Os nossos amigos

terça-feira, 24 de outubro de 2017

UM PEIXE, UMA BATALHA, UM TROFÉU!!!

Boas a todos.

Já há alguns tempos que não colocava em palavras as pescarias que tenho feito. Não que tenha deixado de ir à pesca mas acima de tudo pela pouca paciencia, tempo e falta de vontade em escrever, tudo coisas que não sabemos porque mas que são assim mesmo. Felizmente continuamos a partilhar relatos de pescarias e aventuras, do gang e do rapa fundos angolano.
Com a entrada do mês de setembro e com uma ondulação forte a entrar, desafiei os membros do gang a irmos a um pesqueiro que começa a dar o ar da sua graça de meio de setembro para a frente. Mesmo sabendo que ainda era cedo, eu queria mesmo ir e já não fazia uma noitada longa de surfcasting à bastante tempo.
O Santos disse logo que ia comigo. Marcamos local e hora da batalha e tratámos da logística toda.



Chegámos ao pesqueiro, carregados de quase todos os tipos de isco possíveis (nunca se sabe o que eles comem), e o mar estava mesmo mexido como as previsões apontavam, a praia apresentava boas condições mesmo com a maré quase vazia, e só faltava saber se o inimigo numero 1 estava presente. O LIMO!!!! Disse logo ao santos que nas ondas que levantavam não se via nada, e enquanto montava o material, fiquei com atenção num pescador que lá estava para que quando recolhesse ver se trazia limo. Mas nada, e assim foi nesse aspecto tivemos sorte.
E digo sorte nesse aspecto, porque noutro não tivemos tanto. Eu sabia que aguagem era muito forte para pescar ali, 14. As pescas mal se conseguiam segurar, a chumbada levantava muitas vezes e só quando começou a meter mais água no pesqueiro é que a coisa acalmou.
O peixe esse estava sumido. Já tinha experimentado todo o tipo de iscos e iam e vinham da mesma maneira.
Experimentei pescar perto, pescar longe, iscadas maiores, iscadas menores, estralho curto/comprido, etc. Até que já perto da viragem, resolvi subir o estralho para mais ou menos metro e meio acima da chumbada. Montagem esta que já fez diferença em muitas ocasiões. Isco uma americana e estico bem no lançamento.

Nem 5 minutos durou e já tinha a cana a bater. Agarro na cana e vai de trabalhar com calma pois a escoa era gigante e o mar de enchios não ajudava nada. Senti umas valentes cabeçadas e um bom peso, pensei logo que devia ser um bom sargo. E foi mesmo já a seco vi logo que era um sargo de kilo.



Lanço novamente e aviso o Santos, que tinha sido com o “estralho ao alto”. Vou fazer o mesmo à outra cana, subir o estralho e meto uma tita.
Sento-me na cadeira e a cana bate logo, corro para a mesma e mais um sargo este mais pequeno com o outro mas deu para alegrar.
Pensei que tinha sido a solução e que o peixe ia começar a sair com os estralhos subidos.
Mas foi pura ilusão, pois nem mais um sargo saiu.
Já passava uma hora desde aquele mini momento de actividade quando vejo a ponteira da BlackStar dobrar completamente e vir atrás, começo a ir para a cana, e subitamente a cana volta a dobrar toda que quase saltava do espeto!!!

Corri com toda a velocidade para a cana e deito-lhe a mão, a pressão era imensa, mas lá consegui tirá-la do espeto. O carreto esse amigos era musica para os meus ouvidos: ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ, e não parava, ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ. Por mais que eu goste desta musica tinha de lhe carregar no stop. Ehehheh
Chamo logo o Santos para o meu lado e digo-lhe que tinha ali um peixe gigante. Mas mal conseguia recolher. Sabia que se queria tirar o peixe, tinha de ter muita calma pois sabia que estava pescar com 0.20 no carreto. Embora saiba que linha da Cinnetic, a Skyline Red, já me deu muitas razões para acreditar na capacidade dela, sabia que não podia vacilar.
A certa altura o peixe alapou no fundo e quando o conseguia levantar, voltava a dar mais uma corrida.ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz

Mas a pouco e pouco foi-se aproximando, muito também com a ajuda do mar. Mas o mesmo mar que me ajudou a trazê-la para perto de mim, era aquele mar que não me deixava sequer ver a cor do peixe. Já tinha andado uns 100 metros pela praia, os braços já estavam a sentir o esforço, e já devia ir com uns 10 min de luta. Por trás da escoa eu sentia o peixe a ir e a vir, mas nunca passava o buraco. Até que o mar acalmou um bocado e deixou-me aproximar da rebentação e fazer mais um pouco de pressão sobre o bicho, e quando voltam a vir as ondas lá a consegui fazer subir o buraco, mas não foi à primeira que lhe conseguimos meter a mão, voltou a ir para baixo, a sorte é que veio logo outra onda que a trouxe mais aos nossos pés, já com o nó do chicote dentro da bobine, travei a bobine com a mão e não a deixei ir mais, o Santos, sempre ao meu lado e me ajudou a manter a calma e foi sempre controlando o mar e as linhas das outras canas, correu ao peixe e deitou-lhe a mão. Estava feito, uma grande corvina de 10.500kg que me deu uma adrenalina gigante e um prazer enorme ao tirar este peixe, ao pescar tão fino com umas escoas gigantes.
Voltámos para o acampamento e sentei-me de rastos a contemplar o troféu. Uma satisfação enorme!!!
Sabemos que por esta altura elas passam ali, mas embora preparados para a luta nunca estamos à espera que nos apareça um bicho destes no lado de lá do anzol.




A pesca continuou, e mais nada saiu. Eu abrandei muito o ritmo de pesca pois o tinha um sentimento de satisfação e de dever cumprido. O Santos batalhou até ao ultimo lançamento, impressionante a energia deste amigo, mas o peixe não quis nada com ele naquela noite.
À hora de ir embora tive de fazer duas viagens até ao carro. Uma com o peixe outra com o resto do material.





Santos muito obrigado pela companhia. Para a próxima carregamos os dois!

Grande abraço e até à próxima

Guilherme e Santos


Material usado:
CANA: Daiwa SkyCaster II; Cinnetic BlackStar ST (2); Cinnetic RayCast; Vega Elite
CARRETOS: Shimano BullsEye XT (2) Shimano BullsEye (2) Daiwa SaltigaSurf
Linhas carreto: Cinnetic Skyline Inferno 0,20
Estralhos: Sufix 100%Fluorcarbono
Iscos: Casulo, Lingueirão, cavala, carangueijo, tita, americano



quinta-feira, 19 de outubro de 2017

CAMPEONATO DE SURFCASTING GANG - O FINAL


O FINAL

Boas pessoal, o Campeonato Gang chegou ao fim. O vencedor já era conhecido a algum tempo.
Apesar de alguns terem tentado contrariar, poucas ou nenhumas alterações aconteceram no final.


PARABÉNS AO FILIPEPC PELA VITÓRIA

Abaixo vou publicar mais algumas curiosidades do campeonato deste ano, ficando para um post futuro mais algumas estatísticas.


CAMPEÃO DAS GRADES
(em percentagem)

ROCHA

MAIOR NUMERO DE GRADES

SANTOS

TABELA GANG SEM A OBRIGATORIEDADE DAS 24 PESCAS

O proximo campeonato já está em andamento, mas só iremos publicar algo assim que todo o regulamento esteja definido.

THE GANG

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

ROBALO AOS PÉS

ROBALO AOS PÉS



Boas a todos.

Tenho feito cada vez mais estas escapadelas ao spinning. A logística é pouca ou quase nenhuma basta agarrar no material, uma garrafa de água e fazer-me à estrada.
Aproveitando o mar caído e uma maré baixa por volta da meia noite, resolvi ir até um spot que com estas condições pode sempre dar uns peixinhos.
A ideia era pecar no máximo 3 horas, 1 da vazante e 2 da enchente. Até porque no outro dia tinha passeio bem cedo com os miúdos.
Cheguei parque de estacionamento, vesti os vadeadores, e rumei ao pesqueiro. Mas quando me começo a aproximar o mesmo estava cheio de malta a pescar ao fundo. Então tive mudar logo para o plano B que já tinha delineado.

O spot do plano B não tinha ninguém à pesca o que me permitia bater todos os fundões e bater uma área maior. A ideia era andar o máximo em cima dos cabeços e lançar para trás dos mesmos ou na diagonal para os fundões.
Lançamento atrás de lançamento e já tinha explorado bastante o mesmo cabeço e fundão e sigo para outro. Mas neste outro não sentia tão bem o trabalhar da amostra e começo a voltar para o outro. Isto sempre dentro de água e sempre a lançar.

Já em cima do cabeço onde tinha estado primeiro e faço um lançamento e já estava a pensar enquanto recolhia que ia trocar para uma zagaia a ver se o peixe andava mais distante. Já no final da recolhida e com a amostra a dar já algumas cabeçadas na areia, a 3 metros de mim com mais ou menos 40 cm de água um enorme SPLASH (que me ainda me assustou) e zás, cana dobrada e peixe ferrado. Posso-vos dizer que nem me lembro de dar ao carreto, o peixe atacou tão perto de mim, que apenas tive de ir recuando até uma zona seca para deitar a mão ao robalo.
Coloquei-o no saco e voltei à carga. Ainda tive mais um ataque mas este não ferrou.



Posso-vos dizer que foi bastante engraçado a maneira como este robalo atacou, pois a amostra já vinha a dar cabeçadas na areia, e eu já estava a levantar a ponteira da cana, pareceu quase um ataque a um passeante. O mais provável era o robalo já vir atrás da amostra à algum tempo e assim que viu que estava a ficar sem água atacou.



Grande abraço e até breve.

Material:
CANA: Shimano Nasci 2.70m
CARRETO: Shimano Biomaster C5000 FB
LINHA: Sufix 832 0.19
AMOSTRAS: MaxRap FHC


GUILHERME

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

SPJ....WICKED AMBERJACK SEASON



Boas Pessoal...



Pelos vistos a época dos Amberjacks chegou mais cedo este ano e os estragos já começaram..hahaha

Desta vez decidi fazer um video na técnica de SPJ para nunca me esquecer de todos os momentos maravilhosos que estes peixes me proporcionaram desde o dia em que os conheci.

A verdade é que muitas das vezes nos esquecemos do mais importante na pesca, que é divertimos-nos e lembrarmos-nos da razão pela qual amamos este desporto que é a pesca e o mar.


Espero que gostem e por em cima se divirtam um pouco. A pesca não é feita de pesos e troféus mas sim de momentos, são esses que nos ensinam e nos fazem rir, chorar, berrar, pensar e ser feliz por estar vivo e de querer viver.


                               Um grande abraço e até breve

                                              Luís Malabar