhou uma corvina enjoada... Uma corvina enorme, um bicho que estava magro, pois tinha APENAS 15 KG., quando na realidade o seu tamanho merecia muito mais, era bicho que em caso de estar em época deveria ter mais de 20 Kg.
Animal impressionante, é um daqueles que todos procuramos! Bem, após se cumprimentar o senhor, e beber o café, voltámos ao mar, para um última hora de pesca... Foi lá que senti pela primeira vez no dia a sensação de que andava peixe... A sonda marcava, demos com uma Gaivina a picar diversas vezes, alguns peixes a mexer ao de cima de água... Foi ali que senti que se podia dar...
A rota era simples... Baía do Seixal- Ponta do Mato, e sempre de barco à rola, e volta para trás...
Fartos de rapalar sem sucesso, disse para o Palmeta... Olha lá e se... epa estamos numa zona em que apanhamos uns peixes com os teus amigos, vamos tentar? E ele de pronto " As Savage? Tenho aqui"!
E assim trocámos ambos as rapalas por vinis, e realmente a capacidade natatória é fenomenal... Parece um peixe... Eu tinha também em mente outra coisa que passava por testar estes vinis a corricar no barco, quer com ele em andamento, quer parados, e digo-vos que vale bem a pena... Nadam perfeitamente, afundam bem, permitem fazer quer um spinning, como um vertical jigging. Os Savage Sandeel permitem isto tudo, acreditem em mim! Ele não só nadam, como alteram de uma forma perfeita a sua natação, o seu percurso, sem perderem a forma natural de um peixe... Quer com toques de ponteira, quer lentamente, e até como se faz às zagaias, com os movimentos de "up and down", eles revelam-se à altura... Até por o seu trabalhar/nadar eu ganhei novo alento. Dá imensa pica estar a ver uns peixes de borracha a nadarem daquela maneira! Perfeito.
O Palma como sempre escolheu o seu menino... O blue pearl, e eu escolhi o Glow Dots... Lançávamos, corricávamos, tentou-se de tudo, e como a sonda insistia em marcar peixe, sempre na mesma zona, resolvemos insistir, e numa das voltas lá finalmente se deu com um robalo... " Já está" disse logo o Palma... e eu fiquei super feliz, estava conseguido o objectivo. Tínhamos tido finalmente sucesso para o esforço e dedicação que temos tivemos neste dia.
Um robalo já jeitoso, e que nos deixou na esperança de apanhar mais algum, e continuámos a insistir, embora o Palma estivesse muito limitado com as horas... E acabámos por vir embora perto da hora marcada, embora eu tivesse com fé de que apanhávamos mais se tivéssemos insistido...
Mas acima de tudo, passou-se um bom bocado, divertimos-nos, testámos amostras, aprofundámos conhecimentos, e ainda, que não fosse uma grande pesca em termos do pescado, foi sem dúvida um belíssimo dia de pesca.
Eu e o Papá Palma, lolololol, lá passámos mais um dia porreiro.
Até breve,
Filipe Condinho, Ricardo Palma, ospescas.
Ainda dentro da nossa baía resolvemos montar as canas a ver se picava alguma coisa... O Palma espeta logo na água com a Rapala X-RAP Magnum na água e eu ponho umas da Storm um pouco mais pequenas...
Fizemos o trajecto, saímos da baía e rumámos em direcção ao canal do Barreiro, mas desta fomos por dentro, com a ideia de dar a volta ao canal... Pelo canal que os barcos de Lisboa fazem, estávamos nós na galhofa, quando começo a ver a cana do Palma a dar uns ligeiros safanões... Muito ao de leve, fiquei atento, mas que raio, aquilo não é pesca ao fundo, ou atacam, ou não atacam!
Mas de repente a cana verga toda, e lá subiu a adrenalina... O stella SW 8000 PG dispara, e gritei pelo Palma que prontamente agarra na cana e começa a rebocar o peixe. Engraçado, que uma das coisas mais giras, e que eu pessoalmente mais gosto na pesca, é adivinhar o que lá vem. E não só o peixe deixou de dar cabeçadas, como me pareceu muito fácil de rebocar para quem tinha feito disparar um drag. Mas ali naquela zona... pensei logo, um robalo muito pequeno...De início deve ter dado uma cabeçada, mas fruto do tamanho parou... Já com o peixe ao de cima, ainda estava meio escuro, pareceu-me um POLVO... Um polvo? Xiça... Mas quando se aproxima desato logo a rir... Um magnífico exemplar do tamboril do Seixal! Um Charroco! Fonix... Mas que raio, como é que o gajo se atirou aquilo na velocidade a que íamos? Um peixe que costuma ser tão pacato, e habitante dos fundos?
O Palma, todo inchado começou logo " 1 a 0, já está a levar na pá" E eru ria-me e dizia... " 1 a 0?, mas isso conta? Um peixe que devolves-te e que nem comes? que lataaaaaa".... Bem estão a ver a galhofa? É isto que a pesca tem de bom e vocês sabem bem, pois de certeza que também têm amigos/grupos com que pescar representa grandes momentos... E na realidade temos os tido...
Mas vamos continuar com o relato...
Embora se tenha tratado de um exemplar distante do pretendido, a captura, bem... A captura, é esse o momento da pesca, é como marcar um golo... E soltam-se os sorrisos, abrem-se logo os horizontes, o céu parece que começa logo a brilhar e as nossas mentes são completamente inundadas por a esperança em fazer grandes capturas...
Mas na realidade percorremos todos o canal até ao Barreiro, virámos para o Montijo, local onde dezenas de barcos faziam o arrasto dos fundos à ameijoa... E nada, nem um toque...
Desta vez, nem desanimámos... Até estávamos numa boa onda em termos de moral, e lá insistimos mais um pouco, mas após dar-se a volta, resolvemos fazer o percurso de volta ao Seixal e brincar um pouco por lá antes de rumar a casa, pois estava combinado terminar a pesca por volta da hora de almoço.
Chegados ao Seixal a maré tinha acabado de virar e subia já com alguma força, o que naquela zona costuma ser produtivo, do lado da ponta do mato!
Mas, amantes de um cafézinho como ambos somos, resolvemos parar lá no bar da ponta do Mato e descansar 20 minutinhos... Enquanto lá estávamos, um senhor que andava à ameijoa, apanhou uma corvina enjoada... Uma corvina enorme, um bicho que estava magro, pois tinha APENAS 15 KG., quando na realidade o seu tamanho merecia muito mais, era bicho que em caso de estar em época deveria ter mais de 20 Kg.
Animal impressionante, é um daqueles que todos procuramos! Bem, após se cumprimentar o senhor, e beber o café, voltámos ao mar, para um última hora de pesca... Foi lá que senti pela primeira vez no dia a sensação de que andava peixe... A sonda marcava, demos com uma Gaivina a picar diversas vezes, alguns peixes a mexer ao de cima de água... Foi ali que senti que se podia dar...
A rota era simples... Baía do Seixal- Ponta do Mato, e sempre de barco à rola, e volta para trás...
Fartos de rapalar sem sucesso, disse para o Palmeta... Olha lá e se... epa estamos numa zona em que apanhamos uns peixes com os teus amigos, vamos tentar? E ele de pronto " As Savage? Tenho aqui"!
E assim trocámos ambos as rapalas por vinis, e realmente a capacidade natatória é fenomenal... Parece um peixe... Eu tinha também em mente outra coisa que passava por testar estes vinis a corricar no barco, quer com ele em andamento, quer parados, e digo-vos que vale bem a pena... Nadam perfeitamente, afundam bem, permitem fazer quer um spinning, como um vertical jigging. Os Savage Sandeel permitem isto tudo, acreditem em mim! Ele não só nadam, como alteram de uma forma perfeita a sua natação, o seu percurso, sem perderem a forma natural de um peixe... Quer com toques de ponteira, quer lentamente, e até como se faz às zagaias, com os movimentos de "up and down", eles revelam-se à altura... Até por o seu trabalhar/nadar eu ganhei novo alento. Dá imensa pica estar a ver uns peixes de borracha a nadarem daquela maneira! Perfeito.
O Palma como sempre escolheu o seu menino... O blue pearl, e eu escolhi o Glow Dots... Lançávamos, corricávamos, tentou-se de tudo, e como a sonda insistia em marcar peixe, sempre na mesma zona, resolvemos insistir, e numa das voltas lá finalmente se deu com um robalo... " Já está" disse logo o Palma... e eu fiquei super feliz, estava conseguido o objectivo. Tínhamos tido finalmente sucesso para o esforço e dedicação que temos tivemos neste dia.
Um robalo já jeitoso, e que nos deixou na esperança de apanhar mais algum, e continuámos a insistir, embora o Palma estivesse muito limitado com as horas... E acabámos por vir embora perto da hora marcada, embora eu tivesse com fé de que apanhávamos mais se tivéssemos insistido...
Mas acima de tudo, passou-se um bom bocado, divertimos-nos, testámos amostras, aprofundámos conhecimentos, e ainda, que não fosse uma grande pesca em termos do pescado, foi sem dúvida um belíssimo dia de pesca.
Eu e o Papá Palma, lolololol, lá passámos mais um dia porreiro.
Até breve,
Filipe Condinho, Ricardo Palma, ospescas.
5 comentários:
Ahahahahah! Fartei-me de rir com o relato! Esses "cromos" aparecem em todo lado quando menos esperamos! Uma vez um gajo acreditou que o meu pai eta meu irmão, após brincadeira do meu velhote! Até chorei quando o tipo lhe disse logo de seguida: " 0 seu irmão está a dar-lhe uma tareia do caraças"!
Isso também é pesca porque é diversão!
Parabéns ao Pai e Filho pela manhã be passada!
Olá José. É verdade foi realmente um relato que me deu prazer escrever.
Epa os cromos são chatos, mas na verdade eles fazem parte da pesca e por vezes tornam um relato que até seria normal em algo engraçado.
O senhor em questão era realmente um chato do caraças, mas foi sempre educado, logo sabe bem recordar. Até me estou a rir só de ler o relato pois estou-me a ver a responder-lhe as cenas naquela madrugada. Ele era realmente engraçado.
Abraço, Filipe.
Grande relato loool a pesca é isto mesmo!!! Mas numa coisa eu concordo com o tál senhor, o papá Palma é mesmo o rei dos robalos!! hehehe um grande abraço parabens pela pescaria e continuem ;)
Grande "papá palma"e claro o filhote um grande abraço para voçês,pareçe que os cabeçudos desapareceram mas há que ateimar.......cumps
olá,sou um seguidor atento do vosso blog! e como sou apaixonado pela pesca embarcada ao corrico, não pude deixar de "vibrar" com este relato!! em relação à utilizaçâo de vinis (savage) tenho tido sucesso aos robalos mas só mesmo fazendo jigging vertical, quando os detecto (robalos) a rapalar.... já no corrico com vinis, não tem funcionado muito bem porque ficam sempre muito debaixo do barco.
Abraço, João Santos.
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