Os nossos amigos

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Uma pescaria dificil mas com brinde.

Passavam poucos dias em que tinha voltado a pescar, pescaria essa que tinha corrido bem e eis que estava de volta à "bacia dos prazeres" ehehehehe. A ideia era ver se as Corvinas andavam por lá e passar um dia muito fixe, mais uma vez na companhia do meu irmão que vinha de umas pescarias sempre a facturar em grande. O navio estava pronto a arrancar e nós com muita vontade de sentir o prazer de estar agarrado a um bom peixe..

Rumo ao pesqueiro e notamos uma subida do vento mas nada que não nos deixa-se trabalhar a amostra. Nestas duas pescarias que fiz com ele, perdi algum tempo a reparar como pesca, fazia-me alguma confusão como ele ferrava tanto peixe e os outros iam sacando um de vez em quando. Posso adiantar que podemos fazer sempre mais qualquer coisa para tentar ajudar ao trabalhar da amostra, desde as linhas que usamos, ter a cana no caneiro ou segurar à mão entre outras que tentarei compreender para depois poder partilhar com o pessoal.

No caminho dava para perceber que o vento fazia pequenos carneiros que, embora deixasse pescar, nos iriam fazer andar ao saltos. A cor da água também não ajudava muito e o limo prometia dar muito trabalho.
Bem, para traz não voltamos mas a fé não era aquela coisa, mas...também não se ia desistir sem começar.

Já no pesqueiro, confirmamos as nossas previsão com mais uma dica de que não existia barcos no local, muito estranho tendo em conta o dia da semana.
Amostras para dentro de água e vai de dar vida ao plástico. Volta para cá, volta para lá e nada. A pesca estava a ser trabalhosa, tira limo da amostra foi frase de ordem durante algum tempo, o que já estava a chatear. Para não variar, a cana do meu irmão dá sinal de vida, o limo tinha dado uma folga e o cantar do carreto fez-se ouvir em grande. "Tenho aqui um bom peixe, tens de ajudar com o barco" pelos sintomas do material só podias ser coisa grande mas não estava destinada a vir, depois de umas boas arrancadas já não voltou mais  e foi tudo no caneco. Para não vos maçar com repetições, este foi um de 3 peixes que lhe negaram alegrias enquanto eu nada.

O meu irmão Valter mais o seu navio

 Eis que já tinha-mos passado com a amostra no local fatídico quando eu por brincadeira digo ao meu irmão, penso que de uma forma ou de outra já todos nós dissemos isto: Valter, e se agora a minha cana começasse a cantar como... nem deu para terminar quando levo um puxão na cana que parecia que tinha alguém do outro lado a puxar. Rapidamente, pela força que fez, deu para ver que se tratava do peixe da minha vida, o meu irmão dizia mesmo que só podia ser um tarolo dos grandes, tem calma que essa é das grandes. Calma eu até estava a ter embora não pode-se fazer grande coisa a não ser aguentar a força do animal. As condicionantes do local obrigaram a ter de desviar a embarcação e algumas folgas na linha e já foste, fiquei a tremer enquanto pensava que não era desta que chegava aos 2 dígitos na balança, fiquei mesmo danado com a sena, ehehehehe.



Bem, está visto que hoje não levamos nada, o tempo passava e dava a entender que o peixe já não se encontrava no local, o vento estava a ficar mais forte com entrada directa no pesqueiro, o que levantava alguma ondulação. Definimos que se fazia mais umas passagens para ver se o barco desgradava e de seguida o rumo era o caís. Não perdi a fé nessas passagem e troquei de amostra, o resultado não podia ter sido melhor, mal cai dentro de água e toma lá disto. Estava novamente agarrado a um bom peixe, grandes arrancadas que faziam sair muita linha do carreto. Foram alguns minutos de adrenalina que me faziam acreditar que desta é que era, enquanto o meu irmão dizia, "Vê lá se é desta que obrigas a balança a fazer força, ehehehehe mais uns momentos e faz a primeira aparição, muita calma que é um bom peixe e este tem de embarcar. Não estava fácil, voltou a dar umas arrancadas como quem diz que se queres bom peixe tens de sofrer mais um bocadinho.Assim foi, apareceu então já a mostrar o lombo, pedia xalavar e bora lá para dentro. Estava feito, a balança teve de usar mais um digito do que era normal e eu todo contente com o menino nos braços. Nada mais foi sentido e era hora de vestir o oleado para aguentar o banho que tinha-mos pela frente até chegar ao caís. Mais um grande dia, muito bem passado com o meu irmão, aproveito para lhe deixar um grande abraço e obrigado por estes momentos e por estes peixes, estava mesmo a precisar.

Um grande abraço a todos,

Nuno Fernandes

5 comentários:

Entrespots disse...

Parabéns Nuno pela captura,bonita corvina :-)

Os Pescas disse...

Boas Nuno,
É caso para dizer que a 5ª foi de vez! Parabéns pelo peixe, bela menina :-D ! Um abraço

Miguel Candeias

Os Pescas disse...

Muitos parabéns pelo peixe Nuno, é importante que vás sentido o cheiro de algo que sei que gostas. O que gostamos de fazer na vida, só nos pode fazer bem e felizes se o fizermos, logo com peixe, ou sem ele, é muito importante lá irmos.
Filipe.

Os Pescas disse...


Grande Nuno.:-) Parabéns pelo exemplar amigo e desejo-te grandes dias de faina em busca delas..:-)
Um grande abraço

Luís Malabar

Os Pescas disse...

Obrigado a todos.
Deixo aqui um abraço para todos.
Nuno