Os nossos amigos

terça-feira, 11 de agosto de 2015

( Bóia) Sargos em horário pré-laboral

Boas,

Na passada Quarta-Feira, estava a almoçar e liguei a net para ver o Windguru. A semana toda de águas paradas, deixou-me um pouco... desiludido. Estava a apetecer-me pescar embora trabalhasse a semana toda...
Ao final do dia não era fácil, pois tinha quase todos os dias afazeres... E levantar cedo... Bem, pescar antes do trabalho não é bem a a minha onda... Mas ao olhar para o tempo, percebi que se tinha assim tanta vontade só tinha um dia em que podia fazer algum peixe, pois o mar tem andado demasiado aberto...

Foi por isso que mesmo não gostando nada de pescar antes do trabalho, resolvi armar a cana da bóia e ir tentar qualquer peixe. Aliás o objectivo era só esse tal a falta de peixe dos últimos dias à bóia...

Na noite anterior empatei uns quantos anzóis para evitar perder tempo, visto que iria pescar apenas duas horitas, e deixei logo a cana montada...

Tocou-me o despertador eram 4.30, mas ainda fiquei uns 20 minutos na ronha. A vontade de me levantar era nula, mas lá acabei por agarrar na tralha e na roupa para trocar à vinda e fiz-me à estrada.

Quando cheguei, embora ainda estivesse a aclarar, até julguei me ter enganado no sítio... Pescadores. Zero! Mauuuu! Isto deve andar mesmo mau, pensei logo...




Nisto lá chegaram dois companheiros para fazer um buldo... Menos mal, sempre tinha companhia.
Armei a cana e comecei logo a pescar nos dois locais que mais gosto naquele sítio.
Há uma coisa incrível neste local, de noite, a actividade ao sargo com os iscos que eu uso mal pica, é realmente engraçado, e por mais que o mar estivesse muito ao meu gosto, nem um toque tive em mais de meia hora, o que há bóia é algo impensável... Cheguei a parar e a pensar o que estava a fazer mal... Comecei a achar que seria de não estar a usar fluorocarbono... Mas como estava muito escuro e estava a pescar fino deixei andar...

Já eram quase 7 horas, já com alguma luz quando sinto o primeiro toque por sinal um bom arranque, e logo de seguida ferro o primeiro sargo, um palmeirudo... Animei, e fiquei mais descansado com a ideia de que era da linha... Como teimava em não perder estralhos deixei-me estar, e com a força da luz, os toques foram se sucedendo e fiz uns 6 peixes seguidos, mas tudo sargos e alcorrazes palmeirudos, nada do outro mundo, dois sargos já de umas 500/600 gr. e o resto de palmo.



Resolvi tentar o ralo a ver se o peixe dava sinal de si, mas não era dia de ralo pois nem sentia nada... Voltei ao Plano A... Fui experimentar o bico do esporão e apanhei duas bailas seguidas, além de algumas que desferravam... Mesmo a 5 metros de fundo, profundidade a que eu estava a pescar, elas atacavam bem...

Como não fui à procura de bailas tornei ao primeiro spot, mas a actividade tinha baixado e olhei para o relógio... Hmmm 7.30... Estava a apertar o tempo...

O Set entretanto estava mais fraco e não espumava durante largos segundos o que me fazia ficar literalmente de cana na mão a espera da onda para ver se inventava algum peixe...

Estava a ver o pessoal do buldo que teimava em não dar com as bailas, pois a meu ver elas estavam a atacar demasiado fundas, e não ao cimo de água, e deixei a bóia correr demasiado para a esquerda e saiu de perto da pedra que me costuma dar uns peixes... Lentamente vejo a bóia a afundar e deixei andar e andar, e andar... E muito sorrateiramente dou-lhe um toque de ponteira a ver se a rataria largava a bóia... E a cana dobrou toda... Assim de repente a ponteira faz uma parábola enorme e fica pregada no fundo, sempre com cabeçadas vigorosas, e sempre com muita genica... Estive ali uns segundos só a aguentar e entre o pensamento de dar linha e não dar pois sentia que esta devia estar no limite, aguentei o impulso e mantive os dedos sossegados. Foi um risco, mas eu não gosto nada de dar linha naquela zona, só em último caso, e aguentei, quando o tempo tirar do fundo, ele dá uma corrida desenfreada para o lado direito e vai em direcção à zona mais baixa, cheinha de rochas com mexilhão e percebes... Tive que fazer uma opção e travei um pouco a sua corrida, começando a testar a energia dele, e trouxe-o ao cimo para o ver e para perceber o que podia fazer mais... Como ele cedeu, trouxe a bóia até perto da ponteira e levanto o peixe com muita calma, e lá o pûs a seco. Um grande sargo. Grande peixe, que me deu muita luta, e que me salvou a pesca. Em cima da pedra era um animal lindíssimo, com as suas tradicionais riscas verticais bem acentuadas. Um quileiro finalmente... Desferrei-o e continuei mais uns 20 minutos, mas só dei com mais uns 4 ou 5 peixes, todos de palmo e mais uma baila...

O relógio marcava agora 8 horas da manhã, com peixe no saco e com pouco tempo, a pesca tinha que terminar, apesar de eu sentir que ia encher a saca com o dia que estava pois apenas pesquei com a maré muito baixa e queria fazer a meia maré, onde ali dá uns peixes interessantes. Paciência, o dever está à frente do resto, e fui mudar de roupa ao carro, passar por casa para deixar o peixe, e là fui trabalhar...


Soube bem levantar às 4 e tal da manhã. Mas lá que custa, custa...lololol.





Material:
Cana: Vega Frenetika 6 mt.
Carreto: Sakura Alpax 4000
Linhas: SUFIX 832/ Vega Potenza ST, Máxima
Iscos: Cranaguejo rijo; Camarinha; Ralo


Filipepc

1 comentário:

Os Pescas disse...

O vício é mais forte...hahaha. Sempre valeu apena levantar cedo amigo e fazer uns peixes apanhar a brisa do mar :-)

Aquele abraço grande amigo

Luís Malabar