Os nossos amigos

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Era inevitável lá voltar... os Robalos andam a colaborar

Esta semana, o peixe tem sido muito generoso a aparecer no caminho do Scookie. Este Semi-rigido de 4,3 metros de comprimento faz uns estragos no Tejo, só mesmo vendo.

A pescaria anterior tinha sido muito boa, as expectativas eram grandes mas com a consciência de que não se repetem grandes pescarias em todas as vezes que lá vamos tentar a sorte. A pesca tem razões que a própria razão desconhece e o Sookie anda de mão quente tentando quebrar todas as expectativas. Estamos de volta a um pesqueiro que nos tem dado boas alegrias por isso a motivação de que vai ser um dia com muito peixe está sempre presente, o pesqueiro merece.

O caminho não é muito grande mas o suficiente para preparar as coisas e delinear a táctica. A verdade é que as marés mudam todos os dias e o pesqueiro também não é muito certo pois dá peixe em todos as circunstâncias. Estes últimos dias tem mostrado isso, por vezes é quando menos esperamos que se dá o "descalabro".


O dia estava assim...
 Era mais um dia a fazer o que mais gostamos, estar com os amigos a pescar e no barco conseguimos ter mais alguma tranquilidade que por vezes, devido à lotação dos pesqueiros, é muito difícil de encontrar. Não gosto de muita confusão na pesca e por hábito vou pescar sozinho ou com uma ou 2 pessoas no máximo. existe excepção a esta regra sempre que existem convívios mas até isso se torna raro.

Voltamos ao corrico embarcado, pois estava para se dar inicio à faina, já no local era hora de jogar o plástico para dentro de água e esperar mais um bom dia de pesca. Vamos a eles que estou com fé que hoje a coisa vai se dar, começa a ser difícil arrancar para este "santuário de Robalos" sem levar esperança de uma grande pescaria e não demora muito para a minha cana "dizer que sim", Agarro na cana e sinto logo o peixe a fazer alguma força mas sem nada de mais. Facilmente é recolhido, o primeiro peixe estava no papo, um robalote  de quilo e tal. Belo peixe para começar e sem ter de esperar muito.


 Passou-se algum tempo na conversa enquanto as amostras trabalhavam a todo o gás, mas o tempo ia passando e nem um toque se sentia. O Palma mantinha a mesma táctica mas eu decidi mudar a amostra para uma mais berrante, não estava a dar nada com a matadora havia que alterar a cor. Ponho a amostra dentro de água e a meio da passagem sinto um toque porreiro, dos que já fazer cantar o carreto com voz de se ouvir. Este já é porreiro Palma, ajuda ai que o gajo está a bater-se bem. Um pouco de calma e o peixe mostra a cor, já era porreiro e estava a seco, já era maior que o outro e apanhado com uma amostra diferente.


O palma aproveita para trocar a amostra e opta por dar uma passagem com as rapalas coloridas  enquanto eu mantenho a minha mas já com vontade de voltar a trocar. Com 2 peixes no barco não sentia o Palma muito motivado, não pelo motivo de não tirar peixe mas por alguns pensamentos que o deviam andar a chatear, era dia em que estava à pesca mas ao mesmo tempo com situações de trabalho para resolver que o iam distraindo.

O tempo passava e volto a trocar a amostra. Peço ao palma para abrandar o barco para que pode-se trocar de plástico. Era hora de apostar noutra cor para ver se saía um peixe. Bem dito bem feito, o carreto desata a cantar como se não houvesse amanhã. Com a cana na mão ficava a ideia que estava lá algo com muita força, os arranques eram muitos e cada vez a levar mais linha da bobine. Já olhava para o carreto para ver se não acabava a linha, é certo que não esteve perto disso mas estava a ser o peixe apanhado no pesqueiro que mais luta estava a dar. Estava visto que tinha-mos pano para mangas pois o que lá estava não queria entregar os pontos. O palma aconselha muita calma porque podia ser uma Corvina grande. O certo é que o tempo passava e não conseguia por os olhos no peixe, sempre que o conseguia trazer para perto do barco com a ajuda do Palma, o peixe voltava a arrancar que nem um maluco, passava por baixo do barco fazendo com que tivesse-mos que mudar as posições mais do que uma vez. Certo de que a força do peixe não iria durar para sempre, era preciso manter a calma porque já começava a vir para perto do barco com menos esforço, Mais 3 ou 4 cabeçada e decide subir para se deixar ver, ambos ficamos muito admirados, era um robalo já de bom porte mas que não se justificava ter tanta força visto que se tirou maiores sem darem um quarto da luta, marcava 2,5 quilos.


Este sim tinha-me cansado o braço,  Era tempo de descansar um bocado, já se estava a aproximar o fim da pescaria e o cansaço acumulado dos dias anteriores já que fazia sentir.
O palma continuava em branco, o que não é muito normal, estava visto que neste dia ia trabalhar para mim, tirar fateixas do peixe e arrumar o peixe no devido local, ehehehehe
Já muito perto do fim volto a ferrar mais um peixe, bem porreiro por sinal querendo se aproximar do 2 quilos. Estava contente com os 4 peixes que tinha tirado mas faltava o meu amigo sentir o carreto cantar. Mais rápido o Palma dissesse que hoje não ia apanhar nada e a cana dele dá sinal, para despedida livra a grade com um robalo de quilo e pouco. Estava feito o dia de pesca, havia que recolher as coisas e vir descansar, já havia uma boa pescaria no barco em que se fez o regresso animado em especial para mim que nesse dia difícil de pesca consegui enganar os gajos com a brincadeira de trocar de amostras várias vezes.
Quando pensamos que a pesca se baseia numa ciência exacta, fica a ideias de que por vezes podemos fazer um pouco mais, nem que seja a mudar qualquer coisa que altere o que não está a querer funcionar.

Fica mais um registo no nosso diário de mais uma pescaria bastante engraçada onde foi possível fortalecer a amizade com o meu amigo Palma que não arrancou para casa sem voltar a dizer que dentro em breve estava-mos lá novamente.

Um abraço para todos,

Nuno Fernandes, Ricardo Palma

2 comentários:

o encantador de robalos disse...

Ola pessoal,boas pescarias que vocês tem feito por ai....... aproveitem enquanto eles andam por ai,deem cabo deles... um abraço.

Anónimo disse...

Bom peixe Nuno, mais um para um dia recordares... Um abraço, continuem assim! João.