Os nossos amigos

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

( Surfcasting) O GANG às Lady´s...

Boas.

Depois da última pescaria a vontade de se tornar ao quintal era muita... O Gang lá se pode reunir com alguns amigos e ir a procura delas... A malta lá combinou e eu fiquei de ver se conseguia ir lá ter... Tinha coisas para fazer, mas nem que fosse para estar conviver fiquei com a ideia de ir lá ter...

Era duas e tal e já o Emanuel com o Jorge, Miguel, e o João Rocha estavam pelo spot... Eu estava ainda atrasado e disse ao Emanuel que ia lá ter... Com o Guilherme que entretanto me tinha ligado a perguntar se havia isco para mais um... Para um amigo há sempre isco... Nem que se pesque com menos canas.





Lá fomos rumo ao quintal... Ao chegar... Parecia um concurso de tanta cana que havia por lá... Tivemos que ficar longe do melhor spot e a nossa zona estava cheia de pedra... Fui falar a malta estava o Emanuel a tirar uma safia bem gorda, e já tinha o sacana uma dourada de quilo e tal...


Fiquei entusiasmado, era bom sinal... Preparei o material para começar a pescar e deixei cada cana na água... E fui para o pé da malta... Drag´s bem regulados... Au point...

Foi muito bom estar com a malta... O João Rocha gradeiro, o Jorge,  o Miguel, malta que vejo menos vezes... Muito bom. Soube mesmo bem... O Guilherme ficou a tratar das canas e a espera do Milagre... Gradeiro!!!

Infelizmente não fiquei num bom spot pois a praia tem muita pedra ilhada e com ela cheia no espaço disponível era o que havia... Prendia muito e só uma deu para pescar em condições.

As horas passavam e toques nicles, do nosso lado nem um peixe saiu... Pela praia lá vi o Miguel tirar  uma choupa e uma safia e o Jorge tirar uma safia boa. O lado esquerdo era o único que lá ia facturando qualquer coisa...

A pesca era para ser feita ali numas horitas, nada de mais... Foi bom acima de tudo ter a malta junta e na galhofa, a falta e peixe não nos tira jamais o sorriso, e estar a pesca é muito mais do que a sede do peixe... Este grupo acaba por ser uma família...



Uma coisa que me estava a fazer espécie era porque é que do lado direito nem um toque e do lado esquerdo sempre tiravam uns peixitos... Estávamos sentados ali na cavaqueira debaixo do estendal do Emanuel quando eu e o Jorge nos apercebemos... Começo a olhar para o isco...

O raio do isco dizia ne pas manger... Ora se não era para comer, como é que o peixe havia de picar... Deixei logo de usar aquele isco... Só para ver se desgradava.

Felizmente o Jorge mudou e lá apanhou um sargo jeitoso... A pancada foi de tal maneira grande que julgámos ser muito maior... Por momentos pensei ser uma dourada...

Vídeo:



Com o pôr do sol a esperança no isco que me tem dado sempre peixe ali foi claro os bibis/titas... Mas foi o pior final de tarde daquela praia... Ninguém tirou um peixe, isto entre os 7 que estávamos lá é mau...

Metade do grupo arrumou a tralha e foi embora, os restantes ficámos por lá mais um pouquito... Saiu mais uma dourada pequena, cerca de de 400 gramas logo ao anoitecer e de seguida levo uma boa porrada ( já tinha mudado de sítio) e vou ver...

Um safio já com um tamanho aceitável que me tirava a grade...


O Guilherme continuava a sofrer ahahah...

Fiz uma iscada daquelas a espera do milagre e e estava de roda da outra cana quando a Cast I´zm leva um porradão daqueles... Cana vergada e sempre as cabeçadas, e o Guilherme lá foi agarrar-me na cana!!! Sim claro... A dourada lá se foi...lol, no meio da luta que estava a dar ele cedeu um pouco ali a meio e deixou-a ir a pedra...

Pior que não apanhar peixe é ir dar cabo da pesca dos amigos!!! Fez de propósito, de certeza! :).

Bem, foi pena, mas a pesca é mesmo assim e só assim tem piada.

No último lançamento o gajo lá desgradou com um alcorraz, e lá demos todos a pesca por terminada. Era mesmo para ser só umas horitas e assim foi.
Pouco peixe, a maioria miúdo e de registo só mesmo esta dourada, o resto nada que nos encha o olho...

O final de tarde, esse, mais uma vez muito bom. Entre amigos, estamos sempre bem...

Até breve,




OSPESCAS, GANG ( SURFCASTING CREW)

sábado, 29 de agosto de 2015

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

O início de um dia diferente...


Numa pequena incursão a uma das pescas que mais prazer me dá fazer, fica uma pequena brincadeira de um relato que espero em breve fazer...

Um dia muito bom, no paraíso...


Esteve quase a ir para o forno... Mais 35 cm... e ia!!!

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

( Jigging ) Entre slow pitch e vinis.....


Boas Pessoal....



Pelos vistos este ano, anda complicado os pungos encostarem. As redes são muitas ao longo da costa, e apesar de não apanharem nenhum pungo por causa da malha fina que usam. A verdade é que mesmo que o peixe tente encostar, ele esbarra nas redes e afasta-se para outros lados.

Nem conseguimos fazer trolling por causa das redes, nem eles apanham nada. Ou seja ninguém fica a ganhar!!!...Enfim....

Por essas razões, tenho investido bastante tempo ao jigging e quando posso com vinis...e com bons resultados. Sempre em slow pitch e long fall em jigging....

Ainda me lembro aqui, de quando olhavam para mim e parecia chinês o que eu lhes dizia, quando me perguntavam sobre o meu material, ou o que eu pensava sobre as novas técnicas desenvolvidas por dois grandes senhores de jigging, e as potencialidades que elas têm sobre os peixes que vivem no fundo. Que aplicando essas técnicas, temos um novo leque de opções nesta arte de pesca que é o jigging.

Posso dizer que até em relação aos vinis não acreditavam muito, que fosse possível tirar tanto peixe, principalmente, peixe que até hoje só tinham tirado a pescar ao fundo com sardinha. Talvez eles pensassem que eu o " turista " que vinha de Portugal não percebia nada de pesca....que aqui em África é tudo diferente de Portugal....e até têm razão.....mas só os peixes....os daqui são mais brutos...hahaha...mas apenas isso. Tirando isso, só existe uma regra comum a todos os peixes do mundo....assim que nascem...têm que comer...:-)

O nosso trabalho é apenas um na pesca.....descobrir o que querem comer e como é que gostam de ser servidos...

Como eu disse no inicio deste relato, ao trolling a meu ver não vale apena enquanto não levantarem mais redes, permitindo a entrada dos pungos. Mas pelos vistos devo ser só eu que sou maluco e acredito nisso, pois tem ido malta ao trolling.... mas não têm apanhado nada..:-)

Eu nunca acreditei na sorte, mas que ela acontece 2 ou 3 vezes ao ano acontece...hahaha..mas eu prefiro contar sempre com a lógica dos factos, no que vejo e no meu conhecimento sobre as espécies....a sorte...essa...nunca penso nela..:-)....quando acontecer até agradeço...hehehe

Enquanto a malta andou a perder tempo ao trolling, eu passei 3 dias seguidos a malhar nas garoupas...hehehe

Entre elas duas espécies, a Morianga e a Garoupa malha branca. A malha branca, foi a primeira vez que apanhei...dão menos luta mas são mais vorazes que a morianga.

No primeiro dia tirei duas ao vinil...o que despertou logo interesse por parte dos críticos em relação ao que o turista lhes tinha dito..:-)


No segundo dia, voltei a tirar mais duas parecidas com as do primeiro dia mas ao jigging, pois a corrente não me permitia pescar com vinis....ambas em slow pitch...assim que cheguei ao porto e viram....a desconfiança começava a desvanecer e as perguntas surgiam...


No terceiro dia, fui obrigado a fundear para conseguir pescar bem em slow pitch. Mas consegui capturar 3 moriangas e 2 garoupas malha. A ver se para a próxima vez tiro uma foto com as duas ao lado para verem a diferença entre elas. A garoupa malha branca para mim, quase que parece um badejo, não aqueles que temos em Portugal, mas sim aqueles que se apanham nos Açores, Madeira e no mediterrâneo. Tem o focinho afunilado e a barbatana da cauda é direita.


Depois de ter apanhado as garoupas, parei nos 30 metros para apanhar uns peixitos para oferecer. Prometido é devido...hehe..com um simples aparelho de penas...os parguetes e outros peixes não resistem..hehehe.

Depois disto, foi só ir para o porto......quando cheguei e descarreguei o peixe, acabaram-se as duvidas que existiam desde o inicio sobre esta arte de pesca. Pois como lhes tinha dito uma vez, eles não tiravam estas garoupas, pela simples razão que elas não atacam os jigs rápidos, mas sim aqueles indicados para slow pitch.

Agora já me perguntam sobre carretos, jigs, canas, linhas....enfim!!...alguns precisam mesmo de ver peixe para acreditar...:-) Por um lado não os posso criticar, pois ao contrário do resto do mundo, as nossas marcas de pesca Portuguesa continuam adormecidas, e nem sequer os jigs indicados para esta pesca existem!!!....surreal!!....Só posso concluir que uns nasceram e trabalham para serem lideres de mercado e no topo da pesca....os outros.......apenas os seguem, apesar de neste caso, nem isso!!


                          Um grande abraço e até breve

                                        Luís Malabar

sábado, 22 de agosto de 2015

CAPTURA DA SARDINHA PROIBIDA


Tal como o ano passado a captura de sardinha atingiu as quotas máximas em Peniche e Nazaré e já está proibida o que está a gerar uma onda de indignação e revolta em alguns locais do país por parte de pescadores e população...



A noticia:

Dez municípios do país exigem o aumento da quota de captura de sardinha para este ano e o próximo, solidarizando-se com os pescadores de Peniche e da Nazaré, impedidos desde este sábado de capturar aquela espécie.
"Entendemos que o Governo, para 2016, deve ser muito firme na defesa de um limite nacional de capturas [de sardinha] ", afirmou o presidente da câmara de Peniche, António José Correia, defendendo que a quota do próximo ano possa chegar "às 30 mil toneladas".
Este aumento, defendem os presidentes dos dez municípios - Peniche, Nazaré, Figueira da Foz, Matosinhos, Sesimbra, Sines, Loulé, Portimão e Setúbal e Olhão -, "não põe em causa a gestão do stock" que "continuará a crescer em 2%".
Em Peniche, onde participaram numa reunião promovida pela Federação dos Sindicatos da Pesca, as dez autarquias defenderam igualmente "um aumento da quota para 2015", fixada nas 13 mil toneladas para todo o país. Um limite que, no caso da OPcentro, organização que reúne os pescadores de Peniche e da Nazaré, foi já esgotado, estando os barcos impedidos de capturar sardinha desde as 12h00 deste sábado.
"Há condições para que possa haver um aumento de quota para que se possa pescar por mais algumas semanas", afirmou António José Correia, em nome de todas as autarquias que se solidarizaram com aqueles dois municípios, uma vez que nos seus territórios, a quota irá também esgotar-se, nalguns casos nas próximas semanas e noutros em poucos meses.
Na posição conjunta os municípios exigem ainda ao Governo que sejam rapidamente definidas "as medidas de acompanhamento para responder aos problemas resultantes da interdição e imobilização temporária das embarcações", medidas essas que serão discutidas na terça-feira pela Comissão de Acompanhamento da Pesca da Sardinha.
A posição é subscrita pelas câmaras, que se manifestaram ainda disponíveis para apoiar acções que venham a ser definidas pela Federação dos Sindicatos da Pesca.
Peniche e a Nazaré são os dois primeiros municípios do país a verem interditada a pesca da sardinha mas, na reunião promovida pela federação ficou expressa a preocupação de que o mesmo se verifique no resto do país.
"Estimamos que em todo o país sejam afectados 2015 trabalhadores e 150 embarcações", afirmou Frederico Pereira, um dos responsáveis da federação, considerando "catastrófica a situação que se vive no país" que gerou "um convergência" entre sindicatos e autarquias para alargar o período de pesca.
Em Peniche reuniram também os 14 armadores locais que, em conjunto com os da Nazaré, integram a OpCentro, liderada por Humberto Jorge, que remeteu uma posição oficial para depois da reunião com a Comissão de Acompanhamento da Pesca da Sardinha.
Ministra recusa mais flexibilidade
Por parte da tutela, a posição é de firmeza em manter o que ficou determinado no Plano de Gestão da Sardinha elaborado em 2011. No entanto o Ministério da Agricultura e do Mar assegura que, nas próximas semanas, vão ser anunciadas medidas de apoio aos pescadores que decidirem não pescar além dos stocks.
Este sábado, a ministra Assunção Cristas sublinhou aos jornalistas que Portugal se comprometeu a "um plano que tem números para serem cumpridos". Não podemos (...) a meio dizer que queremos mais quota e mais flexibilidade", reforçou, insistindo que as organizações que reúnem os pescadores continuam a ter quota para pescar.
“Muito gostaríamos nós de ter mais sardinha para poder ter mais pesca, mas os dados que temos não nos permitem ir mais além do cumprimento rigoroso plano que foi definido. Temos várias organizações de produtores, todas elas tiveram a liberdade de gerir a sua quota parte de possibilidade de pesca da forma que entenderam melhor para os seus associados. Houve uma que chegou mais cedo ao limite que lhe estava atribuído e é em relação a essas que temos de fazer uma compensação aos pescadores, por conta da paragem, que é algo que não podemos evitar”, explicou a ministra.


quinta-feira, 20 de agosto de 2015

( SURFCASTING) Bicas doces, Bicas amargas...

Boas.

No Verão, principalmente em Agosto as minhas pescas são mais contidas. As noites chamam me, mas julgo que tenho mais pinta de masoquista do que de turista... Prefiro mesmo o frio... Vou me entretendo com umas pescas de spinning e pouco mais...

Espero a partir de Setembro que a coisa melhore e principalmente os peixes retomem a sua actividade normal...

Normalmente de Junho a Setembro quase que paro de fazer surfcasting, pese embora aquela necessidade de ir a praia me chame sempre... Por isso todos os anos acabo sempre por ir fazer um ou outro surfcasting noturno ao mar só mesmo para relembrar, para matar saudades...





Desta feita resolvemos ir até a zona do MECO, mais propriamente nas BICAS. A mim e ao Joãonumberone, juntou se o baixinho... Sim, o Guilherme. Por ser Verão, por ter muita gente pela praia tivemos que esperar pelo pôr do sol para ir... E nas calmas, relaxados, conscientes da pouca actividade fomos até ao areal, andámos muito... E chegámos ao pesqueiro a tempo de montar a tralha antes do anoitecer... Uma noite espectacular de Verão, calma, sem vento e com uma temperatura aceitável... A nossa esperança era pouca em fazer peixe, mas os 3 temos um amor infinito a esta modalidade em especial e o que nos importa acima de tudo é ouvir o mar, é sentir a brisa... O resto, não negando que é o que procuramos, é secundário.





Cada um com duas canas, no meu caso optei por estralhos compridos e anzois de tamanho considerável. O meu objectivo era simples... Algum peixe de jeito.

Logo ao anoitecer vi a cana do João dar uns valente safanões e ele lá correu, pelas pancadas parecia muito maior. Um sargo de 400/500 gr. que devia estar mesmo com muita pica... Só visto.

Bem... a coisa até animou até porque logo de seguida o Guilherme tira uma baila jeitosa e até pensámos que a noite ia ser fértil... Engano puro... Os toques desapareceram e tivemos horas sem um único toque, aliás sem ser o casulo não comiam mais nada. Ia e vinha tudo igual.

Aproveitei para curtir a noite, espectacular... Comi os meus hamburguéres, bebi uns cafés e fomos falando das pescas, das saudades do Inverno, do GANG... Entretanto tinham chegado a praia dezenas de pescadores... Acertámos mesmo num dia de concurso do parque de campismo local... A praia de vazia, passou a lotação esgotada até ao Meco ( Moinho de Baixo) eram pirilampos por todo o lado... A gente nem se mexeu... Xiça, andar mais, era o que faltava!!!

O peixe é que não surgia... E só mesmo o Guilherme para nos fazer animar com as suas parvoíces e com a tradicional macacada...

Já devia passar das duas quando animámos e tivemos que trabalhar... O Guilherme de cana dobrada chamou me a mim e ao João... Canas enleadas, ele com muito peso na cana... Pensei logo num bom tarolo, perdido por ali, até porque tinha corrido bastante... Ele com 0.16 mm... Foi um momento bom... Deu pica. Como a cana dele estava enleada na minha, eu comecei a recolher e como tinha 0.22 mm. sempre dava para abusar mais e fui rebocando a cana dele e o peixe... Na escoa, uns minutos de luta e gozo... Assim que cheguei lá abaixo vi logo não ser nenhum robalo, mas a envergadura impressionante do peixe obrigava a ter cuidados e fui correndo cima e baixo pelos cabeços a ver se o tirava... Fui sempre dialogando com o Guilherme para trabalharmos em conjunto pois com linhas cruzadas e com nós, se um andava, o outro tinha que andar, se um abria drag, o outro tinha que abrir... Por isso acreditem que me deu pica... Aproveitando um set maior, disse-lhe:

- " É agora..." ...

E lá pusemos em seco o troféu, um peixe de Verão, tradicional e de grande porte... Vinha pela sua asa... Ele tem queda para estes peixes!!! Uma raia brutal...





Ela a tentar dar-nos com o seu espigão foi demais...

Bem, tentámos animar e eram iscadas de luxo, e numa iscada com americana, lá tirei uma baila... Menos mal... Ainda pensei que a coisa se desse, mas não... As horas passavam e voltamos ao mesmo... Só tocavam no casulo e de resto nicles...

Estávamos quase a desistir... Quando de repente... ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ, o João ia tendo um ataque cardíaco... A cana dele entre dois toques pequenos arranca brutalmente sem fim... Ele de cana na mão impávido... Nada a fazer quando é assim... O peixe partiu tudo, chicote, tudo... Venceu.

Um arranque daqueles, para mim, que já vivi, que já apanhei e perdi algumas nesta vertente, só mesmo a corvina... Mais nada ali fazia aquilo, nem que fosse um robalo de 10 kg. Um arranque assim, nem pensar... É a vida... Ela faz-se de momentos, ele viveu-o, e isso acaba por ser o mais importante, aqueles segundo de ilusão, valem por muito... E certamente que isso lhe dará traquejo para futuras lutas...

Se me perguntasse o que ele podia ter feito? Bem... Garanto-vos que pouco... Esqueçam aqueles que pescam de barco que a coisa é simples... Não é. Primeiro porque estás a pescar com fios para peixes menores, logo aí tens desvantagem, depois porque não podes seguir com o barco o peixe, e ainda para ajudar a praia tem muita pedra...  Travar é impossível, no carreto tens um 0.20mm. de nylon... Ali é ter o drag certinho e rezar que ele não vá a pedra ou não corte a linha com os dentes. Claro que dá sempre para se jogar, para se lutar, mas no caso de surfcasting a peixes destes, se não estás a pescar a elas ( onde uso outro tipo de linhas), acaba por ser preciso muita sorte além do saber... lembro-me de perder algumas na vida por situações semelhantes... Uma vezes venci, outras perdi... Faz parte.


Olhem, esta noite foi doce e amarga... Doce porque estivemos onde tanto gostamos, a fazer o que nos apaixona, entre amigos... Amarga porque andámos muito, não apanhámos nada de jeito e ainda se foi o peixe do ano ao surfcasting para o João...

Para desanuviar foi bom... Soube-me muito bem...

Aos meus amigos um grande abraço, em breve estaremos juntos pelo areal...

Nem tirámos fotos as bailas e ao sargo, mas temos a foto da raia... Linda foto, mais uma para o álbum...

Vale sempre a pena.


Até breve...






OSPESCAS, TEM SURFCASTING ( GANGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGG)

terça-feira, 18 de agosto de 2015

( Jigging ) Slow Pitch no abismo....



Boas Pessoal....


Tudo começou no dia anterior.....quando andava a visitar uns pontos e a tentar dar com alguns peixes. Mas pelos vistos eles não queriam comer, tirando este menino que tem como nome por estas bandas ( Peixe burro ), que parece o nosso pargo mulato. Ele atacou o jig aos 97 metros quando intervalava entre slow pitch e long fall...:-)


No dia seguinte......

Em conversa com um conhecido meu sobre jigging e sobre as diversas e novas técnicas que envolve esta modalidade. Acabámos no final por falar também de pontos de pesca...onde para a maioria dos mortais a cota de jigging não ultrapassa os 115 metros!!!....Humm!!!

Foi então que eu lhe perguntei se ele tinha algum ponto de Pedra na cota dos 200 metros para baixo!!...ao que ele me respondeu :

Ó Luis!!!....eu tenho um ponto que fica aos 244 metros....mas nunca me passou pela cabeça largar um jig a essa profundidade!!!!...

A verdade é que ele tinha o ponto já à muito tempo e pelo o que eu percebi, nunca teve coragem de pescar ao fundo lá, e muito menos largar um jig aquela profundidade..

Ao que eu lhe respondi : Então faz-me um favor...dá-me o ponto que eu vou lá servir de cobaia...e depois digo-te como é que correu!!

E ele respondeu-me assim : É na boa.... mas tu és é maluco da cabeça para pescar a essa profundidade!!!...dasss!!!

Assim foi, registei no GPS o ponto e esperei uma maré especifica de manhã para ir lá. Entretanto preparei o material e na esperança que o OJ tivesse linha suficiente para chegar ao fundo...hahaha...isto para não falar na sonda!!!....outra incógnita...hahaha.

Até podem pensar que só posso ser maluco para fazer jigging a essa profundidade...hahaha....mas eu passo a explicar o porquê..:-)

Segundo a minha experiência a navegar por este mar e depois de observar tudo o que se passa à minha volta. Em primeiro lugar,cheguei a uma conclusão. Que os arrastões aqui, ao contrário do que muita gente pensa, não largam a rede sobre os fundos de pedra, coral ou quando descobrem fissuras muito acentuadas no fundo do mar. A razão pela qual é que danifica as redes e o que eles querem não se encontra sobre esses fundos.

Em segundo lugar, eles arrastam da cota dos 800 metros para mais. Deixando a cota pretendida para mim entre os 150 e os 300 metros.

Em terceiro lugar, nunca vi nenhuma chata profissional a pescar ao fundo, que ultrapassa-se a cota dos 120 metros!!...pois como sabem, aqui eles pescam com linha de 1.20 ou de 1.40 e à mão!!...para eles não existem carretos, nem canas, O peixe é ferrado e puxado à mão com a força dos braços..é de louvar, sem sombra de duvida.

Dai eu pensar que a cota dos 150 aos 300 metros ainda está por explorar ao jigging....mas só em slow pitch a meu ver.

Claro que uma coisa é ferrar um peixe a essa profundidade, outra coisa é conseguir trazer o peixe até à superfície...:-)

O meu interesse nesta cota, vocês devem imaginar.....os grandes Chernes!!....mas nunca descurando todas as espécies que vivem em plena escuridão...onde uma luz por mais ténue que seja, faz toda a diferença no abismo..

Posso dizer que o cherne, até é das espécies mais burras no que toca a comer. Se o jig tocar no fundo perto dele, quando vamos a levantar o jig, já ele o tem na boca....mas não quer dizer que esteja ferrado. Muitas vezes acontece ele começar a subir e quando ele acha que se está afastar do fundo, cospe o jig sem que se ferre nos assists hooks. Isto acontece muito quando, usamos os jigs alongados com o peso na cauda ou perto dela, nos dias onde as nossas presas principais são os pelágicos e não contamos com os chernes.

Ele não se ferra porque, ataca primeiro a cauda, onde os anzóis colocados perto da cabeça para os pelágicos não chegam. Como a cauda é a primeira a tocar no fundo e só depois a cabeça do jig, ele ataca a cauda. Pois para ele a cauda é a cabeça e não o contrário...para ele a cauda do nosso jig, é a cabeça do peixe que se tenta esconder no lodo, cascalho ou na pedra.

Pensem num vinil quando toca no fundo....a primeira coisa que toca é onde está o peso. No caso do vinil é a cabeça, mas na dos diversos jigs para speed jigging.....é a cauda.

O meu conselho, é deixar de lado os jigs indicados para os pelágicos e usar os que foram criados para  slow pitch / long fall, e assim que detectarem que existe um cherne por baixo, troquem de jig e de técnica e façam de novo a deriva sobre a mesma zona caso a corrente seja favorável ou então fundeando. Não se preocupem, pois ele não sai do mesmo sitio...é territorial e quer é comer.

Equipados se possível com dois assists na cabeça do jig e dois na cauda, onde a maioria dos ataques se sucede. Claro que o uso dos assists na cauda do jig vai sempre depender do fundo.

Caso o fundo não permita o uso dos dois assists na cauda do jig por causa das prisões e perda do mesmo durante a deriva. Aconselho então, a colocarem dois assists na cabeça do jig, mas a distancia dos mesmos devem passar um pouco do meio do corpo, para aumentar a eficácia na altura da ferragem.

Desta forma, diminuímos a possibilidade em cinquenta porcento do jig prender e aumentamos a probabilidade na ferragem.

Este conselho que dei, é para as derivas apenas nas marés de baixa amplitude. Para se poder usar os assist hooks duplos na cauda do jig sobre um fundo de pedra, é fundamental fundear, diminuindo e muito a prisão dos jigs, além do trabalhar do jig, que tem que ser feito sempre na vertical para que a sua essência nunca fique em causa.

Caso a corrente permita, e o intuito seja, apenas e só, encontrar algum cherne ou outro peixe de fundo. É possível não fundear, mas para isso são necessárias duas pessoas, em que uma se sacrifica em prol da outra que pesca. O trabalho de quem não pesca é manter apenas o jig e a linha do companheiro na vertical, compensando a corrente ou o vento com os motores à ré.

Bem,,,,voltando à pesca...antes que vocês se  aborreçam e adormeçam...hahaha

Tinha chegado a manhã e eu já estava a caminho do ponto que ficava a 15 milhas do porto...:-)

No dia anterior eu já tinha feito os assists duplos e preparado 3 jigs, um com 270 gramas, outro com 300 gramas e por fim um de 400 gramas. Dois modelos diferentes pintados por mim, ambos bem luminosos.

Assim que cheguei liguei a sonda, mas só passado alguns segundos é que ela marca o fundo e realmente eram 244 metros!!..mas logo de seguida desaparece a profundidade....Já estava à espera, pensei para mim mesmo...Hum!!!

Resolvi fazer uns ajustes na sonda e consegui recuperar ao menos a profundidade. consegui perceber que numa questão de metros, passava dos 244 para os 253!!!...e de seguida para os 239!!....mas ler o fundo é que estava de chuva.....os seus 50hrz e a falta de Watts não permitia perceber nada!!!

Só faltava ver se a linha que o OJ tinha, se chegava para o jig tocar no fundo...

Como praticamente não havia vento, e a corrente era menos de um knot, resolvi não fundear e começar pelo jig intermédio, o de 300 gramas...A linha essa, a minha preferida mas de 50lb. Claro que quanto mais fina melhor e se pudesse usava, mas isto não é o nosso país, onde já não acreditamos em milagres da natureza no fundo do mar..:-)...Mas sim África, onde um cherne com 40 ou 60 quilos pode aparecer facilmente!!!...

Larguei o jig e foi uma longa espera.....e sempre na expectativa até que quando tranquei o carreto, já só tinha uns 7 metros de linha na bobine e não tinha chegado ao fundo!!!!....drag fechado...pois em caso de algum ataque, não ia poder ceder metros. Logo no inicio, quando o peixe está com toda a sua força....

Bem, seja o que deus quiser...hehehe....A técnica essa, iria intervalar entre slow pitch de meia volta e long fall para começar. Mesmo quase sem corrente, aproveitava sempre o long fall para rectificar a posição ao máximo, mas sempre a sentir a queda do jig, altura essa propicia aos ataques dos predadores.

A técnica de slow pitch e long fall torna-se imprescindível a estas profundidades, pois ela permite pescarmos com pesos superiores sem nenhum esforço. Mas mais importante, é o movimento que se imprime nos jigs e o seu trabalhar, condiz com as presas a estas profundidades, onde não existe luz e a água é muito mais fria....onde as presas quase não nadam, tal como as lulas....movimentos subtis...

Assim que o jig começa a trabalhar, sinto um ataque violento no jig e ferro sem problemas...a não ser a falta de linha...hahaha...mas com calma consegui aguentar a investida para o fundo e começar a recuperar metros....nesta altura é fundamental não ter pressas de ver o peixe porque senão ninguém aguenta muito tempo e a pesca acaba rápido. Apontei a cana para baixo na direcção do peixe e fui só recuperando calmamente e acertando o drag.

Passado um bom tempo e depois de tantos metros a puxar o peixe sem ele morrer da descompressão, vejo uma espécie que nunca tinha visto...escuro, olhos grandes, típico dos peixes da fundura e que ao segurar nele, além de algumas carraças do mar, também vejo e sinto nas mãos, uma película muito fina que mais parecia langonha e que cobria o peixe todo!!!....que peixe estranho....pensei eu para comigo!!...Será que é bom para comer???....Geralmente todo o peixe da fundura é uma delicia, talvez este não seja diferente!!!....quando chegar ao porto logo vejo se é bom ou mau para comer...hahaha.



Por em cima de tudo não era a espécie que interessava, mas sim, que tinha resultado apesar de não ter linha suficiente para chegar ao fundo. Ainda tentei o jig de 400 gramas, mas a verdade é que não tinha mesmo linha suficiente na bobine.

Primeira descida, um peixe...hehehe

Segunda descida, outro peixe...hehehe

terceira descida, outro peixe....hahaha...cai mesmo em cima do cardume....e a verdade é que estes peixes lutam e bem para o tamanho que têm...e como é que não morrem da descompressão!!..

Pelas minhas contas, eu devia ter o jig a 10 metros do fundo, sensivelmente...

Quarta descida, mais um...hehehe

E por fim tirei o quinto, todos de rajada...:-)

De seguida, achei melhor voltar para o porto, pois se eu não sabia se eram bons ou não, não valia apena apanhar mais peixes....aqueles chegavam e pesaram 30 quilos os 5...só faltava saber se eram bons...hahaha

Rumei ao porto e assim que lá cheguei, além de descobrir o nome do peixe ( LIRO ) também percebi que mais parecia que estavam a olhar para barras de ouro...hahaha...foi ai que descobri que é dos melhores peixes que se pode comer....carne branquinha e muito deliciosa segundo eles.

Ficaram tão malucos com os peixes, que no dia a seguir até ficaram à espera que eu chegasse ao porto para ver se eu trazia mais...hahahaha.

Para terminar, fiquei a saber que pelos vistos ninguém sabia que estes peixes atacavam os jigs e além do mais, pelos vistos esta malta só come este peixe, caso algum arrastão dê com eles nas zonas ainda mais fundas....mas a partir de agora.....ou os arrastões....ou eu..:-)

Quando voltar de Portugal em Dezembro a historia vai ser outra....uma sonda a sério e com a certeza, que vou ter muitas historias doidas para vos contar..:-)

Pelos vistos a minha loucura se transformou em lucidez para alguns...:-)


                           Um grande abraço e até breve

                                        Luís Malabar




sábado, 15 de agosto de 2015

CHUMBADAS DE COMPETIÇÃO


Aqui ficam algumas fotos das chumbadas do Emanuel...

Um trabalho magnífico e de alta qualidade...




A vara é de alta qualidade e resistência, nada a ver com a maioria que se vê por aí que dobram até com o vento...

Em breve coloco um post mais detalhado sobre as chumbadas, com uns lançamentos e explicações. Para já fica esta brincadeira...

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

terça-feira, 11 de agosto de 2015

( Bóia) Sargos em horário pré-laboral

Boas,

Na passada Quarta-Feira, estava a almoçar e liguei a net para ver o Windguru. A semana toda de águas paradas, deixou-me um pouco... desiludido. Estava a apetecer-me pescar embora trabalhasse a semana toda...
Ao final do dia não era fácil, pois tinha quase todos os dias afazeres... E levantar cedo... Bem, pescar antes do trabalho não é bem a a minha onda... Mas ao olhar para o tempo, percebi que se tinha assim tanta vontade só tinha um dia em que podia fazer algum peixe, pois o mar tem andado demasiado aberto...

Foi por isso que mesmo não gostando nada de pescar antes do trabalho, resolvi armar a cana da bóia e ir tentar qualquer peixe. Aliás o objectivo era só esse tal a falta de peixe dos últimos dias à bóia...

Na noite anterior empatei uns quantos anzóis para evitar perder tempo, visto que iria pescar apenas duas horitas, e deixei logo a cana montada...

Tocou-me o despertador eram 4.30, mas ainda fiquei uns 20 minutos na ronha. A vontade de me levantar era nula, mas lá acabei por agarrar na tralha e na roupa para trocar à vinda e fiz-me à estrada.

Quando cheguei, embora ainda estivesse a aclarar, até julguei me ter enganado no sítio... Pescadores. Zero! Mauuuu! Isto deve andar mesmo mau, pensei logo...




Nisto lá chegaram dois companheiros para fazer um buldo... Menos mal, sempre tinha companhia.
Armei a cana e comecei logo a pescar nos dois locais que mais gosto naquele sítio.
Há uma coisa incrível neste local, de noite, a actividade ao sargo com os iscos que eu uso mal pica, é realmente engraçado, e por mais que o mar estivesse muito ao meu gosto, nem um toque tive em mais de meia hora, o que há bóia é algo impensável... Cheguei a parar e a pensar o que estava a fazer mal... Comecei a achar que seria de não estar a usar fluorocarbono... Mas como estava muito escuro e estava a pescar fino deixei andar...

Já eram quase 7 horas, já com alguma luz quando sinto o primeiro toque por sinal um bom arranque, e logo de seguida ferro o primeiro sargo, um palmeirudo... Animei, e fiquei mais descansado com a ideia de que era da linha... Como teimava em não perder estralhos deixei-me estar, e com a força da luz, os toques foram se sucedendo e fiz uns 6 peixes seguidos, mas tudo sargos e alcorrazes palmeirudos, nada do outro mundo, dois sargos já de umas 500/600 gr. e o resto de palmo.



Resolvi tentar o ralo a ver se o peixe dava sinal de si, mas não era dia de ralo pois nem sentia nada... Voltei ao Plano A... Fui experimentar o bico do esporão e apanhei duas bailas seguidas, além de algumas que desferravam... Mesmo a 5 metros de fundo, profundidade a que eu estava a pescar, elas atacavam bem...

Como não fui à procura de bailas tornei ao primeiro spot, mas a actividade tinha baixado e olhei para o relógio... Hmmm 7.30... Estava a apertar o tempo...

O Set entretanto estava mais fraco e não espumava durante largos segundos o que me fazia ficar literalmente de cana na mão a espera da onda para ver se inventava algum peixe...

Estava a ver o pessoal do buldo que teimava em não dar com as bailas, pois a meu ver elas estavam a atacar demasiado fundas, e não ao cimo de água, e deixei a bóia correr demasiado para a esquerda e saiu de perto da pedra que me costuma dar uns peixes... Lentamente vejo a bóia a afundar e deixei andar e andar, e andar... E muito sorrateiramente dou-lhe um toque de ponteira a ver se a rataria largava a bóia... E a cana dobrou toda... Assim de repente a ponteira faz uma parábola enorme e fica pregada no fundo, sempre com cabeçadas vigorosas, e sempre com muita genica... Estive ali uns segundos só a aguentar e entre o pensamento de dar linha e não dar pois sentia que esta devia estar no limite, aguentei o impulso e mantive os dedos sossegados. Foi um risco, mas eu não gosto nada de dar linha naquela zona, só em último caso, e aguentei, quando o tempo tirar do fundo, ele dá uma corrida desenfreada para o lado direito e vai em direcção à zona mais baixa, cheinha de rochas com mexilhão e percebes... Tive que fazer uma opção e travei um pouco a sua corrida, começando a testar a energia dele, e trouxe-o ao cimo para o ver e para perceber o que podia fazer mais... Como ele cedeu, trouxe a bóia até perto da ponteira e levanto o peixe com muita calma, e lá o pûs a seco. Um grande sargo. Grande peixe, que me deu muita luta, e que me salvou a pesca. Em cima da pedra era um animal lindíssimo, com as suas tradicionais riscas verticais bem acentuadas. Um quileiro finalmente... Desferrei-o e continuei mais uns 20 minutos, mas só dei com mais uns 4 ou 5 peixes, todos de palmo e mais uma baila...

O relógio marcava agora 8 horas da manhã, com peixe no saco e com pouco tempo, a pesca tinha que terminar, apesar de eu sentir que ia encher a saca com o dia que estava pois apenas pesquei com a maré muito baixa e queria fazer a meia maré, onde ali dá uns peixes interessantes. Paciência, o dever está à frente do resto, e fui mudar de roupa ao carro, passar por casa para deixar o peixe, e là fui trabalhar...


Soube bem levantar às 4 e tal da manhã. Mas lá que custa, custa...lololol.





Material:
Cana: Vega Frenetika 6 mt.
Carreto: Sakura Alpax 4000
Linhas: SUFIX 832/ Vega Potenza ST, Máxima
Iscos: Cranaguejo rijo; Camarinha; Ralo


Filipepc

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

SURFCASTING - DOURADA DE 2 KG.

SURFCASTING - DOURADA DE 2 KG.
Esta foi a mais bonita do mês...



Por: Guilherme
Isco: Lingueirão

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

( SURFCASTING) CHUMBICULTURA EM MELIDES: 15-0

BOAS...

Só pelo título isto promete!!!



Mas calma, para os que só vêm ler os relatos à espera de grandes capturas, poupo-os já de grandes esforços oculares. Não continuem. Se for para ler mais um relato sobre uma noitada do GANG então leiam, porque raramente a malta não se diverte.



Vendo que o mar ia mexer um pouco para a Costa Alentejana, resolvemos ir fazer uma noitada, procurando algum peixe em condições, ou então fazer aquelas típicas pescarias de Verão, com bastantes capturas, embora de menor porte.

Pelo mar que se apresentava apontámos para Melides, embora tivéssemos um plano B para uma zona que estaria mais sossegada embora com menos mar.

Embora a combinação tivesse sido feita muito em cima, ainda arranjámos 7 corajosos. Eu tinha muitas saudades do mar, das ondas, da areia. Para mim tanto tempo sem lá me sentar, sem sentir aquele cheiro, sem aqueles sunsets dá-me uma dor cá dentro... Sinto-me infeliz quando não vou ao ao mar.

Eram 3 e meia quando começamos a junção da malta, com um calor louco... Quando desci, a minha porta já estava um arraial, com cadeira pelo meio da rua e tudo a sobra sentados...  Divididos em 2 carros, lá rumámos a Sul.

A viagem sempre numa boa, mas com um calor impossível. Já na zona decidimos ir ver o plano B primeiro, pois teríamos mais sossego, mas a praia tinha menos fundo e algum limo. Rumámos então a Melides, onde parámos no parque de campismo para beber qualquer coisa e juntarmos ao Mário Leão, que veio fazer umas horas connosco.

Após isto lá fomos para a praia por uns caminhos secretos para se pescar mais sossegados pois até as 9 há pessoas na praia...
gens
Chegados lá... Foi tirar a tralha e ir para a areia onde pelo caminho, imaginem com quilos as costas, passam dois rapazes, olham para mim e dizem...




O ACTOR PRINCIPAL:





- " ali está um, e lá há frente a mais três..." Com aquele calor demorei a assimilar... Nem respondi, andei e mais nada... E de repente! Um tipo em pelota... Mais a frente, mais uns quantos! Quando larguei as coisas e assimilei, pensei para mim... Esta malta nova está toda marada...





Bem, mas passando isto, momentos insólitos, lá comecei a montar a tralha... Após uma alteração de zona, lá finalmente montei a primeira cana com um americano prontinho para as douradas de final de tarde... Montei a segunda com um caranguejo de cascos prontinho para as douradas de fim de tarde, e montei a 3ª com um ganso prontinho para as douradas de fim de tarde...




Só que as douradas de fim de tarde... Nada. Ninguém fez 1 peixe naquele SUNSET. Incrível. Nem no isco tocavam...

A primeira vez que falamos entre todos, era grade geral.

Por mais que esticasse nem tocavam nos iscos. É tão frustrante, jugo que me entendem bem, é desesperante. Quando olhas para o mar, vês que está bom, quando tens a noção que estás a pescar bem, com as montagens certas para aquele mar, e nem nos iscos tocam, é um sentimento de frustração tão grande... Felizmente fecho os olhos e respiro fundo e sinto me logo bem. Normalmente tenho a sorte de olhar para o lado e ver me bem acompanhado que o sentimento de frustração passa logo a felicidade. Um sandes, um café e um sorriso depois e já estou novamente pronto para pensar noutra montagem, noutra solução...





Como o peixe não estava longe, vai de tentar perto... E assim que lá caiu, com iscos mais softs, foi logo um toque, peixe ferrado, uma baileca, nada de especial. Durante umas duas horas era o único a desgradar. Uma miséria do ponto de vista piscatório...

Já na praia mar e nada... Finalmente vejo um toque de jeito na cana, corri e fui tirar o peixe... Julguei ser maior. Um sargo de umas 400/500 gr. que tinha genica. Na escoa ainda deu uns laivos de força que me permitiram sentir o que tanto procuro.

Mais ao fundo soube que o Santos tinha já tinha desgradado com uma baila e um robalo. Boas notícias... O João também tinha um pregado... E o Filipe João uma bailita, além de ter perdido o peixe da noite, andou com ele a correr pela praia e desferrou já perto... Diria que foi um robalo jeitoso, mas... Fica a dúvida.

Depois começou uma nova modalidade em Portugal em que o GANG vai ser pioneiro liderados pelo João Rocha. Chama-se Chumbicultura. Perguntam, mas o que é isso Filipe?  Bem malta, é simples, a chumbicultura consiste na capacidade do pescador em plantar o mais longe fundo possível chumbadas na Costa Alentejana :). E o João Rocha, assim que a maré virou e começou a arear, deu um festival a todos... Reparem, ele devido a umas alterações nos lugares da praia, foi o que ficou com as canas mais longe... E ver ele fazer uns 150 metros pela praia para ir a uma cana, vir com ele debaixo do braço com o chicote partido, montar tudo e ir lançar e quando volta... Trazer as outras duas debaixo do braço é do best!!! Eu e o Guilherme só nos ríamos. Lindo de se ver. E montou as 3 canas de novo... E foi lançar... Chegou lá lançou, veio comer uma sandes, e foi ver as canas... E volta de novo com as 3 debaixo do braço ahahah... Epa lindo, só visto... Estava ele a usar os chicotes da Asso, e disse tanto mal deles que tenho que experimentar para ver... Que foi um must de se ver foi...




A maré cada vez mais vazia e as notícias pouco mudaram...  O Guilherme desgrada com um pregado bonito, realmente um peixe de elevado valor gastronómico além de ser muito bonito e raro.

O resto da malta, tudo igual... O Mário Leão já se tinha ido embora com apenas um aranha mini capturado... E o João rocha foi lançar novamente as 3 canas e lá trouxe duas debaixo do braço com mais dois chicotes a vida e uma baileca... A luta pela classificação geral estava ao rubro...

Na chumbicultura o João Rocha liderava destacado com 9 chicotes perdidos as 5 da manhã... Com duas horas ainda pela frente, tudo podia acontecer... Não deixem de ler... ahahah.

O dia finalmente começava a nascer... E se no lusco-fusco nem um peixe deu... Já com luz sempre se tirou uns peixes, nada de mais, mas é impressionante a péssima noite de peixe que tivemos...

Com todos os iscos de qualidade que tínhamos, já eu tinha mudado montagens, de correr, a fixas, de estralhos curtos a compridos de montagens simples a de dois anzóis, estava quase a desistir do ponto de vista piscatório... Aproveitei para me divertir, beber mais um café e ir conversando... Entretanto o Guilherme tira um sargo pequeno e o Filipe João outra baileca pequena. O Santos outro pregado. O 3º da noite.

Eu tiro de seguida uma baila já jeitosa, e o João Rocha lá veio com mais 2 canas debaixo do braço e uma sarguito... Mais dois chicotes, e já ele abanava a cabeça, os braços, as orelhas, tudo nele parecia um grande NÃO!  Como é que que isto é possível? LOL. Eu e o Guilherme era de " mijas a rir"... E lá vai ele de meter mais 2 chicotes e faz mais 150 metros, chega lá vai a lançar e pimba... Chumbicultura! Mais dois a vida... Ele a vir pela areia a abanar a cabeça epa só visto...

Eu ria, ria, o Guilherme gozava... E o Joãonumberone, sai se com esta... Peixe não apanhamos, mas ao menos viemos propagar esta nova modalidade: CHUMBICULTURA! E já o João de saco vazio me pedia chumbadas... Eu todo feliz que assim carregava menos, disse-lhe que lhe emprestava com a condição de ele depois não mas devolver...

Com o sol a começar a nascer... E já com alguns a arrumarem, o Guilhas foi tirar a dourada da ordem, mas mais pequena do que é usual e eu tirei outro sargo interessante, um pouco abaixo do primeiro...

O João Rocha entretanto apanha outra baileca e perde outro chicote... E ficou só com uma cana na água com a promessa que tinha que ainda perdia outra para eu não ter que carregar...





O Guilherme com ia fazendo as maluqueiras dele, para pescador não serve, mas para palhaço de circo ia dar frutos!!!

Lá comecei a arrumar e o João na boa, ele sabia que não precisava arrumar nada, pois só faltava perder mais aquela chumbada! E assim que a foi levantar... Pimba, chicote parte do nada... Mais um...

No regresso, mais uma peripécia... Enganámos-nos no caminho e ainda andámos pela mata e silvas mais um bocado... Quando chegámos ao carro estávamos de rastos...

Cansados, mas felizes... O GANG esteve junto, desta não rapou o fundo, mas plantou. O João vai ser eleito o REI da Chumbicultura... Pessoal, eu avisei que para ler este relato não fosse pelo peixe...

Além da nova modalidade de cultivo, a notícia é apenas o Santos não ter ficado em último, tendo sido 3º. do dia.

No caminho vim a dormir como de costume... Foi um dia duríssimo... Mas quando se faz com satisfação, é sempre bom. Ao lado de amigos, estamos sempre bem.


Até breve, este GANG não vai parar...

Não tiramos grandes fotos porque não só não houve peixe para tal como o que havia não valia a pena grande destaque... Ficam as fotos de uns peixitos... Será melhor a próxima...









FilipePC, Guilherme, João Rocha, Santos, Filipe João, Joãonumrone, Soares