Os nossos amigos

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

( Spinning ) Lesath Vs Corvina.........


      Boas Pessoal........



     Mais um dia de faina às corvinas e desta vez com o meu amigo Filipe João......

   Combinei encontrar-me com o Filipe João à porta da casa dele para rumar ao pesqueiro escolhido por mim, pois como as marés eram pequenas, geralmente naquela zona é boa para elas.
   Assim foi, encontrámo-nos e no caminho para o local escolhido ainda parámos para tomar um cafézito para acordar antes de pescar. No dia anterior tinha dito ao meu amigo o que comprar e falámos de como é que se havia de montar os vinis, pois eles eram mais pequenos mas adequados para as marés mais pequenas, pois são marés que correm pouco, possibilitando usar pesos mais leves...
   Eu desta vez levei a lesath de rio para pescar a elas visto que o peso dos vinis era suportável por ela e o Filipe levou a Lesath Power Game 3,30. Em relação aos vinis eu fiz duas montagens, uma para elas e a outra em caso de darmos com os robalos..:-).
   Chegando ao pesqueiro, carregamos as armas e começamos a pescar ainda com a maré a encher e o dia a começar a nascer.
   Eu antes de começar a pescar, decidi explorar o fundo com um vinil barato mas com o mesmo peso do que eu iria pescar, isto porque, existem muitos cabos e lixo a partir de uma certa zona e eu queria saber até que ponto eu podia ir, ou até em caso de ferrar alguma até onde é que ela poderia ir sem correr riscos.
   Posso dizer que acabei por perder o vinil com que estava a sondar o terreno, mas ele serviu o seu propósito, pois fiquei a saber até onde ir, acabando por não perder mais nenhum durante a pesca.
   O meu amigo já andava a pescar à algum tempo mas sem efeito nenhum.....eu optei primeiro por experimentar a primeira montagem para as corvinas e dependendo dos ataques que houvesse, eu saberia se andavam lá os robalos, o que seria necessário mudar a montagem.
   Pois bem, assim que amanheceu já a água corria muito pouco possibilitando percorrer o terreno durante muito mais tempo até o vinil chegar até mim, aumentando desta forma a possibilidade de as encontrar..:-).
   Como este pesqueiro é um ponto de passagem é necessário ter calma e por vezes esperar, pausar e voltar depois à carga, ao contrário de outros, que são pontos de alimentação.
   Este é um sitio concorrido pelos pescadores de surfcasting e de rockfishing, pelo que contei cerca de 13 a 14 pescadores...todos eles com a esperança de encontrar a tal das suas vidas...:-)
   Nesta altura, a força da água era quase nula, faltando pouco mais de meia hora para o estofo da maré e não se via ninguêm a tirar nada, nem sequer a sentir nenhum toque mais vigoroso.
   Foi então que num dos lançes eu ferro a primeira e o drag do stella dispara...zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz.zzzzzzzzzzzzzzz..........zzzzzzzz......atravessando o silencio que se fazia sentir........rápidamente eu dou o toque ao Filipe e começo a trabalhar o peixe....zzzzzzzzzzzz.......zzzzzzzzzzz.....lesath vergada e eu adorar...lol....pouco tempo depois coloquei a primeira aos meus pés..já cansada, agarrei nela e guardei-a.
   Como seria de esperar por parte dos outros pescadores, virámos o centro das atenções...principalmente quando eu ao segundo lançamento ferro a segunda e a maior do dia.....zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz...........zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz.........zzzzzzzzzzz.....a cana vergava e ela corria..lol...esta ia demorar mais um pouco que a outra...mas ainda bem..lol...eu queria era luta...lol....enquanto lutava com ela, ia falando com o filipe sobre o trabalhar do vinil entre outras coisas, até que ela sucumbiu aos meus pés á sapatada na água, com o seu dorso bronze a cortar a água......
   Esta foi a 5 corvina que ferrei por baixo da cabeça..lol...são tão manhosas..hehehe......mas isto não acabou por aqui..:-)....mais dois ou três lances e ferro a terceira...zzzzzzzzzzzzz.....z.zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz............zzzzzzzzzzzzzz..........até chegar aos meus pés, também ela já cansada de lutar.....o peixe estava lá mas o Filipe não sentia nada...nem se via nenhum pescador a tirar nenhum peixe infelizmente.
   Eu pausei e voltei à carga e zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz..............zzzzzzzzzzzzzzzz...........zzzzzzzzz.....mais pequena que as outras mas aguerrida e cheia de fibra..lol....anda menina até aos meus pés...:-)....assim que esta saiu, não saiu mais nada...mas mesmo assim ainda senti um toque manhoso e arranquei a escama a outra...lol.
   Uma vez mais amigos, elas não são os robalos a caçar....são manhosas e desconfiadas no que diz respeito á sua alimentação.
   Pois é amigos, estava feita a pesca para nós os dois, pois já a água corria não permitindo trabalhar os vinis, pois já se encontrava mais pescadores de surfcasting ao nosso lado, o que de certeza iria dar confusão...e eu nem o Filipe estamos para isso, por isso decidimos ir embora, não sem antes de registar o momento...:-).
   


  
      
                Um grande abraço para todos e até breve....

                                    Luis Malabar

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O fim das grades do Filipe João

Boas malta,

Como já o título refere, este relato acabou por ser o que marcou o final das grades do Filipe João nos últimos tempos...
Muito tem ele lutado, muitas pescas tem feito, mas a falta de peixe não tem permitido qualquer captura.

Devido ao tempo quente que se faz sentir, e com muita consistência já há mais de um mês, resolvemos fazer uma pesca aqui perto de casa ao fundo.

Numa pescaria marcada para a noite, de forma a se fazer a enchente e viragem da maré, tratámos de arranjar uns caranguejos moles e Ganso para tentar dar com alguma dourada que andasse aqui na zona perdida.

Desta tivemos a companhia do Carlos, a quem agradeço a companhia, e espero que nos siga mais vezes.
Chegados ao local a praia tinha apenas 2 pescadores que arrumavam a tralha e percebi que rapidamente íamos ficar sozinhos e sossegados.

A esperança em poder esticar as minhas meninas era grande e tinha uma fezada que algum peixito íamos apanhar...
Como faço na maioria das vezes, resolvi começar com uma cana com dois anzóis de estralhos curtos e uma só com um anzol de estralho de dois metros...

O Filipe como sempre usa aquelas montagens manhosas lá escolhidas por ele com as quais eu embirro muito... lololol. Mas a realidade é que desta fui eu a levar tareia, lololol.

A noite estava mais uma vez magnífica, com uma ligeira brisa que até serviu bem as nossa intenções, pois afastou as melgas do spot e deixou-nos pescar descansados...

A primeira hora não se revelou nada animadora, sem toques e sempre com o isco ratado.

Comecei a pensar nas opções e resolvi mudar de spot... E de repente uns trucs trucs na cana... Hmmmm...
Lá me lavantei da cadeira, e assim que agarro, fortes cabeçadas... Eheheh, fiquei todo feliz, mas ao dar duas maniveladas, percebi logo o engano... Seria um charroco bem grande que me fez ao menos curtir o momento e tirar um peixe... Desgradei, lol, mais ou menos...

Bem de seguida tornei a esticar o lançamento e a atingir o local que queria, a cale... E deixei a cana por lá e fui dar um giro para ver a malta que por ali andava...

Estava fraco no geral só peixe miúdo... Voltei ao meu local e ao chegar estava o Filipe a tirar um peixe.
Era o fim de 3.574 grades consecutivas, lololol. Um robalo muito jeitoso.
Bem a verdade é que estava a levar na pá... Nada a dizer.

Continuei a esticar o mais que podia e teimoso como sou nestas coisas, mantive uma das minhas canas sem starlight... Ah não vos tinha dito esta né? lololol. Esperteza...

Sentadinho a comer o meu jantar... Apercebo-me tipo telepatia que o raio da minha cana estava a mexer, mas claro sem luz aquilo não era nada e ao longe então... E continuei a comer... E a cana a mexer, e quando resolvo me levantar para ir tirar a cana e a agarro sinto a linha toda solta, e vou recolhendo até sentir peso... E quando me chega a terra, o estralho tinha ido à vida... E o peixe também... Este tipo de erros pagam-se caro...

Tornei a empatar um anzol dos que eu gosto para esta pesca e torno a iscar com caranguejo e lanço novamente o mais longe que conseguia. Estava a testar a Taylor X6 o máximo que conseguia...

Mais um toque e mais um peixe, desta uma safia muito lutadora... Não estava no meu dia, o peixe não facilitava... Entretanto o Filipe tirava outro peixe após um bom safanão... Era desta feita uma dourada...



Logo de seguida ele leva outro safanão e começa a trabalhar outra dourada... 3-2 se puder contar com o charroco e a safia, equilibrava isto, que dizem?... 3-2?...)

Ao olhar a minha cana vejo mais um safanão e quando a recolho todo feliz, sentindo algum peso, comecei logo a perceber que não seria a minha noite... Outro boca larga, fartei-me de dizer umas patifarias...

Isto num concurso seria na mesma 3-3 certo? eheheh... Mais um charroco ou um caboz e ganhava a coisa...

A maré havia virado e nós continuávamos a aguentar... Já agora queria fazer ali duas horas da vazante...

E foi naquela altura que todos tivemos umas porradas engraçadas, e cada um tirou mais uma dourada...

Após este minutos nem mais um toque, até que num último lançamento tiro, mais o quê? Pois... Querem ver que ainda ganhei o concurso ahahahah, epa pronto... admito, levei uma tareia... Mas para breve quero a desforra.

Ao Carlos um abraço, espero que na próxima tenha mais sorte, e aqui ao gradeiro, que continue a fazer o que ele tanto gosta... O verdadeiro pescador não vai à pesca só para apanhar peixe... Por isso ambos sabemos que iremos lá, sempre que der... peixe ou não... 
Eu e o Carlos é que levámos uma tareia e no final até ficámos tremidos ahahah.

Material:
Canas: Yuki Taylor X6; Shimano Super Aero Technium BX-G; NBS/Banax Steel Power;
Carretos: Shimano Aero Technium XT; Shimano Aero Technium XSB; Shimano Ultegra XSA; Banax Trinton azul
Linhas: Asso Fluorocasting; Asso Ultra Fluorocoated
Iscos: Caranguejo mole; Ganso; Casulo

Filipepc, Filipe João, Carlos

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Penn Affinity o Basia dos pobres!

Pois é, tal como o nome indica a Penn lançou aqueles que andam a ser chamados dos Basia dos pobres.
À primeira vista têm muito dos Basia, um look semelhante, um conceito praticamente igual quando olhamos para o seu desenho, bobine e ratio.


A Penn é uma marca com excelentes carretos, um pouco tapada no mercado nacional e não só, pelas máquinas infernais que são a Shimano e a Daiwa.

Em quase todos os segmentos a Penn apresenta carretos em conta com uma excelente qualidade.

A modalidade em que a Penn não apostava era a de fundo, mais propriamente no surfcasting, provavelmente por a empresa ser Americana e porque lá nos States praticamente só se pesca com artificais, logo a primazia é dada aos carretos de spinning e vertical jigging. Nestes segmentos convido-vos a experimentarem estes carretos e vão certamente perceber que para o preço são apostas a ter em conta.
Estes carretos da Penn foram desenhados e concebidos a pedido dos seus serviços do mercado Europeu, mais propriamente pelos pescadores de surfcasting e de carpfishing. Foram concebidos fora dos E.U.A.  a pedido da divisão que a PENN tem na Europa. São fabricados na China.

Baseados nas longas e cónicas bobines dos Basia os Penn são carretos claramente destinados a pesca em praia a longas distâncias. Têm obviamente diferenças dos Basia, começando logo pelo seu material de construção que torna os Basia tão leves quando comparados com estes Penn.
Enquanto que o corpo dos Basia, Basiair e tournament QD são fabricados com compostos de Magnésio que lhes confere aquela leveza, o corpo dos Penn é em alumínio, material bem mais pesado.


O enrolamento dos Penn é baseado no Super Slow Oscilation o que lhes dá um bobinado praticamente perfeito. Este tipo de oscilação dita lenta, é sem dúvida o tipo de enrolamento que mais me encanta num carreto de fundo.
Dá para se ver o fenomenal enrolamento que este carreto tem.




Tal e qual os Basia, os Penn trazem bobines de grande envergadura à semelhança das bobines 45 dos Basia.
Vêm com duas bobines das quais uma é para uso de linhas finas e outra que suporta linhas de diâmetros mais elevados para pescas que o "obriguem".

Em termos de lançamento qualquer um dos Penn mostra-se à altura, com as suas bobines a optimizarem o lançamento. Não fosse o peso e melhor partido se poderia tirar destes carretos em termos de desempenho.

A sua óptima recuperação( 98cm/volta) aliada a um ratio muito equilibrado( 4.3:1)  assegura que nos cansamos menos quando da recuperação da linha. Por vezes após horas de lançamentos e recolhas, o cansaço apodera-se e quanto mais nos resguardamos, melhor.

O seu interior 

Rodízio e asa de cesto
Esta é a parte que maior desgaste tem num carreto. É aqui que necessitam de maior cuidados, pois a linha passa aqui sempre! Aqui entra água salgada o que acaba por danificar os rolamentos e o seu interior.
Quanto à asa de cesto gostei bastante dela, pois pareceu-me ser forte, mas não é de peça única, o que a médio e longo prazo( conforme o cuidado), pode dar alguns problemas.

Pega


A sua pega é satisfatória, estando dentro daquilo que é exigido. Não a considero fabulosa, mas não é nada má. Se fosse ligeiramente maior estaria dentro do que eu gosto e aconselho. Mas eu sou um adepto de pegas grandes, logo não se assustem que ela está equilibrada para o carreto que é.

Para melhor apreciação do desempenho deste carreto faltou apenas retirar um peso considerável para o ver em esforços exigentes, como já vi por exemplo os carretos das gamas em que está inserido: Os Ultegras.
Em esforços leves e médios revelou-se imperturbável, seguro, certo no seu trabalhar, sem oscilação do corpo, factor que me irrita muito num carreto.
Ficha Técnica


Ficha Técnica Penn Affinity 8000:
Rolamentos: 9+1
Ratio: 4.2:1
Recuperação: 98cm/volta
Bobines: 2 em alumínio
Capacidade da linha: Bobine 1340 metros de 0.40mm e Bobine 2- 300 metros de 0.18mm
Drag Máx.: 17 Kg.
Peso: 715 gramas740 gramas c/linha
Material: Alumínio


Conclusão:
É cedo para vos dizer "comprem à vontade". A minha forma de testar qualquer artigo, principalmente com o acumular da experiência ensinou-me que o tempo é o melhor vaticínio que qualquer cana e carreto podem ter. Ninguém, ou quase ninguém compra um artigo destes a pensar em usar duas ou três vezes e deitar fora. Falamos de um artigo que TEM que durar anos. Só após dezenas de pescas, podemos dizer que o dinheiro foi bem empregue.
São N as vezes que vejo pescadores e colegas comprarem um carreto, muito satisfeitos e após um mês ou dois, estão desiludidos. Na mão, quase todos hoje em dia produzem uma sensação de leveza com o seu trabalhar que deixa o pescador encantado. Mas depois em esforço, costuma-se separar o trigo do joio.
Por isso julgo que somente daqui a uns meses podemos fazer uma apreciação mais correcta a estes "meninos". Para já fiquei muito bem impressionado, certo de que têm qualidade, e que aparentam ser resistentes para as pescas de PRAIA que fazemos em Portugal.
Como ponto negativo, escolho o seu peso. Hoje em dia a grande guerra nos carretos, o grande desafio para as marcas está a passar por aí. Manter a fiabilidade, com pesos pluma. E isso nem todas conseguem, e as que conseguem têm esses materiais a preços elevados, praticamente só encontrados nas gamas média/alta e gama alta.
O preço médio destes carretos anda para o Affinity 8000 entre os 135 e 155 euros e para o Surfblaster nos 120 a 150 euros.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

( Aqueles grãos de areia) O Papel principal dos outros é o meu momento.



Cansado:

Uma semana inteira de trabalho, dias muito agitados, e claro pouco tempo de descanso. Nos últimos 15 dias não tinha pescado e por isso sentia muita necessidade de ir ao mar. Faz parte da vida, os momentos em que nos encontramos connosco próprios...

Pensativo:

Esta semana foi deveras complicada. Na vida todos temos apenas uma única certeza, e é dessa que tentamos fugir!
Sei que é injusto pensar da forma que por vezes penso, mas quando vemos partir alguém que nos é querido, ou quando vemos pessoas que tanto gostamos a prestes a viverem momentos complicados, é natural que pensemos em qual será o sentido da vida?
Qual é afinal o sentido? Que caminho será este afinal em que tantos dias atropelamos quem nos aparece à frente? Valerá a pena?
Não vos sei certos dias responder. Sei que muitos dias, por mais em baixo que possas estar, por mais desanimado, uma palavra, um gesto, um olhar, de alguém que estimamos, muda tudo, altera todo o processo em que cegamente acreditamos.
Nesses momentos, parece que bebemos algum elixir, algo que nos transporta para outra galáxia, as dores desaparecem, o mau astral esfuma-se por entre as cortinas que nos tapam a verdadeira realidade da vida.
O que posso dizer, ou melhor, de que forma posso olhar quem perde uma mãe e dizer-lhe algo que  conforte? Como posso olhar um primo e dizer-lhe que tudo o que se está a passar vai correr bem? Como posso eu deixar de ser egoísta e me lembrar que o papel principal não é meu?

A sensação de que és pequeno, ínfimo, acontece quase sempre nestes momentos...
Vou a um pontão, vejo dois tipos a refilarem por as linhas estarem enleadas, vejo outros dois a discutirem pois cada qual está no local que o outro queria estar para apanhar mais peixe, e sentado enquanto o sol me bate nos olhos penso.
Fecho os olhos e penso... Enquanto uns discutem mesquinhices, outros passam os piores momentos da sua vida, vivem momentos que não escolherem, sentem dores, que nenhum lançamento pode curar.

Encho-me de ar... e respiro fundo. Desanimado entro no carro e vou para casa, o dia estava longe de terminar.

Uma espécie de força:

Talvez seja para muitos um momento difícil, aquele em que temos que olhar nos olhos de alguém que perdeu um ente querido e dizer algo que os conforte, quando naquele momento, qualquer gesto, qualquer toque vale, muito, mas muito mais do que podemos acreditar.
O desamparo que se sente, é indescritível, o transe em que entramos, é penosamente profundo. Mas o conforto que sentimos passa muitas vezes, por acreditarmos que algo ou alguém nos segurará, que algo ou alguém estará ao nosso lado e tentará preencher o buraco fundo que ficou. Nem em todos os casos isso é possível.

No mesmo dia da semana passada recebi, duas notícias que me deixaram nesse tal estado.
O meu primo Marco, estava com umas febres esquisitas.
Febres que se revelaram algo mais...
Nessa mesma altura o Álvaro e a Mila, pessoas chegadas à nossa família tinham um acidente de carro que foi fatal para a Mila. De que forma iria dividir as energias? Onde as ia buscar? De que forma as conseguiria transmitir?
Passado o choque seria hora de enfrentar o momento. Ao entrar na Igreja vi logo o Álvaro, e dei-lhe um forte abraço e senti aquilo que vos disse acima. Naquele momento, os segundos em que sem nada dizer, os abraçamos valem para eles tudo. Eu sei isso. Porque eu também já o vivi.

Doeu-me ver a cara dos filhos, custou-me sentir que o percurso deles fica marcado tão cedo.

Nesse momento lembrou-me de algo que uma pessoa amiga da minha família disse tinha eu cerca de 16 anos, no funeral do meu tio Zé. Ele perante o desespero e a dor do meu avô pela perca do seu irmão mais chegado disse-lhe " Manel, chora os mortos, mas lembra-te de cuidar dos vivos".
Provavelmente somos muito das vivências que vamos percorrendo e das pessoas com quem vamos partilhando momentos.

Esperei pelo fim da missa, sempre a pensar neles, e quando esta terminou, levantei-me e fui fazê-lo.

Quando cheguei ao Hospital, o meu primo andava pelo jardim. Aí ficámos, aí falamos, rimos, aí tentámos viver.
Marco, o primo adora-te. Sei que este ano não foi fácil para ti, sei que ainda deves viver a dor da perca da tua mãe, sei que com 28 anos não tinhas que viver isto agora. Mas eu acredito que provavelmente essa febre pode ter sido um sinal. Tu és forte e muito calmo, e vais ultrapassar tudo. E eu vou estar cá para te acompanhar. Aliás vamos todos.

Prometi-te isso, e prometi que te apanhava um exemplar para uma jantarada( ainda não pensei como é que vou apanhar uma vaca ou ou boi à pesca, visto que não gostas de peixe, lololol, mas o primo vai se lembrar de algo)... Olha um coelhinho serve? Já apanhei coelhos em jornadas de pesca, lololol.

Se não resultou primo o que queria era passar uma espécie de força nestas palavras. Gosto muito de ti. Força.

O dia depois do amanhã

Como será? É nisso que a minha mente pensa neste momento...
Por entre a dúvida do momento, tive a confirmação de dois grandes amigos, que a pesca marcada se iria realizar. E a saudade que sentia e sinto de pisá-la, trouxe-me força, energias. Fez-me ganhar vida.
Aliás a vida é isso mesmo. O momento.

Talvez aqui eu consiga começar o relato...

Esta era uma semana em que a pesca seria uma terapia ainda maior do que aquela que já representa para mim.
Um sim do Guilherme, do Luís Amaral e do Filipe João, e estava reunida uma equipa do melhor. Amigos e pessoas com quem adoro pescar e partilhar momentos. Amigos do peito. Todos eles.

Este seria o meu dia depois do amanhã. Como será o deles?

Aqueles grãos de areia...




Talvez por todos os motivos possíveis o local escolhido só poderia ser um. Teria sempre que ser ali.
Porque será tão diferente para mim? Porque razão me sinto tão diferente ali... Porque razão aqueles grãos de areia são diferentes?
Sim é isso, porque para mim eles têm um significado provocado por vivências passadas, que para outros não têm, que para muitos nunca terão... Mas eles têm... Podem crer que sim.

Assim que fui à janela de minha casa e vi toda a equipa à minha espera... Soltei um sorriso.
Desci rápido, e fui todo o caminho feliz da vida, faltava pouco para o reencontro.
Este não é um mês bom para se pescar por lá, mas eu não ia propriamente à pesca, eu ia partilhar, eu ia viver, eu ia recarregar... Energias, forças, sei lá...

O sol magnífico que o dia apresentava, antevia um excelente dia de convívio...
Já perto do meio dia ia se dar o início do momento. A minha super Balística estava pronta. E as CTS deles também... Canas que tantos momentos me deram na vida... A maré, começava a galgar metros... E rapidamente começámos a sentir toques... Um sinal que não gosto nada, apareceu... douraditas bébés... Não fiquei nada animado com isso, mas de seguida o Guilherme saca um robalo jeitoso, e lá alegrámos, enquanto se ia soltando as douradas... Ali num instante apanhou-se umas 10.
A força da água obrigou-nos a recuar muito, e estava na hora de mudar de local, para um que eu conheço bem e me deu já muito peixe.
Lançamentos, e lançamentos e só peixe miúdo... Bem, o que valia era aquele grupo, era só rir, muita palhaçada... Muita galhofa.

Mais uns lançamentos e os toques desaparecem... Diz o Guilherme... olha nem os pequenos agora... E eu sorri...
É que estas coisas não são ao acaso... O que acontece quando estão num local cheio de tainhas e de repente do nada elas baixam..., lol. Pois, os predadores entraram...
Então porque terá o peixe miúdo desaparecido? Claro...

Restava aguardar... Lá me decidi a fazer o que o instinto me mandava... Aumentei o tamanho das iscadas, e pus o ganso pela linha de forma a dar melhor apresentação... E a minha cana deixou de fazer trrrrr, trrrr, trrrr, e passou a fazer pequenos movimentos como se fosse um caranguejo a ratar o isco... E agarrei nela, e senti o que milhares de vezes já senti, e dei-lhe ferro... A ponteira marcadora da balística verga e finalmente elas estavam por lá, finalmente apanhava o que fui à procura.
Gradeiro, gradeiros, gradeiros... EHeh eh eh eh, lá começava a galhofa o gozo entre todos...
Rapidamente o Luís ferra uma dourada, e o Guilherme outra... Todos tinham atingindo o objectivo...
Guilherme sempre vais vender a Potenza? Compras uma Balística, lololol...

O entusiasmo era tão grande que me passaram dias e dias de pesca pela cabeça. Momentos em que vivi coisas que muitos não poderão jamais sentir. Dias de pesca que hoje em dia na pesca lúdica apeada são quase ilusões. A maré essa galgava metros e nós estávamos no limite... Mais uns minutos e teríamos que recuar...

Mais uns minutos e muito poderia mudar... Lançámos o mais longe que conseguimos, elas estavam longe e manhosas... Alguns bons toques sempre sem sucesso, até que finalmente eu e o Guilherme sacamos mais duas seguidas, e ficámos logo todos satisfeitos. Restava fazer o último lançamento...
O Luís esse persistia em lançar para o quintal do vizinho e ora à esquerda, ora à direita ele tentava bloquear a nossa pesca, lololol.

Canas nos ferros e todas a bater... Um linguado para o Luís, uma dourada para mim, e a do Guilherme devido ás 3 canas terem enleado acabou por se soltar... Bem a pesca estava minimamente feita...

Eu conheço bem aquelas areias, e sabia que a partir daquele momento, depois de sairmos dali, pouco ou nada ia apanhar... Ali está a essência.

Esquadrão gradeiro

A fome também apertava e estava na altura de ir recarregar energias com o almoço e um cafézinho do Guilherme.


A fome era negra... Lololol. Estava uma maravilha!

Segue a pesca?... Vêm... Aqueles grãos de areia, conseguiam por esta altura me deixar distante do resto. Ali estava como numa bola de vidro. Por esta altura lembro-me que estava completamente longe dos problemas, das coisas menos boas. E isso não tem preço. Tudo tem o seu tempo, e nestes momentos o melhor que nos pode acontecer para recarregar é sermos só nós e a natureza.

Bem, terminado o almoço estava na hora de tentar mais um pouco...

Rapidamente tentámos usar cada qual um isco diferente de forma a termos um leque de opções superiores.

Mas apesar dos nossos esforços e insistência apenas peixe miúdo saía, entre os quais fomos capturando quase todas as espécies do rio... Sargos, safias, charrocos, choupas, douradas, robalos, linguado... Até que levo um toque pequeno e ao recolher sinto muito peso... Ao chegar a terra pelo trabalhar julguei ser um linguado, mas era um ruivo, um peixe delicioso que muito comi em pequeno e que parecem de volta a estas bandas... É um peixe bonito e delicioso.

Durante as últimas 2 horas de pesca apenas saiu mais um bom peixe, capturado pelo Guilherme... E o Filipe João andou a lutar com um robalãooooo que no final de contas era mais um tainhãoooo, lololol.

Já de noite, e com alguma pressa nem tirámos as fotos em condições, mas porque o dia foi magnífico, porque juntei três grandes amigos, não quis qualquer protagonismo. O que eles me deram foi mais que suficiente, e num dia tão bom, os tais momentos que tive valem por muito. Não têm mesmo preço.
O papel principal não foi meu, foi daqueles que me fizeram sentir bem. A eles obrigado pela companhia. Espero por vocês em breve, novamente por entre aqueles grãos...

Guilherme e Luís Amaral- Gang da Grade

Quero dedicar este relato às pessoas a que me referi acima. Um abraço forte a todos.
Que o dia depois do amanhã vos permita pisar aqueles grãos de areia mais vezes... Que estas palavras vos sirvam como uma espécie de força para o que vem aí.

Material: 
Canas: Hiro Super Balística; Hiro Long Distance; Hiro CTS; Hiro Propello
Carretos: Shimano Ultegra xsb 5500; Shimano Nexave 8000; Banax Poseiden 5600; Shimano Super Ultegra 1000; Tica Scepter
Linhas: Asso Fluorolight; Asso Ultra
Iscos: Ganso nacional, Casulo da Ponta do Mato; Ganso Coreano; Minhoca; Longueirão

Filipepc, Guilherme, Filipe João, Luís Amaral

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

( Spinning ) corvinas caprichosas....:-)



          Boas Pessoal......


      Mais uma jornada à Corvinas..na companhia do meu amigo Pedro..:-)


  Eram 5 da manhã quando chegamos ao pesqueiro, verificámos que não se encontrava ninguém à pesca, fosse ela qual fosse..lol..o que até não me incomoda nada, pois o sossego e a paz é fundamental, pelo menos para mim.
  Assim foi, escolhemos o mesmo vinil e começamos a trabalhar.....lance após lance e nada...vai de pausa e descansar um pouco.
  Entretanto, enquanto descansávamos, chega mais dois senhores, habituais naquelas paragens, também eles ao mesmo..lol...vinis..:-)
  Foi então que todos nós voltamos á carga, até que um dos senhores ferra a primeira e zzzzzzzzzzzzzzzzzz..zzzzzzzz.zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz...esta dava luta, mas de uma forma para mim familiar..lol....foi passado pouco tempo que ela surge à superfície, já cansada de lutar e pelos visto estava certa a minha ideia..lol..foi ferrada pelo rabo, tal como quando os robalos atacam os jerkbaits com o rabo..hehehe.
   Uma já estava, vamos ver se andam mais por ai..:-)..vai de lançar até que o Pedro ferra a sua primeira e única do dia...zzzzzzzzzzzzzzzz.....zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz...o drag dele dispara mas sem
ter muito trabalho por causa do peixe....luta, chalavar e outra cá para fora...lol.
   O terceiro peixe a sair foi o meu...hehe..ferragem e zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz...zzzzzzzzzzzzzzz....zzzzzzzz......entre luta e cabeçadas também esta acabou dentro do chalavar com ajuda do Pedro..:-)
   Quarto peixe e sem sombra de duvida o que seria o exemplar do dia, peixe esse que calhou ao Pedro, que ao efectuar a ferragem, simplesmente a cana vergou toda e o symetre disparou como doido, levando o Pedro simplesmente agarrar na cana e nem mexer no drag, pois deu logo para ver que este ia dar luta....lolol...o Pedro só me dizia...ai..ai..ai a linha está a desaparecer..lol.....passado pouco tempo ela faz uma pausa, dando a oportunidade ao Pedro de recuperar metros fundamentais em caso de outro arranque..hehehe....ai mãe dizia ele..lol...o peixe ainda fez mais alguns arranques mas já nada de especial para bem do coração do Pedro..hahaha....mas o pior estava para acontecer quando, já com o Pedro a puxar o peixe até à superfície ela dá 2 a 3 cabeçadas e arranca direito ao fundo desbobinando o symetre, mas apenas por breves momentos, pois sem mais nem menos um dos elos de ligação ao peixe quebra-se..fdx...mas o que é que aconteceu??????..dizia o Pedro, o vinil ainda lá está????...vai de tirar para fora e vêr que o 0.90 mono que o Pedro tinha comprado no dia anterior e que eu lhe tinha dito para comprar para cima de 1 milímetro tinha rebentado com os dentes dela, pois ela em vez de morder no anzol, passou o tempo a roçar com os dentes na linha, quebrando-a para infelicidade nossa e do Pedro nem se fala..lolol...pois passou o resto da manhã a falar dela..hehehe.
    Foi a partir desta altura, que a água já corria e não era pouco, que o filme mudou de figura...hehehe...pois elas deixaram-se de sentir, mas continuavam lá...:-) simplesmente o que elas estavam a fazer aos vinis, levava a quem não percebesse que fosse as alforrecas a passar na linha...lol
   Para que possam ter uma ideia, eu acabei por tirar mais 5 e perder mais 3, uma já à tona de água que ao abanar a cabeça consegue se desferrar e as outras duas ainda consegui arrancar-lhe as escamas, que vieram agarradas à fateixa...lol..para que tenham uma ideia, 3 delas não morderam o vinil mas foram ferradas por baixo da cabeça..hehehe.Durante o tempo que tirei o peixe, os outros dois senhores apenas diziam que não sentiam nada..nem um toque..apenas alforrecas..lol...eu ainda dei um toque ao Pedro, e ele também já tinha reparado nisso pois a grande que ele tinha perdido, dava a noção de ser a alforreca a bater na linha e a roçar os tentáculos na linha..:-)
   No total entre todos saíram 8 peixes, 6 para mim, um para o Pedro e outra para um dos senhores, que já estava desorientado pois cada vez que ele ouvia o drag do meu stella a assobiar só dizia..mas eu não sinto nada....nem um toque...lol
   Isto pode parecer fácil amigos, mas acreditem que não é, não basta pensar que é só comprar vinis e jogar para dentro de água que se apanham Corvinas, eu sei o que é que o senhor estava a sentir pois já há muito tempo passei por isso e não quer dizer que não volte a passar por uma situação nova que me leve ao desespero pela falta de compreensão e entendimento do que se está a passar com o peixe, pois uma das coisa que aprendi nesta pesca é a velocidade de raciocínio que é necessário ter e que faz toda a diferença entre o sucesso e o fracasso.
  Como não podia deixar de ser, aqui ficam as fotos da pescaria...:-) infelizmente o Pedro esqueceu-se de tirar uma foto com o seu peixe para recordação, mas oportunidades não hão-de faltar..:-)




 Um grande abraço amigos e até breve
Luis Malabar








sábado, 18 de agosto de 2012

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Já nem me lembrava do que é sofrer!

Boas...

Pois é malta, já disse tudo...

Devem querer o relato na mesma, calculo... Mas olhem que para os mais atentos deste blogue eu com este título desvendava logo que tipo de pesca fui fazer, lol.

Por meio de uma semana com muito trabalho e pouco tempo, lá me deixei convencer pela vontade que me corre nas veias em fazer o que tanto gosto, e o de tornar a pisar um areal com o acampamento às costas.



Confesso que pelo caminho só pensava para mim, mas que raio de ideia... Já tinhas saudades de andar kms pela praia com 20 quilos às costas para apanhar um peixe! 
Bem, mas por entre estes pensamento lá fomos no nosso passo, ainda de dia, e pousámos pela zona do Meco, onde fizemos a tal caminhada do costume... Para baixo todos os santos ajudam! O pior ia ser ao final da noite.

Chegados ao pesqueiro, vimos que a praia tinha muito limo, e fui o caminho todo a rezar para no local onde queria ficar não ter... É que andar aquilo tudo para nada, epa, a sério, tenham pena de mim, lol.
 Felizmente o limo foi passo a passo desaparecendo e no local onde ficámos mal se via limo.

Montada a 1ª cana, a Yuki Taylor X6 com uma urfe, chumbada de 140 gramas, e estralho de metro e meio, fui spinnar ali 20 minutos para tentar aproveitar o final de dia, mas nem as Lucky Craft Flashminnow, nem as Shimano Silent Assassin, nem as Vega Akada deram qualquer fruto e resolvi parar uns minutos para contemplar o por do sol e iscar de novo a Taylor.

Assim o fiz e optei por usar um caranguejo mole, e lá fui spinnar mais uns minutos pois o sol estava a por-se... Infelizmente nada tocava, e nem um ataque tive, e fui-me aproximando do acampamento quando vejo a Taylor a dar um pequeno toque, e de seguida mais outro, mas nem liguei... Fui pousar a cana de spinning, e quando olho vejo a linha muito frouxa e aí sim, fiquei logo de alerta.

Rapidamente fui ver a cana e assim que a levantei... dou duas maniveladas e sinto resposta... Estava lá...
Sem dar muita luta, consegui facilmente trazer a menina até terra e assim que a vi na areia comecei a dar cabo da cabeça do Guilherme. Um dourada de bom porte.
Aqui sim começou a pesca, aqui sim passámos a viver o momento.
É nestas alturas que começamos na pirraça uns aos outros, a chamar gradeiro os que nada apanham, e a risota é geral.

Montei logo a segunda cana, a Super Aero Technium BX-G e nesta usei dois anzóis, um com cerca de 50 cm e outro um pouco mais curto com 40 cm. Ambos com 0,35 da Asso, o Fluoro Casting.

Ficámos todos em alerta e cheios de pica, a noite acabara de roubar o lugar ao dia, e a Lua trocou de turno com o Sol... O mar, calmo estava de feição para a captura de algumas douradas...

O cafézinho do Luís Passeiro foi-nos aquecendo a alma, e a mim manteve-e acordado durante aquelas horas, pois eu estava todo roto...

Voltando à pesca quase todos fomos tendo uns toques pequenos, mas nada ferrava, e os iscos voltavam sempre todos comidos, e por mais iscos que usássemos, como o Americano, Cordel, Casulo, Ganso Nacional, e caranguejo, o peixe grande não aparecia...

Já a maré tinha virado, quando levo um toque engraçado na cana e cheguei a trazer o peixe algum tempo até que este se desferrou e foi à sua vida. Pelas sensações era uma dourada já boa...

Uma das minhas canas estava sem starlight e o Guilherme só gozava comigo... E eu a rir dizia, não precisar que já lá ia tirar outro peixe, e ele ria... Agarrei na cana e... eh eh eh. Senti logo que estava ferrado e pelo caminho ele ia engordando e o peixe que me parecia apenas interessante quando levantei a cana, passou a parecer-me grande pelo caminho.
Quando ele me chega aos pés com a sua boca aberta e meio quilo de areia dentro percebi de onde vinha tanto peso...
Por esta altura já estava farto de dar na cabeça na equipa gradeira, eh eh eh! 
E estava na hora de mais um café do Luís que não sei se era do meu sono, mas estava maravilhoso. Bebia cada chávena com um gosto...

Bem, o Luís foi levantar a cana e começo a ver a cana toda dobrada, e fiquei naquela... Seria peixe? Hmmm, se fosse era bem grande... Andou ali uns minutos com muita calma a puxar até que começo a ouvir o Guilherme a exteriorizar o momento... Um granda santola, e cheia, que ele trouxe... Que espectáculo! Agora já dava marisco. Esta pesca estava bem gira...

A maré já ia muito vazia, quando o relógio marcava umas 3 horas e resolvemos arrumar a tralha, até porque a caminhada era longa e eu às 9 tinha que estar a trabalhar...

Pelo caminho passámos por uma espécie de festa trance de praia, com o pessoal do rasta e um Pitbull que perseguiu o Filipe João por entre metros com os donos atrás dele, e nós ao longe a caminhar e a pensar que de seguida éramos nós, lol...

Mas o cão foi agarrado e aquando da nossa passagem foi tudo numa boa... O mais giro foi mesmo, chegar ao inicio da subida com o Filipe João parado e eu dizer-lhe que estava a ver que o cão lhe mordia e ele responder " epa eu estava tão cansado que o cão andava à minha roda e eu nem tinha forças para o enxotar, estava a ver que caía"... O que nos rimos, bem precisávamos pois o caminho para cima, ai só visto... Ao menos está arranjado este ano... Mas foi penoso, as minhas pernas estavam a rebentar... Estou mesmo am péssima forma física. Ando a precisar de tornar à praia.

É que sabem, no meio disto tudo, já me tinha esquecido do que era sofrer... Já nem me lembrava do que é percorrer tantos metros pela praia com aquela tralha toda, não apanhar muito peixe, voltar todo roto, e no final, chamem-me o que quiserem, sentir-me completo, como um puto a quem lhe deram um brinquedo.

A essência que sinto é aquela... E sempre foi!




Material:
Canas: Yuki Taylor X6; Shimano Super Aero Technium BX-G; Vega Potenza Hybrid; Vega Millenium; NBS/Banax Steel Power
Carretos: Shimano aero tecnhnium XSB; Aero Technium XT; Power aero spin Power; Super Ulterga; Ultegra XSA
Linhas: Asso Fluorocasting, Falcon Prestige, Sufix 100% fluorocarbono
Iscos: Americano; Cordel; Casulo; Ganso; Caranguejo mole e dois cascos.

Filipepc, Filipe João, Guilherme, Luís Passeiro.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

( Spinning ) A luta continua......zzzzzzzzzzz..zzzzzzzz


           Boas Pessoal......


     À espera de dias melhores no que diz respeito aos robalos, a busca pelas Corvinas tem demonstrado ser a opção mais frutífera, pois apesar de os tamanhos das capturas não ser as dos sonhos dos pescadores, posso dizer amigos, sem sombra de duvida que vale a pena..:-)
    Então a historia repete-se, pois ainda antes de amanheçer o dia, tanto eu como o meu amigo Pedro preparávamos-nos para começar a pescar.
    foi meia hora depois de surgir os primeiros raios de sol que o Pedro ferra a primeira Corvina do dia, cana vergada e o carreto a disparar....zzzzzzzzzzzzzzzzz.zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz....cabeçadas fortes e zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz......podem não ser grandes, mas que dão um prazer enorme dão..lol.
    Pouco tempo depois, o Pedro recupera os metros de linha e consegue colocar o peixe à tona de água, já cansada de correr pela vida e prestes a entrar no chalavar para a colocar a são e salvo de escapar..lol
    Para terem a noção, nós estàvamos sozinhos a pescar, sem viva alma ao pé de nós...:-), o que possibilitou explorar melhor o terreno em busca delas.
    Foi passado poucos minutos que eu ferro a segunda do dia..:-)..com o drag bem afinado após a ferragem ele dispara com o primeiro arranque...zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz.......zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz.........cabeçadas intervaladas com corridas aproveitando a corrente e o fundo do rio como defesa...claro que eu para variar, como sei que não é nenhuma burra daquelas, abro mais o drag para aproveitar o tempo de luta...lol
   Com o passar do tempo ela estourou, a luta estava ganha e era a altura de a trazer à superficie, vai de a puxar com calma até à tona de água para que o Pedro a pudesse colocar dentro do chalavar a salvo.
   Duas já estavam cá fora..:-), estava na altura para ver se conseguiamos capturar mais alguma.... e não é que ainda consegui tirar mais 2, ambas mais pequenas que as duas primeiras que tiramos, mas que ainda me deram uma luta engraçada..lol.
  Assim estava feita a pesca, 4 corvinas no total, 3 para mim e uma para o meu amigo Pedro..:-)
  Por ultimo, aqui fica as fotos e para que tenham uma ideia, o dia a seguir ainda foi melhor..:-), mas essa historia vai ficar para o proximo relato..:-).




 

                     Um grande abraço e até breve companheiros

                                         Luis Malabar



sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Regulamento de pesca do P.N.S.A. e Costa Vicentina


PNSACV


E como devemos andar minimamente informados sobre as leis que regulamentam a nossa actividade lúdica e desportiva, deixo aqui o regulamento para o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Para que seja mais fácil a sua consulta, foi retirado o que não nos diz respeito directamente à actividade que praticamos


 I SÉRIE


Quinta-feira, 24 de Março de 2011 Número 59
ÍNDICE SUPLEMENTO
 

Presidência do Conselho de Ministros e Ministérios da Defesa Nacional, da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento, da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e do Ambiente e do Ordenamento do Território
 

Portaria n.º 115-A/2011:

Segunda alteração à Portaria n.º 143/2009, de 5 de Fevereiro, que define os condicionalismos específicos ao exercício da pesca lúdica no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1668-(2)

Ministérios da Defesa Nacional, da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e do Ambiente e do Ordenamento do Território


Portaria n.º 115-B/2011:

Aprova o Regulamento da Pesca Comercial Apeada, na Modalidade de Pesca à Linha,
no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1668-(5)


Ministério da Justiça

Portaria n.º 115-C/2011:

Aplica o regime processual civil de natureza experimental nos juízos de competência especializada
cível dos tribunais das comarcas do Barreiro e de Matosinhos, nas varas cíveis do tribunal da comarca do Porto e nas comarcas de Leiria, Portimão, Évora e Viseu . . . . . . . . 1668-(6)


1668-(2)

1668-(2)

Portaria n.º 115-A/2011

de 24 de Março

A Portaria n.º 143/2009, de 5 de Fevereiro, posteriormente alterada pela Portaria n.º 458 -A/2009, de 4 de Maio, definiu os condicionalismos específicos ao exercício da pesca lúdica no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV), tendo por objectivo a preservação
dos valores naturais e dos recursos haliêuticos existentes na extensa faixa de litoral e meio marinho daquela área protegida. Assim, entre outros aspectos, a referida portaria introduziu áreas de interdição à pesca lúdica, correspondentes a zonas importantes do ponto de vista ecológico, por constituírem locais privilegiados de desova e crescimento de juvenis, de refúgio, protecção a predadores e alimentação de inúmeras espécies marinhas.

Com a revisão do Plano de Ordenamento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, o qual veio pela primeira vez introduzir regras relativas à área de jurisdição marinha do Parque, torna -se necessário compatibilizar o estabelecido na referida portaria com a revisão do Plano de Ordenamento, em especial quanto às áreas de interdição da pesca lúdica.

Na oportunidade, e decorrente da experiência de implementação da referida portaria, procede -se ainda a alguns acertos relativos, designadamente, a espécies, artes e períodos de captura. Redefinem -se os utensílios auxiliares permitidos na apanha manual e respectivas dimensões, bem como a utilização de anzóis por cana ou linha de mão. Permite -se ainda o exercício da pesca lúdica na variante de pesca à linha durante o período nocturno, mediante certos condicionalismos de segurança.

Procede -se, assim, à alteração da Portaria n.º 143/2009, de 5 de Fevereiro, alterada pela Portaria n.º 458 -A/2009, de 4 de Maio, nos termos acima expostos.



Assim:

Manda o Governo, pelos Ministros da Presidência, da Defesa Nacional, da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento, da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e do Ambiente e do Ordenamento do Território, ao abrigo do disposto no artigo 10.º do Decreto -Lei n.º 246/2000, de 29 de Setembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto -Lei n.º 112/2005, de 8 de Julho, e pelo Decreto -Lei n.º 56/2007, de 13de Março, o seguinte:

Artigo 1.º

Alteração à Portaria n.º 143/2009, de 5 de Fevereiro

1 — Os artigos 2.º, 3.º, 4.º, 5.º, 6.º e 7.º e o anexo III da Portaria n.º 143/2009, de 5 de Fevereiro, alterada pela Portaria n.º 458 -A/2009, de 4 de Maio, que define os condicionalismos específicos ao exercício dapesca lúdica no Parque Natural do Sudoeste Alentejano

Diário da República, 1.ª série — N.º 59 — 24 de Março de 2011

e Costa Vicentina (PNSACV), passam a ter a seguinte redacção:
«Artigo 2.º

[...]

Sem prejuízo das interdições previstas na Portarian.º 144/2008, de 5 de Fevereiro, o exercício da pesca lúdica é interdito:

a) Nas áreas de protecção total e nas áreas de protecção parcial do tipo I definidas no Plano de Ordenamento do PNSACV para todas as modalidades de pesca lúdica;

b) Nas áreas de protecção parcial do tipo II definidas no Plano de Ordenamento do PNSACV na modalidade de pesca submarina;

c) Nas áreas de interdição definidas nos Planos de Ordenamento da Orla Costeira eficazes.

Artigo 3.º

[...]

Sem prejuízo das condicionantes gerais ao exercício da pesca lúdica, na área do PNSACV a pesca à linha:

a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

b) Por cada cana ou linha, é permitida a utilização de um máximo de três anzóis com uma abertura igual ou superior a 9 mm, ou uma única amostra (isco artificial) que contenha anzóis simples, ou múltiplos, com abertura igual ou superior a 9 mm.

Artigo 4.º

[...]

1 — A pesca lúdica no PNSACV é proibida às quartas-feiras, excepto feriados nacionais.

2 — A pesca lúdica praticada entre o pôr e o nascer do sol, independentemente do local da actividade, sóé permitida se os praticantes usarem colete reflector e flutuante.

3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

a) Sargos, Diplodus sargus e Diplodus vulgaris, entre 1 de Fevereiro e 15 de Março;
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 5.º

[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

a) Burriés, lapas, mexilhões, navalheiras, ouriços-do -mar, perceves e polvos constantes do anexo II da presente portaria, da qual faz parte integrante;

b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

3 — A captura manual dos organismos referidos na alínea a) do n.º 1 pode ser efectuada com auxílio de faca de mariscar, com lâmina de dimensões não superiores a 15 cm de comprimento por 3 cm de largura ou com auxílio de instrumentos tradicionais adaptados, nomeadamente ‘arrilhada’, desde que a lâmina não exceda 20 cm de comprimento por 2 cm de largura no bordo de ataque, sendo este bordo o único cortante, e o cabo não exceda 60 cm de comprimento.

Diário da República, 1.ª série — N.º 59 — 24 de Março de 2011 1668-(3)

Diário da República, 1.ª série — N.º 59 — 24 de Março de 2011 1668-(3)

5 — Para a captura manual do polvo pode ser utilizada uma vara metálica curvada em forma de gancho e não cortante na ponta, sem barbela, tradicionalmente designado por ‘puxeiro’ ou ‘bicheiro’, de abertura entre 3 cm e 5 cm.

6 — A apanha das espécies constantes da alínea a) do n.º 1 só é permitida aos detentores de licença de pesca lúdica que sejam naturais ou residentes nos concelhos abrangidos pelo PNSACV, Sines, Odemira, Alzejur e Vila do Bispo, devendo os praticantes estar munidos de prova do estatuto.

Artigo 6.º

Tamanhos mínimos

1 — A captura de espécies no PNSACV está condicionada ao cumprimento dos tamanhos mínimos fixados na legislação em vigor para a pesca comercial. 

2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 7.º

[...]

1 — Para as espécies de peixes e cefalópodes, o peso máximo total permitido por dia é de 7,5 kg, não sendo contabilizado para o efeito o peso do exemplar maior, e não podendo a captura do polvo exceder dois exemplares.
2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
4 — Na pesca submarina, a captura de bodião, La brus bergylta, está limitada a dois exemplares, por dia e por praticante.

ANEXO III

Tamanhos mínimos e parâmetros para a sua medição

(a que se refere o n.º 2 do artigo 6.º)

Lapas, Patella spp. — 3,5 cm, distância máxima entre os bordos da concha. Mexilhões, Mytillus spp. — 6,5 cm, dimensão maior da valva esquerda (face externa).

Navalheiras, Liocarcinus spp. e Necora spp. — 6 cm, largura máxima da carapaça medida perpendicularmente à sua mediana ântero -posterior.»

2 — É aditada ao anexo II a última linha com a seguinte redacção: «Polvo, Octopus vulgaris.»

Artigo 2.º

Revogação à Portaria n.º 143/2009, de 5 de Fevereiro

São revogados o artigo 10.º e o anexo I da Portaria

n.º 143/2009, de 5 de Fevereiro, alterada pela Portaria

n.º 458 -A/2009, de 4 de Maio.

Artigo 3.º

Entrada em vigor
 


A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

Artigo 4.º

Republicação

A Portaria n.º 143/2009, de 5 de Fevereiro, com as alterações introduzidas pela Portaria n.º 458 -A/2009, de 4 de Maio, e pela presente portaria, é republicada em anexoe faz parte integrante da presente portaria.

Pelo Ministro da Presidência, Laurentino José Monteiro Castro Dias, Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, em 18 de Março de 2011. — Pelo Ministro da Defesa Nacional, Marcos da Cunha e Lorena Perestrello de Vasconcellos, Secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, em 22 de Março de 2011. — Pelo Ministro da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento, Bernardo Luís Amador Trindade, Secretário de Estado do Turismo, em 22 de Março de 2011. — Pelo Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, Luís Medeiros Vieira, Secretário de Estado das Pescas e Agricultura, em 22 de Março de 2011. — Pela Ministra do Ambiente e do Ordenamento do Território, Humberto Delgado Ubach Chaves Rosa, Secretário de Estado do Ambiente, em 17 de Março de 2011.

ANEXO

Artigo 1.º

Objecto

A presente portaria define os condicionalismos específicos ao exercício da pesca lúdica no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV).

Artigo 2.º

Áreas de interdição

Sem prejuízo das interdições previstas na Portarian.º 144/2008, de 5 de Fevereiro, o exercício da pesca lúdica é interdito:

a) Nas áreas de protecção total e nas áreas de protecção parcial do tipo I definidas no Plano de Ordenamento do PNSACV para todas as modalidades de pesca lúdica;

b) Nas áreas de protecção parcial do tipo II definidas no Plano de Ordenamento do PNSACV na modalidade de pesca submarina;

c) Nas áreas de interdição definidas nos Planos de Ordenamento
da Orla Costeira eficazes.

Artigo 3.º

Limitações à utilização de artes e utensílios sem prejuízo das condicionantes gerais ao exercício da pesca lúdica, na área do PNSACV a pesca à linha:

a) Pode ser exercida com um máximo de duas canas ou linhas de mão;

b) Por cada cana ou linha, é permitida a utilização de um máximo de três anzóis com uma abertura igual ou superior a 9 mm, ou uma única amostra (isco artificial)


1668-(4)

1668-(4)

Artigo 4.º

Limitações temporais ao exercício da pesca lúdica

1 — A pesca lúdica no PNSACV é proibida às quartas-feiras, excepto feriados nacionais.

2 — A pesca lúdica praticada entre o pôr e o nascer do sol, independentemente do local da actividade, só é permitida se os praticantes usarem colete reflector e flutuante.

3 — Sem prejuízo da aplicação dos períodos de defeso fixados na legislação em vigor para a pesca comercial ena regulamentação para a apanha comercial do perceve no PNSACV, é interdita a captura de:

a) Sargos, Diplodus sargus e Diplodus vulgaris, entre 1 de Fevereiro e 15 de Março;
b) Bodião, Labrus bergylta, entre 1 de Março e 31 de Maio.
Artigo 5.º



Apanha

1 — As espécies passíveis de apanha são as seguintes:

a) Burriés, lapas, mexilhões, navalheiras, ouriços -do-mar, perceves e polvos constantes do anexo II da presente portaria, da qual faz parte integrante;

b) Poliquetas para isco, nos termos da legislação em vigor.

2 — É interdita a apanha de fêmeas de navalheira quando estas estiverem ovadas.

3 — A captura manual dos organismos referidos na alínea a) do n.º 1 pode ser efectuada com auxílio de faca de mariscar, com lâmina de dimensões não superiores a 15 cm de comprimento por 3 cm de largura ou com auxílio de instrumentos tradicionais adaptados nomeadamente «arrilhada», desde que a lâmina não exceda 20 cm de comprimento por 2 cm de largura no bordo de ataque, sendo este bordo o único cortante, e o cabo não exceda 60 cm de comprimento.

4 —A captura manual dos organismos referidos na alínea b) do n.º 1 pode ser efectuada com o auxílio de um sacho de cabo não superior a 50 cm de comprimento e de lâmina não superior a 10 cm de largura.

5 — Para a captura manual do polvo pode ser utilizada uma vara metálica curvada em forma de gancho e não cortante na ponta, sem barbela, tradicionalmente designadopor «puxeiro» ou «bicheiro», de abertura entre 3 cm e 5 cm.

6 — A apanha das espécies constantes da alínea a) don.º 1 só é permitida aos detentores de licença de pesca lúdica que sejam naturais ou residentes nos concelhos abrangidos pelo PNSACV, Sines, Odemira, Alzejur e Vila do Bispo, devendo os praticantes estar munidos de provado estatuto.

Artigo 6.º

Tamanhos mínimos

1 — A captura de espécies no PNSACV está condicionada ao cumprimento dos tamanhos mínimos fixados na legislação em vigor para a pesca comercial.

2 — Para além do cumprimento do disposto no número anterior, são estabelecidos tamanhos mínimos de captura para as espécies constantes do anexo III da presente portaria, da qual faz parte integrante.

Diário da República, 1.ª série — N.º 59 — 24 de Março de 2011

Artigo 7.º

Limites de captura diária

1 — Para as espécies de peixes e cefalópodes, o peso máximo total permitido por dia é de 7,5 kg, não sendo contabilizado para o efeito o peso do exemplar maior, e não podendo a captura do polvo exceder dois exemplares.

2 — O peso máximo total de capturas diárias de crustáceos e outros organismos distintos dos referidos no número anterior é de 2 kg, não sendo contabilizado para o efeito o
peso do exemplar maior.

3 — Excepciona -se do disposto no número anterior o limite de captura diária dos mexilhões, cujo peso máximo é de 3 kg, e dos perceves, cujo peso máximo é de 1 kg.

4 — Na pesca submarina, a captura de bodião, Labrus bergylta, está limitada a dois exemplares, por dia e por praticante.

Artigo 8.º

Contra -ordenações

As violações ao disposto no presente diploma constituem contra -ordenações puníveis nos termos do artigo 14.º do Decreto -Lei n.º 246/2000, de 29 de Setembro, aplicando-se o respectivo regime sancionatório.

Artigo 9.º

Competições desportivas

1 — O disposto nos artigos 6.º e 7.º da presente portaria não se aplica às competições de pesca desportiva.

2 — O disposto no n.º 3 do artigo 4.º da presente portaria não se aplica às competições de pesca desportiva na modalidade de pesca à linha.

Artigo 10.º

(Revogado.)

Artigo 11.º

Entrada em vigor

A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

ANEXO I

(Revogado.)

ANEXO II

Espécies passíveis de apanha

[a que se refere a alínea a) do n.º 1 do artigo 5.º]

Burriés, Gibulla spp., Littorina litorea e Monodonta lineata. 

Lapas, Patella spp. 
Mexilhões, Mytillus spp. 
Navalheiras, Liocarcinus spp. e Necora spp. 
Ouriços -do -mar, Paracentrotus lividus, Echinus spp. e
Spharechinus granularis.

Perceve, Pollicipes pollicipes. 
Polvo, Octopus vulgaris.

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Tamanhos mínimos e parâmetros para a sua medição

(a que se refere o n.º 2 do artigo 6.º)

Lapas, Patella spp. — 3,5 cm, distância máxima entre os bordos da concha.

Mexilhões, Mytillus spp. — 6,5 cm, dimensão maior da valva esquerda (face externa).

Navalheiras, Liocarcinus spp. e Necora spp. — 6 cm, largura máxima da carapaça medida perpendicularmente à sua mediana ântero -posterior.

 


MINISTÉRIOS DA DEFESA NACIONAL, DA AGRICULTURA, DO DESENVOLVIMENTO RURAL E DAS PESCAS E DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO.

Portaria n.º 115-B/2011

de 24 de Março

No Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV), a pesca à linha a partir da costa tem uma considerável importância sócio -económica. Quando se reveste de um carácter lúdico, esta actividade encontra-se devidamente enquadrada por legislação específica. Todavia, quando a mesma pretende assumir uma natureza regular e comercial, associada ao carácter profissional, encontra um vazio de regulamentação que agora se pretende colmatar. A pesca à linha comercial a partir da costa exerce -se como complemento salarial ou de subsistência, ou constitui uma alternativa dos pescadores profissionais licenciados com embarcação em períodos de condições adversas no estado do mar. Prevenindo assim que, face à ausência de adequada regulamentação, a pesca à linha a partir da costa com carácter de actividade profissional se desenvolva a coberto da pesca lúdica, escapando a qualquer sistema contributivo ou de controlo de transporte e comercialização, o que além do mais configura uma injustiça para com os profissionais que pescam com outras artes de pesca, prevêem -se agora disposições que permitem o licenciamento da pesca comercial apeada na modalidade de pesca à linha e definem as áreas de interdição, os instrumentos, as artes de pesca e outros utensílios, condicionalismos e restrições, para além do regime de venda do pescado fresco.

Assim:

Manda o Governo, pelos Ministros da Defesa Nacional, da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e do Ambiente e do Ordenamento do Território, ao abrigo do disposto no n.º 3 do artigo 3.º do Decreto Regulamentar n.º 43/87, de 17 de Julho, alterado pelos Decretos Regulamentares n.os 7/2000, de 30 de Maio, e 15/2007, de 28 de Março, o seguinte: 

Artigo 1.º

É aprovado o Regulamento da Pesca Comercial Apeada, na Modalidade de Pesca à Linha, no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, anexo à presente portaria e que dela faz parte integrante.

Artigo 2.º

A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

Em 22 de Março de 2011.

Pelo Ministro da Defesa Nacional, Marcos da Cunha e Lorena Perestrello de Vasconcellos, Secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar. — Pelo Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, Luís Medeiros Vieira, Secretário de Estado das Pescas e Agricultura. — Pela Ministra do Ambiente e do Ordenamento do Território, Humberto Delgado UbachChaves Rosa, Secretário de Estado do Ambiente.

ANEXO

REGULAMENTO DA PESCA COMERCIAL APEADA,

NA MODALIDADE DE PESCA À LINHA, NO PARQUE

NATURAL DO SUDOESTE ALENTEJANO E COSTA VICENTINA

Artigo 1.º

Autorização da pesca comercial apeada à linha

É autorizada a pesca comercial apeada, na modalidadede pesca com cana e linha de mão, tal como definidasno n.º 1 do artigo 5.º e do artigo 6.º do Regulamento da Pesca à Linha, aprovado pela Portaria n.º 1102 -C/2000, de 22 de Novembro, aos residentes num dos concelhos abrangidos pelo Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, adiante designado por Parque, que sejam devidamente licenciados pela Direcção -Geral de Pescas e Aquicultura (DGPA), de acordo com os critérios a estabelecer por despacho conjunto dos membros do Governoresponsáveis pelas áreas da pescas e do ambiente previstono artigo 5.º

Artigo 2.º

Condicionantes do exercício da pesca comercial apeada à linha

Constituem condicionantes ao exercício da pesca comercial apeada na modalidade de pesca à linha:

a) Ser efectuada com cana de pesca e linha de mão, a partir de terra, sem qualquer embarcação de apoio, por pescador devidamente licenciado para o efeito pela DGPA;

b) Ser efectuada nas áreas, nos períodos e respeitando os tamanhos mínimos estabelecidos para a pesca lúdica no Parque, de acordo com a legislação em vigor;

c) Ser efectuada com colete reflector e flutuante, quando exercida entre o pôr e o nascer do sol, independentemente do local da actividade.

Artigo 3.º
 

Limitações ao exercício da pesca comercial apeada à linha

1 — É interdita a captura de:

a) Sargos, Diplodus sargus e Diplodus vulgaris, entre
1 de Fevereiro e 15 de Março;

b) Bodião, Labrus bergylta, entre 1 de Março e 31 de
Maio.

2 — O exercício da pesca comercial apeada na modalidade de pesca à linha deve respeitar o disposto no regime geral da pesca lúdica no que se refere à distância a observar entre pescadores, no que respeita a acessos a


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3 — É interdito o exercício da pesca comercial apeada na modalidade de pesca à linha:

a) Nas áreas concessionadas das praias durante a época balnear;

b) Nas áreas delimitadas pela Capitania do Porto, por razões de segurança dos praticantes, desde que tal esteja devidamente assinalado;

c) Nas áreas de protecção total e nas áreas de protecção parcial do tipo I definidas no Plano de Ordenamento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina;

d) Nas áreas de interdição definidas nos planos de ordenamento da orla costeira eficazes.

4 — Cada pescador licenciado não pode utilizar mais do que três canas ou linhas de mão, e por cada cana ou linha só é permitida a utilização de um máximo de três anzóis, com uma abertura igual ou superior a 9 mm, ou uma única amostra (isco artificial) que contenha anzóis simples ou múltiplos, com abertura igual ou superior a 9 mm.

Artigo 4.º

Utensílios e equipamentos de pesca, iscos e engodos

1 — É permitida a utilização dos seguintes utensílios e equipamentos de pesca, iscos e engodos:

a) A utilização de fontes luminosas em indicadores de bóias;

b) A utilização de iscos e engodos naturais ou artificiais, desde que não sejam constituídos por ovas de peixe ou por substâncias passíveis de provocar danos ambientais, nomeadamente substâncias venenosas ou tóxicas ou explosivos;

c) Ser portador de dispositivos, tipo bolsa ou balde, que sirvam exclusivamente para o transporte do resultado da captura;

d) Incluir outros artefactos nos aparelhos de anzol destinados a permitir melhorar a sua operacionalidade, designadamente lastros e bóias, desde que tais artefactos não permitam a captura de espécies por actuação directa.

2 — É proibido deter ou transportar artes de pesca ou utensílios distintos dos previstos no presente diploma.

Artigo 5.º

Licenças

1 — O número máximo de licenças para a pesca comercial apeada na modalidade de pesca à linha na área do Parque bem como os requisitos, procedimentos e critérios para o licenciamento são fixados por despacho conjunto dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das pescas e do ambiente.

2 — O pedido de licenciamento para a pesca comercial apeada na modalidade de pesca à linha na área do Parque deve ser requerido directamente à DGPA, nos termos da legislação geral aplicável, podendo o requerimento ser entregue directamente naquela direcção -geral, ou nas direcções regionais de agricultura e pescas, ou nas Capitanias de Sines e de Lagos, podendo ser estabelecidos condicionalismos adicionais pelo despacho referido no número anterior.

3 — Os titulares de licença para a pesca comercial apeada na modalidade de pesca à linha na área do Par-
que são obrigados a preencher o manifesto de capturas, cujo modelo consta do despacho a que se refere o n.º 1, e a entregá -lo nos serviços da DGPA, juntamente com o
pedido de licença.


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Artigo 6.º

Regime legal de primeira venda de pescado fresco

Os titulares de licença para a pesca comercial apeada na modalidade de pesca à linha na área do Parque estão abrangidos pelo regime legal de primeira venda de pescado fresco, podendo ser autorizados, pela DGPA, a vender directamente o pescado, nos termos previstos na Portaria n.º 197/2006, de 23 de Fevereiro.

Artigo 7.º

Contra -ordenações

As violações ao disposto na presente portaria constituem contra -ordenações puníveis nos termos do Decreto -Lei n.º 278/87, de 7 de Julho, na redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 383/98, de 27 de Novembro, aplicando -se o respectivo regime sancionatório.

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

Portaria n.º 115-C/2011

de 24 de Março
 

O Conselho de Ministros, através de resolução aprovada na sua reunião de 17 de Fevereiro, incluiu entre as iniciativas prioritárias para dar concretização à dinâmica de mudança preconizada no Relatório Preliminar da Comissão para a Eficiência Operacional da Justiça a aplicação do novo regime do processo civil experimental definido pelo Decreto-Lei n.º 108/2006, de 8 de Junho, às varas cíveis do Porto e aos tribunais de competência especializada cível do tribunal do Barreiro, Matosinhos, Leiria, Portimão, Évora e Viseu, por forma a tirar partido das regras de simplificação já aplicadas com êxito nos juízos de competência especializada cível dos tribunais das comarcas de Almada e Seixal e nos juízos cíveis e juízos de pequena instância cível do Porto.

Nos termos do n.º 2 do artigo 21.º daquele diploma, os tribunais onde se aplica este regime devem ser escolhidos de entre os que apresentem elevada movimentação processual, atendendo aos objectos de acção predominante se actividades económicas dos litigantes.

Resultou, da monitorização efectuada, a conveniência do alargamento do âmbito territorial do regime processual civil experimental, de modo a robustecer o «teste legislativo» e a permitir a recolha de mais elementos para a sua revisão legal e procedimental.

Mantêm -se, contudo, válidos os critérios em que assentou a selecção dos tribunais aos quais se deveria estendera aplicação do novo regime, importando tirar partido do investimento já feito em matéria de formação e divulgação.

Por outro lado, o aprofundamento do estudo dos resultados da experiência aconselha que se desencadeie desde já o alargamento da aplicação do regime a mais juízos de competência especializada cível, por forma a abranger também os tribunais da comarca de Leiria, Portimão, Évora e Viseu, neste caso para vigorar a partir de 15 de Setembro do ano em curso.

Foram promovidas as diligências necessárias à audição do Conselho Superior da Magistratura, do Conselho


Diário da República, 1.ª série — N.º 59 — 24 de Março de 2011

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Assim:

Manda o Governo, pelo Ministro da Justiça, ao abrigo do disposto na alínea c) do artigo 199.º da Constituição e no n.º 1 do artigo 21.º do Decreto -Lei n.º 108/2006, de 8 de Junho, o seguinte:

Artigo único

Aplicação no espaço e no tempo

O regime processual civil de natureza experimental, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 108/2006, de 8 de Junho,

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em vigor nos juízos de competência especializada cível dos tribunais das comarcas de Almada e do Seixal e nos juízos cíveis e de pequena instância cível do tribunal da comarca do Porto, passa a aplicar-se também nos seguintes tribunais:

1) A partir de 1 de Abril de 2011, nos juízos de competência especializada cível dos tribunais das comarcas do Barreiro e de Matosinhos e nas varas cíveis do tribunal da comarca do Porto;

2) A partir de 15 de Setembro de 2011, nos juízos de competência especializada cível dos tribunais das comarcas de Leiria, Portimão, Évora e Viseu.

O Ministro da Justiça, Alberto de Sousa Martins, em 23 de Março de 2011.


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