Os nossos amigos

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

( Trolling ) O robalo falcão

Olá,

Mais uma pescaria solitária, sem companhia :(...

Infelizmente o Filipe não tem podido vir comigo e tenho tentado matar o vício, mesmo em pescarias rápidas, e menos pensadas. É mais do género... Estou com vontade, tenho duas horitas, lá vou eu...

O Domingo estava espectacular, um dia sem vento e com marés perfeitas para o Trolling. Estava sentado no sofá, e a dada altura pensei em ir fazer uns lançamentos... A chatice é meter o barco na água, embora até mesmo sozinho o faça facilmente, mas claro que é diferente de estar acompanhado. Em menos de 20 minutos estava a pôr o barco na água e lá fui eu em direcção ao pesqueiro... Aquele trajecto é que ainda é chato. Os peixes andam afastados, em águas mais fundas, fruto do ano chuvoso que tem sido...

No baldinho, levei somente 5 amostras, nem mais uma, ou eram aquelas ou não safava a onça! Cheguei ao local e a sonda marcava peixe o que me deixou ansioso, e de certa maneira esperançado. Marcava bastante peixe de meia água para baixo e resolvi pôr duas canas a trabalhar, como de costume, uma perto do barco e outra mais longe, também como de costume. Logo na primeira volta, levei duas valentes cabeçadas, mas o drag não disparou e fiquei na dúvida se era peixe, ou se tinha sido a amostra a bater no fundo. Dou a volta e no mesmo local o drag dispara, e larga... Seria peixe? Fundo? Pela maneira de bater, para mim era peixe. Fiquei mais atento e na volta seguinte segurei a cana que estava a ter toques, e quando passei na zona, sinto outra cabeçada, e desta dou-lhe uma ferroada, e o drag disparou um bocado e com as cabeçadas percebi ser peixe, e tentei perceber o que seria, e rapidamente vi que não era muito grande, e dominei-o facilmente. Ao chegar ao barco levantei-o directamente para dentro do barco. Grade já não era, mas estava com actividade e torno ao início, o que foi frustrante, pois nesta passagem tive um dos maiores arranques que já tive nesta pesca, mas o peixe largou a amostra.

Rapidamente dei meia volta e tentei de novo, mudando uma das amostras, para uma T-REX que vão mais fundo, o que nestas zonas bem mais fundas do Tejo podem fazer a diferença.

Como os peixes estavam a ferrar mal, dei menos velocidade a ver se a ferragem era mais efectiva.
Na passagem seguinte, nada, e durante mais de uma hora, nem mais um sinal de peixe, o que me levou a perceber que reduzir a velocidade não deu resultado e tornei a velocidade inicial.
Logo nessa passagem levo mais 3 pancada e nada de ferrar. Fiquei com uma neura, e resolvo agarrar na cana enquanto fazia o trajecto, e ferro logo outro, do mesmo lote do primeiro. Fácil de dominar.
Apressei-me a fazer o mesmo trajecto e na passagem seguinte mais cabeçadas, e mais uma ferragem, mas ao chegar ao barco vi que este era mais pequeno e soltei o peixe.
Nas passagens seguintes tive mais 4 ataques com 3 ferragens e todos devolvidos, pois eram pequenos demais. Farto de dar amostras aos peixes, parei para fumar um cigarro e comer uns donuts que tinha levado.

Olho para o relógio e já estava na altura de voltar para casa, mas estava com uma sensação de frustração pois tinha tido muitos toques sem ferragens, e quando ferravam não era o que eu procuro. Já tinha passado a velocidade normal, devagar, só faltava fazer o contrário e tentar umas passagens a velocidade mais alta, coisa que raramente faço.

Olhei para o balde, e resolvi meter as duas amostras preferidas, e desta perto uma da outra. Arranquei com o barco, e estava tão rápido, que julguei ser impossível algo atacar a amostra, só pensava que aquilo era impensável e que não ia dar resultado, que só se fosse um robalo tipo pássaro, como um falcão a voar, era o que me vinha à cabeça, mas é por isto que a pesca é surpreendente.

Sem estar a pensar em apanhar alguma coisa, eis que na zona do declive, levei um arranque demolidor, o Biomaster dava voltas, e voltas, e voltas... e eu só tive tempo de parar o barco e segurar a cana que dava grandes cabeçadas, e metro atrás de metro levou mais de 50 metros de linha. Não tive pressa, e tentei cansá-lo fora e distante do barco, e durante uns dez minutos fui controlando o peixe, e trazendo-o devagar, até perto do barco, onde com o xalavar, com muitooo cuidado o pus a seco. Os olhos devem ter brilhado, grandeee robalo, mais um bom peixe que apanho este ano. Embora me apetecesse, já nem voltei a tentar. Tirei as amostras, e fui directamente para casa sempre a rir, e a pensar que aquele maluco que estava ali ao meu lado no barco, dentro da minha caixa devia ser uma robalo voador. Impressionante a velocidade a que este atacou a amostra, o barco ia tão rápido que nunca me passou pela cabeça ser possível ter um ataque desta maneira.

Já em terra pedi a um senhor que me tirasse uma fotografia para a um dia recordar.
Tenho que tornar a por em prática este tipo de andamento, quem sabe se não em breve...

Para já fico a regalar-me com o meu robalo falcão!




Ricardo Palma

4 comentários:

Anónimo disse...

Ola pessoal. Grande robalo, muitos parabéns. Força nessas pescas que o pessoal quer e ver peixe desse calibre. Um abraço, David.

Os Pescas disse...



Grande Palmeta..:-)Parabéns amigo e pelos vistos esse deve ter tomado redbull...:-)

Um abraço

Luís malabar

Sergio Fernandes disse...

Boa palma
Parabéns pelo robalo falcão
grande abraço

Unknown disse...

Não dá de uma maneira, dá de outra. a pesca não é um bocadinho isso?

Belo peixe. Parabéns :)