Já fazia um ano que não participava numa pesca embarcada e neste Domingo a convite de um amigo de longa data ( Marco Pereira ) lá fui matar saudades.
Conforme combinado na véspera, ás 4:30h da madrugada já estava junto ao Nuno para rumarmos em direcção a Sesimbra, seria a 1ª vez que iríamos nesta embarcação ( Thalassa ) e as expectativas eram muitas apesar de sabermos de antemão que as condições climatéricas não seriam as melhores.
| Embarcação Thalassa, Skipper Fernando Cruz ao qual agradecemos pelo agradável dia de lazer que nos proporcionou |
Já as 5.30h batiam no relógio quando chegámos ao porto de abrigo, toca a tirar a tralha do carro e carregá-la para a embarcação. Como os atrasos são normais neste tipo de saídas só nos fizemos ao mar já as 6h tinham ficado para trás, a malta vinha bem disposta e ainda um pouco "acelarada" pois a noitada tinha sido dura !!! Isto prometia!!!
| É só tralha... |
A caminho do 1ºpesqueiro aproveitámos para conhecer a malta, para pôr a conversa em dia com aqueles que já conhecíamos e para começar a montar o "arsenal".
No 1ºpesqueiro tivemos a uma profundidade de 58mt, comecei por pescar com uma baixada de 3 anzóis, chumbada de 160gr de cor preta e Camarão como isco, era um pesqueiro que estava carregado de Cavala e Carapau a meia-água pois sentimos alguma dificuldade em conseguir chegar com os iscos ao fundo sem serem atacados na descida pois o cardume estava a comer com voracidade. Aproveitamos para apanhar uma teca de Carapau ( tão bem que sabem assadinhos no carvão) e Cavalas ( para iscar).
A dada altura achei que já chegava de Carapau e decidi alterar algumas coisas na forma como estava a pescar, alterei o peso da chumbada para 230gr pois iria permitir que o isco passa-se pelo cardume mais depressa e que fizesse com que conseguisse alcançar o fundo de forma a chegar intacto, alterei o isco que estava a usar para Caranguejo e pus estralhos um pouco mais curtos.
Senti de imediato a diferença, muito menos ataques o que significava que os iscos estavam a trabalhar bem, passado pouco tempo tive a minha recompensa, um Parguete a rondar o Kg, tinham gostado dos meus Caranguejos, era o 1º vermelhinho do dia !
Entretanto ao lado o Nuno foi enchendo o balde de Carapau e em nosso redor a malta foi ficando farta de estar a apanhar tanta Cavala e pediram ao mestre para mudar de pesqueiro, ao que ele se disponibilizou de imediato, levantámos ferro e aí vamos nós...
| A dupla |
Foi curta a viagem pois ficámos um pouco mais a Sul e a um profundidade um pouco maior, 78mt, para alguns não foi de grande agrado mas para mim pessoalmente foi a escolha certa. Voltei a optar por pescar com chumbada mais leve ( desta vez alterei a cor para vermelho) e alterei o isco para Cavala, pois era um pesqueiro aonde já tinha estado anteriormente e que sabia que era bom para dar uns Besugos.
Rapidamente vi que tinha acertado na minha opção, o Nuno ( que pescava ao meu lado ) tinha acabado de ferrar um bom Besugo ( 700/800 gr) era sinal que eles estavam lá, agora havia que conseguir ferrá-los. O Besugo tem uma ferragem muito própria á qual eu já estou habituado pois toda a minha "escola" de embarcada foi feita á pesca desta espécie.
| Golfinhos no Cabo |
Foi um pesqueiro aonde saíram alguns Besugo de bom porte ( 11 Besugos para mim, 5 para o Nuno e 2 para o resto do barco ) mas aonde se notou mais a diferença da "experiência" neste tipo de pesca, isto é, o peixe estava a comer desconfiado e picava muito discretamente o que fazia que praticamente a ponteira ( fibra ) não mexe-se, o que juntamente com a aguagem e o vento que se fazia sentir dificulta-se em muito a nossa pesca, só me safei eu e o Nuno. Ainda tivemos tempo para termos a visita dos nossos "amigos" Golfinhos.
| Elas não matam mas moem!!! |
Como a malta não se estava a safar e continuavam a chamar pelo " Gregório" pediram novamente ao mestre para alterarmos de pesqueiro o que ele voltou a responder positivamente, aí fomos nós...
Desta vez andámos uma milha e deslocámo-nos mais para junto da costa, o mestre tentou fugir á aguagem que se fazia sentir mais ao largo.
Estávamos num pesqueiro a 25mt com o fundo misto , e eu voltei a alterar a minha pesca, desta vez alterei o tamanho do anzol para um nº mais pequeno e voltei a iscar Camarão, sabia que era um pesqueiro aonde dava umas Safias de bom porte ( já lá tinha feito boas pescas). Mais uma vez eu e o Nuno fomos os únicos a tirar uns peixes, desta vez não tinha nada a ver com experiência mas sim pelo facto de sermos apenas 3 aqueles que continuavam á pesca e se aguentavam sem deitar a "CARGA AO MAR", á excepção do mestre e do seu marinheiro. Por opção nossa, do mestre e com "pena" do resto da malta decidimos passar o Cabo Espichel antes da hora combinada, pois mais a Sul estaríamos mais abrigados do vento e que faria com que a embarcação não adorná-se tanto.
Assim foi, passámos o Cabo e parecia que tínhamos chegado a uma banheira, nem mexia!!!
| Cabo Espichel |
O mestre fundeou o barco e ficámos a pescar a uns 16/17mt ( eu pessoalmente não gosto do mar muito parado, prefiro mais mexido ) o que veio fazer com que a malta fosse arrumando as coisas pois não existia viva alma naquele fundo, cheguei a estar mais de 20m com as mesmas iscadas e nada!
Não havia outra coisa a fazer, o melhor era mesmo arrumar e dar por terminado o dia de pesca.
Resumindo, foi um dia agradável em que não houve muito peixe mas que deu para matar saudades, para rever amigos que já não via á algum tempo , para conhecer malta nova e para conhecer mais uma embarcação e o seu respectivo Skipper ao qual agradeço em particular pela forma como nos recebeu.
| O nosso " Manolas", um abraço d´OS PESCAS |
Peço desculpa por não haver fotos do peixe mas com tanta fotografia tirada durante o dia as pilhas acabaram antes do previsto.
Fica para a próxima, sorry.
Material utilizado:
Canas : Vega Kripton 3.30mt, Nbs Zicoor 3.10mt
Carretos: Banax 2000 GT, Shimano Biomaster 6000PG
Baixadas : artesanais
Um abraço,
Pedro ( PJPescador )
2 comentários:
Ora ai está, um dia muito bem passado, mesmo sendo fraco de peixe o espirito estava lá, deu para conhecer pessoal bacano e ficar com uma certeza, para repetir.
Parabéns, eu por acaso acho que 11 besugos não é pouco!
Um abraço
João
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