Os nossos amigos

quinta-feira, 2 de março de 2017

SPJ...Pungo e Piazeite




Boas Pessoal…



As pescas não têm estado nada fácil, principalmente com os baiacus em força e a não deixar pescar em condições. Além do mais o peixe perdeu a força e baixou muito a actividade faz já 3 semanas, o que não é normal de todo.

O que também não é normal é a temperatura da água que continua muito inconstante e nada regular. Pois uma coisa é ela se manter fria ou quente, outra coisa é ela estar a alterar constantemente a temperatura todos os dias!!!

A minha experiencia diz-me que isto não é bom de todo para a actividade dos peixes, dai a falta de peixe nos pontos normais de peixe.

Até os grandes cardumes de sardinha desapareceram durante algum tempo, tendo o valor dela disparado nos pontos de venda habituais, o que levou muitos pescadores de fundo a encostarem os seus barcos à espera que o preço baixasse.

O bom do jigging é que temos sempre isco…hahaha

Este dia de jigging foi muito difícil, decidi ir a duas zonas quentes para tentar encontrar o pouco peixe que marcava e descobrir como puxar por eles.

Quando o peixe está difícil não vale apena andar de ponto em ponto a ver qual dos peixes é que quer comer. Para mim é dos erros mais fáceis de cometer e que mais frustrações pode trazer.

Eu prefiro escolher 2 ou 3 pontos quentes de peixe e passar o tempo a tentar perceber como é que estão a comer e qual o ponto de água mais propício a alimentarem-se.

Depois de descobrir alguns peixes na primeira zona e depois de algumas tentativas percebi que o speed jigging estava fora de questão. O peixe simplesmente não estava activo para essa técnica.
Mudei para SPJ e depois de dez minutos à procura do movimento correto que os desperta-se lá tive o primeiro ataque a uns 5 metros do fundo….

Este peixe era bem esquisito!!!... Tinha algum peso mas mal corria e apenas ficava parado a dar cabeçadas!!....Piazeite estava fora de questão…nunca na vida…hehehe.

Nas calmas lá foi vindo a dar algumas cabeçadas alternando com 2 ou 4 tentativas de corrida que em nada deu…hahaha…até que a poucos metros antes de chegar à superfície reparei que era prateado e comprido????...que raio???

Para meu espanto era um Pungo pequeno…hahaha…que peixe cansado e já com os bofes de fora da descompressão. O que queria dizer que a temperatura da água lá no fundo era baixa, talvez o suficiente para a diminuição do apetite dos peixes e dos cardumes de Piazeite.

Embarquei o peixe e depois de algum tempo decidi mudar de zona…


Chegando à segunda zona decidi mudar de jig mas manter o peso. Eu precisava de um jig maior mas que ao mesmo tempo tivesse mais tempo de flutuação, permitindo estar mais tempo na zona de ataque para dar tempo aos predadores de reagirem.

Mas mudar o jig não basta, é preciso acompanhar a mudança do jig, a técnica e o nosso pensamento.
O truque que eu uso é associar o jig e a técnica a um único pensamento que é a de um peixe ou um cefalópode…seja ele lula ou choco.

É mais fácil colocarmos em prática a técnica se tivermos uma imagem clara na nossa cabeça dos movimentos que diferem um peixe de uma lula ou de um choco. A partir daí podemos imprimir os movimentos do nosso jig em função da nossa presa.


Os predadores mudam de alimentação em função do que necessitam e muitas das vezes nós falhamos pelo simples facto de não lhe darmos o que eles querem. Às vezes também eles não querem comer, e se for para ele comer, mais vale que seja uma presa que raramente ele consegue ter disponível como é o caso das lulas.

Depois de alguns minutos a sondar, verifiquei que não marcava nada!!...


É nestas alturas que eu prefiro esquecer-me do sonar e chamar o peixe com o jig.

Talvez nunca tenham reparado numa situação nos vídeos que eu faço ao jigging, quando o jig chega ao fundo e eu levanto-o e deixo-o cair novamente sem usar a manivela. Levanto e deixo cair o jig umas 3 ou 4 vezes até começar a trabalhar.

Isto tem uma razão de ser para quem não sabe. Tem haver com a propagação do som, e quem já fez caça submarina sabe a importância que isso tem debaixo de água quando fazemos um agachon e queremos chamar os predadores que se encontram pela zona.

Isto serve quando marca pouco ou nenhum peixe no sonar, o mesmo já não é preciso fazer quando são bolas de peixe, pois o jig passa por eles e eles seguem-no até ao fundo ou atacam assim que passa por eles.


Com os jigs também funciona e a probabilidade de ter mais contactos aumenta e muito. Com esse movimento não queremos ataque, apenas que o predador se aperceba de onde vem o som e se mantenha desperto.

Assim foi, passado pouco tempo e sem marcar nada no sonar, tive o ataque a uns 10 metros do fundo e ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ..zzzzzzzzzzzz….PIAZEITE…J

Linda luta e um lindo peixe que não resistiu ao jig..:-) Este sim é um predador...o outro um aproveitador...hahaha.


Depois de embarcar o peixe, o vento começou a levantar mais o mar e tive que desistir e rumar a terra.



                         Um grande abraço e até breve

                                      Luís Malabar

4 comentários:

Pedro Nunes disse...

Comé Luisão!
Seja Pungo ou Piazeite o que é certo é que os monstrinhos continuam a sair das profundezas :)
Continua aí e aproveita ao máximo...
Abraço e força aí.

Os Pescas disse...

Comé Pedro :-) Enquanto eles forem saindo eu vou aproveitando..hehehe.

Grande abraço amigo

Luís Malabar

João Santana disse...

Boas Luís.
Pois essa tecnica tem muito que lhe diga, um dia quando tiver um barco, vou pescar ai jigging;) Já o fiz duas vezes, mas so me calhou carapaus e cavalas, ahahahahha.
Parabens por mais uns peixões amigo, força ai que um dia das com uma carrada deles;)

Os Pescas disse...

Comé João..:-) Já sabes que nem precisas de trazer nada se quiseres vir...hahaha..as portas estão abertas para ti amigo e não te preocupes com os bichos maus que eles só mordem um pouco...hahaha

Grande abração amigo

Luís Malabar