Vem de longe a minha paixão pela pesca à bóia. Foi a segunda pesca que comecei a fazer em pequeno, logo após o Surfcasting e Rockfishing( pesca ao fundo).
Em pequeno costumava passar o verão quer na ilha da culatra em Olhão, quer em Portimão/Ferragudo.

Ver os starlights a mergulharem pelo mar dentro é algo simplesmente espantoso.
Deleitava-me a apanhar cavalas, carapaus, sargos, salemas e algumas bicas que por ali encostavam.
Usávamos bóias de correr, normalmente de cerca de 12 gramas, com estralhos de 2 a 3 metros de comprimento. Os iscos usados eram quase sempre o camarão, a sardinha e filetes de cavala.
Ao fundo usávamos o famoso casulo do parchal.
Confesso que embora goste mais de carapaus e sargos, eram as cavalas que ali me deixavam a curtir a sério. Os arranques desenfreados que produzem, a força que têm, a sua voracidade é simplesmente apetecível para qualquer pescador que goste de se divertir. Exprimentem capturar uma cavala à bóia e deixá-la "correr". Parece que nunca mais pára, que a força nunca a abandona.
Foi um local especialmente importante na minha aprendizagem nesta técnica de pesca, é um local de fácil acesso, onde qualquer pai pode ir com um filho adolescente e ensinar-lhe os primeiros passos da pesca à bóia, com um factor importante, que é o de se capturar sempre uns peixes, ao cair do dia nesta zona.
Numa das minha últimas visitas por lá, já vão uns tempos, resolvemos ir fazer umas horitas por lá, e como sempre fomos arranjar umas sardinhas. Nessa noite, os carapaus não andavam por lá, sendo que somente as cavalas colaboraram, permitindo-nos passar ali umas 2 horas e tal a encher um balde delas.
Foi um bocado bem passado, para relembrar o local onde aprendi a pescar à bóia. Sempre que me deslocar lá, tentarei passar "pelas minhas origens". Isto porque recordar é viver.
Ainda capturámos 68 cavalas, algumas salemas( devolvidas), e 2 carapaus. Valeu pela saudade.
A pesca não é só apanhar peixe, é muito mais do que isso.
Filipe Condinho.
2 comentários:
Amigo Filipe,
Para além dos peixes que refere, o Pintadinho/Ponta do Altar é bom para Lulas, Chocos, Avárias e Robalos. Melhor mesmo é na praia ao lado, para Nascente.
Abraço e saudações piscatórias
Sim é verdade... Vi muitas lulas e chocos a sairem ao candeio naquelas rochas... Robalos é que nunca presenciei, naquela praia, pois mais para a direitana praia que tem o quebramar aí sim vi sairem e capturei outro tipo de exemplares, como douradas, sargos veados, robalos, linguados, e outros. Quando fôr feita a designação do local aparcerá tudo, neste caso foi mais para dar a conhecer um relato dum local que freuqentei muito em míudo.
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